Seus olhos| Conclusão Em Breve |♡

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       Sentia um leve incômodo em seu pulso fraturado e que necessitaria de algumas longas semanas para se curar, entretanto,Alina sabia que persistiria em tudo o que planejou desde o primeiro momento. Portanto,segura do que faria e como faria,Alina se despediu dos médicos que haviam lhe atendido e se encaminhou para a sala de espera,onde Dylan se encontrava.

       Alina,por mais que estivesse com um ferimento e o sentimento de medo predominando em seu coração,estava feliz em poder encontrar Dylan ao seu lado,lhe apoiando sem ao menos haver alguma coisa que pudesse ir contra o que realmente desejavam e nutriam um pelo outro. Poderia ser coisa de momento e aquele zelo fosse embora com o passar dos dias, entretanto,ela sabia que apesar dos pesares,aquele seria o único homem a se importar com sigo,a ponto de ficar e sustentar os problemas que estavam por vir.

       Foi um período tortuoso, difícil de lidar e complicado de se livrar. Alina estava ali,em muitas vezes,pronta para perdoar e recomeçar,mesmo que seu emocional implorasse por um descanso,por um momento de silêncio e um tempo de afastamento,mesmo que,no mais complexo de seus sentimentos, implorasse para que desistisse e não se ferisse mais,pois chegaria um certo momento em que mais nada seria capaz de lhe curar e lhe proporcionar uma vida de emoções seguras e felizes.

      Ela entendia que sua história ao lado de Dylan havia começado bem antes de se aproximarem daquela forma intensa e inquestionável; foi a anos atrás,quando ela se viu acuada e insegura dos olhares,quando percebeu que a alguns passos de si,diferente de Domínik,ele estava disposto a lhe proteger de tudo o que surgisse em uma tentativa árdua de lhe machucar. Alina foi apenas uma conhecida,foram pessoas em comum para aqueles que eram seus amigos. Mas,por escolha,haviam se tornado bons amigos, confidentes que não se importavam com os olhares tortos,afinal,sempre houvera respeito entre eles, confiança e zelo.

       Ao se aproximar,vendo o mais velho se levantar abruptamente daquela cadeira ao canto da sala de espera, Alina sorriu e se aconchegou no abraço quente e protetivo,se acomodou nos braços fortes e que nunca falharia em lhe proteger,ao menos, não enquanto fosse possível. Seus braços contornaram a cintura de Dylan e sua cabeça se apoiou no peitoral demarcado pela camisa social em tonalidade clara - branca.

        Não disseram uma palavra sequer, Dylan entendia que a única coisa que Alina desejava era o silêncio de seu aconchego em momentos de tempestade. Durante um certo tempo,ficaram ali, abraçados e sentindo o calor corporal um do outro,e quando finalmente perceberam ter de voltarem para casa,ou para seus locais de trabalho,o empresário lhe conduziu para fora daquele hospital.

        Alina o seguiu,entrou no carro e fechou seus olhos.Era como se,naquele momento,tudo o que aconteceu,as ameaças e os ferimentos realmente fizessem sentido e estivessem reais o bastante para que sua mente projetasse todo o tipo de sentimento possível. Seu emocional assimilou e aceitou que aquilo deveria ter uma reação,seja de raiva ou não,mas para uma pessoa como ela,seria realmente necessário que algo fosse feito e sentido.

         Portanto,sabendo que Dylan estava ao seu lado, esperando pelas reações verdadeiras e mais intensas, Alina se encolheu feito um animalzinho amedrontado, demonstrando sua fragilidade muito bem conhecida,mas que se tornava uma ameaça se não controlada devidamente. Então,se abraçando em busca de seus próprios consolos,partindo de cada mínimo centímetro de si,a advogada chorou livremente.

      Dizem que estamos propícios a suportar mais do que a situação nos impõe,afirmam que temos força o suficiente para contornar os problemas e enfrentar vários outros pelo caminho. Entretanto,nunca disseram o quão difícil poderia ser,o quão complicado se tornaria os obstáculos e o quão pesado era o fardo sobre nossas costas. E Alina estava sentindo,entendendo que,de certo modo,suas forças estavam se esvaindo e nada poderia ser feito,ao menos, não enquanto tivesse uma sobrecarga sobre seu corpo falho e ferido.