Messing Up

JK 25

- Jennie, vamos lá, você precisa tomar banho e se trocar. - ouço uma voz próxima, mas não sei de quem é.

Minhas lágrimas secaram ou talvez eu esteja paralisada. Minha mente é como uma tela em branco, mas frequentemente revivo o pior momento da minha vida.

Era pra ser eu no lugar de Jisoo, mas aquela idiota teve que bancar a heroína e entrar na minha frente, recebendo os três tiros que Seokjin disparou.

Em um momento, Jisoo estava do meu lado e, no momento seguinte, eu só ouvi os disparos e as portas sendo arrombadas.

O olhar assustado de Sunmi que me fez perceber o que havia acontecido, antes mesmo de Jisoo se virar para mim. O olhar dela estava preocupado, até que eu vi os três furos em sua blusa, ensopando sua camisa rapidamente.

Até mesmo sangrando, ela continuou fazendo piadas só para me fazer rir. Sempre que me dou conta disso, começo a chorar novamente.

Acho que é Irene que me traz até em casa. Eu nem me dou conta de onde estou, que notar a água da banheira ficando vermelha. Dobro meus joelhos e os abraço. O que eu vou fazer se Jisoo morrer?

Ela é o amor da minha vida. Se eu perdê-la, se eu realmente perdê-la, eu desisto. Do que adianta viver se eu não tiver aquele sorriso para admirar e aqueles olhos para me perder?

- KIM! - ouço a voz de Irene, mas nem me dou ao trabalho de responder. Ela me puxa para ficar de pé e me vira para ela. Solto um suspiro e, em seguida, o tapa forte que ela dá em meu rosto arde. - PARE DE SER UMA INÚTIL!

- Você acabou de me dar um tapa, enquanto estou nua e dentro de uma banheira repleta de água e sangue? Bae Joohyun. - levo a mão até minha bochecha, acariciando levemente.

- Pare com essa merda! Jisoo não se sacrificou para você se tornar um peso de papel. - ela me sacode e me puxa de dentro da banheira, me enrolando em uma toalha.

- O amor da minha vida está morrendo e você quer que eu celebre? Faça uma festa?

- Jen, me escute - ela respira fundo - Se a situação fosse oposta, você gostaria que Jisoo só ficasse chorando e se lamentando? Ou gostaria que ela lutasse e enfrentasse tudo com a cabeça erguida?

- Eu preciso dela, Joohyun - começo a chorar novamente e a abraço com força - Eu preciso dela, assim como preciso de oxigênio.

- Olhe para mim - ela segura meu rosto com as duas mãos e me observa atentamente - Se Jisoo tem uma chance de viver, é graças a você! Se você não tivesse entrado naquele carro, Jisoo estaria morta, porque a polícia não teria conseguido rastrear. Pense assim, Jennie. O cenário poderia ser pior se você não estivesse lá.

- Como eles rastrearam? - arqueio a sobrancelha em confusão.

- Oficial Jongin colocou um rastreador no bolso do seu sobretudo quando te fez ir atrás de Jisoo.

- Oh?! - é tudo que consigo expressar enquanto ela me arrasta para o closet.

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Quando chegamos ao hospital, há centenas de repórteres e câmeras. Urubus. É isso o que são.

- Senhorita Kim, você já sabe o que vai fazer com o patrimônio que será deixado para você? - alguém grita e eu paro de andar.

- Espere, o que? - puxo meu pulso da mão de Irene.

- Sem comentários, pessoal. - Lisa aparece e me puxa de novo. Depois que entramos no quarto que foi designado para Jisoo, Lisa cai no sofá ao lado de Rosé.

- Que história é essa de patrimônio? - olho para as três e Seulgi entra pouco depois. - Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Ou terei que acessar as notícias? - pego meu celular e Seulgi o toma da minha mão.