Capítulo 6

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No dia seguinte eu acordo sentindo meu corpo pesado e dolorido, mas pelo menos eu conseguia andar normalmente. Ouvi alguns toques na porta e a abri.

- Bom dia, flor do dia! Acho que eu não me apresentei, me chamo Hidan - O homem grisalho disse sem me deixar responder - O Pain me pediu pra te chamar pro café da manhã, você vem?

- Ah... Bom dia Hidan! - Eu disse o olhando - Vocês vão comer agora?

- Sim, estamos esperamos esperando você - Ele disse - Mas tudo bem se não quiser ir.

- Não, eu vou sim... Estou faminta - Eu disse.

- Tudo bem, eu posso te acompanhar então - Ele disse sorrindo.

Eu segurei no seu braço apenas para me apoiar e depois nós fomos até a sala onde eles comiam.

- Bom, eu trouxe a nossa princesinha - Hidan disse puxando uma cadeira para que eu sentasse.

- Obrigada - Eu sentei na cadeira fazendo uma careta pois minhas pernas ainda doíam.

As outras pessoas da mesa olhavam para Hidan um pouco incomodados, tanto quanto eu.

- Você não precisa tratá-la assim, Hidan - Pela voz, eu julgava ser o Kakuzu.

- Como? Ah, vocês sabem, não é sempre que vemos pessoas bonitas assim - Hidan terminou a frase e eu senti minhas bochechas queimarem.

- Nós sabemos que você aprecia pessoas bonitas, mas S/n parece desconfortável - Pain disse.

- Tudo bem, vamos comer? - Konan disse fazendo com que os cochichos parassem.

E assim nós conseguimos terminar de comer em silêncio.

Após o café, eles foram saindo para missões e eu fiquei sozinha na mesa, apenas com o Pain e Konan.

- Konan, você foi na aldeia da rocha, certo? - Pain disse comendo uma pequena uva verde.

- Na verdade não, eles estavam com os portões fechados e muitos guardas, preferi aguardar um pouco - Konan começou - Mas eu posso ir hoje, ver como está.

- Tudo bem, seria bom se você fosse - Pain disse se levantando.

Konan sumiu como num passe de mágica, me deixando á sós com o Pain.

- S/n, você pode ir na minha sala? - Ele disse.

- Sim, eu te encontro lá - Eu falei me levantando devagar.

(...) Na sala de Pain...

- Precisa de algo? - Perguntei entrando na sala.

- Tire a sua roupa, por favor - Ele disse sem expressar emoções.

- Por que? Mais testes? - Eu disse.

- Não, eu queria ver as feridas do su corpo - Ele disse encostando na sua mesa.

- Mas você já viu elas - Eu disse me recusando a tirar.

- Eu não tive tempo de ver bem, eu quero ver e saber a história delas - Ele disse se aproximando de mim.

- Tabom, mas não chega perto - Eu disse tirando a blusa e o short que eu estava usando.

Ele assentiu com a cabeça e voltou á sua mesa.

Eu já estava quase sem roupa, mas não tirei a lingerie. Ele olhava pro meu corpo com uma certa pena. Eu sentia que ele queria tocar, pois ele estava meio inquieto.

- Me deixe perguntar, essa cicatriz acima do seu seio... Como aconteceu - Ele disse sem disfarçar o olhar.

- Eu estava treinando com meu antigo sensei e ele "sem querer" jogou uma kunai e rasgou a pele de cima... Eu pensei que em uma semana sairia, mas não - Eu disse passando a mão em cima da cicatriz.

- Digamos que seja um charme a mais - Ele disse - E os outros cortes nas pernas e braços?

- Foram em treinos e das vezes que... Você deve saber - Eu disse pegando minhas roupas e me vestindo.

- Ele realmente abusou de você? E ninguém fez nada? - Ele perguntou.

- Eu não tenho motivos pra mentir, ele me assediava com frequência e como ele era meu sensei eu achei que isso era normal... Quando eu me dei conta de que ele poderia fazer algo pior algum dia, eu contei pra uma amiga que me aconselhou.

- Sinto muito... Mas você sabe, pra conhecermos a felicidade precisamos sentir e conhecer a dor - Ele disse se aproximando de mim e me abraçando.

Eu fiquei sem reação nenhuma, mas retribui o abraço.

- Obrigada pelo seu conforto, mas eu queria pedir pra você parar um pouco...

- Você se sente mal com isso? - Ele disse se separando de mim.

- Um pouco. Não estou acostumada com tanto carinho e gentileza que vocês estão me proporcionando - Eu disse - Mas eu sou realmente grata por isso.

Depois da nossa conversa e fui até o local de treinamento, pra testar os uso de kunais.

Eu estava treinando quando um homem chegou.

- Ah, desculpe pode treinar! - Eu corri para guardar as kunais.

- Ei, tudo bem. Eu só quero ver você treinando - Ele disse.

- Mas... Tudo bem - Eu disse e voltei a treinar com um certo receio.

Depois de alguns minutos eu percebi que estava bem melhor no meu modo de atirar as kunais, mas não perfeita ainda.

- Você precisa colocar mais força no lado predominante do seu corpo - Ele disse.

- Oi? - Voltei minha atenção para o homem que já estava do meu lado.

Ele segurou o braço que eu estava segurando a kunai e a posicionou direito. Ele movia meu corpo, até que eu estivesse pronta. E enfim nós atiramos a kunai e acertamos o alvo.

- Se precisar de alguma coisa me avisa, vou estar alí - Ele acenou e voltou a se sentar em uma bancada.

Realmente apreciei a ajuda dele, pois kunais são o meu maior pesadelo, mesmo com muito treino eu ainda sou bem ruim.

A Decisão Que Mudou Minha Vida - AkatsukiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora