Condemnnatu - Série Além Da A...

Da Biss_darkness

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No Inferno, ela esperava encontrar lavas incandescentes e sons de desespero, mas ao chegar, o que teve foi a... Altro

Avisos aos Leitores
Retrospectiva
Selos e Certificados de Concursos vencidos
Apresentações
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1 - Parabéns, papai.
Capítulo 2 - Reconhecendo o ambiente.
Capítulo 3 - Caindo na Real
Capítulo 4 - É pra você que eu vou voltar.
Capítulo 5 - O feiticeiro
Capítulo 6 - Abbadon
Capítulo 7 - A Proposta
Capítulo 8 - Celine
Capítulo 9 - Brincando com algo sério
Capítulo 10 - Servindo ao Diabo
Capítulo 11 - Em chamas
Capítulo 12 - Quem brinca com fogo....
Capítulo 13 - Recuperada
Capítulo 14 - Rumo a Pequim
Capítulo 15 - O Show
Capítulo 16 - Encarando o destino
Capítulo 17 - O suicídio
Capítulo 18 - Aprendendo
Capítulo 19 - Inesperado
Capítulo 20 - A Invocação
Capítulo 21 - Saudades
Capítulo 22 - Velhos amigos, novos inimigos.
Capítulo Extra: Um Natal especial
Capítulo 23 - Little Naughty
Capítulo 24 - Adeus
Capítulo 25 - Confusão Parte 1
Capítulo 25 - Confusão Parte 2
Capítulo 27 - Estreitando relações.
Capítulo 28 - Como pode tudo mudar? - parte 1
Capítulo 28 - Como pode tudo mudar? - parte 2
Capítulo 29 - O Clipe
Capítulo 30 - A Família
Capítulo 31 - O Concílio.
Capítulo 32 - Os Bastidores
Capítulo 33 - Répteis
Capítulo 34 - Sai uma, vem outra.
Capítulo 35 - Onde ela está?
Capítulo 36 - Choque
Capítulo 37 - Velhos Amigos
Capítulo 38 - Final - O Certo que deu Errado

Capítulo 26 - Seguro, mas nem tanto

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Da Biss_darkness

POV MIRANDA

Entrei naquele portal, confesso, imaginando que chegaria na frente de um palácio medieval gigante, coberto por um fosso com crocodilos ferozes.

Na minha imaginação também passavam imagens de um possível palácio de cristal ou de mármore negro, cheio de pontas afiadas e lobos a espreita para me atacar.

Nenhuma imaginação me preparou para chegar na ponta de outra praia. A decepção estava clara no meu rosto, não sendo maior apenas que a irritação que Rachel estava me causando.

— Eu nem vou falar nada – ela dizia, mas continuava: – Mas você tem certeza que sabe para onde é a direita e a esquerda, não tem?

— Rachel, eu sei. Só não sei porque viemos parar aqui! – Falei tentando realmente entender o que havia acontecido.

— Miranda imaginou fugir para um lugar seguro, por isso viemos parar aqui. – Matahun explicou. – O lugar onde ela pensa é para onde vamos.

Benjamin se aproximou de mim, tocando minha cintura, com carinho.

— Não tem problema, anjo. Você consegue saber onde estamos? – Ele me perguntou.

— Não faço ideia, mas não estou vendo nenhum demônio, alma penada ou seres sobrenaturais por aqui! – Confirmei.

— Nem nenhum ser além da gente, não é! – Rachel falou, revirando os olhos.

— Me desculpa, gente! – Por fim, falei, e senti meus olhos umedecerem. – Não queria ter vacilado com vocês. – Enxuguei minhas lágrimas antes delas escorrerem e continuei. Não havia tempo para isso, não naquele momento.

— O que podemos fazer agora, Matahun? – Benjamin pergunta.

— Miranda... – Ele devolve.

Era incrível a habilidade dele em jogar tudo pra cima de mim. Eu sei que ele fazia isso para me treinar. No fundo, eu era agradecida a ele quando conseguia solucionar os desafios que ele me impunha.

Quando conseguia, não agora.

— Caramba, Mat, eu não faço ideia! Você pode dar uma pista, por favor? – Já subindo o tom, reclamei.

— É você que sabe, alteza. Não importa aonde estivermos, você pode invocar um portal de onde estiver para Luciferus. Apenas você. Já falamos sobre isso também.

— Então vamos ficar parados exatamente nesse lugar, porque se eu não faço ideia de como abrir o portal que nos trouxe até aqui, quanto mais abrir um pra cidade de Lúcifer! – Falei, me afastando deles. Caminhei um pouco para frente, perto das árvores que estavam rondeando a orla da praia. Matahun me seguiu. Um pouco mais a frente, nós dois retiramos nossos calçados, segurando-os nas mãos.

Andamos lado a lado sentindo o vento quente e úmido refrescar nossa face e sentimos as ondas do mar molharem nossos pés. Eu ainda usava aquele vestido vermelho do dia do show, que estava imundo!

Lembrei dos momentos em que o Dylan e eu fazíamos exatamente o mesmo. De como ele ajeitava os fios do meu cabelo que insistiam em dançar com o vento, bagunçando em meu rosto. Eu sabia que ele me faria carinho, e era por isso mesmo que deixava que ele os arrumasse novamente atrás da minha orelha.

Não era isso que queria com Matahun. Eu mesma ajeitei esses fios rebeldes dessa vez.

— O que você está pensando? – Ele rompeu o silêncio, caminhando sem olhar para mim.

— Oi? – Perguntei, não havia mesmo prestado atenção nas suas palavras.

— Você está bem? – Ele continuou andando, mas me encarou.

— Ah, então... – tentei falar, mas as palavras simplesmente não saíam. Meus olhos novamente se umedeceram até que a primeira lágrima escorreu. – Me perdoe, eu tentei não chorar...

— Hei – ele me fez sentar na areia. Vi que Benjamin e Rachel estavam à uma boa distância de nós, conversando. – Você pode chorar... quem falou que não? – Mat disse, tocando em meus braços com carinho. – Chorar é humano e, até onde eu sei, você também é parte humana, não é? – Ele tentou sorrir, me fazendo sorrir de volta.

— Ela era a minha melhor amiga, Mat. Vê-la ser destroçada daquele jeito, nossa! Foi demais! Não sei se conseguirei continuar sem ela.

Matahun me abraçou e, por uns minutos, ficamos assim, eu chorando e ele acariciando meu ombro com os dedos. Ambos olhando o infinito azul a nossa frente.

— Você não precisa ser forte o tempo todo! Não é fácil passar pelo que você está passando. Mas isso só mostra a força que você tem! E antes de achar que você não é capaz, olhe – ele soltou o braço do meu ombro e desenhou na areia do mar um bonequinho, dando as "mãos" para outro bonequinho, maior, de vestido, simbolizando a mim e o meu bebê. – Você não está sozinha! Nunca mais estará. Esse bebê que você carrega é sua maior força. Lute, não por ele, mas por você! Para você ter a chance de mostrar para esse bebê a puta mulher que você é, Miranda!

Eu ri e chorei ao mesmo tempo. Sabe quando você se identifica com algo que te emociona? Então, eu estava desse jeito naquele momento. Instintivamente, desenhei outro bonequinho, ao lado do boneco menor, esse com várias lanças na cintura, ou o que fazia de conta ser lanças, e olhei para o Matahun.

— E você estará comigo? Me ajudando? – Perguntei, ao que ele apenas abriu um sorriso que jamais havia visto em seus lábios.

Não me disse nada, apenas uniu o desenho que fiz com o de mais um, menor, ao lado do outro menor que ele havia feito antes, segurando as "mãos" de todos.

Antes que eu pudesse perguntar o que significava, Benjamin e Rachel apareceram e sem perceber, uma onda apagou tudo o que havíamos desenhado.

— E então – Rachel rompeu o silêncio. – Alguma novidade?

— Sim. Temos que arrumar as coisas e dormir. Não vamos a lugar nenhum hoje. – falei, decidida.

— Mas Miranda... – Benjamin tentou falar, sendo brutalmente interrompido por Matahun.

— Você ouviu, ou está surdo? Se vossa alteza quer dar um tempo, daremos um tempo. Além do mais, ela está grávida, ou você esqueceu?

Com essa, todos se calaram. Afinal, ninguém discute quando uma grávida quer descansar. Mas a verdade é que eu não estava tão cansada assim. Eu queria era ter um tempo para mim, para pensar comigo mesma a respeito de tudo! Poliana ter morrido me deixou muito mal, mas estar sozinha no meio desse turbilhão de acontecimentos, realmente, era o pior. Claro, me sentia péssima por constatar isso.

Sozinha?

Olhando ao meu redor, via pelo menos 3 pessoas (anjos e feiticeiro, que até agora não sabia se era um ser sobrenatural ou não), ali, prontos a me ajudarem, eu sei. Mas por que me sentia sozinha?

Porque era a presença dele que me faltava. Sempre seria ele. Que merda! Adormeci com a ideia fixa em Dylan.

Dei por mim quando estava na praia de Yalong, novamente rodeada pelo calor daquele sol e daquela água quentinha.

Usava aquele vestido amarelo que Dylan havia me trazido, sem nem eu ter pedido. O vento daquele lugar despenteava o meu cabelo e a água umedecia meus pés, mas eu nem me importava, porque...

Porque ele estava lá, e retirou o cabelo do meu rosto.

— Você sempre ajeitando meu cabelo – falei.

— A vida toda se for preciso – ele me disse, caminhando ao meu lado.

Era muito estranho como tudo funcionava. Eu sabia que estávamos separados, mas de algum modo, tudo parecia normal, como antes.

— Você mente – retruquei. – Não será a vida toda.

— Não, Miranda, a vida toda! Enquanto eu viver estarei te protegendo! – Ele disse. – De mim, se for necessário.

Continuei andando e olhando aquele horizonte sem fim, mas percebia que os olhos dele não saiam de mim.

— Por que tudo isso, então? – Perguntei.

— Hei – ele me parou, acariciando meu rosto. – Não temos tempo para isso. Você é tão linda! Sempre foi tão linda – falava enquanto continuava passando os dedos em minha face. – Você é perfeita, Miranda. A minha menina, sempre!

— Por que, Dylan? – perguntei, querendo chorar. – Sinto tanto sua falta...

— Eu te amo, Miranda. Sempre foi você, sempre será você, por toda a minha vida, enquanto meu coração bater – ele me dizia. O que me deixava confusa.

— Então, por quê?

— Não importa... aqui podemos ser só nós dois... venha – ele me puxou para um abraço.

Nossa como eu senti falta desse abraço, do cheiro do corpo dele, do toque, do calor. Eu sentia muita falta dele, todinho, não importava quantas vezes me repreendesse por isso, a verdade era que eu sentia muito a falta de tudo o que ele era e significava pra mim.

— Eu também te amo, Dylan – falei, antes dele encostar a testa dele na minha, daquele jeito, nossos lábios estavam quase unidos. Eu podia sentir o calor da boca dele sobre a minha e a vontade que eu tinha era de tocá-los, chupá-los, e mordê-los da maneira menos puritana possível. Eu sentia muita falta de tudo. Ele era meu homem e eu não entendia até agora porque havíamos terminado.

— Eu quero você, amor... – falei, tentando tocá-lo.

— Eu também te quero muito. Você não tem ideia de quanto! – Ele me disse, com a voz grave e um sorriso safado. Aquele maldito sorriso de covinhas profundas que sempre me deixava enlouquecida por ele.

Naquele momento, só queria beijá-lo enlouquecidamente, enquanto o despia, não necessariamente nessa ordem. Queria chupá-lo em todas as suas partes mais excitáveis. Queria ser dele, e meu desejo me consumia. O verde de seus olhos sempre me produzia esse efeito: totalmente a seus pés.

— Eu quero você... – sussurrei em seu ouvido, enquanto passeava a ponta do meu nariz em seu rosto, sentindo sua respiração ofegante próxima ao meu ouvido. O toquei e percebi que ele estava quente, assim como eu me sentia também. Era claro que nossos corpos se queriam, o que era totalmente normal, se não fosse um sonho.

— Eu vou descobrir como, Miranda. Eu juro – ele me disse, segurando minhas mãos com força. – Me promete que vai lutar, sempre!

— Tenho medo, Dylan... medo de seguir...

— É normal ter medo. Mas continue em frente... – ele repetiu, dessa vez olhando no fundo dos meus olhos. – Sempre continue em frente... me promete!

— Eu prometo, meu amor!

Ele era exatamente do jeito que eu me lembrava, e a sensação que eu tinha era tão forte, tão intensa, tão real, que me esqueci que era tudo um sonho.

Um sonho tão real que jurava que era verdade. Uma verdade onde ele não teria me largado me humilhado em público e me trocado por aquela...

— Vamos ficar juntos, meu amor. Eu te juro isso. – Ele sussurrou de volta em meu ouvido.

Como era difícil manter a sanidade perto dele. E como era mais difícil ainda não me enfurecer com tudo isso. Me soltei do seu abraço e tudo o que consegui dizer foi:

— Poliana morreu.

— Eu... eu realmente sinto muito, muito mesmo, Mi. – Todo o tesão que sentíamos cedeu espaço para um sentimento cálido e terno, de carinho.

Me vi olhando para ele, e sendo acalentada pelo homem que tanto tinha me ferido. Mas isso era um sonho, e os sonhos são assim mesmo, não é!?

— Eu tenho medo – falei. Sendo um sonho, poderia falar o que quisesse, sem receio.

— Medo de que, meu amor?

— Do que vou encontrar quando chegar lá...

— Ei, minha menina, você é a mulher mais incrível que já vi em toda minha vida, que você sabe que não é curta... – ele riu, me olhando de canto novamente. – Ainda assim, você tem uma luz a mais: nosso bebê. – Ele tocou meu ventre com as mãos, e por aquele momento, senti o calor da mão dele irradiar meu corpo.

— Ele... – tentei falar que era realmente filho dele, mas nem tinha certeza se ele estava com essa dúvida porque não havia conversado direito com Benjamin.

— Escute-o. Miranda, eu te amo tanto, queria estar ao seu lado agora. Por favor, acredite em mim, se lembre de mim. Parte de mim está com você, cuidando de você. Ao mesmo tempo que você cuida dele. Ou dela. Seja essa mulher incrível que eu sei que você é. Seja você, Miranda, a minha menina.

E dito isso, ele se foi, por algum motivo eu acordei, e nada daquilo havia sido real.

Havia sido um sonho, um maldito de um sonho tão real quanto os anjos que me circundavam. E eu só podia me sentir uma merda por ter sonhado com aquele que tanto mal havia me feito. Nada havia sido grande o bastante para apagar todas as memórias dele da minha cabeça.

O sol nos apresentava um novo dia. Estávamos em algum lugar lindo, cheio de belezas naturais, mas não deserto, como pensávamos. Famílias estavam chegando para curtir o dia junto naquela praia e, considerando o idioma falado e as características faciais dos banhistas, devíamos estar no Japão. Rapidamente nos arrumamos e saímos de lá. Fomos tomar café ali próximo.

— Como foi sua primeira viagem astral? – Matahun me perguntou, discretamente.

— Quando que eu fiz isso? – Sorri de volta. Eu estava realmente de bom humor depois daquela noite.

— Seus gritinhos. A forma como você sorria e suava noite passada me fazem acreditar que ontem você fez uma.

— Sério?! Poxa, eu não fiz nada, eu apenas sonhei. – Senti minhas bochechas esquentarem, nem sei por que.

— Pode ter certeza que a pessoa com quem você sonhou, sonhou exatamente o mesmo que você, porque não foi um sonho.

— O que é viagem astral, então? – Perguntei um pouco mais alto, sem querer fazendo Benjamin e Rachel prestarem atenção na nossa conversa.

— Quando a gente sonha a alma sai do nosso corpo, como em todas as noites quando a gente dorme. Porém, na viagem astral ocorre um encontro de almas, o que é muito difícil de acontecer. – Rachel falou.

— Difícil por que? – Perguntei.

— Porque é necessário que as duas pessoas envolvidas estejam muito concentradas, querendo muito esse encontro, ao mesmo tempo. Quando a gente dorme, por mais que a gente fique tentando pensar em algo, às vezes nossa alma segue por outros caminhos. – Benjamin respondeu, enquanto adoçava seu café.

— Por isso, não adianta você tentar pensar muito em uma coisa. Esses encontros astrais ocorrem com almas, logo, as almas têm que desejar... tipo, se chamarem. – Rachel concluiu, ainda que de boca cheia.

— Por que, anjo, você teve alguma viagem astral? – Benjamin me encarou. Ele não tinha ouvido o início da conversa.

— Não. Eu... eu só fiquei curiosa. – Menti, soltando um riso tímido.

Isso significava que Dylan pensava em mim assim como eu pensava nele? Será que realmente tudo teria sido um mal-entendido?

Como?

Eu me lembro de cada palavra que ele me disse, naquele camarim aquele dia. Será que teria outra explicação?

Eu senti. Eu sei o que senti. E mais que isso, eu sei que ele sentiu o mesmo que eu ontem. Ele ainda me amava... sim!

Na televisão da lanchonete, um programa local de fofocas noticiava as últimas quentíssimas dos famosos. Coisas sobre as mais diversas celebridades eram retratadas e expostas. Não estava ligando muito, apenas olhava de vez em quando, até que uma notícia me chamou a atenção.

A foto dele abraçando em uma morena pela cintura, debruçada em seus ombros, entrando no quarto de um hotel. A notícia: DW ataca novamente, dando as "boas-vindas" a líder das Garotas Safadas, na última noite.

Todo meu bom humor foi desintegrado como algodão-doce na água.

— Vamos embora daqui agora – me levantei, decidida.

Saí, sem olhar para trás, caminhando rumo a lugar algum. Andei quarteirões à frente, em um grande muro pichado com escritos de "Jesus está voltando, volte para ele antes" e "foda-se seu filho da puta", não consegui esconder a risada que eu dei sobre isso. Eu fechei meus olhos, e decidida a não vagar mais pelo mundo sem rumo, nem a ficar a mercê de pessoas que me enganavam claramente, eu imaginei muito forte com muita vontade, ir para casa. Ao mesmo tempo, a palavra "domum" não saía da minha mente. Eu a imaginei e, na minha frente, um grande vórtice amarronzado se abriu.

— Miranda, tem certeza de aonde está indo? – Rachel, afobada por ter corrido até lá, ainda segurando um bolinho nas mãos, me perguntou.

Eu apenas olhei para ela, e reparei em todos os outros que chegavam naquele exato momento onde eu estava, me encarando fortemente.

— Estou indo para casa. – E entrei.

Era uma sensação diferente, dessa vez. Eu não precisava procurar caminhos para seguir. Eu era literalmente puxada para algum lugar, algum lugar familiar, eu conseguia sentir.

Saímos, os quatro, em frente a um lugar indescritível: um grande cânion de rochas intercalados por vales com vegetação rasteira verdinha. Lá, o sol começava a nascer e gerava tons azuis ímpares. Alguns desses cânions tinham buracos dentro deles, lembrando janelas e por cima de todos, majestosos, gigantescos, coloridos e imponentes, centenas de balões sobrevoavam o lugar.

— Isso é maravilhoso – meus olhos brilharam abobalhados enquanto admirava a beleza do local.

Benjamin se aproximou de mim, e não consegui deixar de perceber que seus olhos também estavam brilhando. Por algum motivo, ele tocou seu punho, se retraindo. Fui eu, dessa vez, que segurou suas mãos, firmemente.

— Estamos quase em casa – Matahun disse, esboçando um sorriso nos lábios.

—Quase? Como é que é? – Rachel gritou ao ouvir aquilo – Jheremy está aqui, eu consigo sentir – falou, tocando a pulseira que Poliana a deixou.

— Venham – ele seguiu andando e descendo com dificuldade uma espécie de escada improvisada que, acredito, nenhum mortal teria coragem de descer. A escada devia ter uns 200 degraus e parecia que nos levaria ao centro da terra. – Aqui se inicia minha barreira de proteção. A partir daqui, apenas quem for autorizado por Lúcifer entra.

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