17. White Room

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POV LYANA

Sem poder controlar meus movimentos voltei andando para o prédio abandonado onde vi Teresa sair chorando de lá e me puxar para dentro do berg, quando tive controle finalmente de minhas pernas e minhas ações desabei a chorar. 

Eu tinha matado um garoto inocente... mesmo eu não tendo me controlado era eu quem tinha feito aquilo e as cenas de Winston tentando impedir o vazamento de sangue vinha como flashs insistentes em minha mente. Minhas mãos tinham um aspecto gosmento e vi que ainda tinha sangue, tive nojo e desprezo por mim mesma, notei que o berg começava a decolar mas não me sentei pra colocar o cinto e sim corri pro banheiro.

Cai no meio do caminho com um solavanco e mesmo assim não parei até ligar a torneira e ver a água da pia sair avermelhada, passei muito sabonete esfregando as mãos com força e mais lágrimas escorriam de meu rosto. Eu não podia crer que aquilo era real e me perguntei se não passava de mais uma simulação mental para me deixar maluca.

Joguei água em meu rosto com pressa de acordar de um possível pesadelo e nada aconteceu, a sensação de ser real acabava comigo. Senti ódio pular em minhas veias, odiava aquela mulher, odiava o CRUEL, odiava todos eles. 

- Lily.. -ouvi a voz de Teresa. 

- Sai.. sai daqui.. por favor. -pedi com as mãos trêmulas.

- Eu sinto muito.. você precisava fazer ou iam machucar Minho.. -ela sussurrou culpada.

Gritei com toda a força que eu tinha, eu devia estar surtando.. ela queria mesmo me confortar dizendo aquilo. Ela não teve que fazer nada que não quisesse. 

- EU MATEI ELE! TEM IDEIA DISSO?! -gritei desesperada.

- Eu sei.. mas você não tinha escolha.. -ela tentou se aproximar de mim.

- Não chega perto de mim.. você participou de tudo isso.. -a empurrei levemente.

Dois brutamontes chegaram e avistei um homem com uma seringa, tentei fugir mas senti a picada em meu pescoço e minha visão começou a ficar turva.

[...]

Acordei com uma luz forte em meu rosto e percebi que estava no mesmo quarto que dormi com Teresa, me sentia meio tonta ainda.. deviam ter me dopado. 

- Tragam ela. -ouvi a voz da mulher.

Quando me dei conta dois homens me seguravam pelos braços me arrastando pra fora do quarto.

- Me solta! Me solta! -comecei a espernear.

- Só vamos fazer um passeio, se acalme. -a mulher sorriu.

Tive vontade socar a cara dela e sem chance alguma de fugir dos homens fui arrastada até o mesmo laboratório de antes. Os funcionários continuavam trabalhando como se aquilo fosse o trabalho mais comum do mundo, senti meu rosto queimar de raiva. Todos eram condizentes com aquilo.

Vi Teresa num canto, tinha o rosto inchado aparentemente de tanto chorar mas ninguém a segurava ali como faziam comigo. Ela nem olhou pra mim e agradeci por isso, não aguentava mais sentir desgosto.

- Eu te dei apenas uma missão e você fracassou, se não tivéssemos usado o chip você estaria fugindo igual uma criança boba no deserto. Por tanto como o prometido alguém irá pagar as consequências por você, sei que nada vai te machucar tanto como assistir ele sentindo dor e talvez você aprenda a me obedecer. -Paige tocou minha bochecha.

Me chacoalhei fazendo ela recuar e os homens me seguraram mais forte, começava a sentir dor em meus pulsos já. 

- Ativem a tempestade e mirem nele. -ela ordenou.

Maze Runner: The Girl of WCKDحيث تعيش القصص. اكتشف الآن