𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟭𝟲

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𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

Fiquei um tempo na sala, pensando em como dar a notícia para meus pais, descobri que não existe uma forma fácil de fazer isso, ainda mais porque eles me falaram para não ir de carro.

Fiz um lanche, tomei um pouco de água e depois de quase uma hora lá por baixo, subi para dormir, porém quando passei pelo quarto de Max, algo me chamou a atenção.

S/N estava ferrada no sono, mas entre seus braços estava minha jaqueta, ela a abraçava fortemente, me encostei na porta e fiquei olhando, algo na cena mexeu comigo, mais do que nunca eu queria esse casaco de volta.

O aroma doce dela deve estar impregnado na jaqueta, neguei com a cabeça, indo pro meu quarto, deitei na cama e demorei a dormir.

(𝗤𝘂𝗲𝗯𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗧𝗲𝗺𝗽𝗼...)

No dia seguinte, acordei 14h da tarde, assim que desci, senti o clima pesado na sala, meu pai soltou o jornal que lia sobre a mesa, minha mãe me encarou, Max e Ginny não se atreviam a respirar e S/N não estava na sala ainda.

Clint: Eu vou perguntar e espero não me arrepender disso depois. - disse sério. - Onde está o carro?

-Foi guinchado... - antes que meus pais pudessem ficar aliviados, acreditando que só estacionei em um lugar proibido, eu completei. - Porque eu bati ele.

Ellen: Você bateu o carro? - repetiu incrédula. - Onde Marcus?

Em um poste. - suspirei, olhando para meus pais.

Clint: Agora já basta. - levantou, batendo as mãos na mesa. - Você passou dos limites Marcus, minha paciência se esgotou. - disse bravo. - Eu pedi para não sair com o carro, você teimou e deu nisso. - me encarou - Amanhã iremos arranjar um emprego para você. - arregalei os olhos, abri a boca para protestar, porém ele me impediu. - Não estou perguntando se quer ou não, estou decidindo que você vai e pronto. - sua voz era baixa, porém irritada. - Irá trabalha até pagar o concerto do carro e não queira nem saber que medida irei tomar caso não fizer o que estou mandando. Já chega de nos fazer de palhaços e sempre sair ileso, as coisas irão mudar.

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Desci as escadas, encontrando todos em silêncio, Marcus olhava seus pais, os confrontando, Clint tinha uma expressão decidida, enquanto Max, Ginny e Ellen estavam assustadas e confusas.

Decidi que um bom dia não é bem vindo agora, então me mantive calada ao lado de Max, que sussurrou.

Max: A bomba explodiu. - a olhei, ela mordeu o lábio inferior nervosa. - Marcus bateu o carro. - contou, como se eu não soubesse. - Agora terá que trabalhar para pagar o concerto.

Arregalei os olhos por uns segundos, olhei pra Marcus, que continuava parado no mesmo lugar.

Clint: Quer falar algo? - questionou, com a voz firme.

Marcus negou com a cabeça, então subiu as escadas de dois em dois degraus, visivelmente abalado.

Olhei pra Max, passando os olhos por Ellen e Clint, retornando para Max.

Suspirei e subi as escadas atrás de Marcus. Bati duas vezes na porta fechada.

Marcus: Entra. - falou com a voz irritada. Abri a porta apreensiva, Marcus levantou o olhar me encarando, entrei no quarto e fechei-a, indo sentar ao seu lado.

-Você sabe que mereceu isso. - o encarei. - Então não fique bravo com eles. - coloquei a mão sobre a perna de Marcus, ele passou os olhos por minha mão, corei e tentei tirar, porém ele pousou a mão sobre a minha.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora