Condemnnatu - Série Além Da A...

By Biss_darkness

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No Inferno, ela esperava encontrar lavas incandescentes e sons de desespero, mas ao chegar, o que teve foi a... More

Avisos aos Leitores
Retrospectiva
Selos e Certificados de Concursos vencidos
Apresentações
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1 - Parabéns, papai.
Capítulo 2 - Reconhecendo o ambiente.
Capítulo 3 - Caindo na Real
Capítulo 4 - É pra você que eu vou voltar.
Capítulo 5 - O feiticeiro
Capítulo 6 - Abbadon
Capítulo 7 - A Proposta
Capítulo 8 - Celine
Capítulo 9 - Brincando com algo sério
Capítulo 10 - Servindo ao Diabo
Capítulo 11 - Em chamas
Capítulo 12 - Quem brinca com fogo....
Capítulo 13 - Recuperada
Capítulo 14 - Rumo a Pequim
Capítulo 15 - O Show
Capítulo 16 - Encarando o destino
Capítulo 17 - O suicídio
Capítulo 18 - Aprendendo
Capítulo 19 - Inesperado
Capítulo 20 - A Invocação
Capítulo 21 - Saudades
Capítulo 22 - Velhos amigos, novos inimigos.
Capítulo Extra: Um Natal especial
Capítulo 23 - Little Naughty
Capítulo 24 - Adeus
Capítulo 25 - Confusão Parte 1
Capítulo 26 - Seguro, mas nem tanto
Capítulo 27 - Estreitando relações.
Capítulo 28 - Como pode tudo mudar? - parte 1
Capítulo 28 - Como pode tudo mudar? - parte 2
Capítulo 29 - O Clipe
Capítulo 30 - A Família
Capítulo 31 - O Concílio.
Capítulo 32 - Os Bastidores
Capítulo 33 - Répteis
Capítulo 34 - Sai uma, vem outra.
Capítulo 35 - Onde ela está?
Capítulo 36 - Choque
Capítulo 37 - Velhos Amigos
Capítulo 38 - Final - O Certo que deu Errado

Capítulo 25 - Confusão Parte 2

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By Biss_darkness

POV DYLAN - continuação 

Enfim, ela pegou o microfone e encarou Amadeu, que àquela altura já tinha se autodeclarado o técnico de som do local. Ela falou o nome de alguma música na hora para ele, que prontamente colocou no karaokê.

Era Naughty Girl, da Beyoncé. Uma puta música de uma puta cantora. A música do vídeo de 1 milhão de visualizações.

Ela começou, e não acreditei no que vi.

A menina tímida, vermelha como um pimentão, tinha se transformado na Naughty do clipe. Seus olhos transmitiam poder e autoconfiança. Sua voz era doce e empostada da maneira correta. A ruiva saiu do palco, passando por nossa mesa e se sentou, com a cara amarrada. Voltei a encarar Linda, que naquele palco começou a ganhar espaço, ela dominou cada canto daquele lugar. Sua presença de palco era realmente perfeita. Todos que a viam começaram a bater palmas, junto com a entrada do segundo refrão. As outras meninas da banda, com exceção de Bianca e Aline, já tinham assumido cada uma um microfone e a acompanhavam, e movidas, quer pelo calor do momento, quer pela bebida que já devia ter passado o limite do seguro fazia tempo, ou por puro prazer de dançar daquele jeito, começaram a apresentar uma dança de uma maneira tão provocante que até Leon, o único comprometido da equipe, se aproximou de onde eu estava para olhar melhor.

— Eu tô fudido se a Jasmine descobre que vamos dormir quase no mesmo quarto – ele me disse, não conseguindo fechar a boca e segurar a baba que escorreu quando elas colocaram as mãos no chão, sem dobrar o joelho, de costas pra todos, e as subiram lentamente tocando as pernas.

Realmente, não sabia como ela conseguiu mudar tanto.

Havia alguns fotógrafos trabalhando no lugar. Alguns, muito educados, ainda perguntavam para nós se poderiam tirar fotos, mas a maioria, os terríveis paparazzis, apenas tiravam. Muitas vezes só descobríamos tais fotos nas manchetes dos sites de fofoca. Quase sempre, elas eram tendenciosas e levavam a malícia de quem lesse a matéria ou visse as fotos.

E foi justamente nisso que eu pensei quando a Vanessa, a morena ébano, se dirigiu até onde nós estávamos e, sem deixar o jeito sexy do olhar e andar, abraçou Leon sugestivamente.

Pelo menos cinco fotógrafos registraram o momento, dos ângulos mais inoportunos possíveis.

Ela o guiou até o palco, onde, junto com Yago, os meninos caíram na onda e foram dominados pelas garotas.

Voltei pra mesa, me sentando onde estava antes. Bianca continuava com a cara feia.

— Por que você não vai até lá? – Perguntei, quebrando o gelo.

— E deixar esse gatinho sozinho? – Ela respondeu.

— Você não gosta muito dela, não é mesmo? – Tentei desconversar, isso já estava voltando a ficar estranho.

— Para mim ela é completamente dispensável – ela falou, tomando um gole da bebida que estava na mesa. – Não fede nem cheira. Sonsa... – ela falava, girando a garrafa no ar.

— Ok, já entendi. Você não gosta dela – revirei os olhos, voltando a olhar para o palco.

— Mas para que perder tempo com ela? – Bianca me falou, aproximando o corpo para mais perto de mim. Ela usava uma blusa de alça bem decotada, e da maneira que ela se insinuava, dava para perceber que ela não usava sutiã.

Porra!

Porra!

Caralho que foda!

Eram as únicas coisas que conseguia pensar naquele momento, fora as várias outras atividades que poderia desenvolver com a ruiva. Atividades essas das quais eu sei que me arrependeria muito depois.

— Não, Min... Espera, não... – Leon passou por nós, gritando com alguém no celular, rumo a porta. Aproveitei a deixa para sair de lá também.

— Desculpa, preciso ver o que aconteceu – falei, enquanto me levantava e seguia meu guitarrista rumo a saída.

Acho que a Bianca não deve ter entendido nada. Mas bêbada como estava, ela nem se lembraria.

Lá fora, Leon tentava sem sucesso ligar para Jasmine. Sua namorada havia visto alguma postagem na internet e, claro, devia ter ficado arrasada. Eu sabia que eles eram rápidos em divulgar essas coisas.

— Calma, cara – falei, me aproximando dele. – Vamos voltar para o hotel, de lá você tenta conversar com ela com calma.

— Puta que pariu, Dylan, olha a foto que eles postaram – ele me mostrou uma foto que pegava justamente o rosto da Vanessa tão colado ao dele tirada de um ângulo que parecia que eles estavam se beijando, o que de fato não aconteceu. Eu sabia porque estava a menos de 1 metro dos dois, mas Jasmine, coitada, não. – Vou voltar. Você avisa Amadeu para mim?

— Tem certeza que não quer que eu vá junto? – Eu vi que ele tinha bebido um pouco e tinha ficado preocupado.

— Não, por favor! Vou tentar falar com ela enquanto volto.

Deixei ele ir e voltei com pressa para dentro do bar. Amadeu estava sentado com as loiras, Yago e a Bianca. Linda conversava com um cara bem mais velho, próximo ao palco. Eu me aproximei da mesa para avisar de Leon e para falar que eu também voltaria pro hotel, mas antes de falar qualquer coisa, ele mesmo se levantou, guardando a carteira no bolso, sendo acompanhado por todos os outros.

— Já chega hoje, não é mesmo – Amadeu deu dois tapas nos meus ombros e saíram.

Yago saiu abraçado com as loiras e, ao passar por mim, deu uma piscadela.

Bianca saiu me encarando, mas também nada falou.

Amadeu já estava lá fora, acendendo um cigarro.

Quando segui rumo a porta de saída, percebi um grito de "pare" vindo do palco.

O cara com quem Linda estava conversando, agora segurava os braços dela com força. A menina tentava se livrar, sem êxito.

— Você está me machucando – ela dizia, enquanto ele soltava uma das mãos, para agarrá-la pela cintura e aproximá-la de si.

— Você não é a garota safada? Não era isso que queria quando dançou me encarando? – O velho falava, com a voz embargada pelo álcool.

Deixei o pessoal seguir e voltei, me dirigindo aos dois. Coloquei as mãos no ombro do cara, que se virou.

— Com licença, acho que você está sendo inconveniente, cara. – falei, tentando ser educado.

— E você é quem? Tira a mão de mim, moleque – ele me respondeu, voltando a me ignorar e a pressionar Linda contra a parede.

— Com licença – voltei a falar, sabendo que ele se viraria. Assim que isso aconteceu, dei um soco na cara dele, fazendo-o cair no chão e segurar o queixo.

— Dylan – Linda gritou, me abraçando. – Obrigada!

— Você está bem? – Perguntei, observando os punhos dela, vermelhos.

— Aí – ela grunhiu. – Tá doendo um pouco.

— Que bom que você não toca, senão estaria fodida – falei. – Vamos sair daqui.

Seguimos rumo a saída, onde não localizamos mais ninguém. Todos já deviam ter ido embora. O bar em que estávamos ficava a dois quarteirões do hotel, então poderíamos, facilmente, voltar andando.

— Você tem ideia do que ele ia fazer com você, Linda? – Falei, assim que começamos a andar.

— Sim, eu sei. – Ela falou. Depois disso, passou a encarar o vazio. Ela estava em choque.

— Ele te machucou em mais algum lugar? Você está bem?

— Só meu braço está doendo, não se preocupe.

Após alguns passos, ela parou de andar e começou a chorar. Pensei no que eu ia fazer naquele momento, com uma quase desconhecida aos prantos no meio da rua, às duas horas da manhã.

— Calma, não fica assim – foi o que falei. – Logo um policial passa e vão achar que eu que estou querendo fazer algo com você.

Ela apenas assentiu e continuamos a caminhada. Ela tentava conter as lágrimas, mas elas não a obedeciam.

— Ok, vamos lá. Tá chorando por conta do cara? Idiotas aparecem o tempo todo em todo o lugar.

— Eu sei, é que...

Apenas a encarei, esperando que ela continuasse. Mas ela não falou mais nada.

— Antes de vir para cá, ouvi coisas sobre você... – ela falou, quebrando o silêncio.

— Eu sei o que falam de mim. Celine, nossa empresária, é a grande culpada, posso te garantir. Mas só por curiosidade... do que exatamente estamos falando?

— Ouvi falar do que você fez com sua antiga namorada...

— Ah... – pensei no que falar após isso por um tempo, o que saiu foi: – É, aquilo foi complicado.

— Complicado? Aquilo foi horrível, quero dizer, abandonar uma grávida é o cúmulo do absurdo!

Caminhamos uns metros em silêncio depois disso, quando finalmente havíamos atravessado o primeiro quarteirão, avistamos um banco de madeira junto a uma pequena pracinha que ficava naquele cruzamento. Nos dirigimos até lá e nos sentamos.

— Não me orgulho disso, de verdade. Eu queria ter podido agir diferente...

— Você foi repulsivo! Todos os homens têm que sair agindo como idiotas todas as vezes?

— A maioria, talvez – falei, concordando.

— Mas tá enganado – ela disse. – Não que todos sejam uma farsa, mas eu prefiro acreditar que os homens são de um jeito, mas preferem se mostrar de outro, não sei, questão de status. Mas nem todos os homens são assim, aparentam algo que não são. Você por exemplo, é exatamente o que aparenta.

— Que seria o que mesmo? – Perguntei, curioso.

— Um idiota!

— Poxa, um idiota que te salvou quase agora. – Falei, concordando ironicamente com ela.

Ela me olhou assustada. Agora ela tinha se dado conta do que acontecera, e quis se retratar.

— Você tem razão...

— Como é? – Fingi que não havia escutado.

— Você tem razão. Me desculpa por falar isso, que você é repulsivo. É que aconteceram coisas muito complicadas nessas últimas 48 horas.

— Tudo bem, sei que minha fama não é das melhores, mas agora que você sabe que eu não devoro garotas inocentes, podemos tentar ser amigos? – Falei, esboçando um sorriso genuíno e estendendo minha mão para ela novamente.

— Tudo bem! Podemos ser amigos – e ela me deu a mão e voltamos a caminhar. – Dylan, posso te perguntar uma coisa?

— Claro, pode sim.

— Você ainda gosta da sua ex?

— Eu... Eu... – gaguejei. – Acho que o que a gente viveu não pode ser apagado da noite para o dia.

— Porque assim, quando eu terminei meu namoro, antes de embarcar pra cá, a primeira coisa que fiz foi arrancar minha aliança. – Ela mostrou a mão, cuja marca ainda era perfeitamente visível.

— Sério, e por que você fez isso? Estava brava com ele?

— Não. Eu o amei muito. Mas não queria continuar usando algo que já não significaria nada pra mim. É como andar para frente amarrado a um passado.

— Compreendo – falei, enquanto pensava no porquê da pergunta.

— Mas você ainda usa a sua aliança... – ela me falou, assim que chegamos na porta do hotel.

— Eu... eu... – olhei a joia em meu dedo e não sabia o que fazer.

Eu não queria retirá-la. Mas realmente fazia sentido o ponto de vista de Linda. Entramos no hotel e a acompanhei até o quarto dela.

— Ai... ai... – ouvíamos gritinhos e risadas ao longo do corredor do quarto de Linda, vindo do quarto da Yasmin.

— Entregue – falei, assim que chegamos em frente ao quarto dela. – Tenta dormir.

— Você também – ela disse, rindo.

Uns minutos olhando o teto, o lustre, os quadros do corredor, até quebrar o silêncio.

— Amanhã vocês têm algum ensaio? – Perguntei.

— Acho que às 10hs, com o produtor. E vocês?

— Temos sessão de fotos, acho que às 9hs. Acho que depois do almoço... – falei, sendo interrompido por ela.

— Reunião para apresentar a música que gravaremos juntos! – Ela me cortou, se apoiando na porta, um pouco tonta.

— Quer ajuda? – Falei, percebendo que ela não iria longe daquele jeito.

Ela não conseguiu nem entender o que eu estava falando, quanto mais responder. Respondeu ao que eu havia perguntado apenas com um aceno lateral de cabeça, mas não era propriamente um não, então eu segurei em sua cintura e a ajudei a chegar na cama.

— Então é melhor vocês dormirem bem... – ela disse, rindo sozinha.

— Tem toda razão. Boa noite – falei, me afastando rumo a porta do quarto, enquanto ela retirava um sapato com a ajuda do outro pé.

— Dylan – ela me chamou, antes de eu sair, me fazendo virar pra ela. – Obrigada.

Eu apenas assenti, aceitando o agradecimento, entrei no elevador e fui dormir.

Inexplicavelmente naquele dia só conseguia pensar em Miranda. De alguma forma tudo que passei até então me lembraram o dia em que nos vimos pela primeira vez.

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