Dentro do carro, Adônis e eu seguiamos em silêncio para o casarão.

— Você poderá voltar a trabalhar Catarina — ele falou de repente.

— Sério? Mas e aquela situação toda, Adônis? É seguro pra mim.

— Tem quase um exército garantindo a sua segurança e a da minha irmã e é interessante que eles pensem que não sabemos de nada — seus olhos seguiam fixos na estrada.

Ainda não sabia se isso me deixava segura.

— Sei não, Adônis vai que de alguma forma eles consigam driblar esse exército?

— Eles nem imaginam que vocês estão sendo tão protegidas, ninguém vai tocar em você Catarina.

— Vou confiar em você! Mas é sempre assim que acontece nos filmes a pessoa está 100% segura mas acaba caindo nas mãos erradas.

— Isso não é a porra de um filme e nada vai acontecer com você eu lhe garanto — a confiança com que ele falava aquilo me fazia realmente acreditar nele.

— Tá certo — respondi e voltamos ao silêncio até chegarmos no casarão.

Assim que entrei na casa dei de cara com Laís, essa que me arrastou para a biblioteca da casa.

— Você e o meu irmão estavam numa segunda lua de mel é isso? — ela tinha um sorrisinho estampado no rosto.

— Devo dizer que foi tipo isso — eu sorri — Seu irmão foi esculpido pelos deuses viu — me lembrei do seu toque ardente que fazia todo meu ser derreter por inteiro.

— Não quero os detalhes! Mas a nossa noite ainda está de pé? — A forma com que Laís levava a vida me deixava impressionada. Ela emanava luz.

Pensei, talvez pudéssemos sair realmente. Adônis me garantiu que tínhamos exercitos em nossa proteção.

— Está sim, Laís — ela deu pulinhos — Só preciso chamar alguns amigos.

Fui para o quarto e peguei o meu celular que tinha mensagens dramáticas do tipo

"Me esqueceu né"

" Então quer dizer que é assim né? Me trocou "

" Você lembra ainda dá minha existência? Eu sou aquela sua amiga que sempre esteve com você sua ingrata "

Além de umas 8 chamadas perdidas de Vitória.
Eu precisava mesmo dar uma atenção para minha amiga.

Liguei para ela e esperei atender, sabia que agora ela estaria trabalhando mas ela sempre dava uma escapada.

— Oi meu amor!

— Quem é você desconhecida? Lhe conheço?
Revirei os olhos.

— Como está, Vi?

— Estou ótima! Agora lembrou de mim?

— Vi, desculpa é que eu não podia você sabe e eu tirei o gessos recentemente. Mas eu tenho tanta coisa pra te contar, poderíamos nos encontrar hoje o que acha?

— Tudo bem, então nos vemos hoje pra mim arrancar o seu coro, agora preciso voltar, aquele homem está insuportável hoje! Até mais.

— Até mais amorzinho.

[...]

  Enquanto eu fazia uma maquiagem no rosto de Laís, ela me contava que nunca havia feito esse tipo coisa, nunca havia tudo uma amiga de verdade em toda sua vida. Era muito triste imaginar tudo que havia acontecido na vida dela. Mas o brilho em seu olhar continuava ali, forte. Ela era admirável.

Meu Querido Monstro ( Andamento)Where stories live. Discover now