𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟯𝟭

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𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Eu mal conseguia acreditar quando escutei a voz tão familiar de Dixie e Avani, um alívio encheu meu corpo, algo que eu não conseguia explicar, porque até falar com ela eu não tinha noção do quanto precisava disso.

Do quanto eu estava com saudade.

Logo notei que colocaram o telefone no viva voz, quando Avani começou a atropelar as falas de Dixie.

Avani: Por Deus S/N, fale a nossa língua, mesmo com você longe, a gente não quebrou o código. - disse impaciente, somente então me toquei que estava falando inglês, por pura força do hábito, na hora voltei para minha língua oficial.

-Desculpe, estou acostumada demais. - falei, sem conter o sorriso enorme por falar com minha melhor amiga.

Dixie: Avani não está nem um pouco familiarizada com isso. - disse com voz de deboche. - Parecia uma índia falando com o menino que atendeu o telefone. - contou.

Avani: CALÚNIA. - gritou. - Eu sei falar melhor que muita gente por aí.

Dixie: Avani, calada. - gargalhei com a briga das duas. - E aliás, quem é o menino que atendeu? Que voz linda pelo amor de Deus.

Avani: Qual é S/N, ri depois, a ligação vai sair cara. - tentei me conter. -  Demoramos um tempo enorme para convencermos meus pais pra que pudéssemos falar com você. - contou.

Comecei com um ataque de riso que me impedida de falar qualquer coisa.

-Vocês são as melhores amigas do mundo. - falei, emocionada.

Avani: Já sei gata, já sei. - se gabou. - Estou morrendo de saudade. - disse com a voz de criança. - Volta logo.

-Também estou com saudade. - disse sincera. - Levarei presentes.

Avani: Não me importaria se trouxesse a pessoa que atendeu o telefone. - rolei os olhos. - Vamos, desembucha, quem é?!

-MAS OLHA VOCÊ! Não acredito que me ligou para falar sobre a voz do meu irmão de mentirinha. - disse rindo.

Avani: NÃO CREIO. - deu um berro. - Puta que pariu, aquele gato? Você tem um rabo que vou te contar, quisera eu ficar na casa de um garoto lindo e com uma voz assim. - ela não tem limites.

𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

Desisti de seguir escutando, afinal, não estava entendendo nada, de qualquer forma, então voltei para meu quarto.

Uns 20 minutos depois S/N entrou nele com o telefone em mãos e a cabeça baixa, no último segundo notei seus olhos vermelhos.

-Hey, o que aconteceu? - toquei seu braço, a segurando levemente.

S/N: Nada. - disse com a voz pesada e rouca.

-Como nada?! Esteve chorando. - toquei sua bochecha, com cuidado, acariciando-a.

S/N: Já estou bem. - fungou, tentando parecer forte. - Foi só... Quer dizer... Eu... - se enrolou, fraca demais para fingir.

-Aconteceu algo com algum dos seus familiares? - questionei, ela maneou a cabeça negativamente. - Com seus amigos? - novamente uma resposta negativa.- Então...?

S/N: Eu só... - suspirou, vencida. - ... Sinto saudade. - admitiu, levemente corada. - Não sei, mas, falar com meus amigos fez com que meu coração se apertasse. - sua voz foi sumindo aos poucos e as lágrimas, que ela provavelmente trancou anteriormente, voltaram a cair.

E eu não podia fazer nada além de puxa-la para meus braços.

Acariciei seus cabelos e a embalei lentamente.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora