DEUS, MUITO OBRIGADO!

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Cheguei, entrei no corpo que nem uma bala de canhão, o meu corpo físico sentiu o impacto, um estralo dentro da cabeça.

Levantei assustado, desnorteado e grogue, não consegui me manter em pé, cai e bati com o meio da testa seguindo a linha do nariz perto da cabeça no guarda roupas.

E fiquei deitado no chão, curtindo aquele pouquinho de sangue que ameaçava entrar nos meus olhos.

E também eu não tinha certeza se iria conseguir me manter em pé.

Passei a mão devagarzinho no ferimento, senti que tinha se formado um puta galo com um racho no meio, mas não era nada grave, estiquei a mão e peguei uma camisa que havia no chão, devia-te-la derrubado na hora que levantei.

E limpei o sangue que enfileirado já invadia o meu rosto.

Fiquei ali deitado, pensando: como você é trouxa, caiu numa armadilha, se ferrou quase que eles conseguem pegar seu espírito, por pouco, mas por muito pouco mesmo eles não pegaram.

Essa hora era para você estar lá nas profundezas do inferno sofrendo quem nem sei o que, o que será que eles fazem? O que será que eles iam fazer comigo?

Deus muito obrigado! Obrigado por ter me salvado! Só pode ter sido o Senhor mesmo pra ter me livrado daqueles demônios, que depressão, que angústia horrível eu estou sentindo.

Está me dando vontade de chorar, Jesus quando é que isso vai acabar?

Quando é que tudo isso vai ter fim? Eu não estou conseguindo levantar, preciso de ajuda, caramba porque que a minha família tem que viajar tanto?

Só vejo uma saída, ela vai me dar bronca, mas não tem outra solução.

Carolina! Carolina! A meu Deus será que ela vai me escutar?

Eu vou rezar. Pai nosso que... Ave Maria cheia de graça...

Pronto, já rezei trinta vezes cada uma, meu Deus já tá dando desespero ficar aqui no chão, porque que é que eu fui tomar aquela merda, estou todo esquisito, mas eu não devia estar mais sentindo efeito nenhum, o que, que é isso?

Vultos! Não! Não! São eles! Eles vão me pegar, Deus, por favor, me ajuda!

De repente aquele mesmo cheiro ruim foi tomando conta do quarto, e os vultos começaram a vir de todas as direções.

Eram umas cinco horas da tarde, devia ter ficado umas oito horas com aquela louca, e com o pouco da claridade que vinha da janela eu via o colchão da minha cama se mexendo, afundando, e um ser de cor amarela começou a flutuar sobre mim enquanto outro de pé, atrás da minha cabeça, se curvou em minha direção para me pegar.

Eu só pensava em Deus e na Carolina, quando outro vulto parado diante dos meus pés se agachou para pegar as minhas pernas eu escutei um estrondo, e uma luz branca, intensa, forte, invadiu o quarto, e de dentro dela saíram vários seres iluminados, coloridos, lindos, que se puseram a lutar com aqueles, pelo menos, oito demônios.

O quarto ficou pequeno, esses seres maravilhosos abriam suas bocas em direção a eles, e de dentro delas saia um raio, um facho de luz branca, bem brilhante, reta, precisa, e quando acertava os demônios eles soltavam gritos de terror, depois desapareciam, sumiam do quarto como se tivessem sido pulverizados.

Não demorou muito para a briga acabar, e assim que terminou Carolina apareceu linda, majestosa como uma rainha, que cena meu Deus!

Alguns desses seres fizeram um circulo dentro do quarto, outros foram para fora, e ela veio descendo no meio em minha direção, com todas as cores da sua aura no auge do tom de cada uma, ela veio bem devagar, ajoelhou, pegou a minha a mão e perguntou:

*INTEGRAÇÃO ENTRE OS MUNDOS*  A MAIOR BATALHA DE ESPÍRITOS DA HISTÓRIAWhere stories live. Discover now