A Corte De Sangue - VAMPIRE HISTORY. | CONCLUÍDO

50. Ele Se Foi.

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          𝓐ssim que saí da Mansão Sylver, gritei de susto quando Darkless se materializou em minha frente. Foda-se a raiva que sentia dele por me forçar a beber seu sangue, me joguei em seus braços o abraçando-o com força, e fui recebida na mesma intensidade. Ao nosso redor, seus clones continuavam a lutar incansavelmente, e vi as linhas profundas de cansaço em seu rosto quando me afastei. 

— Você está usando muito poder. Você… 

— Preciso fazer uma coisa, Lizzie. — Darkless me interrompeu segurando-me pelos ombros. — Preciso destruir Luke, oa híbridos e os Lostess antes que seja tarde demais. Os vampiros estão lutando, mas não estão aguentando. Dois membros do Conselho já morreram. 

— Elysha… 

— Não. Elysha está bem. — Ele me tranquilizou. — Preciso que você me prometa algo. 

— O que? 

— Vou descarregar todo meu poder encima deles. É a única forma de terminar isso sem que minha Corte inteira morra.— Darkless segurou meu rosto entre suas mãos frias e me beijou com delicadeza. — Prometa que criará Liam caso algo aconteça comigo. 

— Nada irá acontecer com você! — Exclmei segurando as lapelas de seu casaco. — Nada pode acontecer com você! Você é imortal, invencível! 

— Lizzie! Nada irá acontecer comigo. Eu só preciso que você prometa ficar com Liam, para que eu possa fazer tudo em paz. Eu sei que nada vai me acontecer, mas preciso disso, entende? 

— Claro. Claro que eu prometo ficar com Liam. Irei protegê-lo com a minha vida, sempre. Eu amo aquele garoto. 

Darkless me beijou com intensidade, me segurando com força em seus braços. O beijei de volta, meu corpo todo clamando para ficar com ele e nunca mais o soltar. Aztraz se afastou e beijou minha testa antes de desaparecer em sombras, sumindo de minha vista. Com o coração acelerado no peito, corri pela grama manchada de sangue e cinzas, os gritos e sons de luta eram tão altos que meus tímpanos poderiam facilmente explodir, mas não me deixei abalar. Onde eu encontrava vampiros com dificuldades, imaginava seus inimigos pegando fogo e logo acontecia. Um trovão cortou o céu e eu me encolhi com o barulho estrondoso. 

Olhei para cima, meu coração errou uma batida ao ver Datkless no céu, flutuando. Mesmo a distância podia ver o fogo em suas mãos e braços, mas não estava o queimando, porque também havia anéis de fogo em seus olhos. Luke se juntou a ele no céu, e por mais incrível que pareça, todos que lutavam em terra pararam para observar. 

— O GRANDE MESTRE DOS VAMPIROS! — A voz de Luke ecoou por céus e terra. 

— O INSIGNIFICANTE LUKE BALMER. — Darjless debochou, recebendo um olhar irado de Luke, que se jogou contra ele. 

O híbrido e o vampiro pareciam duas estrelas cadentes correndo pelo céu. Faíscas caiam enquanto Luke era atingido pelo fogo e jogava contra Darkless raios. A luta ao meu redor retornou, mas eu não conseguia desviar os olhos do Mestre. Tudo estava acontecendo rápido demais, brutal demais. Entre fogo e raios, uma espada de ouro incandescente apareceu na mão de Luke e onde ele a usou para cortar Darkless no peito. Imaginei que seria somente um corte que logo se curaria, mas não. Darkless quase despencou dos céus. 

— O SEU CÁLICE ME DEU UMA ARMA CAPAZ DE LHE MATAR, DARKLESS! — Luke gritou e atacou novamente, mas dessa vez Darkless desviou com maestria. 

Culpa varreu meu corpo ao saber que havia uma arma capaz de matar Darkless graças ao cálice que roubei dele. Se ele fosse morto, a culpa seria minha. 

Trovões ensurdecedores tomaram os céus. 

— HONRAREI SUA MÃE COM SUA MORTE, NIKLAS! 

— MINHA MÃE NÃO SENTIA NADA POR VOCÊ, LUKE! VOCÊ SÓ ERA UMA DISTRAÇÃO, UM PEÃO NA BUSCA POR PODER. VOCÊ ACHA MESMO QUE ELA SE TORNARIA MESTRE E PERMANECERIA AO SEU LADO? 

As palavras de Darkless trouxeram o mais profundo ódio para o rosto de Luke. 

— ELA ME AMAVA! 

— NÃO SEJA RIDÍCULO, LUKE. ELA SÓ TE USOU! MINHA MÃE ERA UMA NAZISTA QUE SÓ SE IMPORTAVA COM A SUPREMACIA VAMPIRA, VOCÊ ACHA MESMO QUE ELA SENTIA ALGO POR VOCÊ?

Luke não respondeu verbalmente, se jogou sobre Darkless com a espada em punho e desferiu um golpe potente contra o pescoço dele. Darkless desviou, mas recebeu o impacto no ombro e ouvi seu urro de dor ecoar por toda a Corte, talvez até pelo mundo inteiro. O Mestre levitou para mais alto, até quase desparecer nas nuvens. Energia estática queimou meu corpo e me preparei para um ataque, mas não era. Uma fina camada brilhante revestia minha pele e quando olhei ao redor, vi que todos os vampiros tinham parado de lutar, cobertos pelo mesmo brilho estranho. Uma faca voou em minha direção, e eu sequer tive tempo de me abaixar, porém, a lâmina bateu em minha pele e caiu, sem ferir. A mesma coisa aconteceu com os vampiros por perto, nada os atingia. 

“Sinto muito.”

A voz de Darkless ecoou em minha cabeça. Meu coração doeu.

“Proteja meu filho, e obrigado por tudo que você fez e representou para mim. Você brilha, Lizzie. É a porra de uma estrela de fogo, tão linda e obstinada que me queima. Jamais esqueça disso. Jamais esqueça de mim.”

— AZTRAZ! — Gritei, procurando nos céus qualquer sinal dele. Mas tudo que vi foi um clarão, um clarão que me cegou. 

Me abracei quando o chão tremeu e a estática encheu o ar, o barulho foi tão alto que não ouvi mais nada, apenas um zumbido irritante ao cair de joelhos. O clarão repentinamente se foi, mas por vários minutos só consegui continuar prostrada sobre meus joelhos. Não tinha ideia do que tinha acontecido, mas quando por fim consegui ficar de pé, não acreditei em meus olhos. Todos os híbridos e Lostess estavam mortos, seus corpos carbonizados como se tivessem sido atingidos por raios. Olhei para o céu, buscando por Darkless e Luke, mas apenas o Mestre estava lá. Mesmo a distância, eu sabia que seus olhos estavam sobre mim. Meu coração doeu no peito ao ver Darkless perder altitude, mas tudo ficou muito pior quando ele começou a cair rapidamente, seu corpo rodopiando. Comecei a correr sem nem saber o porquê, e vi quando Taurus saltou e pegou Darkless nos braços em pleno ar. Corri em direção a eles, o coração doendo no peito ao me aproximar. Taurus já tinha o colocado no chão quando cheguei e caí de joelhos ao lado dele. 

— Aztraz, abra os olhos! Fale comigo! 

Taurus colocou a mão sobre meu ombro e lançou-me um olhar de pesar. 

— Ele se foi, Lizzie.