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    Você não pode querer adormecer em um campo de espinhos desejando ter uma boa noite de sono. Não pode beber limão querendo que seja algo adocicado. Não pode querer realizar,sem ter planos e sonhos. Seria de certa forma,desejos hipócritas que o destino nunca fora obrigado a lhe dar. Assim como não se pode esperar receber o bem de uma pessoa que cresceu machucando outro alguém.

      E Alina sabia de cada uma dessas frases,tinha conhecimento de que deveria enxergar o mundo como ele realmente era. Então, quando se aprontou sem a ajuda de alguém e desceu as escadas que lhe levariam para a sala de estar,suspirou dando falta de Dylan,esse que sabia certamente estar na empresa de sua família, organizando uma forma de voltar a ser parte frequente da empresa.

       Por mais que fosse sócio juntamente a família Prescott,Dylan não poderia entrar e sair a qualquer momento do dia, não poderia viver esnobando aqueles que lutam toda manhã para continuarem com seus empregos. Então,mesmo que fosse um tanto estranho para outros acionistas,o rapaz provavelmente havia agendado um horário e cumpriria com as regras do local.

       Alina suspirou profundamente e caminhou até a cozinha,onde teve a certeza de encontrar seus pais. No entanto,quando adentrou o ambiente, soube  que ambos também haviam saído para seus compromissos e que,sob supervisão dos mais velhos,havia ficado com os empregados. 

       A advogada se deliciou com o café da manhã leve,esse que fora preparado somente para si. Passou boa parte do desejum em uma conversa satisfatória com Helena,a cozinheira e governanta da mansão de seus país. Quando sentiu necessidade de caminhar, sentir um pouco da brisa bater em sua pele, Alina deixou aquela cozinha sob companhia de Yasmin,a responsável pela organização da casa.

       —  Soube que teremos um bebê na casa. Fico feliz por você, Alina! — calorosamente,a mulher mais velha parabenizou indiretamente.

       Alina sorriu,mesmo que não pudesse enxergar e admirar a forma como todos ali estavam felizes por si e sua gestação. A advogada se perguntava como a vida poderia ser injusta,como os obstáculos que se poderia enfrentar pareciam carregar os piores espinhos; Domínik era o seu martírio,aquele que lhe apunhalava e ofuscava seu brilho,era sua erva daninha que matava todas as belas rosas de seu Jardin.

     Então,com ajuda de Yasmin,Alina sentou-se na grama verdinha e suspirou profundamente ao sentir o cheirinho das flores,da vegetação e de tudo o que poderia estar presente. Gostava da localidade, da forma em como seus pais escolheram um excelente lugar para morarem. Não tão perto do centro da cidade e de toda aquela movimentação absurda,mas também não era longe. Perfeito,na concepção da advogada.

        — Estamos felizes,eu estou! — levando sua mãe até a barriga, essa que ainda não havia se formado,Alina murmurou.

         — Acredito que sim. Filhos são a maior benção que podemos carregar em nosso ventre,são os tesouros da vida. Digo isso,pois a minha menininha é testemunha.

       Alina sentiu o carisma na voz de Yasmin,conseguia distinguir e decifrar a forma como seu amor pela filha poderia ser enorme. Então,por um momento de sua mente sonhadora, a advogada se pegou imaginando como seria ter seu bebê em seu colo,como seus sentimentos poderiam mudar e como seria as experiências; apesar do medo por sua atual condição,ela estava preparada para aquela nova fase,estava disposta a muito mais do que se tornar mãe,estava preparada para ser uma grande mulher e protetora de seu bebê.

     Alina conhecia os trajetos de vida de Yasmin,sabia de todos os passos que tivera de dar para estar ali e feliz com sua menina de quatro anos de idade. A advogada sabia que a mulher havia passado por maus tratos,abusos psicológicos e até mesmo, físico. Então,ouvir que ela estava feliz e radiante com o fruto de um desse momentos marcantes,alegrava o coração inocente e ingênuo de Alina.

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