I Hate That I Love You | H.S.

By Illocin_and_Jessie

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[ATUALIZAÇÕES LENTAS] Harry Styles é um homem de negócios (subchefe da Advocacy Company Colin Wright) e... More

Boas vindas + Avisos
H&L Lovers | Your Stories
Book Trailer
Elenco (parte 1)
Elenco (parte 2)
Playlist
Prólogo
Capítulo 01 - Incompatíveis
Capítulo 02 - Porto seguro
Capítulo 03 - Descontroladamente complicado
Capítulo 04 - Inconveniente
Capítulo 05 - Gratuitamente rude
Capítulo 06 - Melhor sem você
Capítulo 07 - Perfeitamente imperfeita
Capítulo 08 - Sob novas concepções
Capítulo 09 - Por sua causa
Capítulo 10 - Desestruturados
Capítulo 11 - Imune ao amor
Capítulo 12 - Impulsos e acertos
Capítulo 13 - Surpreendentemente bom
Capítulo 14 - Estepes
Capítulo 15 - Você chora, eu choro
Capítulo 16 - Pra guardar na memória
Capítulo 17 - Impressionantemente doce e inegavelmente idiota
Capítulo 18 - Feliz dia de merda
Capítulo 19 - Adolescente idiota
Capítulo 20 - Aproximação inconsciente
Capítulo 21 - Instável
Capítulo 22 - Melhor com você
Capítulo 23 - Estranho novo eu
Capítulo 25 - Eliza
Capítulo 26 - Surto inesperado
Capítulo 27 - Vulnerável
Capítulo 28 - Confidencial
Capítulo 29 - Descobertas
Capítulo 30 - Reconciliações
Capítulo 31 - Inesquecível
Capítulo 32 - Quer casar comigo?
Elenco original e mais | Gratidão pelos 100K de leituras
Capítulo 33 - A calmaria antes da tempestade
Capítulo 34 - Espaços entre nós
NOTAS DA AUTORA

Capítulo 24 - Do zero

1.5K 107 136
By Illocin_and_Jessie

• Capítulo não revisado.
• Votem e comentem, por favooor!!!

—> MÚSICA DO CAPÍTULO: SAME MISTAKE, James Blunt.

{"Não estou pedindo por uma segunda chance, estou gritando por ela no limite da minha voz. Me dê motivo, mas não me dê escolha, pois vou cometer o mesmo erro novamente."}

     — Sim, mamãe! O nome dele é Harry, estou dizendo. - ouço a voz de Eliott falando com nossa mãe e arregalo os olhos. Droga!

     — ELIZABETH! - a voz de mamãe ecoa pela casa e eu vou até a cozinha.

     — Senhora? Precisa de ajuda com algo? - me faço de sonsa.

     — Harry. Comece a contar. - reviro os olhos e encaro meu irmão que está com a cara dentro de um enorme copo de suco.

     — Linguarudo. - digo e ele me mostra a língua, logo voltando a colocar a cara dentro do copo de novo.

     — Ei, ele só estava me contando sobre o dia dele. - minha mãe o defende - Você é que pelo visto não conta mais sobre o seu. - ela diz sugestivamente e sorri de canto.

     — Não tem nada disso que você está pensando acontecendo entre mim e Harry, dona Anabella. Pode tirar esse sorrisinho sugestivo do rosto.

     — Eu ouvi Harry? Ainda nessa, Lizzy? Por Deus! - o tom do meu amigo já deixa bem claro que ele só chegou pra pôr lenha na fogueira.

     — Como assim? Já tinha ouvido falar desse Harry? Por que eu não conheço? - minha mãe me encara séria agora - Ele é seu namorado ou algo assim? Olha, eu sei que você já é adulta e cuida da própria vida, mas... - mamãe começa a tagarelar como sempre quando o assunto é namoro e meninos e eu sempre me sinto com quinze anos quando isso acontece. Liam gargalha e eu suspiro, saindo de perto da bancada - porque eu ainda quero que venha pedir minha permissão, e... Elizabeth! Para onde você vai? Volta aqui! - meu amigo está vermelho de rir e eu apenas me aproximo e o tapa que dou em seu braço é forte e faz um barulho alto.

     — AI! Sua maluca! - ele acaricia o braço onde bati e ainda solta uns risinhos.

     — Filha! - mamãe chama minha atenção novamente e eu a encaro. Sua sobrancelha se ergue dando ênfase que eu sei muito bem do que ela quer falar.

     — Grrr ok. - me sento em frente a bancada da cozinha, ficando também de frente para minha mãe, que está cortando batatas para o jantar. - Resumo então. Harry é meu chefe... - interrompida track 1.

     — Seu chefe? Verdade, nunca tinha me falado o nome dele. Mas espera, seu chefe não era rude e... - mamãe olha para minhas sobrancelhas erguidas e minha cara de deboche e se cala - Ok., continue.

     — Voltando... Harry é meu chefe, e sim, ele é rude e grosseiro, babaca e um completo idiota na maior parte do tempo... - interrompida track 2.

     — Ele não é ruim. Eu gostei dele! - Eliott agora tem uma laranja enfiada na cara, mas faz questão de defender seu novo melhor amigo.

     — Realmente pelo que Eliott me contou sobre ontem ele não parece ser tão ruim assim. - mamãe defende o santo Harry Styles.

     — Eliott só gostou dele porque Harry o empanturrou de besteiras. Continuando... Apesar de todos os seus defeitos, Harry já foi legal comigo algumas vezes também. Conversamos, ele me ajudou... - interrompida track 3.

     — Te beijou... - Liam provoca e eu semicerro os olhos para ele assim que mamãe arregala os dela.

     — Sério, qual o seu problema?

     — Eu amo te ver irritada, o que posso fazer? - ele dá de ombros.

     — Calma, defina beijou. Beijou beijou ou beijou BEIJOU? - Eliott agora faz cara de nojo olhando pra mim, Liam volta a rir e eu enfio minha cabeça nas mãos, não conseguindo conter o riso também. Apesar de sempre me sentir constrangida e boba feito uma adolescente com essas conversas, estou tão feliz de ver minha mãe bem assim. Não sei o que a fez acordar de bom humor hoje, mas não serei eu a estragar.

     — Beijou BEIJOU! - Liam responde e balanço a cabeça em negação - E foi mais de uma vez, dona Ana. - ela arregala os olhos de novo e eu desisto, apenas rindo - Estou dizendo. E o cara deve beijar bem porque Elizabeth está caidinha por ele. - descarado.

     — Liam, você é ridículo! Eu não sei porque eu ando com você, sério.

     — Porque você me ama, ora essa! - ele abre os braços, convencido e nós rimos.

     — Eu sempre achei que vocês namorariam um dia, sabia? - mamãe diz e eu e Liam nos encaramos fazendo cara de nojo. Mamãe ri. - Ah, por favor! Vão me dizer que nunca gostaram um do outro assim?

     — Não mesmo. - afirmo.

     — Palavra de escoteiro. - Liam levanta a mão, reforçando. - Crescemos juntos desde criancinhas e por mais normal e natural que seria se tivéssemos desenvolvido sentimentos assim um pelo outro, creio que perceberíamos. Até porque veja sua filha... - Liam aponta para mim e os dois me encaram - ela fica vermelha só de citar o nome do cara.

     — Idiota. Falou o que não consegue guardar segredo sobre quem gosta porque conta tudo enquanto está dormindo. - minha mãe ri e Liam está prestes a responder quando meu celular toca. Tiro ele do bolso e vejo que é Harry. Me sinto ficar vermelha automaticamente devido a termos falado dele há pouco. É como se ele tivesse um radar e pudesse ter ouvido tudo. Bato em mim mesma mentalmente. Adolescente idiota! - É do trabalho. Já volto. - minha mãe apenas acena em concordância, mas Liam me encara com um sorriso no rosto que sugere que ele sabe muito bem quem é. - Calado. - digo antes de me afastar e ele apenas ri.

     — Alô? - atendo quando chego na varanda de casa.

     "Esqueceu sua carteira aqui." - a voz rouca ecoa no meu ouvido e ele vai direto ao ponto.

     — Minha carteira? Impossível! Eu voltei de Uber e... Ah é, eu paguei no cartão. - tento me lembrar que hora tirei a carteira da bolsa, mas não faço ideia. - Mas não tem problema. Não pode me levar segunda-feira no trabalho?

     "Vai passar o fim de semana todo sem seus documentos? Sabe, isso é irresponsável da sua parte." - ele fala sério e eu respiro fundo. Ele é chato.

     — Ok., posso ir buscar agora?

     — Não demore. Tenho compromisso às 19h.

     — Mas são 18h30min! - arredondo a hora quando olho no celular e vejo que o relógio está marcando 18h28min.

     — Então você tem vinte minutos, Srta. Johnson. - eu estou prestes a responder desaforadamente, mas ele desliga. Idiota!

     Depois de muitas piadinhas sem graça de Liam e frases sugestivas de mamãe, consegui me desvencilhar de Eliott que queria vir junto para ver Harry e em cinco minutos saí de casa, fazendo questão de vir com o mesmo conjunto de moletom que estava e o mesmo coque bagunçado, que já está com mais fios caídos para fora do que presos.

     — Cadê? - pergunto assim que o cara metido a chefe da minha vida abre a porta. Ele me analisa de cima a baixo com as sobrancelhas arqueadas, em seguida lambendo os lábios e mantendo-os juntos, ao que me parece segurando o riso.

     — Entre. Vou pegar. - ele me dá espaço, logo fechando a porta atrás de mim e subindo as escadas, sumindo da minha vista. Harry está muito bem arrumado, vestindo uma calça social preta, um sapato da mesma cor e uma camisa social de mangas compridas azul bebê, que está com os primeiros botões abertos permitindo que o começo de seu peitoral definido apareça. É muito parecido com o que usa todos os dias na empresa, mas ainda assim menos formal e creio que mais confortável sem o paletó e a gravata. Ele está lindo! Ou melhor, ele É lindo, e isso é um fato que não há como contrariar, sendo ele um idiota ou não. Ouço um riso baixo e levanto a cabeça, focando meus olhos nos de Harry, que está descendo as escadas, balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto ri.

     — O que foi? - pergunto, meu cenho franzido enquanto pego minha carteira de sua mão que está estendida para mim.

     — Eu quem pergunto. O que houve com você? - percebo por seu olhar que ele está falando dos meus trajes.

     — Você me deu vinte minutos e isso é menos que o tempo que leva da minha casa até aqui, queria que eu me arrumasse como? - ele ri e eu estou dividida entre a vontade de bater nele e a de apenas admirá-lo e sorrir. - Qual o problema com seu senso de humor? - ele franze o cenho, confuso.

     — Meu senso de humor?

     — Sim. Normalmente ele é inexistente e hoje eu já vi seus dentes mais vezes do que todos os outros dias desde que te conheci. - Harry se endireita e limpa a garganta, tomando uma postura séria, mas seus olhos ainda parecem divertidos e há um sorriso de canto em seus lábios que teima em ficar escondido.

     — Digamos que eu apenas estou tendo um bom fim de semana. - seu sorriso se repuxa um pouco enquanto seus olhos me fitam e eu devo admitir que fica difícil fazer meu coração parar de disparar por esse idiota quando esses raros momentos em que ele se mostra tão normal como qualquer outra pessoa acontecem.

     — Acho que vou indo então, - digo, desviando o olhar do dele - não quero atrapalhar seu compromisso. - começo a andar em direção a porta e pego o celular para ver a hora; já passam das 19h.

     — Está tudo bem. Não estou muito animado pra esse jantar. - ele me acompanha, mas antes de chegarmos a porta, o interfone toca. - Só um minuto. - ele pede e eu meneio a cabeça em concordância. Um minuto depois uma mulher linda e elegantemente vestida está entrando na casa, sua voz é daquelas naturalmente altas e ela fala sem parar enquanto eu me sinto invisível e como uma mera espectadora vendo Harry andar atrás dela revirando os olhos. Ela vai em direção a cozinha e ele vai atrás, parando por um momento apenas para levantar seu indicador me pedindo para esperar um minuto. De onde estou ouço a mulher ainda falando com sua voz estridente, variando de brigar com Harry por sempre deixar ela de lado, excluir ela de sua vida e blá blá blá e perguntar onde está a comida da casa e porquê ele não está se alimentando direito. Será que é a mãe dele? Uma namorada mais velha? De qualquer forma me sinto uma intrusa aqui e tenho vontade de apenas abrir a porta e sair logo daqui ou me esconder atrás da cortina, mas não acho que qualquer uma das opções seria madura ou educada. Resolvo me sentar no sofá enquanto espero.

     — ... mas não importa, Harry, eu já te disse que quero você lá e... Oi, querida, você já estava aí? - a mulher finalmente me nota quando volta da cozinha, carregando uma caixa de madeira. Me levanto e murmuro um "oi". Harry se aproxima de mim e a mulher o acompanha.

     — Cassandra essa é Elizabeth, minha secretária. Elizabeth, minha tia, Cassandra. - ele faz as apresentações.

     — Prazer, querida. - ela deixa a caixa na mesinha de centro, me estendendo a mão e só então paro para observá-la: seus cabelos são de um castanho quase chocolate, ondulados e ao que me parece muito bem hidratados, ela é alta e tem uma postura invejável, seus olhos combinam perfeitamente com a cor de seus cabelos e sua roupa e suas jóias complementam lindamente sua beleza. Eu tenho certeza que com meus quase vinte e quatro anos tenho mais rugas que ela. - Me desculpe se interrompi algo. - ela diz, sua voz soando mais suave agora.

     — Não, imagina, não interrompeu absolutamente nada. - sou rápida em negar seja lá o que está passando em sua cabeça.

     — Bom, de qualquer forma, estou indo. Foi um prazer conhecê-la, querida. - a tia de Harry sorri para mim e eu correspondo, em seguida ela pega novamente a caixa retangular de madeira e começa a marchar em seus saltos em direção a porta. - Tem no máximo até 20h30min para chegar se não quiser que eu venha lhe buscar pelas orelhas, Harry. - ambos ainda trocam algumas palavras que eu não sou capaz de ouvir e logo Harry volta.

     — Desculpe por isso. Ela é louca.

     — Ela parece ser legal, só não acho que foi com a minha cara. - faço uma careta lembrando de como ela me examinou. De repente estou me sentindo uma mendiga.

     — Ela foi sim. Na verdade, pediu para eu te levar ao jantar, então acho melhor se apressar. A menos que queira ir assim mesmo, é claro. - ele debocha, mas eu só sei que não teria como eu me sentir confortável nesse jantar.

     — Diga a ela que fiquei lisonjeada com o convite e que agradeço, mas tive que recusar. - sou rápida em me encaminhar até a porta, mas Harry segura meu pulso e me faz voltar alguns passos.

     — Nada disso. Terei que ouvir mais um discurso pelo atraso quando chegar lá e isso graças a você, então sem desculpas, você vem comigo e discussão encerrada. - sua expressão é séria e seu tom de voz sai autoritário como quando estamos na empresa, me fazendo semicerrar os olhos.

     — Com todo o respeito, Sr. Styles, fora da empresa eu não sou obrigada a fazer o que você quer, e não sei se sabe, mas eu tenho uma vida fora de lá que não envolve você. Dito isso, tenha uma boa noite. - minha mão está na maçaneta e a porta já está entreaberta quando Harry me puxa de novo. Viro-me para encará-lo, mas dessa vez sua expressão suavizou.

     — Ok., me desculpe. - ele levanta as mãos em forma de rendição - Tem razão. - ele diz. Estaria mentindo se dissesse que não estou gostando de seu novo comportamento desde ontem, mas não posso deixar de estranhar. Não consigo entender o que aconteceu pra que começasse a dar segundas chances, fazer vista grossa, se dar bem com crianças, ser gentil e sorridente e se desculpar. Sei que já foi legal comigo outras vezes, mas foi sempre momentâneo e em seguida ele sempre voltava a ser um idiota. Tenho medo de estar dentro daqueles clichês adolescentes sendo vítima de uma aposta qualquer ou algo do tipo. Harry parece notar minha confusão e minha profunda análise de seu comportamento que deve estar formando um enorme vinco na minha testa já que não sou nada boa em ser discreta.

     — Olha, eu... - ele respira fundo - Ainda tenho alguns minutos. Será que podemos sentar e conversar? Vou ser direto. Na realidade, não sei ficar dando voltas, então serei rápido.

     — Tudo bem. - concordo, receosa com o que está por vir. Me sento novamente no sofá e penso que Harry vai se sentar no outro, mas ele se acomoda na mesinha de centro, ficando de frente pra mim.

     — Eu sei que sou sempre rude e um completo idiota com você, - ele começa e me parece um tanto quanto receoso, até envergonhado eu arrisco dizer, e tenho vontade de sorrir por vê-lo assim vulnerável, afinal ele está sempre cheio de si, se achando tão dono da razão... - mas estou acostumado a ser assim com todo mundo. Não estou tentando justificar nada aqui, mas estou tentando... ser alguém melhor.

     — Você está com cara de quem quer sair correndo daqui. - interrompo divertida, querendo quebrar a tensão e ele solta um riso nervoso, passando a mão na nuca.

     — E estou, acredite. Eu não sou uma pessoa movida a emoções, Elizabeth. Meus amigos sabem disso e estão acostumados. Eles são a minha família, os únicos que realmente estão sempre aqui por mim e eu sempre me convenci de que não precisava me esforçar para manter ninguém na minha vida porque não ligaria de ser um rico solitário, mas no fundo não é verdade. Não sei porque meus amigos ainda me suportam, mas mesmo com minha arrogância e ignorância estão sempre ao meu lado e eu sei que não teria conseguido muita coisa na vida e não teria chegado onde estou sem eles. Eu tenho uma enorme dificuldade em admitir que tenho pessoas que se importam comigo, mas preciso começar a fazer isso se não quero perdê-los. Agora mesmo estou me sentindo um estúpido por cada palavra e apenas voltar a agir como normalmente faço, mas estou tentando. Eu queria prometer aqui que nunca mais vou te tratar mal, mas eu não sou muito bom com promessas e sempre volto a cometer os mesmos erros. Por mais que meu subconsciente me avise que estou errado, agir como se nada importasse parece o certo para mim. - me sinto transtornada com cada palavra que sai da boca de Harry. É como se ele mesmo tentasse se entender, mas sem êxito. É como se houvesse uma guerra dentro de sua mente, e ao que me parece ele só está tentando se proteger, independente se a forma certa para ele pareça errada para os outros. Eu só queria entender os motivos que o levaram para essa guerra interna. - Será que nós poderíamos apenas... começar do zero? Será que poderia me perdoar por ter feito da sua vida um inferno nos últimos três meses? E, por favor, colabore comigo, não é fácil para mim me redimir assim. - um riso fraco escapa da minha boca e eu o encaro.

     — Não vou dizer que suas palavras simplesmente concertaram tudo, mas amenizaram bastante. Além do mais você me disse palavras grosseiras e qualquer um poderia ter feito isso, afinal o mundo está cheio de pessoas rudes...

     — Como eu. - ele engole em seco.

     — Ei, - coloco minha mão em seu braço e ele me olha nos olhos - a maioria delas não se desculpa e muito menos tenta mudar. Eu sou uma pessoa que perdoa facilmente, Harry, e vejo sinceridade nas suas palavras. Então por mim, página virada, está tudo em branco e podemos começar de novo, trabalhar civilizadamente. - estendo minha mão e ele ri, apertando-a, como um acordo. Devo admitir que o fato de ter sentimentos sem fundamentos sensatos e racionais pelo meu chefe arrogante ajudou que as desculpas acontecessem ainda mais facilmente, mas eu não consigo guardar rancor das pessoas quando mostram arrependimento sincero por seus erros. É claro que ainda estou me sentindo completamente perdida com o comportamento de Harry e não faço ideia do que está acontecendo na cabeça dele, é como se ele tivesse levado um choque e algo o tivesse levado a ter percepções diferentes sobre o que está ao seu redor, mas por mais estranho que me pareça, não estou me iludindo achando que Harry simplesmente se tornará agora a pessoa mais sociável e gentil daquele prédio, porém mesmo que a mudança seja lenta ou mesmo até que ele desista e decida simplesmente voltar a ser a mesma pessoa rude e fria que conheci, o que importa é que agora, no presente momento, ele quer e mesmo que por uma única vez, ele tentou. Transtornado, atordoado, envergonhado, confuso, perdido e querendo por tudo apenas chutar o balde e deixar tudo como está, mas ele está tentando.

     — Caramba, eu estou me sentindo tão fora de mim que é como se outra pessoa estivesse no meu corpo, prendendo meu verdadeiro eu em cativeiro no fundo da minha mente. - ele franze o cenho, atordoado consigo mesmo.

     — A Hospedeira. - sussurro fazendo graça e ele me encara confuso - Deixa pra lá. Continue.

     — Bom, é isso. - ele limpa a garganta, se levantando e eu copio o gesto - Agora temos um jantar pra ir e eu preciso ensaiar como falar a mesma coisa para os meus amigos sem parecer um completo idiota. E se me permite dizer, está parecendo que você acabou de sair de uma guerra... de travesseiros. - reviro os olhos pela crítica a minha roupa e pela mudança de assunto, mas aceito.

     — Sinto muito se você não faz uso de moletons no seu dia a dia, Sr. Styles, mas só posso lamentar por você, porque não sou obrigada a ficar em casa de roupa social. Eu ODEIO roupa social! - Harry ri e sobe as escadas, dizendo que vai procurar algo para eu vestir. Me apresso em sair da casa, fugindo desse jantar e continuo andando enquanto peço um Uber. Enquanto isso um largo sorriso que estive tentando segurar se apossa dos meus lábios e me julguem, mas não posso evitar ficar feliz com a conversa digna que tive com meu chefe agora. Sinto que vou me arrepender, mas no momento estou feliz por me sentir como uma adolescente apaixonada.

Continua...

Oioii, meus amores! Como vocês estão? E aí, o que estão achando desse novo comportamento do Harry? E das últimas interações de Lizzy e Harry? Me contem tudo aqui!!!

Ainda hoje vou postar um capítulo que será só para notas, aquelas maiores que eu sempre fico enchendo vocês no final dos capítulos. Então vou continuar interagindo um pouquinho com vocês nas notinhas finais, mas os avisos maiores e importantes darei sempre nesse capítulo específico, beleza?

Até mais tarde então, amores...

Mais uma vez meu enorme obrigada por todo o apoio e cada comentário de vocês que me deixa tão feliz que vocês não tem noção!

All The Love,
P.I. 💞🖤


    

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