Capítulo 2

701 89 179
                                    

No capítulo anterior: All Might pede ajuda de Katsuki para convencer Izuku a ir para a agência de heróis Cosmix.... em Los Angeles. O loiro não ficou nada feliz, mas sabe que está segurando Izuku no Japão. Tantas pessoas dizem a Izuku que ele deve ir, mas pensar me deixar Kacchan tem um peso muito grande em seu peito.

Como sempre, por se tratar de um tradução, caso encontrem algo que tenha ficado um pouco estranho não hesitem em comentar!



Izuku consegue ouvir o brilho antes de seu vizinho chegar na varanda, com um grande sorriso e um prato de queijo em mãos.

"Ah! Mon Cherie! O que você está fazendo aqui tão tarde?"

Izuku se senta no chão, com as costas na parede. Está coberto de poeira e sujeira e fuligem e um tipo de óleo...? Varrer, aspirar, tirar o pó, empacotar - levou muito mais tempo do que ele esperava. Depois de dois anos, ele realmente tinha acumulado muita tralha. Na verdade, o que mais demorou foi ter certeza de que seus colecionáveis do All Might estavam empacotados perfeitamente, de maneira que não arranhariam no caminho de volta para sua casa natal.

Mesmo assim, o resto de seus colegas de classe usaram esse final de semana para ir ao shopping ou cinema ou ir visitar os pais. Ele foi o único que ficou para trás para empacotar o que parecia toda a sua vida.

Faz sentido, pensa Izuku, áspero, Porque eles todos sabem que vão ficar em Tokyo. Porque o dormitório vai continuar sendo a casa deles. Porque nada vai mudar muito, pros outros.

Não que... não que Izuku já tenha tomado uma decisão, insiste para si mesmo. Mas ele ainda precisa empacotar. Por precaução. Até porque, ele está ficando sem tempo.

"Ah, ei Aoyama. Eu só... estou dando um tempo antes de ligar pra minha mãe vir me buscar. Hah. E você?"

"Hm, você parece chateado, mon cheri." Antes de Izuku ter a chance de responder, Aoyama está entrando em sua varanda. O garoto brilhante trás uma coberta roxa - O que é isso, cheiro de lavanda? - e o coloca no chão ao lado de Izuku, ajeitando o corpo antes de girar o prato de queijo na cara do garoto de cabelos verdes.

"Um centavo de euro pelos seus pensamentos?" pergunta Aoyama, cotovelo afundando no lado de Izuku, que ri pelo desconforto.

Aoyama é tão excêntrico.

"É meio... triste, eu acho. Sobre ir embora."

Não tem como seu vizinho saber o quanto ele queria dizer com aquilo.

"Ah, mas temos as férias de verão! Nós merecemos uma pausa, não acha? E depois," Aoyama bate as mão na frente do rosto, olhos cintilando, "Vou me juntar ao Best Jeanist nessas minhas escapadas dos próximos meses!"

Como se se lembrasse de algo, Aoyama direciona seu olhar de volta para Izuku, arqueando as sobrancelhas.

"Na verdade - todos com quem falei já escolheram uma agência, mas você não! Eu não consigo imaginar o número três da nossa sala tendo dificuldade em achar uma agência..."

Izuku encara as mãos e suspira. Ele alcança o prato de queijo de Aoyama e pega um pedaço pequeno com os dedos. Mastiga pensativo, a textura suave grudando no céu da boca.

"Não é isso. É que... eu não consigo decidir para onde ir. Eu quero ficar aqui. Com meus amigos. E minha família. Mas eu tenho essa grande oportunidade - de ir pros Estados Unidos, e eu não quero ser um idiota de deixar passar. Até mesmo o Kacchan acha isso. Eu não sei por que... estou hesitando tanto."

Linhas Cruzadas *EM HIATO*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora