Capítulo 4 - Operação "Derrotar o Dragão e Salvar a Princesa"

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Harumin, Matsuri e Nene tentam convencer Yuzu a escutar o que elas têm a dizer. Shiraho e Himeko se reúnem para ver o que podem fazer para ajudar Mei. Amemiya já está com tudo pronto para tentar acabar com os Aihara. Megumi chega ao Japão para matar as saudades de tudo e de todos. Yuzu é informada dos planos de Mei e decide agir.

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Amemiya começou a demonstrar sinais de desequilíbrio logo depois de ter sido expulso e enxotado da Academia Aihara. Logo quando se tornou o noivo escolhido para desposar Mei, o ex-professor havia pensado em várias possibilidades: ganharia poder e dinheiro ao assumir algum papel importante no Grupo Aihara, depois daria um golpe poderoso que deixaria a família da futura esposa na miséria; depois de acabar com o velho Yasuo e sua neta, ele partiria rumo a um paraíso no Pacífico ou no Caribe, onde poderia gastar todo o dinheiro em companhia da namorada também golpista.

Ele se lembrou do dia em que seu nome foi dito em alto e bom som por Yuzu, que invadiu o palco e tomou o microfone de uma das integrantes do conselho estudantil. Ficou tão cego de raiva quando todos os olhares — dos professores, das alunas, dos funcionários e do presidente Aihara — se voltaram para ele que havia esquecido daquela estudante loira, com uniforme totalmente diferente do adotado pela escola. Algum tempo depois, Amemiya viria a descobrir que Yuzu era, na verdade, a irmã de Mei, porém não uma Aihara de origem.

Depois de acabar com o velho e a neta, vou atrás daquela idiota que me denunciou, a Aihara postiça! Ela também merece receber o troco por ter me denunciado! Qualquer Aihara que estiver na minha frente merece sofrer muito. Ninguém tem o direito de brincar com a vida de Takashi Amemiya, NINGUÉM! Eu vou descobrir onde aquela miserável mora, vou acabar com a vida dela até que não sobre nada! — delirou Amemiya.

Dentro do carro emprestado, um revólver adquirido por meio dos criminosos que ele conhecia, um punhal, um machado e um galão de combustível. Como iria usar essas armas, nem ele mesmo sabia. O importante era fazer logo o serviço e extravasar toda a raiva acumulada no último ano.

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No aeroporto internacional de Tóquio, desembarcam vários passageiros de um voo vindo do Canadá. No meio deles, Megumi não vê a hora de pegar toda a sua bagagem e ligar para o irmão mais velho, pedindo para buscá-la no setor de desembarque. Ela poderia muito bem pegar um táxi e sair do aeroporto o quanto antes, mas para que pagar caro quando seu irmão pode muito bem dirigir o carro da família? Aproveitando que Koichi trabalha em casa como programador, não teria problema tirá-lo por alguns minutos da frente do computador para ir até ela.

— Alô! Koichi! Cheguei, vem me buscar! Só não diga nada para mamãe e papai. Faz de conta que você precisou sair a pedido do serviço e vai ter que ir de carro até o aeroporto.

— Ah, sua preguiçosa! Podia ter me avisado com antecedência sobre o horário de desembarque! Não é porque trabalho em casa que tenho liberdade para me ausentar o horário que quiser! Eu tenho prazos, sabia? Nesses cinco anos no Canadá parece que você não aprendeu a planejar direito, hein...

— Por favor, meu irmão preferido! Vai ser muito estranho se um táxi parar em frente a nossa casa, papai e mamãe vão desconfiar.

— Não sei porque a frescura de querer fazer uma surpresa, era só falar que estava voltando pra casa e pronto!

— Mas é que eles pensavam que eu fosse ficar pra sempre no Canadá, e eu meio que mudei de ideia, pelo menos por enquanto.

— Ah, tá bom, entendi. Só preciso de mais quinze minutos e já estou saindo de casa. Me espera ali no setor de desembarque.

As palavras que não refletem seu coraçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora