A Dama Sem Nome: Um Romance d...

Por medjeks

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🚨 A T E N Ç Ã O🚨 R O M A N C E D A R K Este livro está inserido numa classificação de Ro... Más

Personagens.
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capitulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 32
Ele chegou no Amazon!
Curiosity
E se??
O Domínio do Bárbaro

Capitulo 6

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Por medjeks




Na semana seguinte apareceu o ortodontista que fizera a recuperação de seus dentes e Augusto Stern, o cirurgião plástico. Acompanhando, veio Fiorella que lhe piscou um olho sorrindo alegremente, entrando no quarto com o carrinho cheio de ferramentas que serviriam para tirar todas aquelas ataduras dela, e depois de um momento, Thiago.

Bárbara sentiu o pulso acelerar e o estômago se revirar de medo diante daquela presença inesperada. Ele a olhou friamente, antes de se encostar num canto à parede. Quieto, cruzou os braços no peito, assistindo a tudo de forma impassível.

O ortodontista aplicou-lhe uma anestesia no maxilar, fazendo-a piscar forte diante da pequena dor momentânea. Os médicos começaram a discutir interminavelmente, fazendo-a sentir-se como um objeto inanimado. Mas ela não prestava atenção ao que diziam. Toda sua mente estava concentrada em Thiago. Ele tinha a capacidade de amortecer-la inteira e ainda assim, deixá-la em estado de alerta por si mesma.

Como iria fazer para se manter viva e longe dele, quando tivesse de deixar a proteção do hospital para voltar para a casa? —Era um pensamento assustador.

Thiago  estava decidido a vingar-se das ações que ela nem conseguia se lembrar, e era claro que ele não acreditava na amnésia dela.

Como terminaria tudo isso? — Perguntava para si mesma cheia de incertezas.

Ia ter que esperar para ver o que o futuro lhe traria, mas até lá, como lidaria com o pavor que sentia? Suspirou e fechou os olhos, concentrando-se na conversa entre a enfermeira e os dois médicos. Dr.Augusto explicava como pretendia restaurar seu rosto danificado, entretanto, todos pareciam satisfeitos com sua recuperação. A anestesia e a máscara curadora a impediam de falar e não deixavam que sentisse dor. As linhas de sutura foram removidas e jogadas fora, junto com o tampão que imobilizava o nariz e resguardava a operação que tinha sofrido para colocá-lo no lugar.


De repente, o Dr. Stern a mandou abriu os olhos, e para sua surpresa, havia espalhado três fotos sobre seu colo todas tiradas em épocas diferentes. Eram retratos de uma mulher surpreendentemente linda.

A estrutura óssea era clássica. Os olhos azuis, pouco puxados, bem separados, sedutores e misteriosos; os cílios longos tornavam os olhos provocantes, convidativos, as sobrancelhas eram bem traçadas e negras; a boca perfeita e os lábios cheios; os cabelos médios e castanhos com algumas mechas claras. Muito diferente da atual tonalidade que ela usava.

Na terceira fotografia, os cabelos estavam presos, e mostrava boa parte do colo e do decote, dando-lhe um aspecto bastante sensual. Com cuidado, examinou as fotos, compreendendo, incrédula, que de alguma forma, era ela mesma.

Chocada, levantou a cabeça e olhou para Thiago. Ele a olhava fixa e intensamente, um brilho forte nos olhos de pura acusação. Como se a desafiasse a fazer algum tipo de espetáculo, Bárbara sentiu raiva e desviou o olhar. Começava a se zangar com a maneira silenciosa que ele a acusava.

— Não é tão grave quanto pensei — Stern lhe disse. — Vou ter que fazer outro trabalho de reconstrução no nariz, lábios e uma harmonização facial, mas posso quase lhe garantir que o resultado será satisfatório. — Ele fez uma pausa. — Espero que não se importe, mas acho que por conta das cirurgias de correção a laser, seu olho perdeu um pouco da melanina ocular...

Vendo a confusão repentina atravessar o olhar de Bárbara, que ainda estava impedida de poder falar por conta da anestesia, o médico adiantou-se e explicou.

— Não podemos confirmar pois provavelmente você não se recorda, mas houve uma lesão ocular ocasionada pela explosão do carro. Você precisou passar por uma pequena cirurgia à laser, e isso pode ter ocasionado uma pequena perda da sua melanina ocular, e por isso, pode ser que a cor de seus olhos tenha mudado, mas nada de muito grave.

Ainda sem poder falar, ela fez um gesto de cabeça, expressando que o que ele dissera, havia esclarecido a sua dúvida. Ao menos não tinha ficado cega e enxergava perfeitamente bem.

— Luigi, o médico ortodontista, acaba de remover os arames e a máscara curadora. Você vai poder falar bem melhor, assim que passar o efeito da anestesia — disse, olhando para Dr.Nanderitti que acabava de entrar no quarto. — Se Leonardo concordar, sou da opinião que após essas cirurgias de reconstruções, você pode ir para casa. O que acha, Nanderitti?

— Talvez no meio da semana que vem, já que a cirurgia será amanhã mesmo. — Ele respondeu, olhando as fotos e depois para Thiago. — E ela ainda precisa de um pouco de fisioterapia. O hospital fica longe da cidade e vai ser trabalhoso para Thiago ter que trazê-la aqui todos os dias. Certo, chefe?

Novamente aquela forma de tratamento estranha: chefe. Thiago nada respondera e Bárbara ficou deprimida diante da perspectiva que a esperava. Olhou novamente para Thiago, cheia das angústias dos pensamentos, mas o olhar que ele deu a ela, foi hostil.

— Vou ter que levar uma das fotos de perfil e a foto de frente para os estudos.

Dr.Stern disse, pegando duas fotos e deixando uma outra em cima da mesa de cabeceira. Se despediram enquanto caminhavam para fora do quarto.

— Até logo, Bárbara. Até o começo da semana, Thiago. — Augusto Stern acenou para ele sem obter resposta.

Mas antes de saírem, um rapazinho, que estagiava no hospital e que acompanhava o quadro de Bárbara, aproveitou a porta aberta e entrou, trazendo na mão um simples vasinho de vidro com um botão de rosa. Ele fez uma curvatura exageradamente elegante, enquanto os outros assistiam, rindo.

— Senhorita! — ele disse, estendendo a rosa para Bárbara. — Ouvi dizer que vai deixar a nossa companhia neste hospital. Isto é uma pequena homenagem de...

Ele se calou.  O vasinho foi lançado de suas mãos e atirado violentamente contra a parede, espatifando-se. O menino ficou vermelho de vergonha, olhando de olhos arregalados para o homem enorme que pairava sobre ele.

— Ela não tem permissão de aceitar presentes de ninguém. — Thiago disse em tom cortante.— Deixe para dar-lhe flores no dia em que a sepultarmos.

Bárbara empalideceu. Todos pareceram murchar com a sentença feita sob ela, fazendo-os se dispersar discretamente em silêncio. O garoto ainda olhou para ela completamente sem graça e cheio de pesar antes de sair depressa.

Além do medo, Bárbara sentiu uma vergonha que nunca tinha sentido antes. Sua vontade, além de fugir, era pular no pescoço daquele homem e dizer que além de pavor, sentia muita raiva dele. Em um impulso, tentou se levantar para protestar, indignada, mas Thiago a atirou com força e violência de volta ao leito, e a segurou no lugar, machucando o braço ainda engessado.

— Ele não passa de um menino! — disse com toda a energia que conseguia, apesar da anestesia.

— E desde quando isso faz diferença para você, sua puta? Nenhum homem vai lhe dar presentinhos! —disse em completa arrogância.— Nenhum homem vai ter a oportunidade de chegar perto de você, sem que antes eu lhe esfole viva! Vou te mandar direto para o inferno, me ouviu bem? Principalmente depois que eu tiver meu filho de volta!

O medo a tomou. Depois de vociferar todo seu desprezo, a deixou completamente abalada e saiu do quarto. Bárbara chorou. Lágrimas de raiva, desespero e impotência que queimavam seu rosto e a deixavam fraca. Era uma ameaça de morte explícita e mais do que nunca ela pensou em fugir. Mas na mesma hora pensou na garotinha que dizia ser sua filha. Com um peso enorme em suas costas, chorou ainda mais.





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Eita pleura!

Estão conseguindo captar as pistas que estão no ar?


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