Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que não se deve enxergar esses seres como mitos. Um programa criado pelos vampiros, consistia em levar crianças órfãs para serem doadoras de sa...
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Nas sombras da noite, no mar de escuridão, os vampiros fizeram das trevas sua força. Como vultos silenciosos, despedaçaram os caçadores de forma tão rápida que não ouve gritos.
A névoa sombria que envolvia cada um dos vampiros tornou-se densa, e ampliou-se de tal forma que cegou todos os caçadores. Literalmente estavam na escuridão, e os barulhos dos ossos quebrando, do sangue espirrando e dos membros sendo arrancados, fez com que os ainda vivos, começassem a disparar as cegas.
Despreparados, palavra que resumia o estado em que se encontravam aqueles humanos. Um ataque em massa contra os vampiros ocorrendo em tempo real por todo mundo obviamente iria ter falhas. As facções regionais que se empenharam em treinar adequadamente seus caçadores, aumentavam as chances do êxito na luta. Outras no entanto rebaixavam a importância de tal, era caso dessa e de muitas.
Foram sucumbindo um a um, até que o chão se forrar de cadáveres despedaçados.
A vitória da primeira batalha pertenceu aos vampiros, agora partiriam para o resgate. Drake andou por entre os mortos, caminhando com cautela para evitar pisar nos órgãos expostos dos caçadores. Os vampiros o seguiram, assim como os bruxos, porém ainda levitavam. O interior do refúgio se mantinha em total silêncio, o que alarmou a intuição de Drake.
Aproximou-se do portão de entrada, analisando-o atentamente, sabia que havia uma armadilha lá dentro e por isso, temia invadir.
Inesperadamente um barulho chamou sua atenção, e não só dele, como dos outros vampiros. Viraram-se para trás rapidamente, e então localizaram a origem do som.
Era um caçador, o único vivo, e certamente o mais covarde, estava fugindo pela mata, correndo o mais rápido que podia. Um sorriso perverso surgiu no rosto de Drake, assim como uma ideia maligna nasceu em sua mente.
O vampiro saltou, abriu suas asas e voou até o humano. Os vampiros observaram, silenciosos, como deveriam estar. Drake pousou frente ao caçador, que tentou virar-se bruscamente para correr para o lado oposto, no entanto, caiu.
Drake riu, aproximando-se do humano e se arrastou para trás, em vão. Suas mãos, sujas de sangue, foram direcionadas ao pescoço do caçador, e o vampiro o ergueu, olhando bem nos seus olhos, iniciando sua hipnose.
Heigi perdeu Drake e o caçador de vista, por isso preocupado. No entanto, o humano surgiu em meio as árvores, caminhando em passos firmes. Seu caminhar foi tornando-se cada vez mais rápido, até que ele começou a correr.
Os vampiros deram espaço para ele passar ao notarem que se tratava de uma hipnose. Heigi, com seu vasto conhecimento da personalidade de seu amigo logo entendeu o objetivo de Drake.
O nobre virou-se novamente e fechou os punhos, seu poder sombrio envolveu seus braços. Assim que o humano passou por ele, lançou a névoa em direção ao portão.
