Obscuros

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Paul abriu a porta do carona para Maya e saiu correndo para o lado do motorista, dando partida para sair daquele lugar o mais rápido possível.

- Vocês tinham dito que era tranquilo brincar de CSI da magia - Leah falou irritada para o namorado.

- Eu te juro Leah, eu nunca vi algo assim - Mason olhou assustado para a a namorada - New York tem muita coisa estranha, mas igual a essa magia. Vocês estão se sentindo bem?

- Sim - Leah e Paul falou juntos e olharam para Maya que ainda tinha olhar fixo, perdido. - Maya, está tudo bem? - A loba tocou no ombro da amiga, que saiu do transe que estava.

- Estou - Maya abriu um sorriso, tentando acalmar os amigos - Só tentando raciocinar tudo que aconteceu aqui.

- Aquela mulher era de verdade? - Leah questionou depois de um longo silêncio.

- Não, ela era um obscuro - Black explicou virando para a amiga - Provavelmente foi ela o motivo de maldição ter acontecido e as bruxas do vilarejo transformaram a região em um cemitério de almas e ela como culpada, virou uma marca de maldição.

- Você percebeu que ela não conseguiu sair da varanda não? - Paul perguntou para a noiva, tirando os olhos da estrada por alguns minutos, vendo ela concordar.

- Vocês escutaram alguma coisa que não fosse ela? - Maya perguntou um pouco receosa.

- Tipo outras vozes? - Leah questionou confusa vendo a amiga confirmada - Nada May.

- Maya, você sabe como obscuros funcionam, ela esta usando o psicólogo para te afetar, não pode cair nessa, não era seu filho te chamando. - Mase disse saindo do carro.

- Então você escutou? - Maya questionou indo para perto do amigo.

- Black, me escuta - Ele segurou os ombros da bruxa - Obscuros servem para mexer com a mente, ali é so um corpo repleto de maldição, tenho certeza que se você voltar lá, ela vai fazer seu filho aparecer. Ela se nutre desses sentimentos Maya, não pode deixar ela ganhar os seus.

- Tudo bem! - Black se soltou do amigo se afastando - Preciso de um banho e chocolate quente.

- Vem, vou preparar a lareira - Paul puxou a bruxa para dentro de sua casa, que sorriu deixando ser levada pelo mesmo.

Leah deu a mão para Mason e tentou puxar o bruxo para casa, mas ele ficou observando a amiga entrar.

- Ela vai fazer merda, Leah - Mason disse em tom preocupado, fazendo a loba virar para a amiga, vendo ela com olhar perdido - Conheço essa versão da Maya, a versão que acha que o mundo depende dela, e essa versão que vai colocar tudo em jogo.

- Vamos dar um jeito calma, ela não vai conseguir fazer nada hoje e muito menos sem nenhum de nós perceber - Leah deu um selinho no namorado tranquilizando ele - Amanhã fazemos um intervenção!

Mason concordou e entrou para casa de Leah muito preocupado com a amiga

Paul entrou na casa indo em direção a cozinha. Maya subiu para tomar um banho e trocar de roupa enquanto o noivo preparava a janta. Ela voltou para a sala e sorrio com o que o rapaz tinha preparado.

Os colchões do quarto de visitas estavam no chão da sala, com diversos travesseiros e com um grande e aconchegante cobertor. Paul estava com a sopa ema vasilha esperando a bruxa chegar para se acomodarem.

- Vamos assistir um filme? - Ele perguntou se acomodando do lado da noiva. - Peguei dois filmes de ação na locadora, pode escolher.

- Me trouxe flores de manhã, esfiha no final do trabalho, sopinha de ervilha que eu amo, filmes de ação na sala com a lareira ligada e deve ter um bom chocolate de sobremesa - Maya se fez seria vendo o noivo engolir seco - Está tentando me reconquistar Lahote?

A magia que habita em nós | Paul LahoteDonde viven las historias. Descúbrelo ahora