RE... CAÍ... DA - A FORÇA DO MAL!

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Sombras Escuras Se Articulam Pelo Céu Do Quarto.

E Influenciam A Atitude Do Homem Ao Amanhecer.

Me solta! Me solta!

Aháháháháhá, soltaaaaarrrrrrrr?

Você agora é meu pra sempre, peguei você Eduardo, você está no inferno, no inferno escutou?!

Peguei o filho da puta! Aháháháháháháhá cadê o teu Deus?

Cadê teu Jesus Cristo?

Abandonaram você não foi?!

Agora só falta aquela putinha da Carolina, mas já estão trazendo ela, aquela vagabundinha.

- Não ela não! Ela não!

-Aaaaaaaaa, como o amor é lindo! Aháháhá, como eu fico emocionado, aaaaaaa como eu estou feliz! Vou fazer você virar um diabo, vem cá capeta Osório entra no corpo dele! Vamos fazer com que ele mate a mãe, os irmãos e toda a família macumbeira adepta do maldito Jesus.

-Não! Não! Não! Por favor! Não! Não! Não!Socorro! Socorro! Deus me ajude! Me ajude!!!

Ai, Meu Deus! Caramba era um pesadelo, que, que é isso, que alivio, parecia tão real, acho que eu tô ficando xarope.

Também não é pra menos, viver essas duas vidas que eu estou vivendo... Alias, eu estou vivendo mais a vida dos mortos do que a vida dos vivos.

Não saiu mais de casa, não vejo mais meus amigos, estou com vontade de encontrar com eles, beber alguma coisa, bater um papo com quem ainda não morreu, eu preciso fazer isso, preciso!

Se não eu vou enlouquecer.

Levanto e saiu pela casa procurando por bebida, sou impulsionado por uma força maior, ignoro a aventura espiritual maravilhosa por qual passei de madrugada, sinto meus olhos estalados, são só dez horas da manhã, mas eu não quero nem saber.

Alguém me manda beber, outro alguém manda eu não beber, o mal venceu, eu vou beber, vou sair pra rua e seja o que Deus quiser. Seu Augusto o senhor me desculpe, essa vontade está insuportável.

Vou embaixo da pia e encontro uma garrafa de pinga que sobrou de zonas passadas. Não pensei duas vezes, peguei, abri a geladeira e subtrai umas fatias de mortadela e umas fatias de queijo que encontrei, fiz tudo bem rápido para a minha mãe que estava no quarto dela não ver, voltei para meu quarto e tranquei a porta.

Fiz um enroladinho, dava uma mordida e bebia um gole, bebia um gole e dava uma mordida, parei com o ritual quase uma hora depois, fumei um monte de cigarros e tomei o que tinha dentro da garrafa, o que não era pouco.

Sai pra rua de fininho pela porta da sala, nessa hora a minha mãe estava na cozinha, não deixei que ela nem me visse e nem me escutasse, e fui, fui que nem um foguete direto à esquina que eu sempre costumava ir, já de longe avistei quem eu queria.

O dono da coisa, um amigão meu desde a infância, corremos atrás de balão juntos, jogamos bola, empinamos pipas, ele não vai me dizer não.

-E ai tudo bem?

-Fala ai Eduardo tudo bem? Tá com uma cara meio esquisita, não tá?

-Ce não vai acreditar, acordei com uma vontade incontrolável de beber.

-Se é doido! Há essa hora?

- Você não sabe do pior, estou morrendo de vontade de cheirar.

- Você não parou? Ou deu um tempo sei lá.

- Parei, mas deu recaída acho, então?

- Então o que?

- Empresta um papel.

*INTEGRAÇÃO ENTRE OS MUNDOS*  A MAIOR BATALHA DE ESPÍRITOS DA HISTÓRIAWhere stories live. Discover now