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       A fachada do restaurante parecia lhe assombrar,afinal, seria ali que tudo deveria ter um fim,ou uma solução para não se ferirem novamente. Então,com as mãos trêmulas e um olhar cabisbaixo, Alina atravessou a porta de entrada e parou diante da recepcionista,essa que lhe informou a mesa onde se encontrava seu acompanhante

       Quando parou diante o homem,Alina suspirou buscando por todas as sensações boas que já tivera em sua presença, tentando ignorar o medo e a frustração sobrecarregada de agonia. Não demostrava,mais se encontrava em um nervosismo enorme,capaz de causar um colapso se tudo se alterasse mais alguns décimos.

        Desde o início da amizade,Alina sempre se sentiu acolhida,segura e amada por Dylan,era a pessoa que mais confiava e desejava jamais o ferir. Mas, estando naquela situação,entendeu que nada é como desejamos e planejamos,nada sai como realmente pedimos,no final, não somente Dylan havia se ferido,todos ao seus arredores sentiam pela dor de ambos.

      Alina sentou-se e encarou o mais velho,esse que parecia buscar por palavras para o início de uma conversa. Ele poderia lhe elogiar,mas sabia que haveria um certo desconforto ainda maior,poderia questionar sobre sua rotina,mas também seria algo que causaria um ato evasivo. Dylan poderia ter muito o que dizer para ela,mas não conseguia encontrar uma forma de iniciar tal conversa.

      — Não haja como se não pudesse me questionar sobre qualquer coisa, Dylan. Apesar de todos esses problemas, não significa que deva diminuir toda a liberdade que lhe dei — Alina se pronunciou, mostrando que apesar dos pesares,poucas coisas mudaram.

        — Estou com medo! — confessou,deixando Alina surpresa e intrigada — medo de dizer qualquer coisa e lhe machucar,medo de olhar em seus olhos e encontrar tudo,menos o carinho e amor que sentia por mim. Estou com medo de ter perdido você!

       Alina abaixou a cabeça e encarou seus dedos trêmulos sobre suas pernas, tentando assimilar tudo aquilo, entender como poderia acalmar o coração do homem que amava. Ela sabia que a qualquer momento,tudo teria um fim,ou um novo recomeço,apenas não sabia qual escolheria para sua vida.

       Então,tomando iniciativa,Alina colocou um de suas mãos sobre a mesa e buscou pela de Dylan,fazendo uma carícia leve e significativa,tendo noção de que ele compreenderia qual era o seu intuito com aquilo. Seus olhos se erguerem até o empresário e sorriu mínimo,queria transparecer segurança para ele.

         — É um jantar para conversamos, Dylan. Não haverá discussão, não vamos fazer nada além de expôr tudo o que omitimos e nós negamos a ouvir. Tudo bem ? — suas palavras fizeram o rapaz suspirar e alívio.

        — Tudo bem,mas quero me desculpar por tudo o que possa ser dito aqui,pela mágoa que vamos causar um ao outro ao revivermos esse episódio. Mas,ao fim,espero que esse assunto possa ficar no passado— respirou,olhando para a mão pequena sobre a sua.

      Alina apenas concordou com um aceno. Ao cogitarem dar início ao assunto que os levara até aquele restaurante,o garçom do local surgiu e lhes questionou sobre o pedido de ambos. A advogada deu preferência para que Dylan escolhesse e lhe surpreendesse com seu gostoso para comida.

      Com o passar do tempo,acabou que ambos optaram por conversarem do dia a dia deles,de como estava sendo a rotina corrida de estarem de volta ao meio de trabalho. Então,o clima se tornou leve e aconchegante,algo casual e que os deixariam mais espontâneos. Ambos sentiam falta daqueles momentos,de se sentarem em um ambiente qualquer e passar horas se distraindo amigavelmente, queriam que nada de seus passado tivesse afetado a amizade,gostariam de terem acertado desde o primeiro momento. Mas sabiam que era um marco da vida,tudo aquilo tinha um grande significado quando se avaliado atentamente.

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