82. A Carta de Severus Snape e a Descoberta de Toda a Verdade

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Estava impaciente pela passagem das horas e parecia que nunca mais conseguia que isso acontecesse

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Estava impaciente pela passagem das horas e parecia que nunca mais conseguia que isso acontecesse.

A única coisa que eu queria era ler a carta de Snape. Não por curiosidade, pois eu vi todas as memórias deles, mas porque quero ler e imaginar ele falando aquelas coisas para mim. Eu precisava disso.

Mas o Malfoy considera que isso me irá prejudicar física e psicologicamente.

E bom, não irei mentir... talvez até me possa deixar mais abalada, mas sinceramente é difícil eu ficar pior do que já estou.

Desde que acordei naquela cama da Mansão Malfoy que eu não parei de sentir dores corporais por todo o lado, para além do dano psicológico. 

Em nenhum momento contei realmente a intensidade da dor que sinto, porque a última coisa que quero é que se preocupem comigo porém eu sei que esta dor não é normal. É impossível que depois de 4 dias, onde 3 dias estive inconsciente e 1 dia estive de repouso no jardim ainda não consiga praticamente me mover.

Eu consigo andar, falar, mexer todos os músculos, porém sinto como se a lesão interior fosse gigantesca e como se a minha recuperação estivesse a demorar bem mais do que deveria.

Sei que exagerei. Sei que me andava a esforçar demais já antes da Batalha treinando com Pansy e Blaise e sei que na Batalha me deixei levar a um estado de exaustão extremo, principalmente depois de quase morrer para as mãos de Bellatrix. A poção que o Malfoy me deu, me fez recuperar levemente e eu não desisti ali de alcançar o meu objetivo e exagerei.

Eu sabia que tinha exagerado.

E eu tinha quase certeza que fiquei com algum tipo de sequela, que até agora ainda não consegui identificar, mas sabia que algo estava errado.

- Bella já terminaste? - Lucius perguntou olhando para o meu prato de comida praticamente cheio.

- Não tenho muita fome. - eu disse assim que regressei dos meus pensamentos - O lanche durante a tarde deixou-me satisfeita. - completei fazendo Narcissa sorrir.

- Queres ir para o quarto então? - desta vez foi o Malfoy que falou na minha direção e eu apenas assenti.

Lucius se levantou em seguida para vir na minha direção assim que viu que eu me estava a levantar da cadeira, porém o Malfoy se colocou do meu lado rapidamente.

- Eu levo. - Malfoy falou para o seu pai que apenas assentiu - Sobe aqui. - ele disse enquanto apontava para as suas costas.

Com cuidado e a ajuda dele eu subi nas suas costas e coloquei os meus braços no seu pescoço. De seguida ele seguiu o caminho com calma, enquanto eu contava quase os segundos para chegar finalmente no quarto.

- Estás ansiosa demais para lá chegar. - ele disse num tom debochado e eu revirei os olhos - Sei que revirou os olhos. - este continuou no mesmo tom e eu apenas suspirei frustrada.

A Menina Veneno -  Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora