𝗹𝗼𝘀𝗲𝗿𝘀 𝗹𝗼𝘃𝗲 | onde Eddie Kaspbrak percebe que está apaixonado pela irmã de seu melhor amigo, ou, onde Rachel Tozier não consegue parar de pensar no garoto ansioso e hipocondríaco que usa duas pochetes.
"𝙷𝚎𝚢 𝙴𝚍𝚍𝚒𝚎, 𝚎𝚜𝚜𝚊𝚜 𝚜𝚊𝚘...
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EU ESTAVA AJUDANDO BEV A PENDURAR UMA COBERTA NA FRENTE DE UMA DAS JANELAS DA GARAGEM DE BILL. O garoto disse que tinha que nos mostrar alguma coisa, disse que era relacionado a tudo o que tínhamos visto nos últimos dias... Eu não queria vir, mas depois de muita insistência de Richie dizendo que eu estava "abandonando" meus amigos, eu resolvi aceitar.
— Então... Você não me contou nada sobre as coisas com Eddie — Beverly disse enquanto amarrava o cobertor em uma ponta da janela — Você tem estado distante nos últimos dias.
— Não me entenda mal, Bev... Vocês são meus melhores amigos, mas eu realmente não queria me envolver nisso — Expliquei apontando para um mapa de Derry que Bill pregava na parede — Eu só queria aproveitar meu verão com todos vocês, sem ter que me meter em nenhuma aventura sobrenatural — Ela riu do que eu falei.
— Você faz falta, sério, é péssimo ser a única garota no meio de todos esse idiotas.
— Quando tudo isso passar e o Bill deixar de lado toda essa loucura eu não vou mais largar do pé de vocês — Prometi quando terminamos de arrumar a coberta.
Quando estava tudo pronto e a garagem era iluminada apenas pelo brilho do slide na parede, eu fui até Eddie, me sentando ao lado dele e pegando sua mão, entrelaçando nossos dedos.
— Olha... F-foi ali que o G-G-George desapareceu — Ele apontou pra um ponto no mapa onde havia um x — Ali era a siderúrgica, e ali o Black Spot... Todos os l-lugares eram conectados p-p-pelo sistema de esgoto... E todos se e-e-encontram no...
— No poço! — Ben exclamou.
— Que fica na casa da rua neibolt — Stan concluiu. Assim que ouviu isso, Eddie pegou a bombinha de sua pochete, eu podia sentir que ele estava tão nervoso quanto eu.
— Aquela casa assustadora que os viciados e sem tetos gostam de dormir? — Meu irmão questionou. Eu não podia imaginar como qualquer coisa podia gostar de dormir lá.
— Odeio aquele lugar — Bev disse, quase sussurrando — Sempre acho que tem alguma coisa ali me olhando.
Eu apertava a mão de Eddie o mais forte que eu podia, mas ele estava tão amedrontado que isso não parecia o incomodar. Quando ele falou que foi lá que ambos havíamos visto o palhaço, sua voz estava falha e tremula.
— É lá que a coisa vive — Bill concluiu.
—Será que a gente pode parar de falar sobre isso! — Eu exclamei, soltando a mão de Eddie e indo para frente do mapa — É verão! Nós somos adolescentes! O Eddie tá tendo uma crise de asma, mas ninguém aqui parece se importar! — Eu berrei — Pra mim chega, eu cansei dessa maldita síndrome de herói de vocês, aquelas crianças desapareceram e não tem nada que a gente possa fazer pra mudar isso — Falei arrancando o mapa da parede.