A Dama Sem Nome: Um Romance d...

By medjeks

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🚹 A T E N Ç Ã O🚹 R O M A N C E D A R K Este livro está inserido numa classificação de Ro... More

Personagens.
CapĂ­tulo 1
CapĂ­tulo 2
CapĂ­tulo 3
CapĂ­tulo 4
CapĂ­tulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
CapĂ­tulo 8
CapĂ­tulo 9
CapĂ­tulo 10
CapĂ­tulo 11
CapĂ­tulo 13
CapĂ­tulo 14
CapĂ­tulo 15
CapĂ­tulo 16
CapĂ­tulo 17
CapĂ­tulo 18
CapĂ­tulo 19
CapĂ­tulo 20
CapĂ­tulo 21
CapĂ­tulo 22
CapĂ­tulo 23
CapĂ­tulo 24
CapĂ­tulo 25
CapĂ­tulo 32
Ele chegou no Amazon!
Curiosity
E se??
O DomĂ­nio do BĂĄrbaro

CapĂ­tulo 12

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By medjeks


Bárbara despertou com um susto quando Thiago a sacudiu bruscamente.

— Acorda.

Ela olhou meio confusa para os lados enxergando tudo escuro à volta deles. se levantou, mas teve muita dificuldade para reconhecer onde estava. Lutava bravamente contra o sono quando impensadamente perguntou:

— Que horas são?

—Hora de levantar. E ande depressa. Quero tomar o café da manhã dentro de quinze minutos. Vista um jeans e traga agasalho.

Ainda um pouco grogue de sono, se espreguiçou, mas reteve-se um momento ao ver Thiago de costas vestindo a calça. Ele tinha ombros largos e pernas longas e bem definidas, os músculos das costas trabalhavam mediante o esforço dele em se vestir. Terminava de subir o zíper quando virou se e viu Bárbara parada o analisando.

—Vai ficar parada aí, porra? Falei quinze minutos.

Envergonhada, correu para o banheiro, contente pela pressa que a impedia de pensar na gafe que acabava de cometer.

Depois de um banho rápido, correu para o closet enrolada em um grande roupão negro que achou no banheiro. Procurou na parte de calças e camisas, e novamente teve um pouco de trabalho em achar algo que lhe coubesse de forma confortável. Optou por uma calça jeans com detalhes rasgados que foi a que lhe serviu melhor e uma camisa preta absurdamente enfeitada com pedrarias e tachas de metal. Achou extravagante, mas usou assim mesmo.

Virou se para a entrada do closet e Thiago estava parado olhando em direção aos seus seios, bem onde concentrava-se a parte mais extravagante da camiseta.

— Não tem nada adequado para vestir —explicou dando de ombros. — Esta roupa é desproporcional, mas todo o resto só serve para festas. E nenhum sapato serve, a não ser que eu seja convidada para o met gala. De qualquer forma, todos os sapatos são grandes para mim.

— Como assim? — ele perguntou, parecendo pela primeira vez realmente intrigado.

— Bom, não são enormes, mas os que provei ficaram folgados. Acho que perdi peso, mas isto não explicaria as roupas, já que estão meio justas.

Thiago franziu o cenho achando estranheza no comentário e foi até o acervo de sapatos enfileirados. Escolhendo um dentre vários, mostrou para ela e disse:

— Acho que era este sapato que você usava com essa roupa aí. — Eram sapatos de salto altíssimo e muito fino. As tiras de couro preto decoradas como a blusa.

— É claro que eu não costumava sair para caminhadas matinais antes, se usava esse sapato ... — Ela disse rindo, mas contendo-se quando percebeu estar relaxada demais.

Thiago fez um barulho de impaciência e atirou as sandálias num canto.

— Você nunca levantava antes do meio-dia. E nunca saímos juntos.

Depois de procurar na prateleira de baixo, Thiago encontrou um par de tênis e os deu para Bárbara, achando que ela iria recusá-los. Pelo contrário, pegou o tênis nas mãos e procurou o mesmo banquinho da noite anterior e tentou calça-los.

O tamanho de Thiago comparado ao tamanho do closet, deixava o ambiente estreito, e isto a deixava nervosa. Além disso, seus dedos duros, faziam-na se atrapalhar com os cadarços.

Vendo que ela mantinha uma certa dificuldade com os dedos, Thiago soltou um palavrão em sinal de impaciência.

— Deixe que eu faço. — interveio abaixando a sua frente.

Bárbara prendeu a respiração, o coração batendo forte ao senti-lo tão perto. Geralmente ele era uma ameaça e na noite anterior havia provado ser bastante agressivo.

—Vamos. Já tomou boa parte do meu tempo.

E lá estava! Thiago estava novamente odioso. Era como se lamentasse o fato de ter cedido a ponto de ajudá-la com os cadarços.

Desceram as escadas e entraram na saleta ao lado da cozinha. Marietta já estava sentada à mesa, comendo um pedaço de pão fresquinho. Vestida toda de preto ela limitou-se a fazer um breve aceno de cabeça para Bárbara. Mas com Thiago foi diferente o tratamento.

Buon giorno, nipote.

Thiago a cumprimentou com um beijo na bochecha e iniciaram uma conversa sobre o que fariam naquele dia, ignorando Bárbara como no outro dia.

Ela ainda estava com sono e cansada do dia anterior, por isso limitou-se a tomar uma xícara de café puro, sorvendo em pequenos goles, enquanto sua mente ainda tentava acordar.

Alguns minutos depois, quando um pico de energia apareceu e ela ia pegar um pedaço de pão, Thiago a interrompeu.

— O momento de desjejum terminou, Bárbara.

Se sentindo um pouco tímida, guardou a mão, engolindo a vergonha com um certo orgulho. Levantou-se junto com eles e saiu para o ar fresco da manhã. O céu já tinha clareado bastante. Bárbara respirou fundo olhando o sol que subia dos montes, colorindo o céu inteiro. Não notou os olhos negros que a observavam com cáustico cinismo, sem se permitir sentir sentimentos mais suaves.

Um belo cavalo negro agitou-se quando Thiago se aproximou para acariciar o pescoço forte. Ele acariciou a crina do vigoroso animal de olhos inteligentes e Bárbara estranhamente sentia-se ligada e maravilhada com o animal em questão.

Hipnotizada, aproximou-se do cavalo e analisou seu porte, concluindo que deveria ser de alguma raça pura.

— Ele é lindo! Posso agradá-lo também? — Pediu, olhando maravilhada para o grande animal.

— Limite-se a fingir que gosta apenas de cachorro. — Thiago respondeu secamente e rude.

Com a resposta mal dada, se atreveu a olhá-lo com raiva. Estava prestes a rebater, mas foi salva de um tapa quando o grande cachorro da família veio correndo de algum lugar e saltou sobre ela, carinhoso. A força do animal a assustou um pouco, fazendo-a protestar de dor, mas rindo para o bicho, e afagando-o.

Foi quando de repente, o universo bem ali, diante dos olhos de Thiago o alertasse para algo que sequer havia cogitado. Seguindo o instinto, puxou o celular e mandou uma mensagem.

Subiu num grande Jeep e sentou-se ao lado do motorista, onde Marietta conduzia. Thiago ia a cavalo na frente, e seguiam-no. Ao chegarem perto de um grande monte revestido de plantações de uvas, decidiram parar e começar a grande inspeção dali em diante a pé. Caminharam por quase duas horas, com Bárbara remoendo por boa parte dela a forma como Thiago tinha dito para ela parar de fingir, e sobre as outras atitudes grosseiras e violentas.

Se não recuperasse a memória depressa, ia acabar ainda mais machucada, ou quem sabe, até morta! Quem poderia calcular as atitudes do homem?!

Bárbara tinha certeza que não o suportaria e que jamais se casaria com ele, o que era bastante contraditório, já que as evidências não apontavam para isso. Thiago simplesmente era implacável com seus métodos violentos e descomunais ao obrigá-la a ceder e se lembrar de algo!

O que aconteceria caso isso não funcionasse? Mais importante ainda: o que ia acontecer com o menino que ela tinha abandonado em algum lugar? Será que algum dia seria capaz de ajudar Thiago na busca? Será que o havia deixado aos cuidados de alguém que pudesse dar todo o conforto de que uma criança precisa?

Fosse qual fosse a razão que a tinha levado a fazer isso, Bárbara achava que sua atitude era imperdoável. Sem dúvida deveria haver meios mais eficazes de punir um homem que não fosse usar dois bebês inocentes como reféns de seus próprios desejos. Reflexiva, olhou para o homem que caminhava lado a lado com a avó à sua frente.

Realmente não podia esperar dele nenhuma consideração, mas e as violências e ameaças? E a tal punição que tanto falava que lhe aplicaria quando Júlia estivesse menos apegada? Se não recuperasse a memória, merecia qualquer castigo que ele resolvesse impor? E se caso aceitasse, teria de cumprir o castigo sem protestar ou sequer pedir clemência?

Sabia que Thiago havia colocado gente para traçar todos os seus passos antes mesmo de embarcar no Brasil para a Europa com Júlia e o tal de Lang, mas ela não fazia ideia dos progressos da investigação!

O Brasil era grande, populoso e por ser um país cheio de regalias e acordos, as pessoas podiam livremente viajar por certos lugares sem precisarem de vistos especiais e aquele lembrete aleatório fez com que Bárbara, de repente cogitasse a abominável, mas possível ideia de que poderia muito bem ter deixado a criança em qualquer lugar do planeta, já que pelos relatos seu intuito sempre fora esconder a criança do pai! — Sentiu um frio gelado percorrer-lhe a alma. — Se pelo menos tivesse deixado pistas que pudessem descobrir! Se pelo menos conseguisse se livrar daquela amnésia que bloqueava todas as suas lembranças!

Estavam no alto da colina agora. As vinhas desciam pela encosta até o vale lá embaixo, subindo pela montanha do outro lado. Era época de colheita e ao que parecia, Marietta gostava de supervisionar pessoalmente o trabalho dos empregados e ao que parecia gostava de ter Thiago junto.

Por estar anuviada de angústia e pressão, ela apenas sabia vagamente que ambos discutiam os cuidados que seriam necessários, quando terminasse aquela safra de colheita. Tudo ali era muito bonito e bem cuidado, e ao longe se via os barris em carvalho usados na preparação do vinho enquanto pessoas praticavam a pisa das uvas, dentro de grandes lagares de inox. Thiago conversava de maneira polida com a avó e parecia fazer aquilo somente para satisfazê-la, afinal, já tinha ficado bastante claro para Bárbara que o ramo de negócios dele eram outros.

Um mês depois, a convivência com Thiago tinha se tornado quase que insuportável. Era fato que cada dia mais ficava difícil para ela conviver com as maldades e humilhações com que ele a tratava e principalmente agora, que vez ou outra a olhava estranho.

Um dia, depois de se aprontarem para dormir e de terem passado por um dia bastante cansativo, Thiago simplesmente decidiu que ela não dormiria mais na cama. Ela estava cansada e ele sabia, com dor nas costas e tudo o que almejava era estirar-se.

Mas quando escutou Thiago dizer que ela estava proibida de se deitar naquela noite na mesma cama que ele, engoliu o constrangimento e respirou fundo. Levantou a cabeça e olhou nos olhos dele e perguntou:

— Por que de repente isso? — Ele somente a olhou de forma desconfiada, e vendo que ele não lhe dava nenhuma resposta, indagou: — Então aonde sugere que eu durma?

— O chão vai lhe servir bem.

Ela não acreditou no que havia escutado. Abriu a boca e fechou em seguida. Ficou furiosa, pois, de tudo que já passara durante o dia, aquilo estava sendo o ápice.

— Qualquer lugar, é melhor que a seu lado, Thiago.

Ele ainda a olhou diabolicamente antes de virar para o lado e apagar as luzes e deixar o quarto no escuro. Com ódio, Bárbara marchou até o lado da cama para pegar um travesseiro, quando a voz potente soou:

— Não lhe dei permissão para pegar nada.

Com os olhos ardendo, deitou-se no chão, usando o braço como apoio da cabeça. Naquela noite o frio que sentiu pouco deixou que dormisse. O carpete despertava nela coriza e coceiras pelo corpo. Foi uma das piores noites de sua vida.

Na manhã do dia seguinte, Thiago havia imposto uma nova regra na rotina de Júlia. A partir daquele dia, a criança não teria mais permissão para acompanhá-los quando saíssem pelas manhãs e ficaria aos cuidados da babá.

A decisão foi o fim para Bárbara, que infelizmente aceitou por medo do que Thiago pudesse fazer com ela caso se negasse a aceitar. Mas era tudo muito estranho... de alguma forma ele parecia privá-la e mantê-la longe dele mesmo e da própria filha!

Sentindo isso, Bárbara fez questão de aprontar a filhinha e dar-lhe o café da manhã. Depois disto, não conseguira disfarçar que precisaria sair e não a levaria. O tempo inteiro tinha dito e repetido que ia apenas sair com o papai e que voltaria logo, mas Júlia tinha chorado muito. Finalmente depois de um tempo a criança a deixou ir, mas ainda era visível os vestígios de choro, já que o corpinho ainda estava sacudido por soluços.

Aquilo machucou o coração de Bárbara, já Thiago, observou tudo silenciosamente, não se comovendo em nenhum momento. O choro de Júlia ainda ecoava em seus ouvidos e ela se afundava em remorso. Achava uma crueldade sem sentido privar a criança da presença dela, já que era a mãe.

Agora, estavam indo para algum lugar que ela não fazia ideia de onde era, apesar de estar olhando pela janela. Ela realmente não conseguia enxergar nada devido ao tamanho de sua revolta.

Ao parar o carro na frente do grande prédio espelhado saltou do carro e saiu andando na frente, louca para chegar logo aquela sala sem vida e ficar ali as horas que tinha que ficar. Cumpriria o martírio com ódio naquele dia. Escutou a porta do carro ser batida com certa força e andou mais depressa, ansiosa com o que aquilo significava. Sentiu o braço ser pego bruscamente e bateu com o corpo em Thiago ao voltar-se.

— Não me toque! — Ela sibilou parecendo uma leoa ferida. — Você é horrível! Eu aceito que você me puna com as suas cretinices, mas como pode sacrificar tanto sua própria filha?! Se quiser usar algo para me ferir diretamente, pode usar, mas não use minha filha!

Thiago mantinha o semblante frio e indolente. Mas o escárnio no tom de voz foi inevitável quando ele disse:

— Nos seis meses depois que os gêmeos nasceram você nem olhava para eles. Sentia nojo ao amamentá-los... — Saber daquelas informações a magoou mais do que o episódio com a filha minutos atrás e aquilo a desestabilizou. — Não posso negar que a Júlia ama você, e nem que você demonstra amor por ela, e isso é de fato uma mudança que somente uma troca de personalidade explicaria... — Confusa com o que ele dizia, ela tentava acompanhar o raciocínio. Mas até que fique claro, continuo te odiando, e não acreditando em nada que venha de você.

Confusa e atormentada pelas palavras sem piedade dele, olhou bem no rosto de Thiago. Aquele belo homem, tinha se transformado na forma do monstro que a assolava, que a deixava depressiva e magoada a cada dia com tantas perguntas sem resposta. Ele achava impossível ela amar os próprios filhos, entretanto, o espectro do filho desaparecido a atormentava e dizia que ele estava mais que certo.

De olhos marejados, cabeça confusa e extremamente angustiada e triste, Bárbara sacudia a cabeça negativamente para Thiago, que inclinou-se e tentou tocá-la. Com medo, achou que era mais uma de suas violências desmedidas, e bateu sua mão na mão dele, afastando-a para o lado, completamente perturbada pela memória assombrosa dos acontecimentos anteriores.

— Falei para não tocar em mim!

Gritou nervosa, fechando os olhos por um momento e abrindo os em seguida. Num relâmpago, Thiago a agarrou pelo braço, e a puxou para um canto meio escondido.

— Toco em você a hora que bem entender, me ouviu? — A balançou com brusquidão.

— Por favor, está me machucando!

— Não volte a falar comigo desta maneira e muito menos na frente dos meus homens, ou te jogo dentro de um poço e a deixo lá por um mês! — De repente largou-a como se fosse um objeto que desistisse de comprar. — E não me vire as costas nunca mais. Esteja avisada que sou eu quem anda na frente. — disse de maneira arrogante e com ar de superioridade.

Saiu caminhando, a deixando onde estava. Sem saber que prendia a respiração, soltou-a enquanto passava as mãos no rosto, exasperada. Sua paz não durou muito, logo escutou a voz dele a chamando e de modo meio atrapalhada e apressada saiu de encontro a ele.

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Até breve! ♥️

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