Black Pearl » » Lee Seokmin

By Kind_of_Lost

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"Você é minha tempestade e minha calmaria." Soo Yun estava cansada de ditarem o seu caminho e seu futuro. Ela... More

⊱AVISOS⊰
⊱PRÓLOGO⊰
⊱1⊰
⊱2⊰
⊱3⊰
⊱4⊰
⊱5⊰
⊱6⊰
⊱7⊰
⊱8⊰
⊱9⊰
⊱10⊰
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⊱12⊰
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⊱37⊰
⊱38⊰
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⊱EPÍLOGO⊰
⊱◈◈◈⊰

⊱35⊰

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By Kind_of_Lost

Não ocorreram mais imprevistos. Por mais incrível que isso soe, nós cinco conseguimos chegar ao Fim das esperanças em menos de vinte e quatro horas. E mesmo depois que Jaehwan me viu, o navio deles não nos seguiu, ouvi reclamações demais por estar sendo paranoica.

— Por que tudo aqui é tão escuro? — Dongju pergunta, segurando o chapéu que usurpou de Jingtian mais cedo naquele dia. — Quando a noite chegar não vai dar pra ver nada.

— Essa é a intenção — Yuta o responde, afagando sua cabeça. O jovem garoto reclama no mesmo instante.

— Nosso capitão sempre quis conhecer esse lugar... — É a primeira coisa que ouço Ruby dizer, desde que nós aproximamos da ilha.

Todos os outros quatro a cercam de carinho no minuto que percebem que está ficando triste.

— O que aconteceu com a tripulação de vocês?

— Nós explorávamos as ilhas de um continente chamado Oceania, bem no meio do pacífico, mas as coisas começaram a dar errado. — Ruby explica, confusa e incerta de suas palavras. — O capitão adoeceu, houve um motim assim que descobriram e o navio se dividiu. Eu, sendo a imediata, não consegui conter a revolução e o navio que foi nossa casa por tanto tempo, afundou em meio a uma guerra e nós escapamos. É tudo de que me lembro.

— Sinto muito. Eu não devia... — Ela me interrompe quando levanta sua mão e nega com a cabeça.

— Está tudo bem e não é hora para sentimentalismo. Onde fica a taverna nesta ilha?

Pisco chocada com o quão rápido ela ia dá água para o vinho e deixando de conversa afiada eu os guio pelo porto improvisado. A única grande taverna fica no final dele então seguimos caminhando enquanto ouvíamos os irmãos Son contando histórias de uma vida que eles já viveram um dia.

Não era muito difícil saber para onde eu os levaria. Só havia uma taverna grande o suficiente e com grandes quantidades de álcool para se estabelecer um recrutamento. Dentro de alguns minutos de caminhada, lá estávamos, cercados de piratas de várias partes do mundo. Não estava cheio como na primeira vez que entrei aqui, mas ainda sim, a diversidade não passava despercebida.

Mesmo assim, estava vazio demais para um recrutamento anunciado em vários continentes. Estranho...

— Como vamos o encontrar? — A voz de Jingtian sai em um sussurro em sua língua materna e mesmo assim consigo ouvir e compreender com clareza.

— Vamos nos separar e tentar encontrar algo, nos reunimos no balcão em vinte minutos, entendido?

Todos assentimos a ordem e fazemos o que Ruby pediu. Não pude controlar o impulso de procurar por rostos conhecidos, afinal, qualquer um dos outros quatro navios daquela frota me seriam úteis, além é claro, da própria tripulação do Noite eterna.

Aquele lugar poderia claramente ser conhecido como um centro comercial. Havia homens cobrando favores e trocando artefatos, animais sendo vendidos nos fundos e todo tipo de moeda circulando. Era muito acontecendo ao mesmo tempo, e mesmo assim, nem sombra de rostos conhecido em meio aquele grande salão. Só pude voltar até o balcão sem muito sucesso em descobrir algo, com a cabeça baixa e sem sorte eu espero que todos voltem.

Um por um eles aparecem, também sem sucesso algum e tão exaustos quanto eu.

— As notícias não são boas. — Yuta diz, cabisbaixo, sua voz era um fio no meio de todo o falatório então nos aproximamos para ouvir melhor. — O navio que estava recrutando partiu há algumas horas.

Foi como se tudo se quebrasse. Cada mísero filete de esperança que eu ainda tinha havia se rompido naquele momento.

— Não acredito... — Dongmyeong só pode abraçar seu irmão mais novo que enfurecido tinha os punhos serrados.

— Certeza?

— Absoluta, Ruby. Falei com um dos homens e ele me deu as mesmas informações que nós já tínhamos. — Ele passa as mãos pelo cabelo, frustrado e derrotado e eu me sentia da mesma maneira. — Além da figura na proa ele disse o nome do navio.

— E-e qual o nome? — Minhas mãos estão tremulas, porque de alguma forma eu sei onde essa história irá terminar.

— Noite perpétua ou algo assim. Não entendi muito bem porque ele falava muito rápido.

— Noite eterna? — Ele assente e só consigo respirar fundo para não perder a cabeça.

— Você conhece? — A pergunta de Jingtian morreu no ar por alguns segundos antes que eu consiga responder.

— Procuro o capitão desse navio. — Seus olhos se arregalam e ele pisca sem acreditar ao passo as Ruby me encara curiosa, mas isso não é importante agora eu precisava encontrar qualquer um que pudesse vir a me ajudar. — Yuta, quem te deu essa informação?

Yuta aponta para um homem que conversa em um grupo, não o noto a princípio por estar de costas, mas eu conhecia os ombros largos, a pele bronzeada e os sinais que gritavam o quanto de perigo ele representa. Eu quase gritei de felicidade quando pude ter um vislumbre de seu rosto e a confirmação de que Kim Mingyu estava bem ali.

— Volto logo.

É tudo o que digo antes de partir ao encontro dele, com a única certeza de que se Kim Mingyu está aqui o Aurora também está.

Para minha sorte ele se separa do grupo que o cercava e sem mais delongas, caminho até ele.

— Kim Mingyu! — Não pude evitar, estava muito feliz em vê-lo e só pude deixar um sorriso escapar quando ele olha para várias direções, tentando descobrir quem o chamou.

Seus olhos param em mim e uma expressão confusa toma seu rosto. Eu deveria imaginar, Mingyu não me conheceu de verdade, conheceu minha versão mais conhecida e arrumada quando jogamos naquela taverna e o Yunho um dia antes disso. Ele pisca ainda confuso, aparentemente, procurando as palavras certas.

— De onde nos conhecemos, senhorita?

— Nos conhecemos em uma ilha no limite das águas do mar do Japão, há pouco mais de um mês. — Compreensão passa pelo seu rosto e um sorriso ladino e galante cresce de repente.

— Você é a mulher que me ganhou no jogo de xadrez. — Eu não esperava por essa resposta. — Foi uma jogada incrível.

— Também sou ela, mas não é onde quero chegar. — Suas sobrancelhas se erguem, é o suficiente para entender que ele está me ouvindo. — Nos conhecemos um dia antes disso e eu estava com a tripulação de Lee Seokmin, você me conheceu como Yunho.

— Espera. Está me dizendo que você é o homem que sempre estava com o Seokmin, o Yunho, e a pessoa que ele está indo resgatar?

— O quê? — é a única coisa que sou capaz de dizer depois de assentir. Como assim ele está indo me resgatar?

— Isso não está certo... — Suas mãos encontram os fios de seu cabelo apenas para o jogar para trás tem frustração e bebendo um grande gole de sua cerveja ele volta a me olhar. — Pode vir comigo por um instante?

Assinto ainda tentando digerir tudo o que disse e segurando sua mão deixo que ele me leve para onde queira. Não demorou muito e logo depois de subir as escadas estávamos cara a cara com Yoon Jeonghan, que observava o movimento dali de cima, o que só confirmou minha breve teoria de que o Aurora estava ali naquela noite.

— Capitão, temos um problema. — Por que eles sempre se referem a mim assim? Que falta de criatividade...

Jeonghan não esboçou reação alguma a principio, mas foi quando ele tirou um cartaz do bolso e o levantou na altura do meu rosto que entendeu o que estava acontecendo.

— Você é Moon Soo Yun... — Mal ouço sua voz, contudo, a surpresa em seu olhar foi o suficiente para me dizer o que se passa em sua cabeça.

— Pode me explicar o porquê de tanto alarde? E claro, que história é essa de resgate?

Os dois trocam um olhar cúmplice antes de se voltarem para mim novamente, como se decidissem quem teria que me contar tudo e me dar as respostas de que preciso.

— Basicamente, Seokmin estava recrutando para tentar se reerguer e conseguir recursos o suficiente para ir até o norte de Joseon novamente e te tirar de lá. E como você já deve saber, ele já partiu. — Em um antigo vício seu ele acende o cachimbo e espalha fumaça por todo lugar. — Mas você está aqui, então temos um problema e dos grandes.

— Ele não pode ir até lá, é suicídio. — Tudo está tão embaralhado e confuso que não sei nem o que pensar. — A cidade é fortemente armada e vigiada. Desta forma ele será capturado e quando não for útil, condenado.

— Não tem como impedi-lo, ele está muito na frente para o alcançar. — Algo se quebra em meu peito quando ouço a voz de Mingyu, como se estivesse sem ar de repente, ficando de mãos atadas tudo o que consigo fazer é me sentar na cadeira mais próxima porque minhas pernas estavam perdendo as forças.

Detesto me ver sem saída. É como se todas a vozes que me atormentaram durantes os anos estivessem certas, inútil, fraca, incapaz, dependente e sem força para fazer o que quero e salvar aqueles que amo. E esse é o pior sentimento e um dos meus piores medos.

— Ele não disse nada? — Pergunto ainda com o filete de esperança que me resta comandando minha ações. — Não disse que poderia fazer alguma parada?

Nós encaramos Jeonghan, na espera de um resposta. Como os dois eram próximos, é possível que Seokmin tenha dito algo, mas é só um palpite de quem é teimosa demais para desistir agora. O capitão do Aurora enche o lugar de fumaça mais uma vez antes de se sentar ao meu lado.

— Seokmin não me disse muita coisa, no entanto o conheço o suficiente para saber onde ele irá para conseguir o que precisa. — Solto o ar que nem sabia que estava segurando. — E isso nos leva ao problema que nos trouxe aqui. Eu perdi bons homens nos últimos dias, eles entendiam do tempo e falavam outras línguas, isso facilitava minha vida no Aurora. Vim até aqui para conseguir pessoas assim, mas só encontro os mesmos marujos de sempre e Mingyu não pode fazer todo esse trabalho sozinho.

— De quantos precisa? — Deixo um sorriso escapar o que faz com que me olhem em confusão.

— Temos marujos de vários lugares da Ásia e até alguns da Europa. Preciso conseguir me comunicar com eles, a quantidade não importa. — Meu sorriso aumenta mais ainda com a resposta de Mingyu. Eu tinha as pessoas perfeitas para esse trabalho.

— Se eu te apresentar essas pessoas, me leva até Lee Seokmin? — Jeonghan assente. — Então prepare seu navio e erga suas cores, capitão Yoon.

— Me apresente seus companheiros primeiro, Moon Soo Yun.

◅▻◌◅▻

O mar estava revolto de uma maneira que a muito tempo eu não via. As ondas faziam o Aurora subir e descer e minha botas se encharcam com a água salgada, que já havia molhado tudo de qualquer forma.

Pelo que Yuta disse, os ventos vinham do sul e se quisermos mesmo chegar ao nosso destino teríamos que encara-lo. Eu e Ruby fazíamos o possível para ajudar Mingyu que tentava dizer a todos como cuidar das velas. Até Jeonghan, que não vi sair da cabine nos últimos dois dias, estava ali fora para ajudar a subir a velocidade para chegarmos antes dessa tempestade.

— Precisamos equilibrar o navio e apertar a vela, nesse passo ele vai ficar contra nós e ela pode soltar. — Jingtian alerta e consigo apenas dizer que o cubro par que ele possa resolver isso e quando ele vai só me resta segurar a corda que suspendia o canhão que estávamos movendo.

Ele corre para prender as velas e chama Dongju para o acompanhar.

Meus braços queimam e as mãos ardem pela corda, mas não ligo, não quando o sal nos olhos era bem pior.

Já eram horas naquilo, correndo para conseguir estabilizar o navio para que ele volte ao seu ziguezague rotineiro, mas aparentemente a tempestade estava indo para o mesmo lugar que iremos. Por sorte ela está perdendo a força, ainda sim, é melhor ficarmos a frente dela.

Posso ver um raio a distância, ainda estava longe o suficiente para ser insignificante, por isso precisamos manter o ritmo até atracarmos.

As nuvens que cobriam o céu o escurecia e dava a impressão de que era bem mais tarde, como se a noite tivesse chegado horas mais cedo.

— Terra a vista!

Foi um alívio ouvir essas três palavras, e assim como eu, todos comemoram e começam a se preparar para manobrar o navio e cuidar para que não bata em nada.

Poucos metros de água e chegaríamos. Poucos minutos e finalmente poderíamos parar.

— Soo Yun! — Ouço meu nome na multidão e Mingyu não demora a aparecer. — O capitão está chamando.

Assinto e vou encontrá-lo perto da timão. Jeonghan estava concentrado no que fazia, controlando a direção que o navio tomaria para conseguirmos atracar mais longe do porto, afinal nós ainda estamos em Joseon e ainda somos procurados. Um porto velho e caindo aos pedaços nos aguarda e mesmo ali, as ondas não abaixavam e o vento soprava forte.

O lugar parecia abandonado. O mato já invadia a estrada, várias embarcações abandonadas residiam perto da madeira podre do cais, só haviam poucas almas vivas ali e um único navio em bom estado além do Aurora, mas estava escuro demais para saber se alguém está a bordo.

— Baixar âncora! — Assim os marujos fazem, seguindo as ordens de seu capitão.

— Queria me ver? — Ele assente, tirando o cabelo molhado do rosto.
— Eu disse que te traria até ele.

— Mas como vou saber que Seokmin está mesmo aqui? Acho que uma prova ajudaria.

Ele nega com a cabeça e um sorriso toma seu rosto, um sorriso debochado que eu já havia ligado a Yoon Jeonghan a muito tempo.

— Aquela é uma boa prova para você?

Ele aponta para o outro navio naquele lugar fantasma. Precisei forçar a vista, mas foi o suficiente para reconhece-lo, principalmente, depois que Jeon Wonwoo acenou de volta para o capitão do Aurora.

O Noite eterna estava bem ali na minha frente

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