𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟮𝟯

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𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

-E se ninguém quiser falar comigo?- questionei, nervosa.

Max: Por Deus S/N, as pessoas vão falar com você. - rolou os olhos. - Acalme-se.

-Não consigo. - levantei, andando pelo quarto. - Estudei com as mesmas pessoas desde a primeira série. - expliquei. – Não sei fazer amizades.

Max: Não sabe fazer amizades? - repetiu, incrédula. - Você veio para uma cidade estranha, sozinha, na casa de completos desconhecidos e me diz que não sabe fazer amizades. - gargalhou. - Ai S/N, me poupe.

Mordi meu lábio inferior, já machucado pelo fato de que fiz isso seguidas vezes.

Me arrumei pra dormir, porém acabei tendo insônia, tudo pelo maldito nervosismo.

Desci para pegar um copo de leite, na tentativa de puxar o sono, levei um susto quando bati de frente com Marcus ao dobrar para entrar na cozinha.

-Ai. - me choquei contra ele, derrubando a água que ele segurava sobre sua camiseta. – Desculpe. - pedi, atrapalhada. - Eu não te vi.

Marcus: Tudo bem. - continuou na minha frente, impedindo que eu entre totalmente na cozinha.

-Com licença? - pedi parada.

Ele me encarou por uns segundos, então deu um passo para o lado, me deixando passar.  Peguei um copo e o leite, servindo-me.

Marcus: Insônia? - questionou, escorado na mesa.

Me limitei em assentir, ele suspirou.

Marcus: Vai fingir que eu não existo até quando? - escutei-o se aproximar.

-Não estou fingido que você não existe. - disse seca, me virando.

Marcus: Mas está me ignorando. - parou, mais perto que deveria.

-De facto, estou. – tomei um pouco do leite.

Marcus: Ainda por causa daquela discussão ridícula? - soltou o copo que tinha em mãos na pia.

-Ah, além de tudo foi ridícula para você?! - disse sarcástica. - Por Deus, cresce garoto.

Tentei passar por ele, porém Marcus segurou meu braço, me impedindo de seguir.

-O que quer?

Marcus: Se você não se importasse tanto, não ficaria com tanta raiva de mim. - tentei não olhar diretamente em seus olhos.

-A discussão foi importante para que eu saiba a pessoa baixa que é. - o encarei. - E eu nunca disse que não me importava, você que disse que eu não deveria me importar. - lembrei. - E é isso que estou fazendo.

Marcus: Eu... - me encarou.- ... Eu acho que fui um pouco grosso. - suspirou.

-Nossa, você levou esse tempo todo para perceber isso? - disse irônica.

Marcus: Por favor S/N, coopere. - pediu.

-Eu não vou facilitar as coisas para você Marcus. - disse séria. - Não mais. - acrescentei. - Você me machucou fisicamente a um tempo atrás e eu perdoei. - o encarei. - Você me machucou com palavras diversas vezes e eu perdoei também. - lembrei. - Agora já chega, não vou perdoar tão fácil. - disse convicta. - Não quero me machucar novamente. - ele soltou meu braço. - Você sabe porquê? - questionei, ele se manteve calado. - Porque hoje você é um amor, amanhã você estará me ignorando ou dizendo que nunca deveria ter conversando comigo.

Marcus: Quanta magoa. - negou com a cabeça.

-Siga levando na brincadeira. - suspirei. - Siga ignorando as palavras de quem quer te ver bem. - o encarei por uns segundos então voltei ao quarto, brava demais para conseguir dormir.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora