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        Dizem que somos os responsáveis por cada linha tênue em nossas experiências de vida,mesmo que acreditemos nunca ter feito algo para trazer tal responsabilidade sobre nossos ombros e consciente, afirmam que não importa quais fossem as táticas usadas e quais foram as coisas que nos limitamos a fazer. No final de tudo, haveria mais pendências do que um dia se poderia imaginar.

      Dylan havia crescido em um lar amigável,amoroso e feliz,eram poucas as vezes que chegava a ponto de presenciar uma discussão entre seus pais. No entanto,nunca escondeu das pessoas,jamais se passou por um filho que seguia as regras a risca. O empresário fora um adolescente impulsivo, frequentava festas,bebia com os amigos, gostava se um aventureiro sem fronteiras.

     Então,mesmo que fosse posto em uma balança seus atos bons e ruins,sabendo que suas boas ações sempre teriam uma longa porcentagem a frente,ele sabia que teria de assumir seus atos e fazer valer a pena a índole que tanto presava,a moralidade que defende com unhas e dentes. Era um bom homem,uma boa pessoa.

       E naquele momento, estando sentado em uma poltrona desconfortável, segurando as mãos frias de Alina e suspirando a cada nova frequência cardíaca da moça,Dylan compreendia que o destino manipulava o jogo e escondia seu montante de cartas poderosas e de grande valor,entendeu que por mais que tenha uma excelente cartada,jamais seria vencedor de algo que cobria seus olhos a cada novo lance.

      Dylan estava ali, observando o corpo imóvel de Alina,analisando a face pálida e angelical,tendo a visão de grandes faixas cobrindo aquele lindos olhos que,mesmo sem o dom da visão,eram sua melhor paisagem,era o que mais lhe acalmava. Por mais que soubesse ser necessário sair daquele quarto e sentir um pouco do ar puro que aquelas ruas poderiam lhe proporcionar,ele apenas aguardava ansioso o momento em que sua amada poderia despertar.

       Ainda se recordava perfeitamente bem de como o médico caminhou até si,lhe pediu por sua companhia e seguiriam para o consultório,também conseguia se lembrar perfeitamente bem de como fora receber a notícia de que Alina estaria em um estado de saúde complicado e que,por algum motivo emocional,ela havia entrado em como temporário,mais que não saberiam uma data em específico para que ela despertasse.

    O empresário se mantivera ali, prometendo para Rafael de que não sairia daquele hospital enquanto Alina se mantivessem adormecida. Dylan cumpriria sua princesa,seria o primeiro a lhe acolher nos braços independente do resultado de todo aquele esforço,seguiria  com o plano de ambos. E por mais que se sentisse entendiado em olhar sempre para as mesma paredes e teto branco,ouvir os mesmos sonidos e responder as mesmas perguntas,havia assumido o posto de que aquele era seu lugar e não sairia.

       E como os dias se passando e o início de um novo ano, Dylan se frustrou,sentiu a culpa lhe consumir pelo fato de não ter sido alguém a apoiar Alina: em seu ver,o empresário sabia que se tivesse insistido de que poderiam lidar com aquela situação da forma que estava,se tivesse acalentado as inseguranças de Alina no momento em que ela se viu disposta a se contentar com a nova vida que tinha desde o acidente,ambos não precisariam estar vivendo aquele mar de espinhos,se afundando na mais pura lama.

      Entretanto,ele também sabia que havia feito o certo,afinal,Alina já não conseguia se vizualizar sendo dependente de alguém,sendo levada a todo canto. Em algum momento,poderia tardar ou ser o mais breve que pensassem,a advogada iria erguer a bandeira branca e decretar desistência, afinal,era o mais comum em acontecer com pessoas que sempre foram independente,e da noite para o dia, passam a viver sob as vontades e sombra de alguém.

       Portanto,pondo em uma balança as opções que sempre estiveram em suas mãos, Dylan sabia que perder Alina iria lhe corroer pode dentro,lhe causar um sensação horrenda de vazio e solidão, mas valeria a pena: ele não viveria com a possibilidades de um sucesso,ou as chances de fracasso. Era uma realidade cruel estar lidando com tudo aquilo,mas também servia como acalento para seu coração e emocional,mesmo que a mente vivesse em um constante dilema de " e se".

Seus olhos| Conclusão Em Breve |♡Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum