Capítulo dezoito; Tudo bem, pode falar que você sente minha falta

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Como combinado, no sábado depois do almoço, Diego me deixou de carro em frente a escadaria do morro. Eu não cheguei a comentar com ele que me encontraria com Miguel, ele sabia apenas que eu me encontraria com a Nathaly e nem se passou na cabeça dele o fato de que o Miguel poderia estar lá também, já que ele sabia que ele não morava mais com a irmã dele.

— Você quer que eu te busque? – Diego perguntou enquanto eu retirava o cinto de segurança.

— Não precisa. Daqui eu vou direto para casa. – o encarei enquanto pegava minha mochila que estava entre minhas pernas. — Quando eu chegar te mando mensagem. – lhe dei um selinho antes de sair do carro e acenei para ele. O moreno sorriu sem mostrar os dentes e buzinou, não demorando para ir embora e eu apenas me virei para subir as escadas.

 O moreno sorriu sem mostrar os dentes e buzinou, não demorando para ir embora e eu apenas me virei para subir as escadas

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 — Amiga, você quer comer ou beber algo? – Nathaly perguntou ao se levantar da cama. A morena usava uma blusa de Matheus com um short jeans e tinha seu cabelo prendido em um coque, onde o havia segurado com um palito de unha.

— Não, obrigada. – sorri. — Eu já estou de saída. Preciso ir a outro lugar antes de ir para casa. – me levantei e peguei minha mochila que estava apoiada ao lado da janela.

— Bom, deixa eu te acompanhar até a metade do morro pra você não descer sozinha. – abriu a porta.

— Não precisa. – intervi e Nathaly me encarou confusa. — Eu desço sozinha, não tem problema. Você disse que precisava ver o Matheus, né? Eu não vou atrapalhar. – sorri sem graça.

— Rebecca... O que você vai aprontar hein? – cruzou os braços e arqueou uma de suas sobrancelhas, completamente desconfiada de mim.

— Eu não vou fazer nada. – ri. — Eu só vou passar na padaria daqui antes de descer porque quero comprar leite condensado. Deu vontade de comer brigadeiro e lá em casa não tem pra fazer.

— Vou te acompanhar só até a porta então. – Nathaly não parecia convencida da minha resposta, porém deixou para lá.

Lorenzo era sim minha amiga, — me arrisco até a dizer que a morena era uma das minhas melhores amigas — porém ela também era irmã do Miguel e eu não podia contar que o veria. Apesar de ser irmã dele, sei que ela não concordaria com o fato de eu ir a casa do mais velho para conversar; não agora que eu estava namorando. Só que eu precisava vê-lo. Precisava conversar com ele sem álcool no sangue e com os nervos à flor da pele.

Ao descermos, abri a porta e Nathaly a segurou logo atrás de mim. Ela não saiu de casa, apenas ficou do lado de dentro.

— Quando chegar em casa eu te mando mensagem, Nath. – me virei para vê-la. — Obrigada pela tarde.

— Que nada, você sabe que é sempre bem-vinda aqui. – sorriu. — Manda lembranças ao Diego e um beijo para o Miguel.

— O que? – ri ao quase me engasgar com minha própria saliva e ela apenas riu.

Até o Fim (LIVRO 2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora