Looking For You

By onwlifejb

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Alguns pensamentos que gritavam dentro de mim me faziam arrepender de tê-la sequestrado sem saber de quem ela... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60 - parte 1
Capítulo 60 - parte 2
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo - Personagens
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85 - Último
Agradecimento + 2° TEMPORADA
SEGUNDA TEMPORADA POSTADA!

Capítulo 78

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By onwlifejb

ok, vocês vão surtar muito

nesse capítulo tem tudo que vocês imaginarem, tipo, REAL

e queria conversar com vocês uma coisa pq o wattpad não ta avisando quando eu posto capítulo novo, então, se vocês quiserem seguir o instagram da fanfic (o link está na descrição no meu perfil) ou entrar no grupo da fanfic no wpp ME MANDEM MENSAGEM QUE EU MANDO O LINK!!!! eu sempre aviso lá e no instagram.

então eu desejo muito surto pra essa capítulo que ta realmente pegando fogo. ENTÃO, COMENTEM MUITO!<<<<<<<<<< esse cap foi difícil demais pra escrever meu pai amado, tenham dó de mim

boa sorte. jfdkgjfhgjdnfjd ah, e na parte da música, eu coloquei algumas música se journals como se o justin estivesse se declarando pra barbara, então leiam e se quiserem tentem adivinhar a música sla jfkdkfjkdf

amo vocês.

FIQUEM AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE

***

Primeiro, eu admito que a nossa confiança foi quebrada

Uma recuperação bem sucedida, eu oro por nós essa noite

Garota, você não sabe como me sinto desde que você foi embora

Ultimamente você tem estado ocupada, me pergunto se você sente falta de mim

Por que você foi contra mim? Eu só quero saber

Como é que você age tão diferente? Fale comigo, eu vou te ouvir

Todo o amor que eu estou dando não haja como se você não soubesse

Eu estava lá fora na estrada, a vida estava fora de controle

Ela se tornou uma vítima de minha agenda lotada

E eu sei que não é justo, isso não quer dizer que eu não me importo

A vida é tão imprevisível

Disseram que ela está saindo, droga, eu não posso acreditar

Sem respiração, o que é que eu estou vendo?

É como um sangramento no meu coração saber que você não precisa de mim

E naquele momento foi tão difícil respirar

Porque você levou embora a maior parte de mim, sim

Sinto falta das suas boas intenções, sinto sua falta à distância

Espero que você também sinta

Sei que causei um problema, eu sei que deixei você furiosa, te afastei para bem longe

Aprendi que não compensa mentir, te ver chorar é muito pior

Mas agora que estou perto de você, nada mais importa

Espero que você sinta o mesmo

O que estou realmente tentando te dizer é e o que eu espero que você entenda

É que apesar de todas as imperfeições de quem eu sou

Ainda quero ser seu homem

E quero que você saiba que eu ainda te amo

Não sou totalmente ruim

POV Barbara Palvin

Todos os corredores daquela faculdade pareciam totalmente diferentes pra mim, e mesmo que eu saiba que já passei por ali várias e várias vezes, a sensação de não conhecer aquele lugar era enorme, juntamente com a sensação estranha assim que entrei na classe da senhorita Melanie e assim que vi todos aqueles rostos. Eu conhecia todos ali, sabia o nome da maioria e já havia feito alguns pequenos trabalhos com cerca de quatro ou cinco, mas nada parecia estar normal e do jeito que costumava ser. Eu só não sabia o porquê.

Uma explicação um pouco lógica e que não faça tanto sentido assim para isso, é que talvez eu não me sinta mais confortável aqui, como me sentia antes. Ou talvez seja por eu não me lembrar da última vez que pisei aqui sem estar passando mal com uma ressaca terrível que me fazia dormir a aula toda, não me importando com a matéria ou com a professora.

Ou talvez também, seja por eu não ter amigos nessa classe. Pelo menos, não mais.

Teresa e Taylor faziam essa aula comigo, assim como fazia outras três que graças a Deus não tivemos hoje. Eles sempre se sentavam no fundo da sala e conversam e riam alto enquanto a professora tentava explicar uma matéria. E hoje não estava diferente. Ambos estavam rindo alto atrapalhando a senhorita Melanie a ensinar um cálculo básico, que era a coisa mais fácil do mundo.

Neguei com a cabeça, começando a me irritar com o barulho que ambos estavam fazendo, me lembrando que, semana passada, eu estava fazendo a mesma coisa com eles, o que gerou uma discussão muito séria com Michael, que eu obviamente não dei a mínima, mas hoje percebo que ele tinha razão.

Nick fazia essa aula comigo também, mas não é como se ele olhasse para a minha cara ou falasse pelo menos um "oi" comigo mais. E também não o julgo, eu não estava sendo mais a pessoa que ele conheceu há alguns meses atrás. Mas também, não nego que sentia falta da sua amizade. Ele é, juntamente com Stella, Jack e Jade, uma das únicas pessoas que querem meu bem aqui dentro.

Não fiz questão alguma de sentar com eles hoje e parece que eles também não fizeram questão alguma de me chamar, o que não me incomodou de forma alguma, já que eu nunca mais sentaria com eles em nenhuma aula que teríamos juntos.

Respirei fundo sentindo minha mão doendo e vendo o quanto ela estava vermelha de tanto copiar a matéria que perdi ao longo da semana e a matéria de hoje, que a professora estava passando no quadro. Havia três cadernos na minha mesa: o primeiro era meu, que era onde eu anotava tudo que a professora de agora passava; o outro era meu também, mas de outra matéria que eu copiava assim que a Melanie começava a explicar e não a escrever no quadro; e o terceiro era o de Jacob que sentava na minha frente, que era de onde eu copiava a matéria atrasada.

Eu estava muito atrasada e ferrada. Eu não podia reprovar.

Merda.

De novo não.

Fechei os olhos e respirei fundo sentindo meu estômago, mais uma vez só hoje de manhã, embrulhar por algo totalmente desconhecido por mim. Eu não tinha comida nada demais, apenas uma café da manhã reforçado que Michael mandou e uma barra inteira de chocolate, já que eu estava com uma vontade incontrolável de comer e fiz Jack ir comprar pra mim. Eu não havia bebido. Eu não bebia fazia quase dois dias.

Larguei a caneta em cima da mesa, tirei meu óculos e passei as mãos no rosto, o sentindo molhado já que eu estava começando a suar frio. Só deu tempo de respirar fundo uma última vez e pedir licença para a professora antes de chegar no banheiro, entrar na primeira cabine e colocar tudo que eu havia comida pra fora de uma vez só.

Minha garganta doía a cada jarro de vômito que saía da minha boca e meus olhos ficaram marejados no mesmo segundo, mas não por eu estar com vontade de chorar e sim por não aguentar mais colocar tudo pra fora. Essa era uma das piores sensações do mundo. E eu não entendia, porque eu estava vomitando se eu não havia bebido nada?

Fiquei mais alguns segundos com o rosto perto do vaso sanitário esperando sair mais alguma coisa com a ânsia que eu sentia, mas, assim que percebi que havia acabado, eu me sentei no chão sentindo o suor frio ainda descer pelo meu rosto e meu corpo fraco. Coloquei a mão na barriga notando que ela estava dura e fechei os olhos assim que senti outro enjoo vindo, mas dessa vez não tão forte. E agradeci por ninguém ter entrado aqui, nesse momento.

Respirei fundo sentindo um gosto horrível na boca e me levantei, com um pouco de dificuldade já que não tinha forças direito, e caminhei até a pia, jogando água no meu rosto e lavando a minha boca, torcendo mentalmente para ter um chiclete extra forte na minha mochila.

Logo pude ver a porta do banheiro se abrir e entrar várias meninas assim que o sinal de saída tocou. Caminhei até a porta, depois de ver o quão pálida eu estava no espelho, e a abri enquanto piscava várias vezes, tendo uma visão um pouco embaçada e sentindo as minhas pernas bambas. Caminhei em passos lentos em direção a sala, vendo Nick segurando a minha mochila com uma cara nada boa. Abri um sorriso sem graça para ele, vendo que ele não retribuiu.

- Não preci...

- Foi a senhorita Melanie que pediu que eu te... você está bem? -Perguntou assim que eu fechei os olhos não conseguindo os manter abertos. Neguei com a cabeça segurando em um dos poucos armários ali e escutei passos rápidos na minha direção, sendo a última coisa que ouvi.

(...)

- Como assim ela desmaiou do nada? -Pude ouvir a voz histérica de Stella antes que eu abrisse os olhos. - Se eu descobrir que você fez alguma coisa com a minha amiga, eu arranco suas bolas com os dentes. -Não precisei abrir os olhos para perceber que ela estava falando com o Nick.

- Mas eu não fiz nada. -Eu sabia que era ele. - Ela apenas saiu do banheiro e desmaiou, foi só isso.

- Acalmem-se, crianças. -Uma voz desconhecida falou.

- Certo, eu vou tentar acreditar em suas palavras, malandrinho. -Stella disse e sua próxima fala me fez abrir os olhos rapidamente. - Eu vou ligar para o pai dela, que eu chamo de tio.

- Stella. -A chamei, vendo ela me olhar na mesma hora, com o celular nas mãos enquanto mastigava algo. - Não precisa, eu estou bem.

- Não está não, mocinha. -A enfermeira falou e se aproximou de mim, começando a me examinar.

- E não está mesmo. -Stella disse, a olhei vendo Nick atrás dela ainda segurando minha mochila e com um leve inchaço do nariz ainda. - Você está pálida, Barbara.

- Eu estou bem. -Disse entre os dentes. - Eu comi algo no café da manhã que me fez mal, foi só isso. -Ela negou com a cabeça.

- Sua menstrua... -Interrompi a enfermeira assim que vi Stella discar o número de Michael.

- Não liga pra ele, Stella. -Quase gritei, a vendo levar um pequeno susto.

- É lógico que vou ligar. -Revirou os olhos. - Quem vai te levar pra casa? Meus pais vão vim me buscar hoje para almoçarmos juntos, não tem como eu te levar.

- Stella, eu estou falando sério. -A ameacei com o olhar.

- Eu levo ela. -Nick falou dando de ombros antes que Stella pudesse me responder.

- Não precisa, Nick. -Falei simpática.

- Está tudo bem. Você está horrível, não vai aguentar esperar seu pai.

- Obrigada. -Murmurei vendo um pequeno sorriso se formar em seus lábios.

- Então como essa gelatina antes que você caía de cara no chão de novo, mocinha. Não existe "não" comigo, está ouvindo? -A enfermeira, que se chamava Miranda, disse nos fazendo rir e eu pegar a gelatina de morango de suas mãos. 

Eu, Stella e Nick ficamos conversando por alguns minutos antes de tocar o último sinal para irmos embora. Stella teve que ir embora mais cedo, já que havia compromisso por hoje ser seu aniversário e eu aproveitei para pedir desculpa para Nick por tudo o que acabei fazendo e por ter me transformado em uma pessoa totalmente diferente do eu era. Ele, graças a Deus, aceitou numa boa, me abraçou apertado e ainda roubou o resto da gelatina que estava uma delícia, por sinal.

Não demorou muito para eu receber "alta" dali e começar a andar na direção da saída com ajuda de Nick, que alegava que eu estava péssima e acabada, o que era uma mentira. Eu já estava me sentindo melhor, estava com bastante fome e com certeza podia andar sozinha.

- Acho que você não vai precisar me levar mais. -Murmurei olhando para Michael encostado na sua BMW prata enquanto olhava com nojo todas as pessoas que passavam por ele.

- É claro que eu... -Nick parou de de falar assim que apontei para Michael, me fazendo rir assim que ele revirou os olhos e me deu um beijo na bochecha antes de ir para seu carro depois de entregar a minha mochila.

Respirei fundo e caminhei em passos lentos até Michael, que notou minha presença pouco tempo depois e me encarou com as sobrancelhas franzidas, como se estivesse algo errado com a minha cara. Mordi o lábio tentando matar a vontade de revirar os olhos e entrei no carro, o vendo fazer o mesmo.

- Você está pálida, o que aconteceu? -Perguntou sem me olhar e acelerou o carro.

- Não aconteceu nada. -Menti, me ajeitando no carro, sentindo algo na minha barriga que me deixava um pouco desconfortável. - Eu só preciso te pedir uma coisa. -Ele me olhou.

- O que é?

- Hoje é aniversário da Stella e ela quer comemorar comigo e alguns amigos hoje à noite. -Disse olhando para frente. - E eu queria muito ir.

- Stella é aquela baixinha de cabelo loiro, olhos azuis, que me chama de tio e é completamente maluca? -Segurei o riso ao ver que ele estava realmente falando sério, sem nenhum vestígio de piada.

- Sim. Essa é a Stella, minha amiga.

- E você está me pedindo permissão para ir? -Me olhou no mesmo segundo que o olhei.

- Sim.

- Eu deixo você ir. -O olhei incrédula, vendo ele olhar para frente agora. - Eu até gosto dela, porque ela é um dos seus únicos amigos que se preocupam de verdade com você. -Sorri fraco ao ouvir aquilo. - Mas lembra-se...

- Sem bebida. -Completei sua frase também olhando para a estrada, o vendo sorrir de lado e balançar a cabeça.

Eu conseguia lembrar de tudo que aconteceu na última noite que saí. Eu me lembrava de quantas garrafas de cerveja eu bebi, de quantos copos de vodka passaram pelas minhas mãos, de quantas músicas eu dancei, de quantas vezes eu caí no chão e ri disso, e de quantos drinks, às vezes de pessoas desconhecidas, eu bebi. E eu me lembrava de quando fui puxada para fora da boate e do exato momento que fiquei apavorada assim que fui jogada na parede e senti mãos na minha barriga tentando tirar minha blusa. Eu seria estuprada, e o que me deixava mais pra baixo e que me fez tomar essa decisão, foi que eu não conseguia me defender por estar fraca demais devido o excesso de bebida que tomei naquela noite.

Eu não queria passar por aquilo de novo.

Nunca mais.

Eu não queria ter a sensação de alguém me tocando sem a minha permissão, não queria colocar mais nenhuma gota e álcool na boca, não queria ficar tão louca em uma noite para na manhã do dia seguinte, não consegui me lembrar de nada, não queria mais beijar desconhecidos por aí, não queria mais ouvir os sermões de Michael, mesmo sabendo que ele está totalmente certo. Eu não queria essa vida pra mim. Eu não quero isso.

Eu já havia pensado em pedir isso a Michael há muito tempo atrás, desde o dia em que Ryan e ele foram na faculdade, mas sempre me faltou coragem e eu nunca consegui abrir a boca para pedir. Então, assim que ele fez uma curva para a esquerda, o olhei abrindo a boca uma, duas e três vezes tentando ter a mesma coragem que há poucos minutos eu tinha.

- Michael? -Chamei baixinho, torcendo para ele não escutar, porém, estávamos em um carro fechado e com o som desligado, não tinha como ele não ouvir.

- Oi. -Disse calmo, sem me olhar ainda. Engoli a seco e cocei a garganta alguns vezes antes de falar.

- Eu... hm... eu... -Ele me olhou confuso. - Eu quero começar a ir em um psicólogo. -Falei de uma vez, vendo ele ficar incrédulo por poucos segundos e depois abrir um sorriso que eu nunca havia visto em seu rosto até hoje.

- Você está falando sério? Você quer ir mesmo? Isso é sério? -Assenti, desviando o olhar.

- É sim. -Suspirei, sem ter coragem de o encarar. - Eu não quero mais essa vida pra mim. -Funguei, abaixando a cabeça. - Eu estou uma bagunça por dentro e acho que talvez ter alguém para conversar sem ser a Stella seria bom. -Ri pelo nariz, ficando triste de repente. - Todos os meus amigos antigos desistiram de mim. Eu... eu só não quero que ninguém aponte o dedo e me julgue, você entende?

- Claro que sim, fi... -Se interrompeu, o que me fez o olhar e querer que eu continuasse a frase. - Você pode ter certeza que eu te entendo e que vou procurar o melhor psicologo do país. -Revirei os olhos, rindo pelo nariz com seu exagero. - Você não tem noção do quanto me deixa feliz saber que você vai começar a se cuidar.

- Eu também queria te pedir desculpas. -O olhei, vendo ele ficar completamente surpreso com minhas palavras.

- Você não precisa...

- Preciso sim. -O interrompi. - Sei o quanto você ficava com raiva e chateado por eu chegar naquele estado em casa. Eu não queria causar problema e nem deixar você assim, eu só... eu só não sabia o que fazer em relação a tudo que estou e estava sentindo. Eu ainda estou com raiva por tudo e sei que tenho que ser forte pra não ir encher a cara e não beber hoje. Mas eu não quero passar por aquilo que passei na outra noite de novo. Foi horrível.

- Você se lembra de como ele era? -Perguntou como quem não queria nada, mas eu sabia que ele faria alguma coisa.

- Não. -Disse apenas isso, e não estava mentindo. Eu não lembrava de como ele era. - Eu não quero passar por aquilo de novo, Michael. -Disse com a voz embargada, ele me olhou e assentiu.

- E você não vai passar. -Disse sério. - Eu nunca vou deixar mais ninguém encostar as mãos em você. Eu te dou a minha palavra.

POV Justin Bieber

"Cerca de mais de duzentas pessoas morreram na explosão do prédio."

"De acordo com os números dos bombeiros e dos policiais no local, há mais de cem corpos ainda desaparecidos."

"Não há suspeita de como foi causada a explosão que acabou com a vida de centenas de pessoas."

"URGENTE: O incêndio pode ter sido criminoso."

"A explosão pode ser sido causada por algum vazamento de gás ainda não identificado."

"Mais de trezentos corpos continuam desaparecidos."

"A principal Avenida de Atlanta está totalmente interditada agora."

"Gás? Ato criminoso? Só saberemos quando a perícia examinar todo o local."

"O gás que está saindo dos estrondos é totalmente perigoso e radioativo."

"Terrorismo? O governo não se pronunciou ainda."

Não importava quantas horas ficássemos sentados no sofá da minha sala ou quantas garrafas de cervejas bebíamos, todos os jornais e até mesmo os rádios, falavam sempre da mesma coisa. Não importava o horário, não importava se estivesse passando outra coisa na televisão, todos, sem exceção, falavam da tão inesperada explosão que aconteceu nessa manhã em um dos maiores prédios de Atlanta.

A cidade estava em um verdadeiro caos. Avenidas paradas, engarrafamentos, carros de emissoras por todo lado, helicópteros sobrevoando a área em busca de novos corpos ou em busca de sobreviventes, repórters entrevistando policiais, pericias, moradores locais que estavam sendo evacuados da área, comerciantes próximos e até pessoas que passavam em uma rua próxima do ocorrido.

Não existia mais prédio.

Bilhões e bilhões perdidos, como em um passe de mágica.

O gosto da vitória nunca foi tão maravilhoso assim.

A proporção que isso estava tomando, já que supostamente acreditavam que isso foi um atentado terrorista, era inacreditável. Eu mesmo não acreditei quando cheguei em casa e vi, com orgulho, a bagunça que causei em Atlanta e em como tudo estava uma verdadeira desordem. Mas não tanto quanto o caos que estava acontecendo nesse exato momento dentro da máfia.

Stephen Baldwin estava completamente puto. E não tiro sua razão, já que descobriu que seu inimigo número um tinha uma empresa clandestina em seu território, o que é proibido segundo as regras do atual chefe de todas as máfias, Henrico Sartoni. Acredito eu que ele também não estava feliz em saber disso, levando em consideração que isso vai contra tudo que ele sempre impôs, mas não é como se ele pudesse fazer algo em questão disso, já que estamos falando de Nikolai Makarov.

Mas eu também acreditava que Stephen não ia se calar assim, o que geraria uma guerra pequena entre todas as máfias, principalmente quando descobrirem que isso não foi, nem de longe, um atentado terrorista e de quem era o prédio que, agora, não existia mais. Tudo estava uma anarquia, um desordem e uma confusão sem tamanho.

E eu estava sorrindo.

Já que meu nome não havia sido falado até então. E talvez nunca falariam, levando em consideração que eu era o menor dos problemas ali.

Sorri de lado completamente jogado no sofá enquanto trocava de canal vendo um repórter de máscara falando o quão radioativo era o gás que saia dos escombros e que, se estivesse alguém vivo ali por baixo, morreria apenas por inalar aquele gás completamente tóxico. Revirei os olhos e troquei de canal de novo, vendo uma imagem ao vivo de um helicóptero mostrando o quão grande aquilo foi e o quanto abalou algumas casas e prédios que haviam do lado, o que fez um sorriso crescer mais ainda no meu rosto.

- Essa porra foi grande. -Christian falou. - O que você acha? -Perguntou me olhando, e eu sabia o que ele queria dizer.

Não tive notícias de Nikolai desde a hora que cheguei em casa, o que não me deixava preocupado, mas também não me deixava totalmente relaxado. A minha intenção, quando pensei em instalar alguns explosivos no esgoto que davam exatamente onde ele passaria com o carro, não era o matar de imediato, já que não teria graça alguma acabar com seu prédio e não vê-lo transbordando fúria e não vê-lo percebendo do que eu realmente sou capaz de fazer.

- Eu não faço a mínima ideia. -Disse sincero, tomando outro gole. - Jensen disse que tem notícias.

- Você sabe que se ele estiver vivo, ele vai vir com tudo pra cima de você, não é? -Ryan perguntou, assenti.

- Ele vai vim com tudo pra cima de mim da mesma maneira que eu vou pra cima dele. -Dei de ombros, como se aquilo não importasse.

- Olha o que fizemos. -Chaz sorriu, animado, nos fazendo sorrir e eu escutar um barulho de carro do lado de fora. - Cara, estão falando disso quase no mundo todo.

- E a ideia foi minha. -Christian se gabou e Nolan lhe deu um tapa na cabeça.

- Deveríamos comemorar hoje. - Nolan falou fazendo uma dança sentado, fiz careta por causo disso e ri. - Daria tudo para ter uma mulher em cima de mim hoje.

- Estamos falando de mulher e nem me esperaram? -Olhei em direção a porta vendo Jensen caminhar na nossa direção com um fardo de cerveja em sua mão.

- Qual é, vai querer comemorar com a gente hoje? -Christian disse animado e por um momento pensei naquela loira que ele pegava.

- Se é que vocês vão querer comemorar com a notícia que vou dar. -Disse relaxando no sofá e bebendo um pouco da cerveja que ele trouxe.

- Que porra... -Nolan murmurou.

- O que aconteceu? -Perguntei o olhando.

- Nikolai está mais vivo do que nunca. -Jensen disse e vi os meninos respirarem fundo, mas eu já estava esperando por aquilo. O desgraçado não morreria tão fácil assim. - Ele recebeu uma ligação de Henrico.

- Caralho, esse cara é imortal? -Ryan perguntou, estressado. - Não é possível que ele conseguiu sair vivo depois daquilo.

- Mas conseguiu. -Jensen disse sério. - Com certeza ele colocou o corpo de algum dos homens que estavam com ele em cima do seu corpo para se proteger. 

- Ele saiu ileso? Sem nenhum arranhão? -Christian perguntou.

- Isso eu não sei te informar. Mas o que posso falar é que Stephen entrou em contato com Henrico para questionar o que ele faria sobre esse assunto e parece que Henrico ligou para Nikolai para marcar uma reunião de urgência ainda hoje, mas Nikolai desmarcou.

- Por quê? -Perguntei prestando atenção em suas palavras.

O desgraçado não ficaria quieto, não depois de tudo que fiz.

- Ele disse que tem coisas mais importantes para fazer aqui.

- Ele vai tentar alguma coisa, Justin. -Chaz disse, mas não dei importância.

- E o que é? -Perguntei.

- Ele disse que vai acontecer uma festa hoje à noite em um lugar e que queria "aproveitar".

- Festa? -Perguntei estranhando, e olhei para os meninos que se encaravam tão confusos quanto eu.

- Vocês não sabem de nenhuma festa que vai rolar hoje? -Jensen perguntou bebendo um pouco da cerveja, eu e os meninos negaram.

- Tem algo que ele quer nessa festa. -Falei passando as mãos no rosto. - Ele me quer lá, seja lá onde for.

- Que? Ficou louco? -Chaz perguntou confuso, lerdo como sempre.

- Ele sabia que eu ficaria sabendo que ele vai pra essa tal festa. -Neguei com a cabeça. - Nikolai é esperto, ele não daria um passo em falso justo agora. Se ele vai ir "aproveitar" em uma festa em Atlanta, é porque ele vai fazer algo e me quer lá.

- Então ele falou isso para Henrico porque saberia que...

- Que Henrico falaria para Stephen e Stephen falaria para Jensen que me contaria.

- Porra... -Chaz disse suspirando.

- Vocês não fazem ideia de onde seria essa tal "festa"? -Jensen perguntou, neguei com a cabeça começando a pensar em qual lugar ele estava falando.

Ele não seria tão burro em pisar em uma das minhas boates sabendo que haveria vários homens que trabalham pra mim ali. E não seria tão idiota de aparecer em qualquer outra boate da cidade. O que ele faria? Mataria a maioria das pessoas ali por nada? Até cheguei a pensar, rapidamente, nela e em como ela estava da última vez que a vi, mas Michael me garantiu que ela não sairia em dia de semana de casa, o que acabou sendo uma alívio pra mim agora.

- Vocês precisam pensar. -Jensen disse chamando a minha atenção. - Já são quatro da tarde, não vai demorar muito para ele aparecer na tal festa.

- Eu não faço ideia. -Christian falou.

- Isso não faz sentido. -Disse confuso. - Por que ele iria em qualquer boate se...

- A Barbara. -Chaz disse, o olhei.

- Ele não sabe o quão importante ela é pra mim e se soubesse, já teria feito algo contra ela.

- Então não sei. -Chaz disse se jogando no sofá.

- E aí, rapaziada. -Ouvi a voz de Khalil atrás de mim e olhei para trás o vendo sorrir nos olhando. - Vocês fizeram um ótimo trabalho. -Apontou para a televisão, ainda ligada.

- Você está sabendo de alguma festa que vai rolar hoje à noite aqui em Atlanta? -Christian perguntou, Khalil assentiu se jogando no sofá ao lado de Jensen e pegando uma garrafa de cerveja.

- Hoje é a final do campeonato do racha. -O olhei na hora, abrindo um pequeno sorriso.

- Então parece que vamos em um racha hoje à noite. -Falei sorrindo, olhando para todos ali.

POV Barbara Palvin

Assim que cheguei em casa, fui direto tomar banho e mandar uma mensagem para Stella confirmando a minha presença hoje seja lá pra onde ela for me levar. E eu sabia que ela não havia convidado só a mim e que com toda certeza do mundo, Teresa e Taylor estariam lá também. Mas isso não significava que eu beberia, certo? Eu não vou beber. Eu não quero beber. Eu não posso mais ser essa pessoa que eu estava fingindo ser.

Não posso mais.

Não demorou muito para eu acordar de um demorado cochilo que tirei durante a tarde depois de almoçar cerca de três vezes e tomar duas xícaras de sorvete de cookies, que passou a ser meu favorito a partir de hoje. Me levantei com toda preguiça do mundo e fui tomar outro banho para sair, já que Stella estaria aqui em menos de trinta minutos, segundo a mensagem que ela havia me mandando há dois minutos atrás.

Depois de um longo banho e de passar um hidratante da Chanel no meu corpo, coloquei um top preto com um decote generoso em meus seios, um short jeans de tonalidade azul clara de cintura alta, que ficou um pouco apertado em mim pela primeira vez, o que me fez perceber que eu havia engordado um pouco e que minha barriga continuava dura, e isso fez com que eu estranhasse um pouco, já que eu não passava um dia sem vomitar e eu deveria ter perdido alguns quilos.

Balancei a cabeça deixando isso lá e calcei um coturno preto de salto médio, eu não estava nenhum pouco afim de usar salto muito alto hoje. Caminhei até o espelho, fiz uma maquiagem básica, apenas um delineador, rímel, blush e um batom vermelho escuro. Penteei meu cabelo molhado realmente não querendo o secar, passei meu perfume, peguei meu celular o colocando dentro de uma pequena bolsa e desci as escadas escutando minha barriga roncar.

E, por sorte, Sônia havia acabado de colocar cobertura em um bolo de chocolate. Lambi os lábios e partir um pedaço enorme, começando a comer rapidamente com as mãos. Não demorei nem dois minutos para atacar mais dois pedaços de bolo e caminhar até a sala, vendo a porta se abrir e Michael entrar pela porta.

- Onde você estava? -Perguntei franzindo o cenho, o vendo limpar suas mãos na blusa cinza clara.

- Você está bonita. -Desconversou e eu arregalei um poucos os olhos assim que vi vestígio de sangue em suas mãos e na sua blusa.

- Por que sua blusa está com sangue? -Perguntei um pouco assustada, ele me olhou para a blusa e soltou um palavrão baixo. - Michael...

- Eu estava cuidando de um negócio.

"- Eu nunca vou deixar mais ninguém encostar as mãos em você. Eu te dou a minha palavra."

- Meu Deus! -Falei alto assim que lembrei de suas palavras mais cedo, ele me olhou rapidamente. - Você o matou? -Perguntei incrédula.

- Não foi tão difícil invadir as câmeras da boate naquela noite. -Disse simples, me deixando mais incrédula ainda.

- E você simplesmente o matou?

- Com um pouco de tortura antes. -Disse como se fosse a coisa mais normal do mundo, me deixando em choque. - Você já está indo? Já disse que você está bastante bonita? Vai fazer frio hoje, então...

- Você o matou mesmo? -O interrompi e ele assentiu.

- Ninguém mexe com a minha filha. É simples. -Disse sério dessa vez, mordi o lábio segurando para não sorrir. - Desculpa ter te chamado assim, é que...

- Está tudo bem, Michael. -Falei sorrindo pelo nariz, e virei minha cabeça assim que escutei uma buzina alta do lado de fora. - Acho que é a Stella, tenho que ir agora.

- Se cuida, se precisar de mim, é só ligar. -Disse, assenti caminhando até a porta. - E lembre-se...

- SEM BEBIDA! -Gritei fazendo gracinha, o vendo ri, rir de volta e dei um tchauzinho com a mão e fechei a porta atrás de mim.

Sorri aliviada assim que a vi sozinha dentro do caro e caminhei rapidamente até o mesmo, abri a porta e entrei vendo Stella abrir um sorriso grande e arrancar com o carro.

- Essa blusa que te dei ficou muito bem em você. -Comentei, a vendo soltar um gritinho feliz que me fez rir.

- Eu ainda não acredito que estou fazendo dezenove hoje. Eu estou muito velha, meu Deus. Você já consegue ver as rugas? -Comecei a ri a vendo se olhar no espelho e neguei com a cabeça.

- Taylor e Teresa não vão? -Perguntei já sabendo a resposta, mas mesmo assim que tinha esperança de receber um "não".

- Eles vão. -Disse e me olhou.

- E pra onde vamos?

- Você vai querer me matar? -Perguntou mordendo o lábio inferior, semicerrei o olhar já sabendo que não seria um lugar ideal para passar um aniversário.

- Depende.

- Nós vamos em um lugar que eu nunca fui.

- Fala logo.

- Vamos para um racha. -Abri a boca em puro choque. - Não me olha assim, Barbara. Eu achei legal, ok? Tem várias corridas, música boa, homens bonitos e...

- Não tem homens bonitos lá. -Falei não acreditando na sua fala e soltei um riso fraco, a vendo me olhar um pouco em choque.

- Você já foi?

- Sim, algumas vezes.

- Barbara Palvin, qual é o seu passado? -Ela perguntou fazendo graça, ri e neguei com a cabeça já conseguindo ouvir a música alta tocando.

Se não me engano, tocava Rake It Up do Yo Gotti.

- É tão pesado assim? -Perguntou me olhando antes de estacionar o carro em uma rua atrás de onde acontecia o racha. - Alguns garotos da faculdade sempre vão e postam foto no instagram.

- Depende do dia. -Falei saindo do carro, a vendo olhar pra rua completamente vazia.

- Quer ir embora? -Revirei os olhos.

- Não vai acontecer nada. -Falei rindo a vendo com medo. - Pelo menos das últimas vezes que vim, não deu. -Falei me lembrando as vezes que vinha com Marcos.

- Ok. É só uma festa, certo? -Perguntou entrelaçando os dedos nos meus, assenti e começamos a andar em direção à música que já havia mudado de novo, e agora tocava Pass Out do Quavo.

Aquilo estava tão lotado que chegava a ser quase impossível ver a pista principal que era a da corrida. Havia vários carros estacionados, talvez esperando a hora da corrida para assistir ou participar, com várias mulheres ao redor enquanto os donos dos carros se gabavam e fumavam qualquer tipo de cigarro que for. O cheiro de bebida derramada no chão e o cheiro de maconha era extremamente forte e a música alta fazia nossos ouvidos doerem. Nada do que eu já não tenha visto.

E eu realmente não sentia saudade desse lugar.

Havia também várias mulheres dançando em cima de caminhonetes enquanto vários homens nojentos as observavam, outros quase transavam no capô do carro e outros pegavam três de uma vez só. Um telão estava posto ali para todos acompanharem a corrida de perto e pelo o que eu entendi ao ouvir de um cara enquanto ia em direção a Teresa, Taylor, Jade e Jack, esse racha era a final de um campeonato, por isso estava tão lotado assim.

- Aleluia! -Teresa disse com uma garrafa de vodka na mão, segurei a vontade de revirar os olhos.  - Pensei que não vinha mais.

- Eu atrasei. -Suspirou e me olhou. 

- Você está linda, Barbara. -Taylor disse mordendo o lábio inferior e me olhando de cima a baixo, me deixando totalmente desconfortável.

- Obrigada. -Sorri falso o vendo sorrir e beber um pouco do líquido em seu copo, ainda olhando para o meu corpo.

- Hoje é o meu aniversário então eu vou dançar até o mundo acabar! -Stella gritou começando a pular, me fazendo rir e a acompanhar, sem ao menos precisar de uma bebida.

Todo mundo ficou muito mais animado assim que começou a tocar I Get Money do 50 Cent, eu não fiquei diferente e fui arrastada para a improvisada pista de dança por Stella e não demorou muito para a mesma ficar lotada, com várias mulheres dançando até o chão, outras bebendo e outras se exibindo para os homens que tinham os melhores carros ali.

Teresa já estava no segundo cigarro de maconha e seus olhos já estavam começando a ficar vermelhos, Taylor apenas bebia e dançava com algumas mulheres à sua volta. Stella, Jack e Jade estavam com uma garrafa de cerveja e não colocaram um cigarro na boca até então, o que me deixou aliviada por saber que Teresa implicaria comigo por eu não fumar. E enquanto a mim, eu dançava, não como as outras mulheres ali, mas rebolava meu quadril sem me importar com nada e sem colocar ou pensar em colocar alguma gota de álcool na boca. E eu estava orgulhosa disso.

Comecei a rir assim que Jade agarrou meu braço ao ver um homem pegando uma arma na cintura e começando a dançar na nossa direção, mas não prestando atenção em nós duas ali, apenas se divertindo e querendo se mostrar na frente de várias mulheres que também dançavam ao nosso lado. Eu não sentia medo, já que eu sempre soube que eles não eram autorizados a matar ninguém aqui. Essas sempre foram as regras dessa racha, por isso que todos estavam tranquilos ali, mesmo que alguns homens odiavam outros que também estavam aqui. O único que podia matar, torturar ou espancar alguém aqui, era o dono e ninguém além dele.

E todos aqui sabem quem é o dono.

Balancei a cabeça me soltando de Jade e começando a dançar de novo sem me preocupar com o porquê de várias pessoas pararem de dançar e começarem a observar algo no início da pista, do meu lado direito. Apenas peguei uma garrafa de água das mãos de Jade e tomei um pouco, enquanto me movimentava ao som da música, que agora estava um pouco mais baixa do que segundos atrás, dando para ouvir alguns carros acelerando na minha direção.

- O que está acontecendo? -Jade perguntou confusa me olhando, dei de ombros tomando mais um gole de água, que estava quente, por sinal.

- Não faço a mínima ide... -Parei de falar assim que olhei para trás ao ouvir pessoas gritando e senti meu corpo gelar assim que vi o exato momento em que ele saiu do seu carro.

Eu estava, de novo, totalmente imóvel como da última vez que o vi na boate. Várias perguntas passavam pela minha cabeça e uma delas era: o que ele estava fazendo aqui? Quem contou que eu estava aqui? Meu coração acelerou e minha boca ficou seca por perceber que ele não havia mudado nada desde a última vez que fomos em um racha juntos. Seu sorriso arrogante ainda estava em seu rosto e seu óculos escuro, mesmo sendo à noite, continuava sendo uma das suas marcas por aqui. 

Não nego senti minhas pernas bambas assim que o vi andar até o capô do carro e se encostar no mesmo, ainda com um sorriso totalmente arrogante em seu rosto. E um filme passou rapidamente pela minha cabeça, me fazendo lembrar de todas as vezes que vinha para o racha com Marcos e o quanto todos ficavam com medo assim que alguém soltava um boato que o Bieber iria aparecer no racha naquela mesma noite.

Eu só o vi uma vez antes de tudo acontecer. E ele não notou minha presença nessa noite, porque estava ocupado demais sendo bajulado por várias mulheres depois de ter ganhado uma corrida que seu concorrente acabou quase saindo morto, o que fez o nojo e o medo crescer dentro de mim assim que vi uma mulher entrar no banco de passageiro de seu carro.

E agora ele estava aqui, na minha frente de novo, usando uma calça jeans escura, com uma blusa de mangas longas que estavam dobradas até o cotovelo de baixo de uma camiseta branca e com um tênis branco. Ele usava também várias correntes, um relógio e uma pulseira de ouro, o que fazia todos olharem ainda mais pra ele.

Não demorou muito para várias mulheres vestindo roupas minúsculas caminharem na sua direção, o que o fez abrir ainda mais o sorriso e elas começarem a se exibir ainda mais. Olhei para os meninos já vendo Chaz atacar uma e a prensar contra o seu carro enquanto Ryan, Christian e Nolan conversavam com garrafas de cerveja em uma das mãos. 

Voltei o meu olhar para ele, vendo o cara que eu conheci aquele dia na boate se sentar ao lado dele e começar a conversar com uma mulher morena enquanto ele conversava com uma loira com uma bunda enorme. Neguei com a cabeça conseguindo sentir o nó na minha garganta crescer e uma mal estar tomar conta do meu corpo assim que sua mão foi para a cintura fina dela, o que fez meus olhos irem rapidamente para Ryan que me olhava um pouco em choque por eu estar ali. Não demorou muito para seu olhar também ir para Justin, mas eu apenas balancei a minha cabeça e me virei, não querendo me machucar mais ainda.

- Nossa, quem é ele? -Ouvi a voz de Teresa do meu lado e a olhei, percebendo no mesmo segundo que ela olhava na mesma direção que eu enquanto mordia o lábio, tentando parecer menos ridícula.

- Ele é bem bonito. -Jade falou na minha frente, fazendo meu coração acelerar mais ainda e eu querer sair correndo dali o mais rápido possível.

- E eu sou o quê? Está afim de um playboy qualquer agora, Jade? -Jack disse irritado, cruzando os braços e a olhando, e eu até acharia graça do seu ciúmes se eu não estivesse tão incomodada com os olhares que Teresa lançava para ele, que não demoraria nenhum pouco para retribuir.

Ela era bonita.

Teresa era linda e tinha um corpo de dar inveja em qualquer pessoa. Ela chamava atenção de qualquer homem que passava por ela, não importava aonde ela estava ou com quem ela estava, todos prestavam atenção nela. E com toda certeza do mundo, ela chamaria atenção dele também.

Eu sabia que ela não desistiria até tê-lo para ela hoje, ela era persistente e totalmente corajosa por chegar em qualquer cara que fosse, e eu não ficaria aqui para ver isso acontecer. Eu não podia e não tinha forças para vê-lo com outra, justo hoje que não posso e não quero beber para esquecer tudo. Então, olhei ao redor procurando por Stella, apenas para avisá-la ou inventar uma desculpa que estava passando mal e que iria embora, mas ela não estava mais no meio de nós cinco.

Fechei os olhos e respirei fundo percebendo que ela tinha ido no Ryan e Ryan estava perto dele. Não tinha como apenas olhar para Ryan ali, e eu sabia que eu seria fraca e idiota por olhar diretamente para Justin, talvez querendo me machucar mais ainda por vê-lo beijando outra ou passando a mão no corpo dela.

Respirei fundo mais uma vez vendo Jack e Jade aos beijos na minha frente e Teresa ainda de olhos nele e me virei, com muito esforço e coragem, e olhei para Ryan que me encarava ainda sério enquanto Stella falava sem parar na sua frente. E eu juro que tentei não olhá-lo diretamente para não ver o que eu sabia que ia ver, mas foi em vão.

O olhei, vendo o exato momento em que ele abriu um sorriso mais cafajeste possível para a mulher na sua frente e depois olhou para o lado se levantando um pouco e vendo Ryan que ainda me olhava, o que o fez olhar rapidamente para a mesma direção que Ryan, me fazendo ver o exato momento em que ele tirou o sorriso do rosto e ficou um pouco chocado por me ver ali, o olhando também.

Eu não tinha certeza se ele estava me olhando ou se estava olhando para Teresa bem atrás de mim, mas eu sabia que ele não nenhum pouco satisfeito ao me ver ali, já que seu rosto ficou sério e seu maxilar travou no mesmo tempo que ele empurrou a mulher para longe dele. Neguei com a cabeça olhando para outra mulher caminhando na sua direção enquanto ele ainda, talvez, me olhava e senti meus olhos enchendo de lágrimas, o que me fez virar meu rosto para frente, vendo a quantidade de pessoas na minha frente.

- Será que ele está afim de mim? -Teresa perguntou jogando o seu cabelo loiro para o lado. - Ele não para de olhar pra mim. Barbara, o que você acha?

Balancei sabendo que talvez ela esteja certa e que talvez ele não estava olhando pra mim, até porque, eu não servia nada mais do que proporcionar o melhor sexo pra ele. Ele não se importava comigo, então por que eu deveria me importar? Por que eu deveria me sentir incomodada por ter mulheres se jogando pra cima dele? Ele estava solteiro e tinha voltado com a vida antiga que sempre gostou.

Então por que pra mim é tão difícil de superar? Por que, mesmo sabendo disso tudo, eu ainda não consigo parar de o amar? Por que eu ainda sinto meu coração acelerado, minha boca seca e minhas pernas tremendo assim que o via? Eu não conseguia entender o porquê eu era tão idiota assim.

Passei as mãos no meu rosto assim que uma lágrima caiu e caminhei em direção a Taylor que estava prestes a pegar um cigarro no bolso da sua calça, mas fui mais rápida e encostei meus lábios no dele rapidamente, sentindo seu corpo em puro choque e uma corrente elétrica nada boa passar pelo meu corpo.

POV Justin Bieber

Era como se meus olhos não acreditasse no que estava acontecendo bem na minha frente, como se meu corpo estivesse tão paralisado e chocado que, mesmo sabendo que machucava ver aquilo, eu não conseguia desviar o olhar nem por um milésimo de segundo sequer. Eu não queria e não podia acreditar no que estava acontecendo bem de baixo do meu nariz. Eu não podia acreditar que ela estava seguindo em frente assim, tão rápido. Eu não podia acreditar que ela estava seguindo em frente sem me dar uma chance de resolver tudo que está acontecendo, sem me dar uma chance de sequer de explicar o porquê fiz isso tudo, o porquê de ter terminado o nosso namoro e o porquê disse todas aquelas coisas que machucaram mais à mim do que nela.

Aquilo doía.

E doía mais ainda vê-la com outro na minha frente e saber que na mente ela, eu continuo sendo o vilão, continuo sendo o antigo Justin Bieber que sempre que podia fodida completamente com seus sentimentos. E talvez eu mereça sofrer, afinal. Talvez esse seja o meu carma de todas as vezes que a fiz chorar, que a vi se humilhando por mim e todas as vezes que eu a xingava ou era grosso com ela apenas para a minha própria diversão.

E eu sabia que tinha deixado bem claro na carta que escrevi que quero que ela siga em frente com qualquer homem que fosse bom para ela, que queria que ela fosse feliz, que queria que ela continuasse sendo a mulher maravilhosa que sempre foi, que queria que ela tivesse uma família que sempre sonhou, que tenha filhos, já que eu não conseguiria dar a ela isso mais. Mas eu ainda continuo vivo, certo? Eu continuo aqui, lutando interiormente para não correr atrás dela cada noite que eu sinto sua falta, lutando para que isso passe logo e que eu seja esperto o suficiente para acabar com esse desgraçado e conseguir fazê-la feliz de uma vez por todas, como eu tinha certeza que eu fazia há alguns meses atrás.

Eu não conseguia parar de olhar, mesmo sabendo que estava acabando comigo vê-la beijar outro, mas era como se meus olhos não conseguissem desviar daquela cena, o que fazia meu corpo todo ficar tenso e meu coração mais acelerado à cada segundo que passava. Neguei com a cabeça devagar sabendo que ela realmente não sabe como eu me sinto e como estou me sentindo agora por vê-la com outro.

E ninguém sabe como eu me sinto todos os dias sem tê-la comigo. Ninguém tem a mínima ideia de como me sinto todo santo dia. Mas não é como se eu pudesse fazer alguma coisa à respeito disso, mesmo querendo muito, eu não podia. Não havia desculpa alguma para arrastá-la dali no meio de todo mundo.

Mas qualquer vestígio de calma que eu fingia estar demonstrando evaporou assim que vi a mão daquele filho da puta descer pelas suas costas e apertar sua bunda com uma força extrema, me deixando totalmente chocado e com uma fúria inimaginável dentro de mim. E a primeira reação que tive, foi endireitar meu corpo enquanto olhava aquela cena e começar a andar em passos largos e fortes travando completamente o meu maxilar e colocando minha mão direita na cintura para pegar a minha arma e acabar com essa palhaçada de uma vez por todas.

Mas a mão de alguém no meu braço me fez parar de andar, antes mesmo de conseguir pegar a arma, fazendo com que eu me virasse e olhasse para a pessoa, percebendo que era Ryan e que os meninos me encaravam com uma certa pena.

- Me larga. -Disse entre os dentes, sentindo uma fúria desumana dentro de mim, o vendo negar.

- Você sabe que não pode fazer isso. -Ele murmurou me olhando e depois olhou ao redor, vendo vários homens me encarando, outros me cumprimentando com um aceno e algumas mulheres se se mostrando pra mim. - Você não pode fazer cena aqui, Justin.

- Olha a porra que está acontecendo de baixo dos meus olhos. -Rosnei. - Acha mesmo que eu vou ficar quieto vendo isso acontecer, porra?

- Justin. -Negou com a cabeça, desviei o olhar. - Ela está te provocando porque viu você com uma mulher.

- Não importa.

- Justin, porra! -Balancei a cabeça, ainda sem o olhar.

- Me solta, Ryan. -Disse entre os dentes e vi Chaz aproximar aos poucos.

- Justin, cara, relaxa. -O olhei não acreditando que ele estava pedindo isso pra mim. - Fica na sua. É melhor. -Balancei a cabeça, sentindo meu maxilar chegar a doer com a força que eu estava o travando.

- Não vou pedir de novo, Ryan. -Disse mais uma vez, o sentindo me soltar e eu voltar a caminhar até meu carro. Balancei a cabeça mais uma vez e passei as mãos no rosto, sentindo um misto de sentimentos dentro de mim.

Eu não sabia especificamente o que eu estava sentindo nesse momento.

Me virei de novo, notando os meninos ainda me olhando e coloquei meus olhos nela de novo, vendo aquele filho da puta sorrindo olhando para o seu rosto enquanto ela continuava séria, o encarando também. Desviei o olhar mais uma vez e engoli a saliva amarga que tomou conta da minha boca.

- Fica frio, cara. -Christian disse, ignorei.

- Irmão, você não pode simplesmente fazer isso, até porque... -Nolan começou.

- Eu já entendi, Murray. -O interrompi, o vendo abaixar um pouco a cabeça, talvez sentindo mal com isso tudo. Respirei fundo, tentando buscar, nem que seja, um pouco de autocontrole com essa situação.

- Ela realmente é uma mulher de atitude. -Jensen disse ao meu lado, o ignorei também. - Cara, wow. -Disse arregalando um pouco o olho e rindo fraco, me fazendo o olhar e perceber que ele ainda estava com os olhos nela.

- Não provoca, Jensen. -Ryan disse.

- Mas o que eu fiz? -Se fez de sonso, me deixando mais puto ainda, o que o fez me olhar. - Você quer que eu mate pra você? Eu posso fazer isso, se quiser, é claro.

- Parece que não vamos ter tempo pra isso. -Christian disse e eu o olhei, vendo ele apontar discretamente para um lugar um pouco distante de onde estávamos, o que fez um sorriso fraco crescer no meu rosto e eu tirar o óculos assim que vi quem estava ali, nos encarando.

Nikolai Makarov estava do outro lado da pista, nos olhando enquanto levava a garrafa de cerveja até à boca, me deixando um pouco incrédulo assim que meus olhos foram para o seu braço esquerdo, o vendo totalmente queimado e com feridas abertas, o que fez com que eu voltasse os meus olhos para o seu rosto assim que ele abaixou a garrafa lentamente, me fazendo perceber que seu rosto não estava tão ruim quanto seu braço, mas que sua orelha estava totalmente irreconhecível.

Seu olhar não demonstrava fúria, ódio ou raiva. Ele apenas me encarava como um verdadeiro psicopata, que era o que ele realmente era. Ele não piscava, se mexia ou até mesmo balançava a cabeça dando algum tipo de sorriso irônico ou debochado, apenas me encarava. E eu não desviava o olhar nem por um segundo sequer, o olhando com uma enorme calma, conseguindo observar, algumas vezes, o ódio explícito em seu rosto.

Meu olhar acompanhou a garrafa, que estava na sua mão, ir em direto para o chão, se espatifando em milhares de pedaços e foi nesse exato segundo em que me assustei com o clarão forte que veio na minha direção, me fazendo desviar o olhar e proteger meu rosto em um movimento involuntário, assim como todos ali.

Tirei o braço do rosto assim que vi o fogo se espalhando pelo telão em frente a pista e notei alguns homens correrem em direção ao fogo com extintores de incêndio, o que fez com que eu voltasse o olhar para Nikolai que me encarava do mesmo jeito que antes, como se não tivesse mexido um músculo sequer.

Travei o maxilar escutando Nolan falar alguma coisa do meu lado e franzi o cenho assim que senti meu celular vibrando no bolso da minha calça. O peguei vendo "desconhecido" na tela e levantei meu olhar para Nikolai, percebendo que ele não estava mais ali e que havia sumido em questão de segundos.

Atendi.

- Eu vou acabar com você, pedaço por pedaço. -Disse com a voz calma, porém séria, levantei meu olhar de novo o procurando com o olhar, não o encontrando de imediato. - Eu vou matar você e depois vou atrás da sua família. Não importa para onde você os levou. Eu vou achá-los e matá-los, do mesmo jeito que vou fazer com você.

Soltei um riso pelo nariz.

- Foi bom ouvir sua voz de novo, Nikolai. -Falei e dei um sorriso assim que percebi que ele havia desligado depois da minha fala.

Olhei em volta rapidamente, tentando achá-lo no meio daquela gente toda, não obtendo sucesso de novo.

- O que ele falou? -Ryan perguntou.

- Ele me ameaçou. -Disse olhando cada rosto daquele lugar. - E ele só está começando aqui.

- Filho da puta. -Christian murmurou do meu lado, mas apenas ignorei, tentando achar esse desgraçado mais uma vez.

Corri os olhos por aquele lugar todo de novo, tendo uma dificuldade maior para o achar dessa vez já que havia começado uma música qualquer do 50 Cent e várias pessoas se espalharam para dançar no mesmo local que ele estava há minutos atrás. Travei de leve meu maxilar assim que o achei me encarando de um jeito mais calmo que antes, porém, do mesmo jeito psicopata de sempre. Ele abriu um sorriso totalmente perturbador assim que notou que os meninos estavam o olhando também e levantou a garrafa de cerveja na minha direção, como se estivesse realmente me cumprimentando.

- Filho da puta. -Rosnei assim que ele desviou o olhar por alguns segundos.

- Mas que porra ele está fazendo? -Chaz perguntou, confuso, assim que Nikolai começou a dar passos de danças.

- Esperando. -Falei e coloquei meus olhos nela, vendo ela abrir um sorriso fraco conversando com uma garota que eu nunca vi na vida enquanto uma outra loira me encarava sem nenhum pudor, o que eu não dei a mínima. - Ele está esperando a hora certa para atacar.

Não consegui voltar meu olhar para Nikolai assim que ela tombou um pouco a cabeça para o lado e deu um sorriso sincero e um pouco alegre para a menina que não parava de falar um segundo sequer, fazendo com que eu olhasse a roupa que ela estava vestindo e percebendo o quão linda ela estava hoje e o quanto aquela blusa destacou os seus seios que pareciam maiores essa noite. Passei a língua nos lábios rapidamente começando a pensar diversas coisas, que eu não deveria estar pensando justo agora.

Desviei o olhar percebendo que eu estava a olhando demais e coloquei meus olhos naquele desgraçado de novo, notando que agora ele também a olhava com sobrancelhas arqueadas e com um sorriso no rosto, como se já estivesse esperando a presença dela ali. Franzi o cenho ainda o olhando, percebendo que seu sorriso cresceu e então a olhei, vendo o mesmo garoto que ela beijou a puxar para um canto afastado da menina que ela conversava e tirar um saquinho com um pó branco de dentro da calça enquanto sorria a olhando.

Neguei com a cabeça sentindo um pequeno desespero tomar conta de mim assim que aquele moleque apontou o dedo para a direção de alguém e abriu o saquinho, fazendo com que eu endireitasse meu corpo. Mas foi quando o filho da puta jogou a cabeça para trás e limpou o nariz entregando o saquinho para ela, que eu simplesmente não consegui me segurar comecei a andar em direção à eles, ouvindo meu nome ser chamado várias vezes, mas não me virei ou pensei, apenas levantei meu braço e acertei seu rosto com um soco, o fazendo cair no chão com tudo.

Balancei a cabeça e acertei mais dois chutes em sua barriga, o vendo começar a tossir e cuspir uma quantidade boa de sangue e, quando fui acertar outro chute, dessa vez em seu rosto, senti mãos de alguém me segurando, mas fui mais rápido em dar uma cotovela em quem estava atrás de mim e acertei mais um chute na barriga na sua barriga antes de sentir meu corpo ser empurrado para longe e Ryan e Christian entrarem na minha frente, me separando daquele playbozinho filho de uma puta.

- JUSTIN, CHEGA, PORRA! -Ryan gritou me olhando e eu passei o braço no meu nariz sentindo minha respiração acelerada, enquanto levava o meu olhar para o dela, que olhava aquilo tudo assustada.

Balancei a cabeça olhando para o filho da puta caído no chão com o rosto vermelho de tanto tossir e voltei meu olhar para o dela, a vendo caminhar na direção dele, mas fui mais rápido em negar com a cabeça e pegar em seu braço, começando a arrastá-la dali.

- VOCÊ FICOU LOUCO? ME SOLTA! -Gritou, tentando se soltar, mas não me importei nenhum pouco e a ignorei vendo que todos olhavam na nossa direção. - JUSTIN, ME SOLTA  AGORA! -Continuei a ignorando e abri a porta do carro a jogando lá dentro e trancando a porta, dando de volta no mesmo e entrando também, saindo de lá em alta velocidade. - PARA ESSE CARRO AGORA!

- VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE VOCÊ IA FAZER? -Gritei, trocando a marcha enquanto via o relógio chegar à 195 km/h.

- E ISSO É DA SUA CONTA DESDE QUANDO? Em? -Ignorei. - Para esse carro agora! -Neguei com a cabeça, olhando no retrovisor e indo para a esquerda. - Justin, encosta esse carro agora! -Sua voz estava embargada e eu a olhei, percebendo que seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas que com certeza ela se negaria a derramar uma lágrima sequer na minha frente.

- Por que você está fazendo isso com você mesma? -Perguntei calmo, a vendo soltar um riso sem humor e olhar para a janela do seu lado, enquanto limpava uma lágrima que havia caído.

- E por que você se importa? -Me olhou, com raiva. - Me deixe sair desse carro agora!

- Eu me importo com você.

- Não, não importa. VOCÊ NÃO SE IMPORTA COM NADA ALÉM DE VOCÊ MESMO!

- Você tem noção do que você ia fazer? Porra, Barbara, aquilo era cocaína!

- Eu não me importo do mesmo jeito que você também não se importa. Então pode parar com essa merda de teatro, porque...

- EU ME IMPORTO COM VOCÊ, PORRA! -Berrei, batendo as mãos no volante a vendo negar e mais duas lágrimas caírem.

- Me deixe sair daqui agora! -Disse baixo.

- Você me prometeu. -Disse, baixo e calmo. - Você me prometeu que nunca usaria, lembra? Você me prometeu olhando nos meus olhos.

- Você também me prometeu várias coisas e olha como estamos agora.

- Você não entende. -Neguei com a cabeça, começando a subir uma rua, sabendo exatamente para onde a levaria.

- Não entendo e não quero. Agora me leva para casa agora! -Ignorei, estacionando o carro no mesmo lugar em que me ajoelhei e a pedi em namoro, a vendo olhar ao redor reconhecendo o lugar e balançar a cabeça, virando a cabeça para o lado aposto em que eu estava.

- Barbara... -Comecei, mas ela apenas abriu a porta e saiu, me fazendo suspirar e sair do carro com calma, a vendo de costas pra mim. - Barbara? Será que...

- Por que me trouxe aqui? -Se virou, me olhando de braços cruzados. - Pra que você me trouxe aqui? O que você quer provar?

- Eu não sabia para onde mais te levar. -Fui sincero.

- É aí que começa o seu erro. Você não deveria ter me tirado de lá.

- Você ia cheirar cocaína. Você acha mesmo que eu ia deixar você fazer isso?

- Você não sabe o que é o melhor pra mim. Você nunca soube o que é melhor pra mim. -Neguei com a cabeça, colocando as mãos no bolso da calça.

- Por que você está fazendo isso? -A olhei, sério. - Por que está fazendo isso com você mesma? Não foi por essa Barbara que eu me apaixonei.

- Você alguma vez se apaixonou por alguma?

- Sim, e pode ter certeza que não foi por essa.

- Essa Barbara que você diz que se apaixonou, simplesmente não existe mais. -Balançou com a cabeça. - Ou você acha que eu seria pra sempre aquela mesma menininha que se humilhava, chorava, transava com você na hora que você quisesse, que aguentava todas as coisas que você fazia calada? Eu posso te amar muito ainda, mas as coisas não são como antes mais.

- Eu... eu sinto a sua falta.

- Não sente. -Disse fraco, se negando a chorar mais ainda na minha frente.

- Sinto. Eu sinto de uma maneira que nunca senti falta de ninguém.

- Não, você sente falta de sexo. -Disse séria, me fazendo rir sem humor, desviando o olhar do dela.

- Nunca foi só sexo pra mim. -A olhei. - Desde a primeira vez que transamos, nunca foi só sexo pra mim. E você sabe disso mais do que qualquer outra pessoa no mundo.

- Você disse na última vez que ficamos. Você disse...

- O que eu disse foi uma mentira. Como você não percebeu que aquilo estava doendo mais em mim do que em você? -Fiz uma pausa, tentando achar palavras certas para falar tudo o que eu estava sentindo. - Eu fui obrigado a fazer isso. Eu não podia simplesmente pedir pra você voltar comigo naquele dia.

- Eu não acredito em você!

- Mas eu estou falando a verdade.

- Ninguém te obriga a fazer nada. -Riu fraco. - Ninguém obriga Justin Bieber à fazer nada.

- Você nunca se perguntou o motivo de estarmos separados agora?

- Porque você disse que me traiu! -Disse alto e com raiva.

- Exatamente. Eu disse. E eu já disse muitas coisas pra você que nunca foram verdades e essa foi uma delas. -Falei dando um passo para frente, a vendo morder o lábio inferior. - Eu tive que fazer isso pelo seu bem. Eu nunca te traí e nunca tive coragem para fazer isso.

- Você está mentindo. -Deu um passo para trás. - Eu não consigo acreditar em nenhuma palavra que saia da sua boca. -Balançou a cabeça, limpando algumas lágrimas. - Você me deixou. Você prometeu que nunca me deixaria e o que você fez logo em seguida, Justin? Você me deixou, falou todas aquelas coisas pra mim em um dos momentos mais difíceis da minha vida. E a sua desculpa foi que isso tudo que eu estava passando era demais pra você.

- Eu não estou mentindo e acredite, não foi nenhum pouco fácil te deixar ir embora da nossa casa com um cara que era totalmente um estranho pra você. Eu nunca faria isso se tivesse opção de acabar de uma vez com tudo o que está acontecendo. -Me aproximei mais. - Você... você é tudo o que eu tenho.

- Tinha. -Disse séria, acabando um pouco comigo. - Você conseguiu destruir tudo.

- Nada pode destruir o que sentimos um pelo outro. -Falei me aproximando mais, ficando quase de frente para ela. - Eu sei disso e você sabe disso.

- Mas você conseguiu. É tão óbvio que eu ainda amo você e eu sinto raiva de mim mesma por isso. Porque você está falando tudo isso pra mim agora, está falando todas essas mentiras que...

- São verdades.

- Que eu não acredito.

- Mas deveria. -Me aproximei mais, agora ficando cara a cara com ela. - Olha tudo que vivemos, olha tudo que passamos, olha o que você se tornou pra mim e olha o que eu me tornei pra você. Eu nunca te deixaria, eu te prometi isso, não foi? E estou tentando cumprir, mesmo que eu já tenha descumprido a maior parte, mas eu estou tentando, Barbara. Eu juro que estou tentando.

- Está tentando o que? -Sua voz saiu baixa e ela olhou nos meus olhos. - O que você está tentando? Porque eu...

- Estou tentando fazer de tudo para ficar com você. -Disse o mais sincero que conseguia a vendo rir virando o rosto e tentar se afastar, mas coloquei minhas mãos na sua cintura, a impedindo de se mexer.

- O que você está fazendo? Me solta agora. -Disse um pouco assustada com o meu ato. - Não toca em mim, Justin.

- Eu estou falando a verdade, eu juro.

- Suas palavras não valem nada pra mim. -Disse baixo. - Agora me solta, eu preciso... -Neguei com a cabeça devagar olhando para a sua boca e ataquei seus lábios, a vendo ficar surpresa com isso e tentar se soltar, mas coloquei minha mão direita em sua nuca e a puxei mais pra mim, colocando minha língua na sua boca a fazendo retribuir no mesmo instante o beijo.

Porra. Que saudade disso.

Não demorou muito para ela colocar seus braços em volta do meu pescoço e me puxar mais pra ela, o que eu fiz com o maior prazer do mundo. Eu não intensifiquei o beijo, não puxei seu cabelo ou coloquei minha mão na sua bunda, porque eu queria provar que eu a amava de verdade, que eu não queria só sexo com ela como na última vez que transamos. Queria que ela enxergasse a verdade, queria que ela enxergasse o quanto eu amei e o quanto eu a amo incondicionalmente.

Coloquei minhas duas mãos na sua cintura e comecei a guiá-la para o meu carro, percebendo que ela não reclamou e nem parou o beijo em hora alguma, o que realmente foi um alívio pra mim, já que eu não conseguia me imaginar sem ter seus lábios na minha boca mais. Apertei sua cintura assim que chegamos no meu carro e a coloquei sentada no capô do mesmo, abri um pouco sua perna e fiquei no meio delas até que nos faltou ar e eu parei o beijo com selinhos e coloquei nossas testas.

- Eu ainda amo você, babe. E talvez mais do que antes.

- Por que eu me sinto tão fraca perto de você? -Sussurrou fechando os olhos, ri fraco e balancei a cabeça.

- Porque você me ama da mesma forma que eu amo você.

Ela negou com a cabeça, abrindo os olhos devagar e afastando seu rosto do meu.

- Isso não deveria ter acontecido. -Disse tentando me empurrar, mas eu apenas neguei com a cabeça e coloquei meu rosto no seu pescoço, a abraçando com toda força que eu conseguia. - Por que está fazendo isso? Por que você agindo como o Justin que eu amo?

- Porque eu sinto sua falta. E só existe um Justin. -Levantei meu rosto e a olhei. - E é esse que você está vendo aqui. Não existe outro.

- Existe sim. -Disse triste, levantando sua mão e começando a fazer carinho na minha bochecha, fazendo com que eu sentisse uma paz enorme dentro de mim.

- Não existe. Aquele era uma farsa que eu tive que inventar pra te machucar. -Ela me olhou confusa. - Eu tive que te machucar. -Senti suas mãos parando o carinho. - Não para. Eu preciso disso. -Fechei os olhos assim que ela continuou.

- Seu cabelo cresceu. -Falou levantando uma das mãos e passando no meu cabelo.

- Eu estou ocupado demais. Não deu tempo de cortar.

- Mas continua lindo.

- E você ficou linda com o seu cabelo assim. -Disse abrindo os olhos e a vendo segurar um sorriso. - Cadê seu óculos?

- Está em casa. Eu só uso para ler.

- Pensei que você fosse totalmente cega. -Brinquei a vendo rir fraco.

- Eu só não consigo enxergar de perto mesmo. -Suspirou. - Por que não tira esse bigode? -Perguntou baixo, me fazendo rir e lhe dar um selinho rápido.

- Você não gosta, babe?

- Não, fica raspando na minha pele. -Sorri ao ouvir aquilo.

- Eu também estou tendo muito tempo para fazer isso também.

- Transar com várias mulheres deve ocupar muito seu tempo mesmo. -Disse normal, o que me fez negar com a cabeça, não querendo que ela acreditasse nisso.

- Eu não estou transando com ninguém. -Ela riu debochada, tirando suas mãos de mim.

- Agora.

- Não. Eu não estou transando com ninguém, porque você é a única que eu quero. -Falei me aproximando dela de novo, tentando passar algum tipo de confiança que fosse.

- Você vai me deixar sozinha de novo. -Neguei com a cabeça, mordendo meu lábio inferior.

- Eu não consigo. -Murmurei. - Eu não vou, porque eu não consigo. Eu não consigo ficar longe de você nem por mais um segundo que seja.

- Mentira. -Disse com a voz embargada. - Você nunca me amou. Você deixou bem claro aquele dia no seu escritório da sua casa. -Ri sem humor, me afastando um pouco dela.

- Você realmente não percebeu o quanto eu estava me segurando para não chorar na sua frente, não é? -Foi a vez dela rir.

- Você? Chorar? Para, Justin. Você não pode simplesmente dizer que nunca me amou numa noite e dizer que mentiu esse tempo todo pra mim em outra. No que eu deveria acreditar? Em que eu deveria acreditar? Eu deveria acreditar em você? Eu deveria acreditar que você mentiu esse tempo pra mim? Eu deveria acreditar que você realmente está falando a verdade agora? Ou eu deveria continuar com o meu pensamento de que você está jogando comigo de novo?

- Jogando?

- Sim, e foi o que você fez na última noite que nos encontramos. Você jogou comigo. -Disse e eu pude ver seus olhos cheios de lágrimas de novo. - Você brincou comigo como se eu fosse uma boneca. Meu Deus, como eu fui burra. -Disse tampando o rosto com as mãos. - Só para de agir como se eu fosse a merda de uma boneca que tem que acreditar em tudo que saí da sua boca. Eu não sou, Justin. Eu não sou um boneco de um jogo. -Disse e pude sentir sua dor ao dizer isso.

- Barbara, me escuta. -Ela negou com a cabeça, fungando antes de tirar suas mãos do rosto. - Por favor. Me deixe explicar tudo o que está acontecendo, tudo que aconteceu e tudo o que...

- Eu não consigo acreditar. -Ela disse com mais dor ainda, como se realmente quisesse acreditar em mim, mas não conseguia de jeito nenhum. - Eu só quero ir embora, por favor.

- Não faz isso. -Neguei com a cabeça. - Não faz isso comigo, por favor.

- Foi você quem fez, Justin. Não eu. Você acabou com tudo.

- Eu não tive escolha. Acredite em mim, por favor.

- Não dá. -Disse em um sussurro, deixando uma lágrima cair.

- Barbara, é tudo que eu peço. Eu amo você e sinto sua falta todos os dias. Me escuta, porra.

- Sente falta de mim quase ficando com outra na minha frente hoje? Isso é você sentindo falta?

- Eu não fiquei com ninguém hoje ou nos outros dias que ficamos separados. Eu...

- Me ama? Qual vai ser a sua próxima mentira? Em? Que quer casar comigo e ter vários filhos? Que sente a minha falta ou que chorou de saudade igual a idiota aqui durante esse mês inteiro? Me fala, eu quero ouvir. -Me calei, sabendo que ela não acreditaria que esse realmente era o meu sonho e que ela é a mulher da minha vida. - Eu quero ir embora. -Apenas assenti, saindo de frente dela e caminhando até a porta do motorista.

Liguei o carro assim que ela entrou e colocou o cinto, me fazendo sair dali o mais rápido possível, sentindo que à qualquer hora meu peito poderia explodir por saber que ela não acreditava em mim, por saber que ela pensava o pior de mim e que não me deixou explicar tudo o que estava acontecendo. Eu realmente estava disposto a colocar tudo em jogo, a fazer enxergar que tudo que fiz foi com a intenção de a manter viva e bem, mas também não a julgo por não acreditar em mim. Eu a fiz acreditar nisso e agora só estava aguentando as consequência dos meus atos.

Mas isso não significava que não me machucava.

Eu não ia desistir tão fácil assim dela. Não ia. Nunca.

Não demorou muito para eu estacionar em frente a casa do seu pai, porém, ela não saiu o carro, como se ela quisesse falar algo pra mim, mas estava com medo ou receosa demais para fazer isso. E admito, uma faísca acendeu no meu peito, achando, de verdade, que ela diria agora que acreditava em mim e que queria passar a noite comigo, mesmo não transando. Mas o que ela falou logo depois que eu pensei isso, acabou com todas as minhas expectativas.

- Isso nunca mais vai acontecer. -Me olhou nos olhos e eu percebi o quão pálida ela estava. - Esse foi o nosso último beijo. Eu não quero mais saber e nem ver você na minha frente mais. Nunca mais. -Abriu a porta do carro e respirou antes de sair, como se não estivesse bem, mas eu estava tão anestesiado e machucado com suas últimas palavras, que apenas olhei para ela assim que ela abriu a porta da casa e entrou.

Respirei fundo jogando minha cabeça para trás e fechei olhos, me sentindo um completo imbecil por tudo que fiz. Mas não é como se eu me arrependesse cem porcento que seja. Ela estava viva e com saúde, então era isso que importava pra mim, mais nada no mundo.

Liguei o carro de novo e sai de lá catando pneu, não aguentando olhar para a casa que estava, há alguns segundos, do meu lado. Não fui para casa, já que a última coisa que eu precisava era de ver minha cama sem ela. Então acelerei com tudo indo para a boate, percebendo que já era quase duas da manhã.

Assim que estacionei o carro no estacionamento da boate, já era possível ouvir a música de lá de dentro, mas não me importei com isso e muito menos com várias mulheres quase peladas no palco. Subi as escadas rapidamente me sentindo sufocado e abri a porta do escritório, vendo Ryan sentado no sofá, como se soubesse que eu viria pra cá. E ele me olhou, esperando alguma resposta.

- Ela não acreditou em mim. -Disse e aquilo me causou mais dor ainda, o vi respirar fundo assim que me sentei na poltrona.

- Ela vai acreditar. -Disse confiante, neguei com a cabeça desviando o olhar.

- Não vai. Ela está... ela não vai, Ryan. Eu a conheço e sei disso.

- Justin. -Riu, sem humor. - Quando ela souber da verdade, ela vai voltar com você.

- Eu tentei. -Falei o olhando, o vendo arquear a sobrancelha.

- Você contou toda a verdade pra ela?

- Não, mas eu tentei. Falei que fui obrigado a fazer isso com ela, disse que a amava, mas não adiantou. -Respirei fundo, tentando ter coragem de repetir suas palavras. - Ela disse que não quer me ver nunca mais.

- E você acreditou?

- Como não acreditar? Eu terminei de foder com a vida dela assim que terminei o nosso namoro. Me diz como não acreditar nas suas palavras.

- Não acreditando. -Disse, óbvio. - Cara, vocês se amam demais e sei que estão destinados a ficar juntos. Então vocês vão ficar. Não precisa ser necessariamente agora, mas vão ficar.

- Eu quero ficar sozinho. -Falei tentando não demonstrar que as palavras dele fizeram um efeito sobre mim.

- Se você preferir assim, ok. -Se levantou. - Qualquer coisa, eu estou no meu apartamento. -Andou até a porta, mas parou e se virou. - Nikolai não aprontou nada lá. Pelo menos, não vimos nada. -Assenti e ele saiu.

Passei as mãos no rosto tentando pensar em algo útil, mesmo sabendo que não me sentia capacitado para fazer nada agora. Respirei fundo vendo a quantidade de papéis sobre a mesa e os peguei, começando a ler os mesmo para tentar distrair a minha mente depois de hoje, o que não deu muito certo, mas fez com que passasse o tempo e quando vi, já eram quase seis da manhã.

Me levantei, sai do escritório e caminhei até o meu carro, o ligando no mesmo segundo que fechei a porta e saindo de lá cantando pneu. Eu precisava de um banho. Assim que cheguei em casa, tomei um banho demorado pensando em tudo que aconteceu essa madrugada e no que eu deveria fazer para fazê-la acreditar em mim de novo, para fazê-la acreditar que eu ainda a amo e sempre vou amar, pelo resto da minha vida.

Coloquei uma calça jeans preta, uma regata preta, um tênis branco e apenas joguei meu topete pra cima, sem paciência para penteá-lo direito. Peguei meu celular, a chave do carro, uma maça na cozinha e caminhei até meu carro de novo, já que eu deveria encontrar os meninos no galpão agora.

Não demorou muito para sair de casa e pegar a avenida mais próxima, a mesma que passava perto do antigo prédio daquele desgraçado e eu não pude evitar de abrir um sorriso ao lembrar que tudo deu certo. Mas esse sorriu murchou assim que franzi o cenho e olhei para o lado vendo um carro de polícia do meu lado esquerdo, um atrás de mim e outro do meu lado esquerdo, todos com a sirene ligada.

- Mas que porra? -Falei assim que vi outro na minha frente, indo para a pista da direita assim como a viatura do meu lado esquerdo, que quase bateu no meu carro, me obrigando a ir também. Revirei os olhos vendo o pequeno cerco que eles haviam feito em frente à um pequeno banco dali e sai do carro, vendo alguns policiais com a arma apontada pra mim. - Que merda é essa?

- Precisamos revistar seu carro. -Um falou, caminhando na minha direção, me fazendo negar e entrar na sua frente.

- Quem você pensa que é? Você ao menos tem um mandado pra isso? -Perguntei achando graça daquela situação e o vi negar.

- Recebemos uma denuncia anônima. -Disse sério, me deixando confuso. - Agora se me der licença... -Continuou caminhando até o porta mala do carro, arqueei as sobrancelhas o olhando com um deboche explícito enquanto ele ia até o banco do motorista e acionava um botão que abria o porta malas.

- Isso vai ser engraçado. -Murmurei o vendo caminhar até o porta malas, o vendo abrir e logo em seguida pegar a arma na sua cintura e apontar pra mim, o que me fez assustar e começar a caminhar até ele.

- FIQUE COM ESTÁ OU EU ATIRO. -Um policial disse atrás de mim, mas parei de andar e fiquei totalmente incrédulo assim que vi o corpo de um homem no meu porta malas vestindo uma farda da polícia de Atlanta.

- Você tem o direito de ficar calado. Qualquer coisa que você falar pode e será usado contra você no tribunal. -Outro policial disse me jogando no meu carro e pegando meus dois braços e os colocando para trás, me algemando enquanto eu ainda não acreditava no que estava acontecendo. - Justin Bieber, você está preso por homicídio.

NOTAS FINAIS

EHGBBSKGBJFNKSBFNJ E AÍ? GOSTARAM?

carai, to insegura

quem quiser entrar no grupo, me mandem mensagem aqui ou no meu twitter que é: onelixfe

amo vocês e até a próxima. e lembrem-se: a fanfic está acabando.

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