- NINI, ONDE ESTÁ A PIPOCA? - ouço Lisa gritar.
- CHAENGIE, EU SEI QUE É VOCÊ QUE ESTÁ PERGUNTANDO! - termino de colocar sal na pipoca e vou andando em direção a sala.
- Eu não fiz nada. - ela mostra a língua para mim e jogo uma pipoca nela.
- Você é tão madura. - me sento ao lado dela e ela pega a tigela das minhas mãos. - Hey, se acalme.
- Estou com fome, Nini. - ela faz beicinho.
- Vocês já escolheram o que vamos assistir?
- LEEEEEEET IT GOOOOOOOO! - Lisa grita e cubro meus ouvidos com as mãos.
- OK! PODE SER! CALE A BOCA DELA, CHAENG! - Chae puxa Lisa e a beija. Finjo que estou vomitando e elas se afastam, rindo.
- Você é tão chata. - Chaeng diz e o celular de Lisa começa a tocar.
- É Jin. - ela franze a sobrancelha em confusão e atende. Meu coração se aperta e começa a bater de maneira acelerada, não de um jeito bom, mas sim de uma maneira terrível.
Lisa se levanta e vai para a cozinha. Depois de alguns minutos, ela volta para a sala. Ela está chorando e soluçando muito alto.
Jisoo. Eu tenho certeza que é algo relacionado a Jisoo. Minha respiração trava por alguns segundos e eu me levanto do sofá.
- Lisa, o que aconteceu com Jisoo?
- Como você sabe? - ela diz enquanto Chaeng para ao meu lado.
- Eu apenas sei.
- Unnie sofreu um acidente de carro e está em coma. - ela diz baixinho e meu coração para de bater.
- Oh Meu Deus! - Chae coloca as mãos na boca.
- Como? Quando? Onde ela está? Nós precisamos ir até lá.
- Eles ainda não sabem para qual hospital vão levá-la, mas Jin me avisará assim que souberem. - ela diz enquanto tenta segurar as lágrimas e Chaeng a abraça.
***
Jin acabou ligando para Lisa no dia seguinte. Já faz uma semana que tudo aconteceu e Jisoo está em coma, mas ninguém sabe detalhes sobre o que aconteceu. Estou chegando ao quarto de Jisoo quando vejo Sunmi ir na mesma direção que eu.
- Oi, Jennie! O que você está fazendo aqui? - ela diz assim que me vê, mas me dá um sorriso suave.
- Eu soube o que aconteceu com Jisoo e queria vê-la. - ela balança a cabeça concordando comigo - E você?
- Eu estava no Japão a trabalho, tive que adiantar tudo para voltar para Seul. - ela suspira - Você sabe como ela está?
- Não, só sei que ela está em coma. - sinto minha garganta se fechar - Mas por que você teve que voltar?
- Jisoo e eu estávamos juntas. - ela diz e forço um sorriso.
- Oh, não sabia. - então Jisoo seguiu em frente, mas o que eu esperava?
- Você já a viu? - Chae aparece do nada, me fazendo dar um gritinho de susto. - Oi, Sunmi!
- Céus, você me assustou, Chaeng. - respiro fundo e Sunmi dá uma risadinha.
- Vamos? - Chaeng passa o braço no meu e sai me puxando até o quarto de Jisoo.
Antes de entrar, precisamos mostrar nossas identidades para um segurança que está na porta. Ele confere uma lista e nos deixa passar.
Minha garganta se fecha assim que passo pela porta e a vejo. Jisoo parece tão pálida. O rosto com diversos hematomas e arranhões. Fios e máquinas por todos os lados.
Me aproximo da cama dela e automaticamente pego sua mão. Respiro fundo para não deixar as lágrimas caírem.
- Alguma de vocês é parente da paciente? - uma garota de pele clara e cabelos escuros entra na sala.
- Sou praticamente a namorada dela. - Sunmi diz e cerro os dentes as encarando.
- Prazer em conhecê-la, infelizmente em uma situação dessas, pode me chamar de Dra. Soojin. - ela dá um pequeno sorriso.
- Então, o que ela tem? - as interrompo e a médica vira algumas folhas em uma prancheta.
- A situação é delicada. Ela não teve ferimentos internos graves e nem hemorragias. Como podem ver, ela tem diversos arranhões e hematomas por causa dos estilhaços dos vidros do carro. - ela franze as sobrancelhas - Duas costelas quebradas, mas nossa preocupação maior é com sua cabeça.
- O que houve? - agora é a vez de Chae perguntar.
- Ela sofreu uma pancada forte na cabeça, até ela acordar, não sabemos a gravidade da situação.
- Tem alguma previsão de quando ela irá despertar? - Sunmi diz preocupada e reviro os olhos.
- Não, pode ser agora, amanhã ou daqui há anos. - a médica suspira - Não sabemos. Ela tem atividade cerebral, mas não sabemos o motivo exato do coma. Pode ser pela pancada ou um meio do cérebro se defender de possíveis cargas fortes de estresse.
- Como assim? - Chaeng franze as sobrancelhas.
- Pense no cérebro como um computador. As vezes, quando ele sofre uma forte pancada, o computador desliga, certo? - todas acenamos concordando - Mas há momentos que há tanta atividade e funções sendo desenvolvidas que o computador apaga para se proteger de danos maiores. Se ela estava passando por um momento de grandes emoções, isso pode justificar o motivo dela ter entrado em coma. Foi o meio que seu cérebro encontrou de se defender. - apenas fico olhando para Jisoo enquanto ouço as palavras da médica. Uma pontada de culpa faz meu estômago se revirar.
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قصص عامةQual a primeira coisa que prende sua atenção quando você olha para alguém? O olhar? O sorriso? A atitude? Ou até mesmo o toque? Quais dessas coisas, aparentemente simples, podem fazer sua vida girar em 360º?