CASA FANTASMA

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Estava deitado na cama pronto para dormir, não me lembro da hora, na casa havia três dormitórios, eu estava sozinho no sobrado. Deixei a luz da escada acesa e uma parte do corredor ficava iluminado.

Comecei a escutar um barulho no quarto do meio onde normalmente não dormia ninguém, minha mãe e minha irmã dormiam em outro que ficava no fim do corredor.

Esse do meio ficava para as visitas, geralmente os sobrinhos dormiam lá nos fins de semana, mal as crianças sabiam que era ali que ele gostava de ficar.

O barulho era de alguém mexendo em alguma coisa, por exemplo, aquelas irritantes sacolas de supermercados.

Eu escutava aquele ruído, mexe e mexe e mexe, e eu para ter certeza que não estava imaginando coisas pensava em tudo o que poderia ser, que nem: é um rato? Não! Uma barata? Não! Uma pulga? Não! Um vento? Não! Uma chuva? Não! É um fantasma? Ééééééééééééééééééé, aaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!

Brincadeira eu não tinha muito medo, pelo contrário, eu até queria ver, pensava assim, já faz tempo que eu não vejo nada de anormal, nos últimos tempos só tenho escutado falar no assunto, até que seria legal.

Então, naquele momento eu vislumbrava essa oportunidade, e sempre achei que ele nunca poderia me fazer algum mal, encostar, agarrar, por exemplo.

Afinal espírito não tem carne, textura. E ficava escutando... escutando... pegava no sono e tudo bem.

Mas com o passar do tempo ele foi ficando cada vez mais desinibido, eram seis horas da manhã e eu escutava passos de chinelos andando pelo corredor como se estivesse indo em direção ao banheiro.

Teve um dia que eu e a minha mãe levantamos correndo da cama, ela do quarto dela e eu do meu, escutamos um barulho tão forte na maçaneta da porta de entrada da casa que era de alumínio que pensamos que alguém tinha ou estava tentando arrombar a porta.

Quando fomos olhar vimos que não era nada, o corrimão da escada que também era de alumínio era outro alvo dele. E ali ele também batia com força.

Até então pensávamos que ele não queria que a gente morasse naquela casa, que era alguém que lá tinha vivido e morrido.

Quando eu estava na rua e pensava em ir pra casa me dava um negócio esquisito, tipo uma mine angustia, uma vontade de não ir, uma sensação assim, um pouco triste.

E infelizmente o pior ainda estava por vir, infelizmente por um lado, mas, por outro, eu ficava pensando, que fantástico!

Que extraordinário! Realmente existe fantasma, vida após a morte. Em outra noite estava eu a minha mãe e a minha irmã, eu resolvi dormir ao contrario na cama, ou seja, a cabeça em baixo e os pés em cima, porque estava me doendo às costas e eu achava que era o colchão que estava ruim.

Minha mãe foi dormir, saiu do meu quarto e eu pedi para que ela apagasse a luz e deixasse a do corredor acesa, minha irmã já tinha ido deitar, deitei de barriga pra cima e coloquei o cinzeiro em cima dela e acendi um cigarro.

Quando acabou coloquei o cinzeiro em baixo da cama, coloquei as mãos atrás apoiando a cabeça e fiquei ali pensando na vida.

Quando de repente algo passou raspando em meus braços, pulei da cama que nem um gato chamei a minha mãe contei a ela e pedi que benzesse o quarto.

Ai, então, eu percebi que estava enganado, ele podia encostar mim, me agarrar se quisesse, e a partir daí as minhas noites nunca mais foram às mesmas, descobri através de informações que eu estava sendo obsediado, ou seja, um espírito estava a fim de me perturbar, de atrapalhar a minha vida.

*INTEGRAÇÃO ENTRE OS MUNDOS*  A MAIOR BATALHA DE ESPÍRITOS DA HISTÓRIAWhere stories live. Discover now