46. Aaron

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Eu diria que meu aniversário foi incrível. A festa nem tanto, mas o resto valeu cada segundo. Ter Marie comigo fazia tudo valer a pena, o que era estranho, considerando que nos conhecíamos a menos de dois meses, mas ao mesmo tempo, tudo parecia muito natural.

O lugar onde seu dedo estava tocando meu rosto parece queimar, e era uma sensação estranhamente prazerosa. Quando a agradeci, fui sincero, talvez ela não saiba, mas ela fez muita coisa. A maioria dos meus aniversários perderam sentido depois de um tempo, mas esse foi diferente, o que já era motivo suficiente para a agradecer.

Nos aproximo ainda mais dando um pequeno passo, e envolvo sua cintura com meu braço. Com a minha mão que estava segurando seu pulso, eu afasto a sua de mim, e então, seguro sua nuca. Eu a olho nos olhos por um tempo, parece ser quase uma eternidade, mas isso não parece incomodá-la. Me aproximo devagar, e finalmente a beijo. Seus lábios ainda estavam com gosto doce do milk-shake de morango que havíamos acabado de tomar, e me vejo viciado nisso. Ela levanta seus braços, colocando suas mãos atrás de meu pescoço, e isso me causa um arrepio. Desço minhas mãos pelas suas costas, e a seguro quando ela envolve suas pernas ao redor de minha cintura.

Eu a pressiono contra o armário ao lado da cama, sem afastar nossas bocas. O ar já estava ficando escasso, mas eu não estava me importando muito, se eu morresse de falta de ar agora mesmo, morreria feliz. Ela nos separa por um tempo e percebo nossas respirações ofegantes. Aproveito o intervalo de tempo para beijar seu pescoço, e ela inclina cabeça, encostando no armário, ela solta um gemido, e o som soa como melodia para meus ouvidos. A desencosto da superfície dura e tento a colocar na cama com delicadeza. Ela puxa meu cabelo de leve para me trazer mais para perto, e me encara por meio segundo, antes de unir nossas bocas novamente.

Marie passa as mãos pelas minhas costas, alcançando a barra da minha camiseta, e eu nos afasto um pouco, para ajudá-la a tirar a peça de roupa que já estava nos incomodando. Eu faço o mesmo com ela, que levanta os braços para que eu passe sua blusa mais facilmente pela sua cabeça. Juntos, nos ajudamos a tirar cada peça de roupa, o quarto já estava mais quente, e os toques estavam ficando cada vez mais familiares para nós. Eu a impeço de mover seus braços, levantando as mãos sobre sua cabeça e interligando nossos dedos, empurrando-os para o colchão. Marie arfa um pouco, trazendo ar para seus pulmões, mas ela parece impaciente, pois ela inclina a cabeça em minha direção.

— Oh, Marie, você acaba comigo — sussurro com a voz rouca, e ela sorri com o canto da boca.

— Você acaba comigo também. — E é a última coisa que ela diz antes de me beijar novamente.


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Estar deitado com Marie era extremamente reconfortante. Ela estava deitada com a cabeça em cima de meu peito, desenhando pequenos círculos com as pontas do dedo em minha pele. Ela não parecia querer conversar, e eu deixo que apreciemos esse momento em silêncio. Era bom saber que ainda teríamos mais um mês juntos, não era o suficiente, mas ainda assim, melhor do que nada. Passo a mão pelos seus cabelos, e ouço um pequeno suspiro escapar de sua boca. Marie levanta a cabeça para me olhar.

— Aaron, não acha que tudo aconteceu muito rápido? — ela pergunta.

Sim, eu acho.

A encaro por alguns segundos, tentando adivinhar o porquê de vir com esse assunto agora. Ela me observa esperando uma resposta. Deito a cabeça no travesseiro e solto o ar.

— Talvez — respondo de maneira sincera. — Mas de que isso importa? Você vai ter que ir embora, não ia fazer diferença, ia?

Não queria que soasse ríspido, mas ela parece não se importar. Marie apoia o queixo em meu peito antes de dizer:

Efeito ParisWhere stories live. Discover now