24- conversando com a Lua

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  A melhor coisa feita nos últimos dias foi poder sair do hospital, eu voltaria no dia seguinte para tirar os pontos e o médico me garantiu que não ficaria cicatriz visível, com tratamento dermatológico a curto prazo a marca não existiria mais

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  A melhor coisa feita nos últimos dias foi poder sair do hospital, eu voltaria no dia seguinte para tirar os pontos e o médico me garantiu que não ficaria cicatriz visível, com tratamento dermatológico a curto prazo a marca não existiria mais.

  Suspirei, olhando para a Lua cheia, aquela mesma que estava preenchendo o céu no dia em que beijei Amber pela primeira vez.

  Abracei as pernas, sentado sobre aquele sofá marrom de couro, perto da janela infinita que tomava o lugar da parede que dava para a cidade.

  ㅡ Sabe... Dona Lua?! Ela faz falta aqui no meu céu... eu queria tanto estar jogando vôlei com ela agora em qualquer quadra que estivesse aberta a essa hora. Olha, vamos fazer assim: daqui a um tempo será noite no Brasil, então você aparece bem bonita lá para ela, banha aquele pele branca e realça o brilho daqueles cabelos, mas não se esqueça de dizer para ela que a amo muito...

  Quando me dei por mim estava chorando. Enquanto dormia, meu pai apagou o número de Amber e agora eu sequer podia ligar para mitigar um pouquinho da saudade que apertava meu peito.

  Peguei a foto que mantinha em meu bolso e a beijei na parte da testa. Acabei por dormir no sofá abraçado à foto e à almofada branca com poá cinza.

  O dia poderia ter começado de uma maneira muito melhor, isto se eu não tivesse dois fatores contra tudo: estava com uma profusa dor de cabeça e não tinha Junkyu ao meu lado

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  O dia poderia ter começado de uma maneira muito melhor, isto se eu não tivesse dois fatores contra tudo: estava com uma profusa dor de cabeça e não tinha Junkyu ao meu lado. Me sentei na cama, amassando os cobertores e apertando a cabeça como se aquilo fosse amenizar a dor.

  Resmunguei quando minha mãe me chamou para o café. Fui me arrastando até o banheiro e escovei os dentes, foi quando me toquei que ainda estava com a mesma roupa que havia saído na noite anterior:

   ㅡ Bom dia...ㅡ murmurei.

  ㅡ Bom dia, bissexual! ㅡ minha mãe respondeu, colocando com raiva as coisas na mesa.

  ㅡ Hm?

  Cocei a cabeça, me parecia a coisa mais esquisita do mundo. Haruto agarrou meus ombros:

  ㅡ Eu explico.

  Me fez sentar à mesa e serviu-me café sem um grão de açúcar, eu realmente gostava de café amargo, mas talvez fosse um ponto a mais para piorar minha dor de cabeça.

Match Point- Kim JunkyuWhere stories live. Discover now