Capítulo 40

276 25 1
                                    

Eu estava no silêncio do meu quarto quando várias batidas fortes e repetidas me assustaram, me fazendo sair da cama apressada.

— Meu Deus, o que aconteceu? — Eu perguntei ao ver Zetsu na minha frente.

— Não tenho tempo pra responder, Pain está chamando todos nós em sua sala — Ele disse com a voz fina e então nós dois nos dirigimos para a sala de Pain.

Quando cheguei lá pude ver que todos estavam apreensivos e Deidara estava do outro lado da sala, como eu fui a última a chegar não pude ficar do seu lado.

— E então? — Eu perguntei para Pain.

— Bom, recentemente eu descobri que algumas vilas se juntaram para acabar com a Akatsuki, então precisamos lutar — Pain disse — Caso contrário, morreremos todos. Não são um ou dois grupos de shinobis.

— Mas como isso aconteceu de repente? Nós não fizemos nada recentemente — Eu disse enquanto alguns murmuravam.

— Roubar pergaminhos importantes, lutar e tentar raptar jinchurikis, roubar armas secretas — Pain suspirou — Na verdade nós fizemos muito.

— Quando isso vai acontecer? — Alguém perguntou.

— Ainda não sabemos, mas não podemos esperar que eles venham e comecem o ataque. Iremos atacar primeiro — Konan disse.

— Não seria tão inteligente. Precisamos treinar ou pelo menos pensar mais nisso — Itachi disse.

Ouvi algumas pessoas suspirando nervosas, quase nenhum de nós gostou da ideia de atacar, mas muitos não queriam esperar.

— Nós poderiamos treinar e nos prepararmos, enquanto alguns iam nessas vilas recolher informação, seria muito estúpido sairmos agora sem saber quase nada — Eu disse.

A conversa se esticou por muito mais tempo, pensei que nós nunca chegariamos á um acordo, mas enfim chegamos.

Ficou decidido que os mais fortes ficariam no esconderijo, e outros se dividiriam nas vilas disfarçados e recolheriam toda informação importante ou não.

Cada um foi pro seu quarto, todos iam se preparar para o dia seguinte.

(...) No dia seguinte.

Acordei muito cedo e fui direto para a sala de treinamento, o sol nem havia nascido e então eu aproveitei. Testei algumas técnicas novas e estudei um pouco como meu chakra estava. Depois disso fui para o meu quarto de novo e tomei um banho demorado. Me arrumei novamente mas nada de roupas "chiques". Eu usei uma faixa nos seios para que estes não me atrapalhassem caso eu tivesse que lutar, usei um shorts um pouco longo com o tecido leve e uma blusa um pouco apertada e com o decido mais pesado, que ficaria colada em meu corpo.

Dessa vez teriamos que agir seriamente, nada de brincadeiras, isso custaria nossas vidas.

Assim que terminei de me arrumar, fui para a sala de Pain.

— Ficou decidido que os mais fortes sairiam para as vilas, então, qual vai ser minha dupla? — Eu perguntei ao entrar.

— Isso é uma piada? — Pain perguntou — Nós já dissemos que o seu chakra é um dos mais poderosos entre nós, você deve ficar aqui.

— Ah... — Eu disse surpresa, não imaginei que ele me considerasse uma das mais fortes.

— Eu queria te pedir uma coisa, sobre seu corpo.

— O quê?

— Como seu chakra é muito potente, queriamos usar seu corpo, para transferir o chakra para os meus clones. Ou até te transformar em um deles — Pain disse.

— Eu não quero me transformar em um dos clones. Vocês podem usar o meu chakra.

— Sim, mas você não vai ter consciência, ficará presa em uma máquina que sugará seu chakra, como aquela que te testamos no começo.

Eu o olhei por um tempo, aquilo foi horrivel, mas isso seria necessário.

— Tudo bem — Eu disse baixo assentindo com a cabeça.

Depois disso saí da sala de Pain e fui em direção á cozinha, para ter minha primeira refeição do dia.
Eu peguei duas frutas e me sentei na mesa enquanto comia.

— Bom dia — Deidara disse entrando na cozinha e passando seu braço em meu ombro.

— Bom dia — Eu sorri.

— Você não foi falar comigo ontem, o que aconteceu?

— Hm? Nada, eu só estava cansada.

O loiro assentiu com a cabeça, pegou mais uma fruta e se sentou ao meu lado para comer comigo.

Mesmo que eu tentasse prestar atenção em Deidara e no que ele dizia, eu não conseguia. Meus pensamentos sempre iam e voltavam sobre a nossa missão e o que aconteceria.

Deidara parecia feliz falando comigo e eu também estava, mas sentia uma sensação estranha. Uma voz feminina foi ouvida fora do esconderijo. Eu me levantei para ir atender a porta, até porque queria sair dali com um pretexto.

Ao abrir a porta pude ver a garota que eu havia encontrado ontem, colhendo flores. Senti um aperto forte em meu peito.

— O que deseja? — Eu disse e vi a expressão assustada da garota.

— Você mora aqui? E... Bom, eu vim ver o Deidara — Ela disse segurando o buquê de flores que eu ajudei a escolher.

— V-Você quer... — Eu disse e dei uma longa pausa. Fechei a porta rapidamente e fui até onde o Deidara estava.

— O que aconteceu? Quem era? — Ele perguntou.

— É uma garota. Ela quer te ver — Eu disse segurando minha raiva e pude ver que ele já sabia quem era.

— S/n, espera aí! — Ele disse saindo dali.

Eu fiquei sentada em uma cadeira, na cozinha, sozinha. Estava esperando o garoto chegar para me explicar o que estava acontecendo.

Muitos minutos depois ele entrou na cozinha parecendo nervoso, e segurava o buquê que a garota trouxe.

— E então? — Eu disse olhando fixamente para o buquê.

— Eu nem conheço essa garota, eu fiquei com ela algumas vezes — Ele disse nervoso.

— Tudo bem, você não me deve explicações
— Eu disse forçando um sorriso.

— Eu conheci ela depois que você perdeu sua memória, não pensei que você se lembraria de tudo.

E isso é motivo?!

— Tudo bem, Deidara. Você não me deve explicações, afinal nós dois não temos nada — Eu sorri novamente e saí da cozinha, ouvindo Deidara me chamar algumas vezes.

Eu não me virei, apenas segui até o meu quarto, ainda sorrindo. Eu tentava dizer para mim mesma que estava tudo bem, como eu disse, nós dois não temos nada, eu não posso tentar controlar as suas relações.

Eu pensava em como eu estava sendo idiota, levar esse pequeno acontecimento como algo horrivel, e mesmo que eu estivesse me sentindo triste, eu sabia que nem tudo era tão idiota assim.

...

O céu ainda estava muito claro para que eu dormisse, então fiquei no meu quarto sozinha e depois fui para a sala de Pain, onde ele e Konan me fizeram companhia.

A Decisão Que Mudou Minha Vida - AkatsukiOnde histórias criam vida. Descubra agora