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   Nossa vida sempre foi composta por três fases biológicas; a primeira está ligada a nossa dependência maternal; quando somos bebês e não temos sequer noção do que nos rodeia. A segunda, é a chamada adolescência e o terror dos pais superprotetores,e embora sempre tenham tudo sob controle,sabemos muito bem envolver a chantagem emocional. A terceira fase, poderia se resumir em muitos aspectos,em versões que todos poderiam contar e narrar um pouco de sua experiência; afinal,os problemas da vida se tornam enormes,algo que  exige certa maturidade: a vida adulta era a mais terrível das fases.

  Olhar para o passado,era o mesmo que entrar em um museu,o mesmo que assistir um filme de época, ou seja, não há nada de interessante que realmente mereça ser parte de nosso presente. Quando paramos para pensar o que fizemos anos atrás,temos uma única certeza: jamais cometeriamos o mesmo erro e não nos permitiríamos deixar que tudo se transformasse em um fato do presente. Existe uma frase profunda e que mereça grande compressão, digna de toda atenção: aqueles que desejam lutar,os permita viver. Aqueles que não querem lutar,deixe que o destino se encarregue de seu futuro.

    Em um vasto campo de armas e obstáculos,cabe ao ser humano escolher se defender ou morrer feito um animalzinho sem utilidade. São as escolhas que nos mantém vivos, decisões que não podem ser tomadas de forma deliberada. Viver é um desafio que muitos não se sentem preparados, mas são obrigados.

    Não existia muitas coisas que uma pessoa como Alina poderia fazer naquela enorme cidade,seus passos sempre seriam limitados de forma que lhe deixavam abatida e insegura de si mesma. Não era como se em um dia de sua vida,acordaria como se nada houvesse acontecido,como se o mundo já não fosse aquela escuridão imensa repleta de barulhos e ruidos.

     Alina Prescott era uma advogada conhecida, tanto por seus feitos nos tribunais, quanto pelo sobrenome que carregava em seus documentos; filha de um dos casais mais bem sucedidos daquele país,sempre estaria sob influência daquela paternidade. No entanto, a menina acreditava que em algum momento,todos deixariam de enxergar a influência de ambos ,e passaria lhe ver como uma mulher normal.

    Estava enganada. Desde o colégio, Alina sentia aquela diferença,o carisma por ser quem era,sabia que em um mundo onde o sobrenome de seus pais predominava, não seria uma pessoa qualquer. Então,mesmo que fosse frustrante de forma gigantesca,a garota se viu suportando toda aquela falsidade direcionado a si.

    O tempo foi passando,a aproximação que recebia se resumia em interesse daqueles outros,a sua vida era resumida em ausência de sinceridade. Mas tudo mudou, afinal,havia encontrado alguém que realmente lhe amava,um homem que enxergara em si,um grande potencial e carisma que mais ninguém notara.

    Namoraram e,após um certo tempo,se casaram. Sua família,por mais que gostasse do genro e apoiasse aquela união,sempre deixaram explícito o quão estavam apressando os acontecimentos. Mas, mesmo tendo uma parte de si, gritando para que ouvisse seus pais, Alina prosseguiu com seus planos e se tornou esposa de Domínik Rousseau.

     Então,como todo ato impensado,veio as consequências duras e implacáveis,aquelas nas quais desejamos arremessar em um canto qualquer e esquecer; esquecer da dor que nos causou,das feridas que foram abertas e que parecem jamais querer se cicatrizar. Parece besteira aos olhos de algumas pessoas,mas somente quem passou por algo do tipo,quem se arrependeu amargamente, saberá dizer e descrever tamanho sentimento.

     Alina precisaria de anos para compreender em que situação estava vivendo, precisaria entender que,mesmo tendo seu coração completamente apaixonado por alguém,deveria abrir mão, afinal,o amor não foi feito para machucar alguém; ao menos não daquela forma na qual passara a afetar a garota.

    […]

      As vezes,o ser humano se imagina vivendo em um conto de fadas, sonhando com o príncipe encantado e a princesa que faria de seus dias tristes os mais belos, já descrito pelos romancista. No entanto, é quando a realidade bate contra a porta e pede para entrar, é exatamente nesse momento que sentimos os espinhos perfurando nossa pele.

Seus olhos| Conclusão Em Breve |♡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora