𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟯𝟯

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𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

As palavras simplesmente saltaram pra fora de meus lábios, sem que eu conseguisse obter qualquer controle sobre elas.

Foi algo involuntário, que veio não sei da onde, porém, nem em um milhão de anos me arrependerei de tê-las pronunciado.

Pelo menos não depois de ver aqueles olhos esverdeados lotados de emoção, de surpresa, de carinho.

E mais do que isso, saber que todas essas coisas boas foram direcionadas e causadas por mim.

Por mim!!!

Dá pra acreditar?! Pois é, não.

Nem lembro qual foi a última vez que alguém me olhou sem ser com pena, ódio, puro desejo ou um olhar vazio.

S/N: Eu nem sei o que falar. - balbuciou, transtornada.

Então baixou o olhar, encarando as próprias mãos. Intervi no mesmo segundo, tocando seu queixo de leve e a fazendo voltar a me olhar.

-Não me prive de ver o que se passa com você. - pedi, com a voz um tanto baixa. - Seus olhos falam tudo que você não consegue dizer.

Ela sorriu um pouco, tímida, quase olhou para baixo de novo, porém seguiu com o olhar grudado no meu.

-Linda. - elogiei, tocando seu rosto.

Eu simplesmente não tinha controle nenhum sobre mim mesmo, minhas mãos não paravam de toca-lá, minha boca ficava soltando frases no ar.

O efeito dos olhos dela sobre mim é mais devastador do que eu imaginava.

S/N: Quer saber mais alguma coisa? - perguntou, tímida.

-Não, acho que isso basta. - suspirei. - Agora você vai sair daqui não vai? - adivinhei, sentindo um aperto estranho no peito.

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

-Eu não posso. - disse o olhando, falando com a voz baixa. - Max está pegando demais no meu pé por causa de nós dois. - contei, um pouco tímida.

Marcus: Deixa minha irmã pra lá, ela vai seguir te incomodando de qualquer forma. - argumentou. - É só isso que ela sabe fazer. - rolou os olhos. - Fica aqui comigo. - pediu, me olhando com aqueles olhos azulados, cheios de ternura.- Ou melhor - disse animado. - Vamos sair? - me olhou, enérgico. - Sei um lugar ótimo para irmos, diz que sim, vai.

Gargalhei com a alegria dele e acabei concordando, e confiando na escolha de Marcus, afinal, aquele passeio ao parque foi maravilhoso da última vez.

Fomos de carro até um local que parecia um ginásio, entramos e dei de cara com uma pista de patinação no gelo.

-Tá brincando. - falei incrédula. - Eu não sei patinar, mal consigo me equilibrar em um salto alto. - exagerei.

Marcus: Hey, estou aqui não estou? - me puxou pela mão. - Não te deixarei cair, prometo.

Falou, já me arrastando para o local onde colocamos os patins.

Quando estávamos prontos, Marcus me ajudou a entrar na pista, me agarrei no corrimão que há nas bordas do local, enquanto ele parecia bem seguro a minha frente.

Marcus: Vem, me dê a mão. - esticou o braço.

-Se eu soltar isso eu caio. - disse com as pernas trêmulas, toda desengonçada.

Marcus: Já lhe disse que não te deixarei cair. - afirmou, de novo.- Vamos, segure. - indicou sua mão.

Fechei os olhos, numa tentativa patética de me passar auto confiança, soltei o corrimão no mesmo segundo em que me agarrei, com as duas mãos, no braço de Marcus.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora