Eu sei que dessa vez bati meu recorde e demorei ainda mais que o normal, mas fazia tanto tempo que não conseguia e nem tinha vontade de escrever. Estou muito feliz por estar de volta, e apesar de imaginar a decepção de vocês pela minha demora que é constante, espero que gostem do capítulo e que não desistam de mim e de IHTILY. Eu mesma já pensei em desistir, mas ainda não aconteceu. kkkk 😅😅 Amo vocês ❤️ muito obrigada pelo apoio de sempre e por cada novo voto e comentário que surge e me lembra do porquê não quero desistir! E aos que continuam aqui, desejo uma boa leitura. Espero que gostem! Nos falamos novamente nas notas finais. 🤭
• Capítulo não revisado.
-> MÚSICA DO CAPÍTULO: I'LL BE THERE FOR YOU, The Rembrandts.
{"Ninguém nunca poderia me conhecer, ninguém nunca poderia me ver, já que você é o único que sabe como é ser como eu. Alguém para encarar o dia junto, para atravessar a bagunça junto, alguém com quem vou sempre rir. Mesmo no meu pior, sou melhor com você."}
Estúpida! Quem mandou ir lá e beija-lo novamente? É isso que dá acreditar na ilusão de que ele poderia ser mais do que um completo babaca. A cada meio passo que damos para frente, retrocedemos onze. Harry Styles é um teimoso estúpido que não pensa antes de falar. Eu ainda não sei como meu coração decidiu se apaixonar justamente por ele. Certamente minha mente e meu coração não estão em sincronia, minha mente não está mostrando para o meu coração as coisas que ele fala e como ele age e meu coração não está mostrando para minha mente o que exatamente o está fazendo acelerar por um cara que não me trata bem na maior parte do tempo. Eu não preciso de um problema a mais na minha vida, mas pelo visto é isso que ganho tentando me aproximar de Harry Styles.
O Uber me deixa na frente da minha casa e depois de pagar a corrida, me arrasto para fora do carro e meus passos são lentos em direção a porta já que estou tentando mudar minha expressão que não sei se no momento pesa mais para confusão, decepção ou irritação. O que mais preciso no momento é me distrair e passar um bom tempo com minha família.
- Lizzy! Você demorou hoje. - sou recebida com os braços do meu irmão Eliott contornando minha cintura e sorrio, mas meu cenho se franze ao mesmo tempo, estranhando todo esse carinho e receptividade da parte dele.
- Avisei a mamãe que precisei resolver algo antes de vir para casa. O que houve com você? - faço uma careta quando ele não me solta, impedindo que eu termine de entrar em casa.
- É uma boa pergunta. Segundo a mamãe, ele perguntou por você o dia inteiro. - Elouisa responde, adentrando a sala e se jogando no sofá.
- Eliott?! - tento me soltar do meu irmão, segurando seus braços e afastando-os. Me agacho na frente dele e solto minha bolsa ao nosso lado, segurando suas mãozinhas. - Me conte o que houve. Precisa de mim pra alguma coisa?
- Sim. Preciso que jogue videogame comigo. Mamãe não sabe, as gêmeas muito menos, e a Elô nunca quer fazer nada comigo. - olho para minha irmã e ela me encara com uma careta de "não quero mesmo!". Reviro os olhos e volto minha atenção para meu irmãozinho.
- Mas eu também não sei jogar, Eliott. Se jogamos uma vez juntos foi muito.
- Por favor, Lizzy! Papai era o único que jogava comigo e agora só tem mulheres nessa casa e vocês não fazem nada que eu gosto. - suspiro entendendo o que está o afligindo e me levanto, pego minha bolsa a colocando em cima da mesa de centro e pego sua mãozinha, trazendo-o para se sentar no sofá junto comigo.
- Sente falta do papai, não é? - ele se contenta em balançar a cabeça em afirmação. - Eu também sinto falta dele, Eliott. Tínhamos uma rotina com o papai em casa, e estávamos acostumados a conversar e brincar com ele, sei disso. Mas ele ficou doente, lembra?
- Eu sei, mas vocês disseram que ele iria voltar.
- E ele vai, mas não sabemos quando ainda. - seus olhos se enchem d'água e me sinto começar a amolecer novamente. - E ei, você tem o Liam também! - tento mudar de assunto e encontrar algo positivo para ele nisso tudo.
- Não conta, ele não é da família. - Eliott faz cara de emburrado e eu rio.
- Não deixe ele ouvir isso, sabe que Liam é sentimental. - vejo meu irmão prender um sorriso. Com o clima mais calmo presto atenção nas vozes que vem da cozinha e então noto que temos visita. - Faz o seguinte: vamos jantar e depois conversamos mais sobre isso, pode ser? - meu irmãozinho balança a cabeça e murmura que pode ser.
Quando entro na cozinha todos estão sentados em seus lugares ao redor da mesa, seus pratos servidos e todos prontos para começar a comer. Debbie está aqui e meu tio Luke também. Me aproximo e os cumprimento com um "boa noite" enquanto observo Eliott ocupar o seu lugar, assim como Elouisa que estava logo atrás de nós.
- Achei que não viesse para o jantar, querida. Eu e Liam tentamos te ligar várias vezes, mas a ligação chamou até cair em todas elas. Está tudo bem? - mamãe pergunta, enquanto eu estendo meu casaco no braço do sofá e deixo minha bolsa em cima do mesmo.
- Me desculpe, eu não ouvi, meu celular estava no silencioso. - explico enquanto me aproximo, dando um abraço na mamãe e um beijo rápido na cabeça de cada um dos meus irmãos. Liam me encara com os olhos semicerrados, não parecendo muito confiante com minha explicação. Cumprimento meu tio com um beijo na bochecha e faço o mesmo com Debbie. Ambos sorriem me perguntando se estou cansada e eu confirmo, em seguida indo falar com meu amigo. Ele se levanta, me dando um abraço rápido e depositando um beijo em minha têmpora. Eu sorrio levemente para ele e concordo quando ele murmura que depois precisamos conversar.
Tivemos um jantar até que animado, porém silencioso da minha parte, estava me sentindo cansada e meio esgotada emocionalmente para falar a verdade, principalmente depois da minha conversa com meu irmão.
Tio Luke e Debbie foram para casa poucos minutos após termos terminado de jantar, minha mãe foi assistir um filme com meus irmãos e eu resolvi tomar um banho e simplesmente ir para a cama. Talvez tenha esquecido de mencionar, mas Liam está morando conosco nas últimas semanas. Ele está dormindo no sofá e me atormentando noite após noite dizendo que vai se mudar permanentemente para o dormitório da faculdade em breve, pois o que menos quer é se tornar um incômodo. Mal sabe ele que na verdade está sendo uma ajuda e tanto, afinal meus irmãos sempre amaram ele e na maior parte do tempo ele os distrai de todos os problemas pelos quais estamos passando, seja por divertir Eliott quando jogam videogame e as gêmeas com suas palhaçadas, ou por tirar todo o foco de Elouisa que tem uma paixão platônica por ele desde sempre. Depois de estar de banho tomado e ter dado boa noite para todos, me encontro na minha cama, mas adivinhem? O sono não vem. Depois de revirar para todos os lados possíveis, me dou por vencida e me levanto, caminhando até a cozinha e servindo um copo de água. Estou encostada na pia e a casa está escura, exceto por um fio de luz que vem do banheiro, que fica com a porta entreaberta e a luz acesa por causa das gêmeas que não dormem no escuro.
- Imaginei que estaria acordada. - a voz de Liam me assusta e odeio como ele sempre aparece dessa forma sorrateira.
- Odeio o quanto me conhece. - falo divertida enquanto com um pano de prato tento inutilmente tirar o molhado da água que derrubei na minha camisola e meu amigo ri. - E então, o que está te mantendo acordado?
- Apenas a insônia de sempre. - ele dá de ombros e eu sorrio, meu olhar penalizado. Odeio ver seus olhos carregando esse tom arroxeado tão constantemente. Já cansei de tentar convencê-lo a ir no médico pegar umas receitas para algum remédio que possa ajudá-lo a dormir. - E quanto a você, o que está te mantendo acordada? O tal Harry Panaca Styles? - dou uma gargalhada ao ouvi-lo usar um dos muitos apelidos que uso para descrever meu chefe.
- Quem me dera se meu único problema fosse ele. - respondo depois que nossas risadas cessam, me arrastando até o chão com o apoio da parede logo atrás de mim. Liam me acompanha, sentando-se ao meu lado. - Eu queria voltar no tempo e ter achado uma forma de continuarmos em Santa Monica, Liam. As coisas desandaram num nível catastrófico depois que nos mudamos para cá.
- Vocês precisavam de uma solução rápida, e foi isso que seu tio ofereceu aqui. - Liam argumenta. Creio que já leu em meu olhar o quanto estou me culpando e pensando no que poderia ter feito para ter ajudado e então talvez não teríamos precisado sair de nossa tranquila cidade. - Não se martirize, Lizz, você até poderia ter arrumado um trabalho e ajudado com as despesas, mas sabemos que a convivência com sua família e com a vizinhança não ia melhorar, não tão rápido. Já fazem o que? Uns quinze anos desde que meu pai foi solto? E ainda ouvimos rumores constantes sobre o delinquente que ele foi e o delinquente que ele criou. - o que parece um rosnado sai da minha garganta ao me lembrar disso. Geoffrey, o pai de Liam, teve realmente momentos ruins e fez coisas de que se arrepende, coisas que deixaram sua família na merda e os fez sofrer, mas ele mostrou de todas as formas que mudou. Sua experiência é o que me faz ter esperança com relação ao meu pai.
- É, talvez eu só esteja tentando maquiar as merdas que aconteceram em Santa Monica e nos fizeram sair de lá. - suspiro profundamente e Liam se aproxima mais de mim, passando o braço em volta dos meus ombros e deixando um beijo em minha têmpora. - Queria estar sendo forte como você foi quando era você.
- Lizzy, - meu amigo segura meu queixo e vira meu rosto para que possa me olhar nos olhos - você é a garota mais forte que eu conheço. - reviro os olhos e tento desviar o rosto, mas ele me impede - Ei, é a verdade. A situação que passei e a que você está passando e tudo que cada uma envolve é totalmente diferente. E mesmo assim, sou sincero quando digo que você é forte. Sempre foi. Você foi forte por mim, e agora está sendo forte por sua família e até pelo canalha do teu chefe que te trata mal e você insiste em dizer que tem motivos "justificáveis" por trás. - ele faz aspas com os dedos ao apontar que para mim os motivos são justificáveis e eu rio da revolta dele.
- Acha que um dia ele vai voltar a ser o homem que eu admirava e amava estar junto? - meu tom volta a ser sério e minha mente voa nas lembranças boas que tenho com meu pai. Sinto os olhos de Liam fixados em mim.
- Não tenho como te afirmar isso, Lizz, mas tenho tudo pra acreditar que ele está mesmo tentando. Ele ama vocês de verdade, tenho certeza disso. Seu pai só caiu num erro antigo e esqueceu o quanto isso podia o afundar.
- Sinto falta dele. - minha voz sai em um sussurro enquanto encosto minha cabeça no seu ombro. O que parecem ter sido uns três minutos se passam em nosso silêncio e eu decido abandonar um pouco esse clima melancólico. Precisava desabafar, mas não quero meu amigo preocupado comigo. - Ok, creio que seria uma boa hora pra conhecer seu dormitório da faculdade ou talvez descobrir os segredos que esconde naquele maldito caderno que nunca me deixa ver! - meu tom é divertido enquanto eu dobro minhas pernas, pronta para me levantar.
- É o que? Elizabeth! - dou impulso para me levantar, mas Liam agarra meu quadril e me puxa de volta, fazendo meus cabelos ricochetearem, batendo em seu rosto. Ele desvia dos meus cabelos e aperta minha cintura bem no lugar onde sabe que me faz rir. - Cala a boca, escandalosa! Tem noção de que horas são? - meu amigo para com as cócegas e eu ainda solto uns risos, o que o faz rir junto, presa no meio de seus braços.
- Obrigada. - murmuro quando Liam tira meus cabelos da frente dos meus olhos.
- Eu te amo, cabeça quente, sabe que estarei sempre aqui para o que precisar.
- Eu também sempre estarei aqui pra você! - sorrio e lhe dou um beijo na bochecha, me levantando em seguida, pronta para ir tentar dormir umas horinhas antes que eu precise ir trabalhar. - Ah propósito, - me viro para meu amigo novamente - eu também te amo, mas você é o cabeça quente!
- Você é a cabeça quente, Lizzy! Eu sou o cabeça dura.
- Claro que não, eu sou...
- Ah, pelo amor de Deus, Elizabeth! Vai dormir! - a sombra de um sorriso contorna meus lábios quando entro no meu quarto e dessa vez não demora para que eu finalmente pegue no sono em meio a pensamentos que me levam desde as risadas com Liam agora a pouco às nossas discussões mais idiotas de quando éramos adolescentes.
Mesmo que tudo continue desmoronando, espero que minha amizade com Liam continue intacta. Se assim for, sei que sempre acharemos um jeito de manter um ao outro de pé.
Continua...
Na verdade eu nem sei o que falar. kkk Só espero que tenham gostado desse capítulo que foi mais dedicado a como Lizzy tem lidado com tudo, como está indo as coisas para família dela e que deu um foco especial nessa amizade que eu amo entre Lizzy e Liam. Me deixem saber o que acharam pelos seus comentários!
Não vou prometer nada quanto a quando sairá o próximo capítulo, só posso prometer que continuarei tentando dar meu melhor para vocês e o quanto antes possível. Me desculpem mesmo a decepção de ter que ficar esperando tanto, sei muito bem o quanto isso é ruim e nos desanima com relação a história.
Tentarei não demorar para voltar com o próximo capítulo. Muito obrigada mais uma vez por todo o apoio! Amo vocês!
All The Love,
P.I. 💞🖤