Unforgivable Love - Taekook

By TaekookaHever

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Pode o tempo curar feridas ou algumas são tão profundas que jamais irão cicatrizar? Taehyung amou Jeongguk, J... More

Prólogo
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Epílogo
Agradecimentos
INEXPLICABLE LOVE

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By TaekookaHever

Jeongguk não conseguia esquecer a imagem de Taehyung, o modo como o alfa havia olhado para si, quando haviam se encontrado no mercado mais cedo. Algo dentro de si, estava inquieto, como uma necessidade pungente de ouvir a voz do mesmo e consertar tudo entre eles. Seu próprio ômega estava agitado e ele podia sentir.

Jeongguk sabia bem que independente do fato de que ele não era amado por Taehyung, não como ômega, ou romanticamente, Taehyung era amado por si, e isso já valia a tentativa de conversar, afinal, amar é desejar o bem, a felicidade de quem se ama, e tudo em Jeon Jeongguk, desejava que Kim Taehyung fosse feliz.

Então, embora com o coração pequeno, batendo cautelosamente em seu peito, o jovem ômega pegou seu celular, deveras esquecido e abriu na última conversa com Taehyung. Conversa está que lhe trouxe um sorriso melancólico, quando leu uma das mensagens que eles haviam trocado: 

"Kookie, nem em um milhão de anos, ou eras indefinida, alguém vai tomar o seu lugar... Não há Kim Taehyung, sem Jeon Jeongguk, e espero que não haja Jeon Jeongguk, sem Kim Taehyung."

Aquela conversa lhe parecia tão distante. Como se tivesse sido entre duas pessoas diferentes, — e talvez tivesse sido — afinal, não estávamos todos em constante mudança?

Respirando fundo, ele desceu a conversa, e começou a digitar o que queria.

"Tae? Porque meu coração dói assim? Porque eu sinto essa necessidade de saber se você está bem? Parece-me que nós dois já não somos mais os mesmos?"

Antes que pudesse se arrepender, ele enviou, e aguardou.

Passados alguns poucos segundos, ele viu quando o outro leu a mensagem, e foi com o coração batendo igual louco, que viu o "escrevendo" abaixo do nome do amigo. Sua respiração falhou, suas mãos tremeram levemente e ele se sentiu em um filme adolescente, daqueles clichês, onde um dos protagonistas param no tempo, enquanto aguardam pelo outro, para o tão aclamado e desejado final feliz — exceto pelo fato, que talvez para ele e Taehyung, aquele fosse o prelúdio do fim.

Quando a mensagem do outro chegou, Jeongguk não estava preparado, não para o que leu...

"Coelhinho, talvez o seu coração esteja respondendo o meu, que se sentiu tão agoniado hoje, quando eu me toquei de que não era eu a te abraçar, e que sim, eu queria ser o único a fazer isso. Pois, mesmo sendo visivelmente tarde, eu não existo em um mundo onde você não seja o centro dele."

Jeongguk leu, releu a mensagem, sentindo mais uma vez as batidas do coração se perderem, seu corpo se aquecer. Porém, ao ler pela décima vez, ele notou as palavras "visivelmente tarde" e se perguntou sobre o que o alfa estaria falando.

"Tae, o que você quer dizer com visivelmente tarde?"

Jeongguk então viu que o alfa digitava, parava, voltava a digitar, como se estivesse indeciso sobre o que escrever. Até que parou.

Então "meu taetae" brilhou na tela; era Taehyung lhe ligando. Com o coração acelerando e as mãos suando, Jeongguk atendeu.

— Errr... Gukkie? 

— Oi! Tae, eu tô aqui.

Então ele ouviu um suspiro do outro lado, seguido novamente da voz do alfa.

— Gukkie? Você lembra de quando nós nos conhecemos? De como tudo parecia ser tão natural entre nós dois, de como de um jeito inesperado, você passou a ser parte do meu dia, dos meus planos, e de tudo mais que eu sou? Lembra Gukkie? — o alfa perguntou com a voz levemente quebrada.

Jeongguk sentiu um nó na garganta, ao recordar do começo da amizade deles, dos comentários maldosos, sobre como ele era um ômega e podia ser amigo de dois alfas, do ‘bullying’ que havia sofrido nas mãos de outros ômegas por isso, que não entendiam o que ele tinha de tão especial, para ter para si a atenção e o carinho dos dois alfas mais desejados do ensino médio. Seu coração apertou também, quando recordou o modo como Taehyung sempre lhe havia protegido e incluído em cada momento possível do seu dia, fosse em uma brincadeira boba, ou uma peça feita na escola, — o ômega sabia que tudo era motivado pelo desejo do outro, de o fazer se sentir bem, de quebrar um pouco da timidez que lhe era característica.

— Sim, Tae, claro que eu lembro, como eu poderia esquecer dos primeiros amigos que eu fiz? Das primeiras pessoas que me aceitaram sem questionar ou pedir algo em troca. Mas, porque você perguntou isso? — Ele perguntou baixinho. Com medo de saber a resposta.

Do outro lado, Taehyung suspirou alto, também sentindo o coração acelerado, mas decidido a ser sincero com o melhor amigo. E que o universo os ajudasse.

— Desde o dia que eu te conheci Gukkie, tudo mudou para mim, eu tive um novo amigo, alguém que não me olhou e viu o herdeiro Kim, ou o alfa com cheiro gostoso, ou o esquisito distraído. Você me viu, viu o Taehyung que gosta de ler, que gosta de comer besteiras, que dança na chuva, mesmo não sabendo, você olha para mim e me vê. Você não vê o que os outros veem. Assim como eu também vejo você, vejo o Jeonggukie que gosta de quadrinhos, que chora vendo filmes românticos, que para na rua para agradar cachorrinhos, mesmo que eles rosnem e tentem te morder. Eu vejo você Gukkie, eu vejo você de tantas maneiras, com seu sorriso que te dá ruguinhas nos cantos dos olhos, que deixa um franzidinho fofo no seu nariz, você está presente em cada música que eu ouço, em cada sabor de sorvete que eu sei que você adoraria conhecer, em cada passo que eu dou, e sabe porquê? Porque eu sei que eles sempre me levam até você? Eu vejo você Jeongguk, eu vejo nós, eu e você, e por mais que nesse momento, eu esteja morrendo de medo do que eu vou te dizer, eu sei que eu preciso dizer, eu não posso te deixar ir, sem você saber...

O alfa então silenciou, enquanto isso Jeongguk temia que a qualquer momento pudesse perder os sentidos. Taehyung estava... Ele estava realmente dizendo o que Jeongguk estava entendendo?

— Dizer o que Tae? Fala-me, por favor? — o ômega pediu num sussurro.

— Que mesmo que você não sinta o mesmo, que embora eu vá te perder, eu não posso fingir que eu não sinto tudo o que tem dentro de mim. Eu não posso fingir que todas às vezes que nós dois assistimos aos filmes clichês, eu não vi o casal, eu vi nós dois. A cada sorvete, a cada fone compartilhado, eu não via o Jeonggukie meu amigo, eu vi o Jeonggukie ômega, o ômega que eu gosto. Então, Gukkie, é isso, eu sou apaixonado por você e mesmo que você não possa retribuir, eu precisava te contar.

Foi a vez do ômega fazer silêncio, um silêncio que gradualmente agoniou o coração do jovem alfa. Um silêncio que durou minutos, onde tudo o que se ouviam eram barulhos desconexos, vozes distantes e sons que o alfa não soube decifrar, e quando o alfa estava desistindo de ouvir a voz do ômega, com o coração dolorido e algumas lágrimas caindo, a voz do mesmo se fez presente. 

— Tae... Abre a porta para mim?

Sem entender nada, porém com o coração acelerado, Taehyung desceu as escadas correndo, quase caindo ao tropeçar no último degrau, e com o coração tamborilando no peito, abriu a porta. Sendo brindado com a visão de um Jeongguk vermelho, levemente ofegante e com o mais lindo sorriso de todos nos lábios. Na calçada, o pai do ômega lhes sorria no carro.

— Eu também gosto de você, não, gostar é pouco, eu te amo alfa, e não somente como meu melhor amigo, meu melhor tudo, eu te amo como eu sei que vou amar também como meu alfa.

E de repente era como se os dois corações estivessem unidos, batendo aceleradamente e em sincronia perfeita. Ambos eram jovens, apaixonados e o amor era mútuo. E um longo selar foi trocado.

[°°°]

Após uma noite insone, onde ambos trocaram palavras doces, — depois que Jeongguk havia partido, afinal por mais clichês que ambos fossem, ainda tinham 17 e horários para estar em casa —, com o mesmo explicando ao alfa que aqueles era seus hyungs, e familiares, e Taehyung explicando a Jeongguk que Annelise seria sempre apenas uma amiga, ambos precisaram desligar o telefone e se arrumar para ir ao colégio, mas diferente dos outros dias, ambos sabiam que nada mais seria igual, eles haviam mudado e a história deles também.

E foi assim que o alfa chegou primeiro ao colégio, ficando por aguardar a chegada do ômega com um sorriso que era uma mescla de ansiedade, carinho e alegria, num retângulo perfeito. Em suas mãos? Uma flor, uma única flor, mas que por ser a favorita do outro, havia se tornado também a sua.

E foi com alegria ainda maior que passado alguns minutos, ele viu a figura de Jeongguk caminhando em sua direção. No entanto, quando os olhares de ambos se conectaram, tal qual em um clichê, o tempo parou e só existiam os dois, olhares conectados, corações entrelaçados e a mutualidade de sentimentos que lhes era característica.

Jeongguk sorriu para Taehyung, Taehyung sorriu para Jeongguk, e quando ambos se alcançaram, suas irises brilharam, reconhecendo assim o lobo um do outro e quando seus lábios finalmente se tocaram — em um beijo que ia além do mero, roçar de lábios —, seus corpos se aqueceram e de repente, ambos sentiam-se ainda mais conectados, era como se já não fossem mais Taehyung ou Jeongguk, eram as metades que formavam um todo. Eram completos.

E assim eles foram, sempre juntos, sempre unidos, passando por cada experiência que sua juventude permitiu, foram os reis do baile da escola, — num completo clichê —, fizeram amor pela primeira vez em uma noite estrelada, regada a promessas de amor eterno — sendo para ambos, a primeira de muitas que viriam —, eles também brigaram, sentiram ciúmes, choraram, fizeram as pazes, com muito diálogo, muito amor e muito cuidado, mostrando não somente um ao outro, mas a todos que de início poderiam ter estranhado aquela união, ou dito que eram apenas um romance adolescente, que eles estavam dispostos a seguir juntos, a amadurecer e crescer, a serem sempre o apoio, o suporte, a tempestade e a calmaria um para o outro.

E assim o foram...

Até que a faculdade chegou e com ela a tão temida e esperada vida "adulta"...

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