18. Game Restarted

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POV LYANA

O berg tinha pousado numa espécie de cidade no meio do deserto já devastada com as tempestades solares. Se alguém estava vivo ali não devia se passar de um Crank já que ninguém se aproximou do nosso pouso, Brenda, Jorge e eu nos separamos de Teresa, ela iria cuidar das garotas do grupo B.

- E então muchacha, como vai ser a histórinha que contaremos quando eles virem você conosco? -o homem me perguntou enquanto observávamos o berg sumir no espaço aéreo.

Brenda se virou encarando até minha alma, parecia me julgar tanto.

- Meu trabalho é convencer o Thomas que sou mesmo amiga dele.. então terei que contar a verdade sobre o que fizeram comigo.. que me obrigaram. -encarei o chão tendo um arrepio ruim.

- Hum, achei que teria mais trabalho em fingir. Só não espere pena de meu lado, você é igual a todos eles. -Brenda ditou me olhando nos olhos e seguiu caminhando.

Jorge apenas a seguiu como se fosse nojento demais olhar pra minha face. Eu não entendia bem se eles eram de certa forma obrigados a trabalhar para o CRUEL como eu.. ou se realmente eram psicopatas ao nível do homem-rato e a mulher loira.

Os segui pelas ruas abandonadas, havia muita sujeira rolando com a pequena brisa, embalagens, roupas queimadas e rasgadas, pichações em demasiada quantidade.

Passamos por um prédio de pequeno porte e nele havia escrito em tinta spray preta "Essas coisas vão comer sua cabeça aos poucos, fuja". Senti um mal pressentimento.

- Acham que existe alguém são ainda? -perguntei pela primeira vez.

- Todos estamos infectados, os sintomas só não apareceram ainda. Cada corpo é diferente muchacha, eu e Brenda aparentemente temos um sistema imune que está tentando lutar ainda. Mas não temos chances. -Jorge respondeu e riu de forma triste.

- Eu.. eu sinto muito. -me senti inteiramente mal.

- Não precisa sentir peninha de nós, se tudo der certo o CRUEL vai nos dar a cura. Já que não nasci imune como você. -Brenda transparecia inveja na voz.

Em minha mente eu imaginava um mundo onde todos pudessem ter imunidade contra o vírus e então acordei pra realidade devastadora. Muitas pessoas tinham morrido e outras estavam prestes a morrer. Eu brigava com minha mente entre o sentimento de agradecer por estar viva e odiar ser imune a essa droga. Talvez fosse tão mais justo pessoas como Brenda serem imunes do que eu.

- Chegamos ao ponto do mapa. É que aqui que encontraremos eles, vou dominar os Cranks que se escondem nessa pequena fábrica e logo os muchachos chegaram aqui. E muchacha, jamais conte aos Cranks que é imune ou eles te cortaram em pedaços viva. -Jorge piscou e puxou uma faca do bolso.

O homem seguiu com Brenda para dentro e fiquei esperando do lado de fora. Claramente se precisasse lutar com algum deles lá dentro eu perderia, sou uma completamente inútil. Esse sentimento não cessava nem por uns segundos.

[...]

Algum tempo se passou e até parecia escurecer quando Brenda saiu de lá de dentro e me mandou entrar. 

O lugar era escuro e sujo, o mal cheiro era quase insuportável. Aproximadamente umas 10 pessoas estavam ali, estavam imundas, fuçando em latas comida que parecia lixo, outros afiavam facas pequenas.

Maze Runner: The Girl of WCKDWhere stories live. Discover now