Um dia quase normal no Memphis Botanic Garden

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Eu estava tonto, a espada que apareceu como um relâmpago em minha mão desapareceu da mesma forma. Encontrava-me envolto em uma nuvem de fumaça preta, tudo que sobrou do maldito ogro que nos atacou. Meu coração ainda batia acelerado, meus sentidos estavam apurados. A nuvem foi se dissipando, e quando sumiu por completo lembrei-me dela. Maia continuava deitada no chão - talvez estivesse machucada - pensei.

No mesmo instante corri até ela, e me jogando ao seu lado perguntei - você está bem?!

Ela não respondeu na hora, apenas me encarou e abriu um largo sorriso.

- Ufa! - Respirei aliviado -, nunca mais me assuste assim engraçadinha, achei que aquele monstro ia devorar você - disse levando a mão ao peito.

Sem avisar, ela jogou seus braços sobre mim e me abraçou. - Eu sabia que era você! - exclamou Maia - Oliver, seu poder finalmente despertou.

Meu rosto enrubesceu na mesma hora. Quando ela me soltou, levantei rapidamente e lhe estendi a mão para ajudá-la a se erguer também.

- Ainda achando que eu sou o garoto da profecia? Eu só transformei um monstrinho em fumaça, isso não deve ser nada demais - disse desdenhando de mim mesmo.

- Um monstrinho?! - questionou Maia -, você acabou de derrotar um ogro adulto de meia tonelada, você não sabe o quanto isso é grande senhor teimoso.

Dei de ombros, como se não fosse grande coisa. Mas na verdade eu estava apenas querendo parecer modesto, por dentro eu estava admirado comigo mesmo.

- E tem mais a espada - continuou ela - é uma das armas sagradas dos quatro deuses, a Espada do Oeste. E ela foi concedida a você.

- Ela sumiu - disse mostrando as mãos -, no momento em que o ogro virou fumaça, a espada desapareceu da minha mão

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- Ela sumiu - disse mostrando as mãos -, no momento em que o ogro virou fumaça, a espada desapareceu da minha mão.

- É uma arma magica Oliver - disse Maia fazendo uma careta - assim como meu arco, você pode invocá-la quando precisar. - Disse ela com firmeza na voz.

Poucos minutos antes do ogro nos atacar Maia estava me contando a história de quatro homens que se tornaram deuses, após terem derrotado e aprisionado os dragões malignos que ameaçavam o mundo na época. Cada um possuía uma arma especial. Maia foi abençoada com o Arco do Sul, a arma de um deus. E agora, ao que parece eu recebi uma arma também, a Espada do Oeste. - você deve lutar - uma voz ecoava em minha cabeça, eu sabia o que deveria fazer a seguir, mas estava hesitando.

- E então? O que acontece agora? - Perguntei, mesmo sabendo a resposta.

- Nós precisamos ir para o Hawaii e descobrir um modo de acabar com o dragão de fogo, antes que seja tarde demais. - Disse ela mostrando certa preocupação no olhar.

- Droga! - Pensei. Eu realmente sabia a resposta. - Mas e minha mãe? - perguntei - eu não posso simplesmente ir para o Hawaii e deixá-la sozinha, ela vai surtar, ou pode até estar correndo perigo.

Oliver Turner e os caçadores de dragões - A chama sagradaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora