Condemnnatu - Série Além Da A...

By Biss_darkness

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No Inferno, ela esperava encontrar lavas incandescentes e sons de desespero, mas ao chegar, o que teve foi a... More

Avisos aos Leitores
Retrospectiva
Selos e Certificados de Concursos vencidos
Apresentações
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1 - Parabéns, papai.
Capítulo 2 - Reconhecendo o ambiente.
Capítulo 3 - Caindo na Real
Capítulo 4 - É pra você que eu vou voltar.
Capítulo 5 - O feiticeiro
Capítulo 6 - Abbadon
Capítulo 7 - A Proposta
Capítulo 8 - Celine
Capítulo 9 - Brincando com algo sério
Capítulo 10 - Servindo ao Diabo
Capítulo 11 - Em chamas
Capítulo 12 - Quem brinca com fogo....
Capítulo 13 - Recuperada
Capítulo 14 - Rumo a Pequim
Capítulo 15 - O Show
Capítulo 16 - Encarando o destino
Capítulo 17 - O suicídio
Capítulo 18 - Aprendendo
Capítulo 19 - Inesperado
Capítulo 20 - A Invocação
Capítulo 21 - Saudades
Capítulo 22 - Velhos amigos, novos inimigos.
Capítulo Extra: Um Natal especial
Capítulo 23 - Little Naughty
Capítulo 24 - Adeus
Capítulo 25 - Confusão Parte 1
Capítulo 25 - Confusão Parte 2
Capítulo 26 - Seguro, mas nem tanto
Capítulo 27 - Estreitando relações.
Capítulo 28 - Como pode tudo mudar? - parte 1
Capítulo 28 - Como pode tudo mudar? - parte 2
Capítulo 30 - A Família
Capítulo 31 - O Concílio.
Capítulo 32 - Os Bastidores
Capítulo 33 - Répteis
Capítulo 34 - Sai uma, vem outra.
Capítulo 35 - Onde ela está?
Capítulo 36 - Choque
Capítulo 37 - Velhos Amigos
Capítulo 38 - Final - O Certo que deu Errado

Capítulo 29 - O Clipe

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By Biss_darkness

POV DYLAN

Chegamos em Yalong e cada um tinha suas coisas pra ajeitar. Todos ficamos na mansão de Abaddon, mas antes de eu ir pra lá, tinha que pegar meus dois carros que ainda estavam no estacionamento do Hotel. Pedi pros meninos me ajudarem, mas cada um tinha o seu respectivo carro para guiar. Achei melhor despachá-los diretamente para casa, em Scottsdale, e pedi que Linda me ajudasse nisso. Voltamos de taxi para o hotel em Yalong e pegamos a moto de Helena, decidi usá-la para minha locomoção até a casa de Abaddon, enquanto ela não aparecesse para buscá-la. Assim que estava tudo finalizado, poderíamos nos concentrar nas músicas.

— Não ganhamos um carro quando assinamos o contrato – Linda me disse, irônica.

— Calma, logo vocês mesmas compram o de vocês. – falei, rindo, colocando o capacete e dando um para ela. – Vamos, eles querem passar o som ainda hoje.

Chegamos na mansão e entramos rapidamente no estúdio. Ainda tínhamos todos os exercícios de aquecimento vocal que levaria, pelo menos, quarenta minutos antes de estarmos preparados para cantar. Toda a equipe já estava lá e Bianca havia gravado a voz base para que eles pudessem gravar cada um seu instrumento. Enquanto esperávamos, nosso preparador vocal repassada o som conosco, em uma outra sala.

Achei que estava realmente muito bom, não tinha como dar nada errado. Íamos gravar "Señorita" e seria um sucesso, tinha certeza.

— Com relação às fotos, Dylan, espero que não tenha causado nenhum problema para você – ela me disse, envergonhada.

— Que fotos? – respondi – aquela do jornal de hoje cedo?

— Sim, elas.

— Pra mim não causou nada! – falei – e pra você?

Ela desviou o olhar do meu, mas falou que também não havia causado nenhum desgosto a ela.

— E as meninas da sua banda, vieram te encher o saco também? – completei, rindo.

— Também? Por que? Vieram te encher? – respondeu, também deixando escapar um riso.

— Leon e Yago ...

— Ah sim, bom, apenas Bianca veio me irritar, mas ela faz isso todo dia, então nem sei se foi por isso, ou porque ela gosta de me perturbar mesmo!

— Bianca, sei... – balancei a cabeça, me lembrando da cena lastimável no elevador..

Ela me encarou, querendo saber um pouco mais a respeito, meneando a cabeça.

— Ela veio atrás de mim hoje, no elevador. – falei rindo – ela estava um pouco confusa sobre algumas coisas...

— Ela tá muito a fim de você... – Linda disse sem pensar – ai... acho que não devia ter dito isso.

Eu ri da situação, especialmente dela ter se repreendido por dizer aquilo.

— Eu sinto muito se pareceu que eu estava dando algum tipo de brecha para que ela se interessasse por mim – falei, enquanto abria uma garrafa de água – na verdade, eu nem tinha reparado nela até ela me agarrar no elevador – bebi um pouco da água.

— Ela te agarrou no elevador – Linda se espantou com a revelação – e você?

— Disse que não tem nada a ver, ué! – completei – afinal, outra pessoa ....

Linda esperou que eu completasse a frase, mas não o fiz. Ela me encarou um pouco, depois olhou o técnico de som que equalizava algumas coisas na sala de espelho a frente. Assim que ele fez o sinal com as mãos, nos levantamos e ficamos a postos no microfone.

— Vamos gravar os dois juntos? – perguntei.

— Se acharem que o clima fica melhor, podemos tentar – Amadeu dizia pelo sistema de som no estúdio – essa música é clima, tem que ter uma conexão, acho que vocês cantando juntos pode ficar melhor. Vamos tentar os dois juntos e depois tentamos em separado, pode ser?

Tanto eu quanto Linda assentimos, e começamos a cantar. Ela começava a música, mas antes de terminar o primeiro verso, Amadeu interrompeu.

— Porra, Linda, tem que ter sensualidade na voz, não é uma música de igreja, não!

Ela corou, pelas palavras e pelo tom empregado. Eu já havia reparado que ela não funcionava com coerção.

— Ei – a chamei de lado – pensa que está com o cara que você gosta – falei – cantando pra ele, só você e ele...

Ela me olhou, envergonhada.

— Só tem você e ele... mais ninguém ouvindo – dei uma piscada pra ela, e dei sinal para retomarem a música.

Ela fechou os olhos e conseguiu cantar, dessa vez muito melhor que antes. Mas ainda não estava bom o suficiente para Amadeu. Isso era normal: repetir várias vezes até conseguir a perfeição. Depois de três tentativas, conseguimos passar a música inteira.

— Muito bem, podem descansar agora – Amadeu falou.

Dei um abraço nela, que se acoou.

— Viu só – disse – é tudo coisa daqui – toquei sua cabeça em tom de brincadeira – você é foda pra caralho, Linda!

Ela retribuiu o abraço — Obrigada de verdade. Não teria conseguido sem você – me disse.

Saímos de lá e fui até onde seria meu quarto. Os outros estavam na piscina, já que todos já tinham gravado suas respectivas partes enquanto levava os carros ao aeroporto. No caminho, ouvi alguns comentários pelos empregados do local sobre Abaddon e o Concílio, sobre Leviatã e seus ajudantes, e sobre Celine voltar.

Ao que tudo indica, Celine iria nos encontrar na Turquia, assim que chegássemos lá. Ela estava terminando de fechar alguns contratos de apresentações, já que em algumas semanas seria o Concílio dos Clãs e precisaríamos estar la perto para o lançamento das meninas e para que os líderes pudessem estar no evento. Mas antes de irmos, tínhamos um outro compromisso inadiável.

A gravação do clipe.

Eu nunca havia gravado nenhum clipe na vida e todo o conhecimento que eu tinha a respeito era o de qualquer outra pessoa leiga no assunto.

Naquela tarde, após o almoço, as duas bandas tiveram uma reunião com a equipe de produção do clipe para passar a ideia deles para o vídeo. Que se resumia a: os meninos chegariam a uma praia, entrariam no mar, e as meninas quase nos atropelariam de jetsky. Elas nos convidariam para subir na lancha delas, onde ocorreria uma pequena festa. Rolaria um clima entre os vocalistas que culminaria em uma pegação mais quente. Parecido com o clipe original, mas diferente. Não tinha como evitar isso.

Eu confesso que fiquei um pouco incomodado, mas pensando bem, a letra da música pedia esse tipo de cena e éramos profissionais, logo, deveria dar certo.

Após aguentar a tiração de sarro dos meninos e tentar eu mesmo não demonstrar nervosismos para Linda, o que poderia por tudo a perder, fomos cada um pro quarto para descansar. A gravação que havíamos feito mais cedo ainda não estava, evidentemente, pronta para comercialização, mas já dava para subsidiar o clipe. Depois seria apenas trocar a gravação crua pela remixada e trabalhada. Viajaríamos no dia seguinte para a ilha de Chipre, onde aconteceria a gravação.

(...)

Chegamos no local combinado em Chipre já na metade do dia seguinte e eu tentava me concentrar no que tinha que fazer, quase que de maneira mecânica. Todos estávamos nervosos: Leon e Yago pelo mesmo motivo que eu, afinal seria nosso primeiro clipe; e as meninas por vários outros motivos, entre eles contracenar conosco e por ser um clipe de uma música consagrada que seria utilizado para alavancar a banda delas. Claro, a locação naquele paraíso e a quantidade de paparazzis que povoavam o local também dava um ar pomposo exagerado àquilo tudo.

As primeiras gravações foram tranquilas: cada um de nós isolados, as meninas sozinhas, nós, meninos sozinhos, nós mergulhando. Elas quase nos atropelando, estendendo a mão para que subíssemos no jetsky... algumas cenas dublês encenaram, especialmente do "atropelamento", mas no geral tudo estava dando certo.

Começou a anoitecer, e as tomadas finais do clipe começariam a ser feitas.

Locked in the hotel, There's just some things that never change

— Bate a porta, a câmera 1 vai pegar sua expressão, Linda, você deve dominar agora. – o diretor dizia, fazendo sinal com as mãos para esclarecer a tomada que seria feita. – quando ela te jogar na cama, leve-a consigo, puxando pela camiseta, ok, Dylan? – ele continuou.

Eu evitava olhar pra Linda, o que já demonstrava que seria desastroso, tendo em vista a cena que contracenaríamos.

O diretor deu ordem para gravar, a música começou e em dois segundos mandou parar.

— Não é isso, vocês estão mecânicos. Eu quero sentimento, eu quero desejo nesse clipe. De novo, Linda, você domina. Entre, feche a porta com a bunda e joga o garoto na cama! – ele começou a falar mais alto, gesticulando mais.

Eu queria ter tentado intervir, mas eu mesmo estava sem jeito com tudo.

— Posso ajudar? – Vanessa falou, entrando no set de gravação.

— Pausa de dez minutos – o diretor gritou.

Vanessa e Linda saíram para um espaço reservado, enquanto o diretor me orientava nas cenas seguintes.

— Ela vai pular em você e te beijar. Aí é com vocês. Quero ação, emoção e desejo, ouviu – me falava, enquanto gesticulava as posições das câmeras. – ali, ali e ali, vamos pegar os três ângulos: o seu, o dela e o dos dois. Se puder deixar mostrar a língua, vai ficar excelente.

— A língua? - perguntei.

— Do beijo, vocês tem que ter beijo.

—Devo tirar algo? Roupa? – perguntei, me arrependendo logo em seguida, quando imaginei tirando minha camiseta ou a dela.

— O que você sentir, a gente encaixa com o ritmo depois. – ele respondeu.

Quase não tive tempo de terminar de beber a água e a maquiadora já voltou para encher meu rosto de pó novamente. Vanessa e Linda voltavam, de mãos dadas. Algum ritual de amigas, acredito. Linda se colocou na posição correta e deu sinal para o diretor continuar.

— Ação – ele gritou.

Locked in the hotel, There's just some things that never change

Ela entrou me empurrando no quarto, de maneira agressiva, porém sedutora, e assim que passamos a porta, a fechou com as pernas, batendo de vez como ele havia orientado. Me jogou na cama, logo na hora em que a música dizia never change. Se colocou em cima de mim, me olhando, com as mãos em meu peito, e chupou meus lábios ao som de the way you taste,

Senti algo estranho, mistura de adrenalina com...

Desejo?

Isso era novo pra mim, nem sabia se era isso que devia sentir mesmo.

A próxima etapa do clipe era eu me virando sobre ela, retirando a roupa com a boca, e finalizando com o beijo cinematográfico, de preferência mostrando língua, como o diretor queria. Começou bem, até eu me jogar sobre ela. Na hora de retirar a roupa, não conseguia demonstrar desejo, fazendo o diretor cortar umas 3 vezes o clipe.

— Desejo, porra! Conhece o que é isso? – o diretor gritou.

— Imagina que só tem você e sua amada, Dylan... vai dar certo – Linda se dirigiu a mim pela primeira vez em muito tempo, me olhando da cama, com sorriso misterioso.

Era difícil pra caralho não pensar em Miranda naquele momento, pois eu me sentia a traindo, mas tinha que fazer. Voltamos ao tempo da música e me virei sobre Linda. Fechei meus olhos e senti apenas a pele quente e macia dela, com as roupas que tinham que ser arrancadas com a boca. Não evitei tocar em sua pele, pelo contrário, serpenteei por elas enquanto retirava a alça de seu vestido florido até caírem sobre os seios e voltei, tocando seus lábios.

O calor que vinha de Linda me aqueceu, nos completamos e de repente envolvemos línguas e chupões de lábios. Não havíamos combinados isso, mas não me senti atacado de nenhuma maneira. Parecia o certo a se fazer, e fizermos. Foi perfeito.

— Perfeito demais! – o diretor bradou assim que terminamos.

Foi muito difícil voltar a olhar pra Linda depois daquilo, confesso, mas ainda teria que contracenar mais com ela, nos refrões finais, com a dança de todos da banda. Me coloquei atrás dela e naquele refrão, enquanto ela descia rebolando eu segurava a barra da saia do vestido com as mãos na coxa dela, fazendo subir a roupa.

Quando finalmente acabou, todos estávamos famintos, exaustos e muito encabulados e decidimos pedir algo leve para jantar. Quando chegamos no hotel daquela cidade, não quis sair do quarto e decidi comer la mesmo, quando ouço alguém bater à porta.

Me levanto e abro, deparando com Linda, na porta do meu quarto.

— Oi, entre – falo, abrindo espaço para ela entrar.

— Fiquei preocupada com você. Foi seu primeiro clipe? Achei você muito tenso!– ela disse se sentando na cama.

— Sim, acho que não fui bem... eu não sei atuar..... como você.

— Como eu? Eu também não sei – ela riu.

— Como não linda, você virou uma gata emponderada naquele clipe, me dominou e tudo – eu disse rindo da situação – mas a verdade é que você foi muito melhor que eu. Parabéns!

Linda se levantou de onde estava e veio ao meu lado.

— Você foi ótimo, especialmente quando se deixou ser sexy. – e me estendeu a mão.

Dei um sorriso pra ela, olhando em volta. A verdade é que eu estava extremamente confuso pelo que havia sentido durante a gravação, e a proximidade dela agora não me ajudava nem um pouco a esclarecer o que eu estava sentindo.

— Quer comer algo? – ofereci uma batata frita para ela.

— Não obrigada. – deitou e olhou a TV pendurada. – pega algum canal brasileiro? – Linda perguntou.

— Faço ideia nenhuma! – continuei comendo. – E as meninas, já foram dormir?

— Já. Bianca me odeia, mas posso viver com isso – ela riu.

— E em casa, teve alguma notícia? – perguntei, bebendo um pouco do suco.

— Liguei pra minha mãe quase agora, ela está tranquila, nem faz ideia da bagunça que tá acontecendo. A propósito, obrigada pelas palavras aquele dia. Nem pude te agradecer direito.

A encarei por alguns minutos, retomando a refeição.

— Não precisa agradecer. Você só tem que se lembrar do óbvio.

— E o que é o óbvio? – ela quis saber.

— Que você é foda, maravilhosa, e não precisa dele pra ser feliz, nem pra ter sucesso.

Ela se levantou e se aproximou de mim, tocando meu ombro. Por um momento, parei o que estava fazendo e a observei. Ela vestia uma roupa simples, mas que lhe caia muito bem: uma legging preta com salto pequeno e uma blusinha larga. Seus cabelos estavam soltos, caídos na lateral do rosto. Ela estava....

— Linda... – tentei falar.

— Obrigada por hoje, Dylan, o clipe ficou ótimo. Tenho certeza que será um sucesso. – me disse, e pensei que iria se abaixar, mas ao invés, caminhou até a porta e saiu, deixando a porta aberta.

Eu me levantei e fui até a porta, vendo-a de pé, esperando o elevador chegar.

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