Eu estava surpresa, como ele pôde fazer isso com a própria filha! Isso só me enojava mais. O que ela não sofreu.

— Eu sinto muito, Laís, eu... Não sabia que você tinha passado por algo tão terrível assim eu... Acho melhor você não falar mais nada... Creio que não é algo confortável a você — eu estava com o coração tão apertado por ela.

— Não, Cat, eu posso contar, eu tenho acompanhamento pisicologo, desde antes de chegar aqui, o Adônis, cuidava de mim e ele tratou logo de providenciar essa parte. Não tô 100% mas é sempre um dia após o outro. Enfim, hoje eu não vivo mais isso e sei que se depender do meu irmão nada vai acontecer comigo.

— Pode ter certeza que ele não vai deixar nada acontecer com você, Laís.
Ela sorriu.

— Continuando, o clã da família é o causador de toda essa tormenta, assim creio eu.

Clã?

Na hora em minha mente, veio aquela história maluca que Vitória havia me contado antes de eu vir pra cá.

— Como assim clã?

— Você não sabia disso?

Ou, eu com certeza não sei de muita coisa aqui.

— Não, definitivamente isso é muito fictício.

— Quem me dera, Cat. Não há nada de fictício aqui — ela parou — O Clã existe desde o primeiro membro da família Colonomos numa época em que a violência era algo fascinante aos olhos das ricas famílias, onde o machismo, racismo, homofóbia imperava. Os homens da família eram tratados como deuses, tantos por suas esposas quanto pelo seus filhos. Eles podiam trair suas mulheres, ter filhos com outras e estava tudo bem mas se algumas de suas esposas fizessem tal coisa elas teriam que pagar com a vida. Como aconteceu com a minha mãe — ouvi o seu suspiro mas ela não quis parar — Eles tinham conversões, essas que eram o verdadeiro inferno em terra. Eu nunca presenciei por que, como já disse, fui vendida ainda bebê mas estou ciente de tudo. Nas convenções eles torturavam e matavam mulheres e crianças por pura diversão e quando não era por isso, era por alguma "lei" infligida, por exemplo — seus olhos encheram e sua voz começou a ficar trêmula — O meu irmão, a minha mãe não amava o meu pai, ela amava outro homem e daí nasceu o Anúbis, e e quando descoberta a traição eles mataram o meu irmão por meio de tortura, assim como fizeram com a minha mãe, ele iriam me matar também por ser menina — ela deu um sorriso amargo — Uma das leis do clã, era o seguinte. Todos os homens Colonomos deviam ter três filhos, se a terceira criança nascesse menina ela deveria morrer ou ser vendida, uma mulher só viveria se fosse a primeira ou a segunda filha. Além disso se uma mulher não conseguisse ter filhos ou se não conseguisse ter a terceira gestação ela teria que morrer, se alguma criança nascesse com deficiência teria quer morrer ela e a mãe.

— Meu Deus! — eu estava horrorizada. Eu não tinha palavras pra descrever o que estava sentindo, isso era pior do que eu imaginava.

— O pior é que esse maldito clã continua vivo até hoje, não só esse como alguns outros, porém, o clã Colonomos é considerado um dos piores. E ao que tudo indica, Adônis irritou o Clã e isso significa que eles o querem morto, assim como eu e provavelmente assim como você.

Como é?!

— Eu, por que? Se foi seu próprio pai que me enfiou nisso.

— Catarina, o clã não permite falhas, Adônis me contou recentemente como ocorreu a união de vocês, claramente você foi um plano do clã, para que fizesse Adônis perder toda a herança da minha mãe. E pelo que vejo o plano deles está dando errado e quando isso acontece eles descartam com a morte. Você é o plano falido.

— Mas.. eu não entendo, Laís, esse povo não é rico o suficiente por que eles querem tanto essa herança?

— A minha mãe, foi herdeira de três Clãs diferentes, o seu tataravô, era líder dos clãs com mais poder financeiro e político. Ela herdou toda essa riqueza pois era a primeira filha do líder mais velho, com a morte do meu irmão e a "minha" Adônis era o único herdeiro, porém num jogo de poderes, a herança estava fadada a um jogo de acordos. O clã não podia ficar com a herança pois existia um herdeiro legítimo, eles também não poderiam matar um Colonomos legítimo, um homem. Então submeteram Adônis ha...

— Já chega Laís! — Adônis entrou de repente no quarto nós assustando — Esse é um assunto meu, somente, você não tem o direito de conta-lo a ninguém.

Pelo jeito as coisas só piorariam.























Oi, primeiramente, feliz ano novo a todos vcs. Me desculpem, havia dito que iria postar semana passada porém, as coisas estavam corridas demais para mim.

Mas o capítulo está aí.
Espero que tenham gostado.

Bjs!

Meu Querido Monstro ( Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora