𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟰𝟴

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𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

É incrível como desde que ela chegou vem tentando colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quando na verdade deveria ser o contrário, nós tínhamos que acolhê-la e cuidar dela.

- Você não teve muita sorte ao se inscrever no intercâmbio. - comentei, de repente, ela me olhou confusa. - Pegou a família mais cheia de problemas de Massachusetts.

S/N: Pois eu discordo. - sua expressão era suave. - Eu aprendi mais com vocês aqui do que em todos meus anos de vida.

-Aprendeu o quê? - arqueei uma sobrancelha.

S/N: Eu era aquele tipo de garota que sempre tinha a proteção dos pais em tudo que fazia... - começou contando. - ... Eu dava um passo e eles estavam ao meu lado, para me guiar. Quando eu vim pra cá me senti perdida e por um momento acreditei que não podia sozinha, mas daí eu comecei a me apegar em vocês. - sorriu. - Teus pais me acolheram como uma filha... - assenti. - ... Tua irmã me ajudou a seguir sendo criança. Max virou minha melhor amiga... - me olhou. - E você... -suspirou, enquanto sorria. Mordi meus lábios nervoso. - ... Você me ensinou a ter força.

-Como?- questionei, incrédulo.

S/N: Marcus, você é muito forte. - tocou minha mão. - Mais do que pensa que é. - seus olhos esverdeados me fitando. - Você é independente, livre... - encolheu os ombros. -... Aproveita a vida... - logo completou. -... Quando não está fazendo merda, claro. - sorri de canto. - Eu notei que perdi muito tempo presa no meu mundinho. - e então concluiu - Eu aprendi a ser dona do meu próprio nariz e isso vale muito.

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Eu poderia listar todas as coisas que aprendi nesse tempo de intercâmbio e principalmente o que aprendi com ele.

"Sabe Marcus, pela primeira vez eu tive um amor, é um amor de verdade, alguém que consiga fazer meu coração bater mais forte, minhas pernas bambearem e minhas mãos suarem. Mas sabe qual o problema? Não?! Pois vou te contar, esse mesmo amor consegue ser tão idiota quanto adorável, eu não consigo decidir se é certo ou não o amar. E ai está mais uma coisa que eu aprendi, amor não se escolhe, se sente e cala a boca, digamos assim."

Alguém estalou os dedos na minha cara e eu sai do transe.

-Oi? - o olhei, piscando seguidas vezes.

Marcus: Vegetando? - arqueou uma sobrancelha.

-Não, eu sempre faço isso quando o assunto me deixa entediada. – brinquei com ele, que fez uma cara de paisagem. - Estou brincando Marcus, Hahaha agora é hora que você ri. – expliquei. - Por Deus garoto, um senso de humor cai bem as vezes.

Marcus: Eu sou a pessoa mais bem humorada do mundo. - se defendeu. - Conhece a nova piada do não nem eu?

-Não. - que diabos de nova piada?!

Marcus: Nem eu. – respondeu, me deixando com a mesma cara de paisagem dele de segundos atrás. - Agora é a hora que você ri.

Um tempo depois da super piada de Marcus a campainha tocou, quando abri a porta me deparei com James seguido de minhas amigas de curso.

Charli: Menina, que parto foi achar tua casa. - comentou, me dando um beijo. - James é tão inútil que se perdeu.

James: Olha lá, a culpa não é minha se as madames vieram tagarelando o tempo todo. - se defendeu. - Acabei me confundindo.

Nai: Sempre perdido. - empurrou ele de leve pelo ombro, em seguida me deu um beijo no rosto. - Viemos ensaiar. – bateu palmas, sorrindo. - Na tua casa, porque já que nunca recebemos um convite formal, viemos por conta própria.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora