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Naquela noite, Nicole e Alice dormiram com ele, que conseguira dormir. Ele acordou uma só vez para ver as filhas e então voltava a dormir. Dormiram até um pouco mais tarde e ele sentiu, pelo menos uma parte do corpo, agradecer. Anahí ficou mais quato dias internada, mas quando voltou para casa estava cem por cento. As filhas que comemoraram.

Anahí – Prontinho. – Terminava de secar o cabelo das duas, já tinha percebido o quanto o cabelo da mais velha estava mais raso. Precisavam conversar.

Alice – Buenas noches mami. Buenas noches papi. – Os dois a beijaram já na hora de dormir e ela fechou os olhinhos.

Alfonso – Olha. – Sussurrou na porta do quarto de Nicole, que depois de passar a mão na cabeça segurava alguns fios de cabelo.

Anahí – Temos que explicar hoje. – Ele assentiu e entraram, vendo o bico da filha.

Nicole – Mamãe. – Estendeu a mão. – Meu cabelinho. – Os olhinhos brilharam pelas lágrimas.

Anahí – Eu sei princesa. – A beijou. – Lembra que a tia Bibi disse que isso poderia acontecer?

Nicole – Não quero que ele vá embora que nem os da Lulu e do Pedrinho! – Soluçou. – Não quero mamãe! – Anahí a abraçou.

Alfonso – Ele vai crescer de novo, princesa. E não vai demorar nada!

Nicole – O da Lulu não cresceu!

Anahí – Porque o dela ainda está indo embora. – Enxugou seu rostinho. – Sabe o que mais? Quando ele vai assim, todo embora, ele volta muito mais lindo e muito mais forte, mais brilhoso e charmoso.

Nicole – Mentira!

Anahí – E eu sou de mentir? Eu sou de mentir Poncho?

Alfonso – Nunca! Mamãe nunca ia mentir pra nós filha.

Nicole – Não sei. – Fungou.

Anahí – É sério princesinha. Quando ele voltar vai estar muito mais lindo! Eu prometo.

Nicole ainda chorou mais agarrada nos pais e adormeceu. Quando foram para o quarto se abraçaram.

Anahí – Poncho... Eu tomei uma decisão.

Alfonso – O que?

Anahí – Quando ela... Estiver sem o cabelo, eu vou tirar o meu também. – Ele a olhou surpreso. – Eu sei o quanto vai confortá-la e depois ele vai crescer. Além do mais posso usar peruca, lenço.

Alfonso – Você tem certeza? – Abaixou quando ela sentou na cama. – Você tem tanto... Não sei gosta muito do seu cabelo.

Anahí deu ombros – Não importa. – Ele a abraçou.

Nada mais foi dito. O mês foi passando rápido. O cabelo de Nicole caia devagar, ainda esperavam um pouco para perguntar se ela queria raspar, estavam dando um tempo vendo que ela se acostumava com a ideia. O dia anterior à audiência chegou. As meninas dormiam. Anahí encheu a banheira e tirou a roupa, colocando o roupão branco. Alfonso entrou no quarto e foi para o banheiro.

Anahí – Amor... – O abraçou por trás, beijando suas costas nuas, já que só usava uma calça de moletom. Ele fechou os olhos. – Não fica assim ninguém vai tirá-la da gente. – Subiu a mão, massageando seu pescoço e ombros.

Alfonso – Só fico tenso quando tem algum processo importante. Esse é o maior deles. – Apoiou as mãos na pia.

Anahí – Por isso é o melhor no que faz. – Apoiou a testa em suas costas, continuando com os beijinhos. – Eu sei que é e confio em você.

Ficaram em silêncio e ela se colocou entre ele e a pia. Sorriu, passando a mão em seu rosto. Ele fechou os olhos apoiando a cabeça em sua mão e a abraçou pela cintura, acomodando o rosto em seu ombro.

Annie – Eu ia tomar um banho. – Sussurrou em seu ouvido. – Vem comigo? – Enlaçou os dedos nos dele e se encararam. – Vem... – Beijou a pontinha do nariz dele e o puxou.

Alfonso – Quer que eu molhe a calça. – Ela deu ombros e tirou o roupão, ficando nua e entrando na banheira. A única reação dele foi tirar a roupa e entrar lá com ela.

Anahí – Precisa relaxar. – Dei um jeito de se colocar atrás dele, voltando a massagear seus ombros.

Ele se deixou relaxar nos braços dela, que às vezes dava um beijinho em seu ombro, às vezes no pescoço, às vezes na bochecha.

Alfonso – É muito tempo... – Falou depois de minutos em silêncio.

Anahí – O que?

Alfonso – Sem você. – Suspirou e virou o rosto para ela. – Sem paz...

Anahí – Eu sei... – Fechou a mão nos cabelos dele quando recebeu um beijo no pescoço. – Eu sei... – Repetiu quase sem voz.

Ele foi subindo para seu maxilar e ela já prendeu a respiração, tamanha era a saudades. Os dois fecharam os olhos e ela virou um pouco mais o rosto, fazendo com que as bocas se encontrassem. Ele ofegou só com o simples toque e se virou, segurando sua nuca e aprofundando o beijo. A outra mão dela foi para o ombro dele, o puxando para si, enquanto as línguas se massageavam saudosamente. Ele virou mais, ficando com o corpo quase todo em cima do dela e a puxou, invertendo a posição, ela ficou com ele entre as pernas e as mãos segurando a cabeça dele, que foi subindo as mãos desde sua coxa, passando pelo bumbum, costas e agarrou seus cabelos, puxando, a fazendo pender a cabeça. Ela soltou um leve gemido e ele desceu a boca para seus seios, parou com a boca encostada no direito, os dois já ofegantes e ela sabia porque ele tinha parado então só levou uma mão para acariciar sua nuca e ele voltou a beijar seu corpo, abocanhando seu mamilo. Ela mordeu o lábio reprimindo o gemido e se moveu, foi a vez dele gemer e agarrar sua cintura. Com as carícias o corpo dela se ondulou para ele sem perceber. Ele voltou a beijá-la na boca e ela passou a arranhar seu peito. Ele a encaixou em si e os dois gemeram aliviados, ela deixando o corpo cair em cima do dele.

Alfonso – Meu amor... – Falou sussurrando entre os ofegos passando o rosto pela pele dela. – Meu amor...

Ela gemeu e agarrou seus cabelos, escondendo o rosto em seu pescoço. Ele guiava sua cintura e ela não conseguia pensar. Na verdade, a mente dos dois estava perdida no nublado, eles não precisavam pensar, não agora. Os corpos se entendiam e se completavam entre si. Ele a virou, ficando por cima. Voltaram a s beijar e ele aumentou os movimentos, arrancando mais gemidos da mulher e dele mesmo. Ela agarrou uma mão na ponta da banheira, se inclinando para ele, mas a necessidade de sua pele foi maior, a fazendo espalmar uma mão em suas costas e outra em seu peito, acariciando, apertando e arranhando. Hora ele era rápido, hora era devagar e os dois enlouqueciam juntos, se amando. Ela enlaçou sua cintura com as pernas e ele mordeu seu ombro com um de seus arranhões. Passaram-se horas e por mais que a água estivesse fria e uma boa parte dela para fora da banheira, os dois sentiam cada vez mais calor e necessidade de estarem juntos, o banheiro era preenchido com ofegos e gemidos intensos de saudade e desejo. Acabou com ela jogando a cabeça para trás e ele com a dele em seu pescoço, com um último gemido aliviado e satisfeito. Ele caiu em cima dela, que o acolheu acariciando suas costas e cabelo.

Ficaram em silêncio por mais longos minutos.

Alfonso – Vai ficar doente. – Sussurrou dando um beijinho em seu ouvido e saiu de cima dela, lhe dando a mão. – Ele levantou e ligou o chuveiro na água quente, deixando a água da banheira ir embora.

Tomaram banho juntos com alguns carinhos e se trocaram, ela com a camisola e ele com uma calça de abrigo. Passaram no quarto das filhas para ver como estavam e depois foram para o deles. Deitaram abraçados de conchinha e ela sorriu quando ele passou os lábios em sua bochecha.

Alfonso sussurrou – Te amo.

Anahí – Yo te amo más. – Virou dando um selinho carinhoso.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Where stories live. Discover now