Oliver já estava indo mal na escola antes de um goblin aparecer e fazer uma brincadeira de mau gosto com sua professora de matemática.
E tem mais essa história de caçar dragões e salvar o mundo mágico da destruição, há pouco tempo ele nem sabia que...
— Agora você vê? — questionou o dragão. — Seu destino é servir-me!
Minha cabeça estava uma bagunça. Tudo que havia acontecido até aquele momento, levava-me a pensar que ele estava mentindo. Todavia, algo dentro de mim sabia que era verdade.
— Mas, Belenus... — murmurei.
— Belenus é um mentiroso! — exclamou a criatura. — O deus do fogo sempre soube a verdade, Oliver. Por que você acha que nunca lhe contou? Porque ele não confia em você.
— Não pode...
— Essa é toda a verdade! — vociferou ele — Você é o meu herdeiro, seu destino é lutar ao meu lado. Sou o único que pode ajudá-lo a despertar o seu verdadeiro poder.
As palavras da criatura eram atraentes, elas entravam direto em minha mente. Parecia algum tipo de hipnose, semelhante ao que alguns répteis fazem com suas presas antes de ataca-las. Era difícil resistir, era difícil ignorar.
— Não de ouvidos a ele, Oliver! — gritou Maia despertando-me do transe.
Rendar encarou a garota com desprezo.
— Não se intrometa, filha da água! — disse ele fazendo um movimento rápido com uma das mãos e lançando uma bola de fogo contra ela.
Era difícil raciocinar em meio a tudo que acontecia. Eu era o herdeiro do dragão. Talvez não fosse o escolhido. No entanto, não deixaria que ninguém machucasse aqueles que eram importantes para mim. Mesmo não sendo o herói que Maia imaginava, lutaria com todas as minhas forças contra quem quisesse feri-la.
Meus instintos assumiram o controle. Saltei a frente da garota e rebati a bola de fogo com minha espada, como se fosse uma bola de baseball. Ela explodiu contra uma das paredes da caverna, causando um pequeno tremor e o desabamento de algumas estalactites — infelizmente nenhuma delas caiu em cima da criatura.
Rendar estreitou os olhos.
— Então essa é a sua decisão final?
Minha resposta veio com um brado de ataque. Investi diretamente contra ele. Meu pai tentou intervir, porém, dessa vez o acertei no rosto com o punho da espada, fazendo com que recuasse. Rendar invocou uma espada de dois gumes, semelhante a minha, porém de uma cor escura e opaca.
Encontrava-me tomado por uma onda de determinação. Não estava importando-me quem eu fosse — escolhido ou herdeiro do mal —, colocaria um fim nesse monstro agora mesmo.
Ele ergueu a arma no exato momento que minha espada girava na direção de seu pescoço, fazendo o tilintar das duas lâminas ecoar caverna adentro. O dragão empurrou-me para trás com um chute no peito e avançou. Eu me desviei, ataquei e rolei, mas Rendar era muito rápido e habilidoso. General Dáblio correu, aproximando-se do meu flanco esquerdo, mas Maia o interceptou. Eles iniciaram uma luta, a garota usava sua adaga para atacar, enquanto o General defendia-se com algum tipo de escudo de fogo.
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