Black Pearl » » Lee Seokmin

By Kind_of_Lost

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"Você é minha tempestade e minha calmaria." Soo Yun estava cansada de ditarem o seu caminho e seu futuro. Ela... More

⊱AVISOS⊰
⊱PRÓLOGO⊰
⊱1⊰
⊱2⊰
⊱3⊰
⊱4⊰
⊱5⊰
⊱6⊰
⊱7⊰
⊱8⊰
⊱9⊰
⊱10⊰
⊱11⊰
⊱12⊰
⊱13⊰
⊱14⊰
⊱15⊰
⊱16⊰
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⊱18⊰
⊱19⊰
⊱20⊰
⊱21⊰
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⊱29⊰
⊱30⊰
⊱31⊰
⊱32⊰
⊱33⊰
⊱34⊰
⊱35⊰
⊱36⊰
⊱37⊰
⊱38⊰
⊱39⊰
⊱EPÍLOGO⊰
⊱◈◈◈⊰

⊱28⊰

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By Kind_of_Lost

— Apenas me prometa que não irão machuca-la — A voz do meu irmão soa baixa, eu diria que até ameaçadora, mas nada que me tranquilize. Preciso encontrar uma forma de sair daqui.

— Não será difícil captura-la. O que uma mulher poderia fazer? Nos atacar com o seu sapato?

— Não subestime minha irmã, ela nunca foi uma donzela indefesa.

Desisto de escutar o que eles tanto sussurram, já havia ouvido o suficiente. Sem raciocinar calço minha botas e me ponho a vasculhar as coisas do meu irmão. Não havia nada além do seu uniforme e algumas armas brancas, vamos Moon Soo Yun você tem que sair dessa, pensa.

Olho para a janela e suspiro, aquela seria minha saída, eu não conseguiria lutar contra o dois, não teria forças para encarar o lobo em pele de cordeiro que chamo de irmão. Meu tempo está acabando.

Visto o paletó do uniforme, aproveitando que meu irmão havia o deixado ali e pego sua espada e um cinto para segurar minha calça e a espada, ele era fissurado por katanas, eu não deveria estar surpresa.

Deixarei a adaga que ganhei de Seokmin como um último recurso.
Por fim, procuro por algo que me ajude a me esconder pelos corredores. Só preciso de um chapéu.

Esse tal MinHo não deve se importar se pegar o dele. Escondo meu cabelo o mais rápido que consigo.

Pronto. Agora preciso de um jeito para sair.

Nenhuma das camas me dariam acesso há janela, mas talvez um dos baús sim. Só preciso empurrar sem ser ouvida.

Tranco a porta por garantia. Aqueles dois ainda papeavam em voz baixa sobre como me usariam de isca para atrair o navio de Seokmin para uma armadilha, que patético. Meu próximo passo é arrastar o baú até a parede, tento não fazer barulho e devagar eu levo o grande baú até lá, logo não ouço outro som a não ser o do baú arrastando no chão, meus braços doem pelo esforço que fiz mais cedo daquele dia, mas não desisto, não tenho esse privilégio agora.

Ouço vozes contra a porta e a maçaneta gira, tão devagar que parece uma tortura.

— A porta está trancada.

— Então nós arrombamos, ela não tem para onde fugir.

Quase consigo ouvir as batidas que meu coração dá quando eles começam a esmurrar a porta, sinto minha pulsação retumbar nos meus ouvidos e antes que minhas forças se esgotem eu ouço o baú bater na parede.

Quase não consegui alcançar a janela, mas para minha sorte, não foi difícil me espremer para passar por ela e quase cai a uma altura de uns dois andares. Sentindo todo o meu copo doer eu me apoio na soleira da janela para tentar chegar no corredor de baixo. Foi quando ouvi o barulho da fechadura da porta se arrebentando e não esperei para ver os dois entrando no quarto.

— Ela não está aqui.

— Você disse que ela estaria aqui, Moon. Não tinha como ela fugir.

—  A janela. — A voz de Jaehwan faz todo meu foco ir embora. Irá me perseguir agora, irmão?

Minha jogada está feita agora é a vez de vocês.

Penso enquanto procuro por apoios para descer em segurança. Não havia ninguém no corredor, então apenas abaixo mais o chapéu para esconder o rosto e torno a andar no meio daquele labirinto. Terei que ser mais rápida que um alarme.

O som do sino no meio do pátio ressoa, tão alto quanto minha própria pulsação.

— Intruso!

Ouço o grito, no entanto, me mantenho estável diante de todo alarde que estava sendo feito. Os oficiais começam a rondar o lugar e procurar por qualquer coisa fora do normal. Era só questão de tempo até me acharem, ainda não estou segura.

Preciso ser forte, só mais um pouco.

— Moon Soo Yun! — Uma voz grave ecoa pelo lugar, não foi muito difícil saber que era o próprio capitão, passos se aproximam e antes que possa desvia meu caminho, três homens impedem minha passagem.

Começo a correr antes que eles abram fogo, o que não demorou a acontecer. Se eles estão atirando significa que não sou tão preciosa para ser capturada sem nenhum arranhão.

Abate sempre será o meio mais fácil, devo tomar cuidado, não posso lutar assim, não contra três com armas de fogo de longo alcance. Os mosquetes disparam quando viro o corredor e não demoram a me cercar, minha única alternativa é voltar a subir.

Desembainho a espada para abrir caminho, eu não precisava machucar ninguém, apenas ganhar tempo e bloquear qualquer ataque. Alguns homens tentavam entrar na minha frente, mas todos eles não achavam que eu atacaria, tudo o que eu encontrava eram guardas baixas e fáceis de nocautear. Eles nem pareciam estar tentando.

O trio com os mosquetes e pistolas não estava longe, tudo estava escuro, mas não foi difícil saber quando eu cheguei a um beco sem saída e apenas uma parede me esperava havia apenas uma escada que deve dar para o telhado, tão rápido quanto ele arrebentou a porta, o capitão Ahn me alcança.

— Você é muito escorregadia, gatinha, mas não tem para onde ir agora. — Não o respondo, só entro em guarda e seu sorriso aumenta.

Eu estava cansada disso, de encarar homens que se achavam superiores. Mesmo agora que sei que não tenho forças para lutar contra ele eu quero derrota-lo, meus braços pedem por um descanso, queimam quando seguro a espada longa e pesada com mais força.

Mas eu ainda tenho uma última peça a sacrificar nesta batalha.

Deixo que ele me desarme e me segure em seus braços, só preciso de segundos para correr até a escada. Quando ele me puxa para travar a espada em meu pescoço e me levar como refém, puxo a adaga em minha bota e o acerto com toda minha força, ou o que restava dela. Ele me solta em um grito, a espada cai com um alto estrondo no chão e só então paro para avaliar o estrago que uma adaga pode fazer à perna de alguém. Seu sangue escorre, mas tudo o que ele faz é me encarar, com ódio em seu olhar.

Não espero que ele se recupere.

O telhado estava vazio, mas não era um conforto quando não havia para onde ir. Não podia voltar para dentro do quartel, não havia como escapar por ali e do outro lado havia o mar, gélido, profundo, traiçoeiro. Ventava o suficiente para agita-lo e levar o chapéu roubado junto dele. Talvez tenha algum jeito de descer pela parte da frente, mas essa ideia logo soa estúpida quando mais homens começam a aparecer no telhado.

Jaehwan foi o primeiro a se aproximar.

— Soo Yun. — Sua voz está calma e corta o som do vento. Desarmado ele mostra as mãos e pede para que os outros se afastem. — Desiste, por favor, não deixarei que a machuquem.

— Não acredito mais em você, Jaehwan.

— Não precisa acreditar em mim, mas faça o que é certo. O que a mamãe pensaria ao vê-la em uma situação dessas? — Não acredito que ele está fazendo isso. O quão baixo ele jogaria? — Você pode evitar muita coisa se se entregar. Não acha que nossa família já sofreu demais? Só quero consertar as coisas, os erros que nosso pai cometeu.

— De fato ele errou, mas envolver a mamãe nisso nunca foi culpa dele, ela não precisava ter morrido. Ele sempre nos amou, Jaehwan, só queria o melhor para nós.

— O melhor? Nos colocando em risco? Confraternizando com o inimigo? — Aquele não parecia mais meu irmão, não era o garotinho que eu tanto amava. Bastou um passo na minha direção para eu dar outro para trás. — Você assim como ele está cega, encantada por um mundo que não existe e por pessoas de má índole. Você confia em mim, sou seu irmãozinho, então por favor me escute.

— Aquelas pessoas de má índole nunca virariam as costas para mim, jamais me trairiam dessa forma. Tem noção do que fez? Você me condenou. Se existe um mundo de mentiras é este aqui e eu não voltarei a fazer parte dele, não poderei ser quem eu era. Aquela Soo Yun não existe, nunca existiu, vejo com mais clareza agora. — Quando percebo já estou na beirada, uma imensidão azul e revolta logo abaixo. — Eu confiava em você, mas parece que tem uma nova família agora... Assim como eu.

Não penso, não hesito e não olho para trás quando pulo para o mar logo abaixo. Tudo o que ouço antes de ser abraçada pela ondas é o grito do meu irmão, chamando por mim.

◅▻◌◅▻

Tudo estava tão gelado que a única coisa que conseguia sentir era meus pulmões queimando e procurando por ar. Nadei o mais longe possível do quartel, mas não foi o suficiente para ficar fora do radar. Tudo o que eu via em meio ao mar gélido e revolto era meu irmão parado no mesmo lugar e tenho certeza de que ele me também me viu.

Não fico ali esperando algo acontecer. Preciso de um lugar seguro antes que a notícia se espalhe por toda cidade.

Queria só deixar o mar me levar para onde tivesse vontade, cada parte do meu corpo doía agora, mas eu só me sentia triste por perder alguém importante. Nunca esperava isso dele.

Família...

Creio que lealdade não seja parte disso, não mais.

Consigo nadar até o cais, perto do centro. Tudo estava muito quieto, escuro como a noite que caía, não dava para ver nenhuma estrela. Terei que evitar as ruas com mais pessoas, estou desprotegida, fraca, sem armas e com certeza vou chamar atenção usando essas roupas esfarrapada e molhadas nesse frio.

Talvez eu encontre a senhora que me vendeu os bolinhos mais cedo.

Como último recurso eu caminho para o mercado, eles deveriam estar fechando tudo. Não havia mais cor ou vida ali, tudo estava vazio e minha última esperança se esvai bem diante daquele mercado vazio.

Ótimo...

Parece que minha cota de sorte se esgotou.

— Ali está ela, não deixem que escape.

Nem tenho tempo de respirar quando ouço a voz de um homem desconhecido vir do final da rua ampla do mercado. Sinto que posso congelar, mas corro mesmo assim.
Eles nunca irão desistir disso?

Corro pelas ruas com eles no meu encalço, eu não conhecia aquela parte da cidade, não tinha noção de pra onde estava indo onde o que me aguardava. Detesto não saber o que fazer e minha única certeza é que não aguentaria por muito tempo.

Tropeço antes de virar a esquina, minha perna é o que mais sofre ao bater em uma pedra mais alta no chão. Vejo estrelas e ofego, sentindo que eu havia machucado muito além de um simples arranhão, era só uma questão de tempo até me alcançarem. Era o fim a linha.

Ouço passos, mais próximos do que eu gostaria de ouvir e mãos me seguram e ajudam a me erguer.

— Venha comigo, vou te ajudar. — Pela voz era um homem, e era estranhamente conhecida.

Ele me ajuda a levantar e me apoia até o beco mais próximo antes que os oficiais cheguem na rua em que estávamos. Eu não estava conseguindo apoiar o pé no chão, então seguimos a passos curtos pelo beco.

— Onde está me levando?

— Para um lugar seguro. — Tenho um vislumbre do seu rosto sob o capuz escuro que usa, contudo, o cabelo tão escuro quanto o capuz cobre boa parte de seus olhos.

Não o questiono apenas continuo a segui-lo cada vez mais fundo naquela escuridão até chegar em uma escada que descia até uma viela estreita, parecia ter inúmeras portas. O Homem me deixou escorar na parede a minha direita para abrir a terceira porta do extenso corredor.

— Venha. — Juntos entramos no lugar que não era tão apertado quanto aparentava.

A luz da lua entrando pela janela do outro lado do cômodo era a única coisa que iluminava o lugar até que ele acendeu uma lamparina. Só então ele me ajudou a me sentar e se afastou o suficiente para eu poder ver seu rosto.

Ele tira o capuz e sorri, um sorriso que eu conhecia a muito tempo.

— É muito bom revê-la, Moon Soo Yun. — Ele tira o cabelo do rosto, seu sorriso aumenta com minha surpresa e meu queixo simplesmente cai. Nunca achei que o veria de novo.

— Quanto tempo, Choi Seungcheol.

──────⊱◈◈◈⊰──────

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