BROKEN | sem revisão

By _angel_storm

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SEM REVISÃO Medeleine Bleveins teve seu coração quebrado em mil pedaços após a morte de Peter Blackwell, seu... More

VOLTA AO WATTPAD
NOTAS + AVISOS
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13 - Antes
Capítulo 14
Capítulo 15 - Carta de Peter.
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 - Antes
Capítulo 20 - Antes
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 - Antes
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Epílogo
Agradecimentos!
Bônus - A fogueira
Bônus 2 - A praia.
Bônus 3 - A formatura.
Bônus 4 - Eu te amo, M. - 06.18
marcador e polaroid

Capítulo 5

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By _angel_storm

Hampellville - junho de 2018.

Max acabou de me trazer para casa. Vim um pouco mais cedo que as outras vezes porque disse que passarei um tempo com meu pai.

Entrei em casa e o vi ainda deitado no sofá, mas agora mamãe estava deitada com ele. Eles estavam deitados juntinhos, assistindo um filme qualquer na tv.
Me aproximei e reparei que minha mãe estava dormindo, com o rosto no pescoço do papai. Eles são muito fofos juntos.

- Oi, pai. Cheguei - Sussurei e ele me encarou.

- Oi, Med, como foi? - Ele perguntou baixinho, para não acordar minha mãe.

- Foi ótimo, eu precisava esquecer de tudo por um momento. - Ele sorriu e arrumou minha mãe no sofá para sentar. - E aí, o que programou para fazermos? - Perguntei, genuinamente animada.

Meu dia está sendo ótimo, acho que será o melhor desse mês.

- Pensei em fazer uns cupcakes, o que acha? - Sugeriu. Ele sabe que eu amo cupcakes com todas as minhas forças.

- De chocolate? - Perguntei empolgada.

- Sim, com muito chantilly, recheio e granulado! - Sorri. Nos levantamos e fomos para a cozinha.

Peguei o trigo, manteiga, açúcar e os demais ingredientes. Meu pai pegou as formas e todos os utensílios que usaríamos.

- O que fez lá, filha? - Perguntou depois de um tempo.

- Nós comemos, conversamos e eu assisti um filme com as criança. Foi muito bom, me senti animada depois de um bom tempo. - Ele sorriu pra mim. Um sorriso orgulhoso de pai, que está feliz pela felicidade.

Misturei o trigo, leite, chocolate em pó, açúcar, manteiga e fermento, em partes, na batedeira. Ele me ajudou a untar as formas com manteiga e colocamos a massa lá.

- Quer raspar o pote? - Perguntou e eu assenti.

Comer o resto da mistura é a melhor parte.

- Ei pai, - o chamei e ele olhou. - Tome isso. - Passei a mistura do cupcake no rosto dele e ele gargalhou.

Meu pai pegou um pouco de trigo do saco e jogou em mim, me sujando e sujando um pouco a cozinha. Fiz o mesmo com ele e começamos uma guerra de farinha de trigo.

Havíamos desperdiçado quase um quilo de farinha, até que escutamos:

- Ficaram loucos? - Mamãe perguntou, olhando para a bagunça da cozinha. - Como ousam fazer cupcakes, guerra de trigo e não me chamaram? - Mamãe fingiu ficar brava.

Peguei um pouco de farinha, discretamente e taquei na mamãe.
Ela abriu a boca em um "O" e limpou o rosto sujo de farinha.
Eu e meu pai fizemos um "right five" e gargalhamos.

- MEDELEINE BLEVEINS, VOCÊ ESTÁ MORTA! - Ela gritou e tacou farinha em mim.

Começamos outra guerra de farinha de trigo, meu pai exagerou na dose e jogou um ovo em mim.

- PAAAAAIIIIIII. - Berrei e meus pais começaram a rir. - Ok, já chega, vamos terminar esses cupcakes logo. - Pedi e eles concordaram.

Fiz uma geleia com morangos e deixei esfriar. Meus pais arrumaram tudo, varreram e eu lavei a louça.

- Agora vocês terminam o cupcake enquanto eu tomo um banho e me arrumo. Vou sair com a Camila, tá?

- Ta bom, pequena. Vai lá. - Meus pais concordaram.

------« ✨ ✨ »------

- Uau, você está linda, minha filha. - Meu pai disse quando me viu descendo as escadas.

Dei uma voltinha, ele e mamãe me olharam de cima à baixo, com sorrisos orgulhosos.
Eu realmente estou bonita.
Coloquei um vestido rosa de cetim, curto e colado. Um salto alto fino, preto.
Fiz uma maquiagem bem noite, com uma sombra rosa claro pra combinar com o vestido e um batom nude.

- Eu te digo que sou gata, Caleb. Essa aí puxou toda minha beleza. - Mamãe deu uma leve cotovelada nele e sorriu.

- Vocês são as mulheres mais lindas que eu já vi, Rubia. - Ele sorriu, orgulhoso. - Guardamos três cupcakes pra você. Não conseguimos aguentar, você demorou muito pra se arrumar e nós comemos sem você. - Mudou de assunto bruscamente. Gargalhei da cara de cachorro sem dono deles e neguei com a cabeça.

- Vocês são incríveis, meu deus.

Fui até a cozinha e devorei os três deliciosos e apetitosos cupcakes. Estavam uma delícia, até lambi dos dedos.
Nós evoluímos na produção deles, quando eu e Peter ainda éramos crianças, fizemos cupcakes com meu pai e eles queimaram, pareciam carvão. Além de duro e queimados, ficaram com um gosto horrível.
De uns anos para cá, viramos quase profissionais nisso.
Peter era tão bom nisso que dava até inveja. Nunca comi doces melhores que os dele em toda minha vida, nem mesmo os da vovó.

Afastei qualquer pensamento que me lembrasse dele com uma balançada de cabeça. Por enquanto não, Medeleine. Você não pode chorar agora, pensei comigo mesma. Eu sei que se lembrar, vou cair em lágrimas.

- Obrigada por guardar os cupcakes pra mim. - Sorri meio forçadamente para os dois, quando terminei de comer.

Olhei para o relógio de parede da cozinha, marcava 20:55.
Ok, eu definitivamente demorei pra me arrumar. Daqui uns 20 minutos Camila chega.

Subi para escovar os dentes novamente e rotocar o batom rapidamente.
Coloquei alguns Tridents na minha bolsa junto com dinheiro, celular, chave e documento.

------« ✨ ✨ »------

- Ai, amiga, desculpe se pareci meio sem sentimentos ao te convidar para uma festa, mas é que eu achei que você precisasse se distrair um pouco. - Camila comentou com a voz doce, enquanto dirigia para a festa. Ela desviou os olhos da pista por alguns segundos para me encarar.

Camila é negra. Os cachos dela chama atenção de longe. Ela tem um cabelo black, castanho bem escuro, os olhos são pretos e os lábios cheios. Embora seja uma baita gostosa com um corpo magnífico, Camila é um neném. Uma amiga que quero levar pra vida toda, tão atenciosa e carinhosa.

- Está tudo bem, Cami. Acho que eu preciso me distrair, está tudo tão deprimente. - Comentei cabisbaixa e suspirei.

- Eu encontrei a tia Margot com sua mãe no shopping, - Comentou depois de alguns segundos em silêncio. Ela me encarou novamente, parecia se lembrar do que aconteceu mais cedo. De certo uma lembrança triste, o rosto denunciava isso. - ela estava tão mal, Med. Tia Rubia parecia querer animá-la, mas ela me parecia tão sem vida. - Senti um nó se formando em minha garganta ao escutar cada palavra pronunciada.

Eu nem imagino o quão doloroso é para ela. Se para mim está sendo difícil, quase impossível, imagine para ela.

- Ela me disse que desde que ele se foi, ela não entrou mais no quarto dele. Imagina o quão doloroso é? - A voz dela começou a embargar, ela suspirou. - Ai, Med. Eu sinto falta dele. Ele me ajudou tanto, queria ter feito mais por ele.

- E-eu.. eu sinto tanto, Cami... Numa hora ele era tudo pra mim... e na outra, não era mais nada. Eu nem.. pude fazer muito. - O nó em minha garganta só apertava mais, eu mal conseguia falar. Minha vista estava embaçada e minha voz saiu embargada ao falar.

Eu realmente sinto falta dele, tanta falta...

- Eu sinto tanto por você, amiga. Tanto. - Camila sussurrou. - Quer voltar pra casa? - Ela perguntou e eu neguei.

- Eu preciso beber até esquecer do Peter, preciso me distrair antes que eu enlouqueça. - Respirei fundo até que as lágrimas secassem sozinhas.

Camila apenas assentiu e continuou a dirigir, agora em um silêncio desconfortável.

Alguns minutos mais tarde estávamos em frente à uma grande casa.

Havia muitas pessoas na frente da casa. Algumas conversando, outras bebendo, fumando, dançando. A música alta que toca lá dentro dá pra ser escutada de longe.
Aqui é um lugar afastado, quase não tem muitas casas, o que é bom para os vizinhos. Acredito que seja uma fraternidade, por ser bem afastado.
Pelo que a Cami me disse, eles estudam na faculdade que tem a cinco minutos daqui, University Hampelle. Faculdade que eu e Peter pretendiamos frenquentar.

Caminhamos em direção a entrada da casa. A cada passo a batida da música ficava mais alta, podia sentir meu corpo vibrar. Parecia que meu coração estava dançando dentro do peito.
Assim que entramos, olhei ao redor; Dezenas de pessoas dançando entre si, bebendo e sorrindo.
Procurei um rosto conhecido entre toda aquela gente, mas não vi nenhum.

Começou a tocar uma música com uma boa batida e eu remexi um pouco o quadril.

Se estou aqui, vou me divertir.

- Onde fica a cozinha, Camz? Quero pegar uma bebida. - Gritei perto dela, por causa da música alta.

- Segue reto entre as pessoas e vire a esquerda. - Ela apontou com a mão e eu assenti. - Me traz uma cerveja, por favor? - Assenti outra vez e saí em direção a cozinha.

Peter amaria essa festa. Cheia de mulheres bonitas, bebidas e uma boa música.
Chacoalhei a cabeça. Não, eu quero esquecer dele por um momento. Um maldito momento.

Entrei na cozinha e fui em direção à geladeira. Peguei uma cerveja para Camila.

- Hey, mocinha. Eu cuido das batidas e doses por aqui. Vai querer algo? - Uma garota ruiva me perguntou e eu fiquei os calcanhares para olha-lá. Depois da Camila, aquela era a menina mais linda que eu já vi na vida, sem dúvida alguma.

Os cabelos ruivos dela são ondulados, ela tem algumas sardinhas pelo rosto, os olhos são de cores diferentes, um azul, tão claro quanto o céu e outro é âmbar, perfeitos. Ela tem os lábios em formato de coração pintados de vermelho e a sombra preta nas pálpebras destacam ainda mais os olhos.
Ela me parece uma bad girl, com jeans pretas e jaqueta de couro por cima de uma camisa qualquer de banda.

Ela me encara pacientemente, com cara de tédio enquanto mascava um ciclete.

- Uma dose de tequila, por favor. - Sorri e ela assentiu. - Você é muito bonita. - Disse em um momento de coragem súbita. Ela me olhou rapidamente e abriu um sorriso de lado.

- Obrigada, você também é muito linda. - Ela me elogiou de volta e voltou a preparar a minha dose. - Aqui, boa sorte, gata. - Lambi no sal, virei a dose e chupei o limão. Fiz uma careta ao terminar e ela riu.

- Obrigada. - Peguei outra cerveja, agora pra mim, e fui atrás da Camila.

Uma música do The Weeknd tocava, as batidas das músicas dele são tão boas.

Caminhei em direção à pista improvisada, onde as pessoas estavam dançando. Procurei a Camila, passando o olhar por todo lugar de uma maneira rápida, mas sem sucesso.

Até que eu olhei para o lado e a vi o beijando. Num canto mais reservado.

Eu o encarei e como se sentisse que estava sendo observado, ele quebrou o beijo.

E me encarou de volta;

Profundamente.

----

Ok, ok, ok. Desculpem por essa cena 😳👉👈

Esse capítulo está um pouco menor do que os outros, mas espero que gostem.

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Beijos e até sexta.

Angel 💞

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