Maze Runner: The Girl of WCKD

1. My Name?

POV LYANA

Acordei num susto súbito, como aqueles pesadelos de que estamos caindo e acordamos antes de chegar ao chão. Estava escuro, um cheiro de mofo e as paredes pareciam as de uma gaiola.

É, abrindo os olhos e analisando melhor era sim um tipo de gaiola, uma Caixa fechada se movimentando apenas comigo dentro. Os solavancos eram frequentes me fazendo ter enjoo, estávamos indo para cima mas nunca parecia chegar. Me sentia tonta e mal tinha visibilidade.

Via as paredes de fora da Caixa com luzes fracas, como se fosse um poço sem fundo e a ela um elevador nada confortável. Me encontrava sentada, agarrada numa das grades da Caixa metálica. 

Quando rompemos o "teto" do poço e a Caixa finalmente parou de se mover eu tive meus olhos doendo instantaneamente. A luz forte se encontrava sobre mim, fechei os olhos rapidamente e os mantive apertados, queimava como colírio.

- Que mértila é essa? Isso está saindo do controle. -ouvi uma voz masculina de cima.

Quando pude abrir os olhos vi um círculo de garotos me observando, pareciam desolados em me ver, como se eu fosse uma miragem desagradável. Olhei pro lado e soltei um grito nervoso, tinha uma outra garota caída mas desacordada.. como eu não tinha a notado antes?

Seus cabelos eram castanhos, os olhos fechados, era branca como leite e usava roupas azuis, uma calça e uma blusa, estava descalça assim como eu. Olhei pra mim e me vi com a mesma roupa.

- Tirem elas dali caramba! -um outro gritou.

Um garoto loiro estendeu a mão pra mim rapidamente e peguei com receio, ele me puxou pra cima com ajuda de outros. 

- Está tudo bem? -o mesmo loiro perguntou me observando.

Olhei em volta sem nem mesmo analisar os garotos que me olhavam como uma criminosa. Era um gramado bonito, se estendia por todo o lugar, ao norte um tipo de fazenda com criações de bichos, ao sul um tipo de horta com algumas vegetações, ao oeste uma floresta longa e vasta, no centro uma casa caindo aos pedaços e ao leste uma casa toda de metal parecendo um cubículo.

- Onde eu estou? -me permiti a dizer.

Cheguei a cair para trás ao perceber finalmente muros gigantescos de pedra por todo o lugar, como cercas mas muito mais monstruosas, tinham 4 aberturas como se fossem fendas no meio delas. Deviam ter uns 40 metros de altura, ou eu chutava muito mal.. 

O garoto loiro me segurou e se colocou a minha frente rapidamente. 

- Calma. Está na Clareira, bem vinda.. está bem? -ele tornou a falar.

- Clareira? -as coisas eram difíceis de assimilar.

- É, sua nova casa.. -ele disse sério.

Todos os garotos me observavam atentos como se eu fosse um bicho num zoológico, a nova atração do circo. Me afastei das mãos dele e olhei pro rosto de cada um.

- Quem são vocês? -perguntei em voz alta.

- Somos Clareanos, moramos aqui.. e agora você também. Vem, vamos pra enfermaria. -ele me fez acompanha-lo.