𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟮𝟲

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𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

A encarei por uns segundos, quer dizer, que tipo de pedido é aquele?

Porque ela não pode simplesmente ser como todo mundo e me pedir pra cozinhar um bife de fígado ou qualquer merda assim?

S/N: Vamos Marcus, não é difícil. - sorriu, me olhando. - Viu? eu consigo.

-Mas é que... - tentei argumentar, ela me cortou.

S/N: Mas é que nada, eu não queria deixar isso parecer com uma obrigação, mas você perdeu querido, tem que fazer o que eu quiser. - lembrou. - De boa, eu queria te ver sorrir de verdade um dia, só que, cara, tá demorando demais, daqui a pouco eu vou embora. - exagerou.

-Tá, ok. - dei um sorriso sem mostrar os dentes.

S/N: Que é isso Marcus? Em que mundo isso é um sorriso? - disse incrédula.

-No meu. - dei de ombros.

S/N: Só se for mesmo, porque no meu não é nem ferrando. - mexeu em seus fios lisos. - Qual é, você pode fazer melhor que isso.

-Eu não consigo sorrir assim, do nada. - expliquei.

S/N: Você esqueceu como se sorri. - negou com a cabeça. - De tanto tempo que não o faz. - concluiu. - A vida é bem melhor quando se é feliz.

-Agora só porque eu não fico rindo pras árvores eu não sou feliz? - arqueei uma sobrancelha.

S/N: Tem noção da importância de um sorriso pra árvore? - a encarei, sem acreditar no que ela falava. - Quer dizer, ela ia fazer a fotossíntese bem mais feliz. - brincou.

-Eu ainda não vou sorrir pra uma árvore. - disse por fim.

S/N: Beleza, estou te pedindo para sorrir para mim e não pra droga da árvore. - rolou os olhos.

-Olha aí, ofendeu a coitada. - neguei com a cabeça, implicando.

S/N: Marcus, sorri logo. - ela praticamente "quicava" em seu lugar.

Suspirei, isso não é tão fácil como parece. Não para mim.

-Me dá umas horas? - questionei, a encarando. - O meu único sorriso pro momento você não aceitou.

S/N: Você precisa de horas para sorrir? - perguntou incrédula, assenti. - Meu Deus Marcus, isso não é tão difícil.

-Se você quiser um sorriso forçado... - dei de ombros. - ... Então lá vai.

S/N: NÃO. - berrou, me olhando. - forçado não serve.

-Não estou afim de sorrir agora. - cruzei os braços.

S/N: Tem uma hora, nem um segundo mais. - avisou.

Por incrível que pareça e por mais contraditório que seja, a forma como ela falou essa frase me fez sorrir.

Sem problemas eu poderia ter impedido que isso acontecesse, porém não era esse o objetivo.

Obviamente não foi um sorriso grande e nem muito encantador. Mas parereu agradar S/N.

S/N: Aleluia. - bateu palmas, rindo. - Feliz? - questionei.

S/N: Muito. - respondeu de volta, sorrindo. - Você tem um sorriso lindo. - elogiou. - Por mais que ainda tenha esperanças de ver um de verdade e não essa coisa meio falsa.

-É o que consegui pro momento. - dei de ombros.

S/N: Um sorriso sincero, certamente seria mais bonito que esse. - me olhou.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora