Miss Scarlett e a escrava bra...

By Span_sp

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A história se passa no Brasil Colonial do século XVIII e tem como personagem principal Scarllet que teve uma... More

Apresentação - Visão geral da história
Introdução
O casamento
O primeiro dia após o casamento
Os meses seguintes
O impedimento de Francisco
Os meses seguintes a morte do escravo
A humilhação a Scarlett se intensifica
Uma possível saída para Scarlett
A afronta e a resposta
Scarlett visita Josefa
Os anos seguintes
A morte
A imensa herança deixada pelo pai
A descoberta
Um novo encontro com Josefa
A execução do plano
O começo da mudança
O outro dia
O início da vingança
A conversa com Josias
O susto de Josias
Os dias seguintes
O fim do luto se aproxima
Um novo encontro com Justina
Scarlett visita Josefa no seu último dia de luto
O fim do luto e a apresentação da verdadeira Scarlett
O começo das punições
Os cuidados com Justina
O início dos trabalhos no novo regime
A história da intensa punição chega ao povoado
A intimação
Uma visita a sua melhor amiga
A audiência
O domingo
O castigo mais profundo
A recuperação
A greve
O outro dia
O psicológico
Forçando a comer
O sábado
O Domingo do acerto
O tratamento de Justina
A semana seguinte
A comunidade descobre o ocorrido
A visita de Josefa
A visita do padre
O restante do dia
A descoberta dos devedores
A terceira semana após o intenso castigo
A produtividade
A violência de Scarlett
As horas seguintes
A boa notícia aos escravos
O banquete
O restante daquele dia
A conversa com Justina
O restante daquele dia
A terça-feira
A quarta-feira
A quinta-feira
O sábado
O domingo
A visita a Josefa
O domingo
A Segunda-feira
O novo castigo
A quinta-feira
A sexta-feira
O sábado
O sábado anoite
O domingo
Os dias seguintes
A quarta-feira
A quinta-feira
Sexta-feira
O sábado
O domingo
O dia seguinte
O enterro de Justina
Os anos seguintes
Uma nova visita a Josefa
O domingo
A encomenda
A busca
A negociação
As origens daquela escrava
Scarlett recebe a carta e a responde
35 dias depois, Scarlett conhece a sua nova aquisição
O encontro com Maria
O segundo dia
O primeiro castigo presenciado por Pérola
A segunda semana naquela casa
A recuperação de Pérola
O domingo
A segunda-feira
A terça-feira
A tarde daquele dia
O restante daquela semana
O domingo
A semana seguinte
O retorno de Artur
A promessa
Alguns meses depois
Scarlett chama Artur para o primeiro encontro
O dia seguinte
O encontro com Tisa
A curiosidade de Pérola e a situação de Catarina
As novas tentativas de Scarlett
Uma nova conversa com Gertrudes
Um novo encontro de Catarina e Pérola
O dia seguinte
Os meses seguintes
A proposta
Uma Scarlett incontrolável
Os dias seguintes
Um novo castigo
Semanas depois
Uma nova conversa com Antônio
A fazenda sem Scarlett
Os dias seguintes
Os acontecimentos do passado
A quinta-feira
A sexta-feira
O retorno de Scarlett
A produtividade
O homem misterioso
A dúvida
A pressão para descobrir a verdade
A decisão de Maria
As horas após a punição de Maria
O plano de Scarlett
A verdadeira história do homem misterioso
O sentimento
O encontro de Pérola e Maria
Antônio Dias Filho prepara o plano de vingança
O domingo
Os preparativos finais para a vingança
A missa
Duas horas depois
O dia seguinte
O segundo dia após o ataque
A quarta-feira
A quinta-feira
A repercussão daquela ataque
As semanas seguintes
O aumento da desconfiança de Scarlett
As ocorrências após aqueles terríveis castigos
Uma conversa de Pérola com Gertrudes
Scarlett visita novamente Josefa
Uma nova conversa de Pérola com Gertrudes
As novas tentativas de Scarlett
A terceira revolta naquela fazenda
Scarlett retorna a fazenda
Os meses seguintes
Novos encontros com Pérola
A fúria de Scarlett
O castigo em Artur
O castigo de Pérola
Os dias seguintes
Um mês após aqueles castigos
A decisão
O passar dos anos
Os anos finais daquela viagem
A doença
O destino de Scarlett
Os meses seguintes
A mudança de ares
A princesa
Os meses seguintes
A vingança
A paixão de Tomaz
A desilusão e a redenção
A preparação para a fuga
A fuga
Os primeiros dias após aquela fuga
A segunda fase daquela busca
Uma Scarlett incontrolável
O final daquele ano
A virada do ano
O retorno
A força de Pérola
O destino de Scarlett e da princesa
A vingança
A tentativa de recuperação
Os preparativos
Os acontecimentos seguintes
O ataque
O restante daquele domingo
Os dias seguintes
A continuidade daquela investigação
A situação de Scarlett
A versão de Scarlett
A preocupação de Antônio Dias Filho
Os dias seguintes
O destino de Scarlett
A adaptação
A vida de Pérola e Artur

O dia seguinte

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By Span_sp

No outro dia Scarllet acorda com um semblante muito mais animado e tranquilo. Nos dias que antecederam aquela audiência ela estava intensamente preocupada, o que a fez perder o sono. Ela então vai tomar o seu café, como fazia normalmente e começa a conversar com Antônio, o seu administrador:

- Olá Antônio, alguma novidade na fazenda? E como os escravos estão se portando?

- Bem senhora, estamos precisando comprar mais alguns suprimentos para a plantação, pelo que os escravos têm produzido nesses dias, tenho certeza que a maioria dos grupos cumprirão as metas estabelecidas, apenas um dos grupos está com mais dificuldade no trabalho, parece que os escravos que foram colocados naquele grupo, não conseguem se organizar para aumentar a produtividade.

- Pois deixem que eles fiquem dessa forma, não diga nada, estou precisando de um grupo para servir de exemplo, de que as minhas regras terão que ser cumpridas. Se eles não cumprirem a meta colocarei todos eles no tronco quando completar um mês para que aprendam a respeitar as minhas ordens. Isso vai ser importante para que todos percebam que eu não estava de brincadeira quando prometi colocar todos no tronco se não cumprissem com a produtividade estabelecida.

Nesse momento Antônio se assusta, demonstrando uma certa preocupação com aqueles escravos e com uma possível revolta deles ao serem colocados no tronco por não terem conseguido realizar toda a produção exigida por Scarlett, quando ele então questiona:

- Mas, senhora, será que é bom mesmo punir 100 escravos de uma vez? A senhora não tem medo que eles se rebelem?

- As minhas regras são para serem respeitadas. Aqueles que completarem o rendimento que eu propus, terão mais comida e comodidade em suas ações. Aqueles que não cumprirem serão sim punidos, conforme eu prometi. Eu não tenho medo de rebeliões, tenho os meus vigias e matadores de aluguel para isso. Diz aquela senhora em tom direto.

- Eu sei disso senhora e sei que tens razão, os escravos só a respeitarão se souberem que a senhora cumpre com o que diz, mas, a sua ação da última semana trouxe uma repercussão tão grande que fiquei um pouco preocupado. E se esses escravos disserem novamente que a senhora está a puni-los e isso lhe causar novos problemas com a justiça?

- Eu prefiro ter problemas na justiça e o respeito dos meus escravos do que não ter problema na justiça e não conseguir fazer com que eles trabalhem. Eu não me importo o que acontecerá depois. O que sei é que se um grupo de escravos não atingir a meta que propus, ele ou todos eles serão castigados. Se os 300 escravos que tenho trabalhando na lavoura não cumprirem o que eu propus eu castigarei todos, nem que demore o dia inteiro naquele quintal a vê-los sendo chicoteados. Diz Scarlett em tom severo. Quando os escravos que estavam em volta se assustam engolindo seco, bem como Antônio, que mesmo conhecendo aquela senhora durante toda a sua vida, ainda se assusta com alguns de suas posições tão cruéis em determinados momentos.

- Entendido senhora. Eu posso mandar comprar mais suprimentos para plantio?

- Se for para aumentar a nossa produtividade sim. Eu preciso de dinheiro e rápido, tenho planos para o futuro. Preciso expandir os meus negócios e aumentar o meu poder.

- Estamos fazendo tudo para isso senhora. Vamos ver o primeiro mês de produção dos escravos nesse novo modelo de trabalho e depois vamos ver as primeiras vendas daqui três meses, depois disso poderemos fazer uma projeção para o ano, o quanto a senhora poderá ganhar mais do que ganhávamos antigamente na época do seu esposo. Diz Antônio.

- Posso te pedir mais um favor Antônio? Questiona Scarlett.

- Claro senhora. Pode dizer, o seu pedido é uma ordem.

- Eu quero esquecer que já fui casada alguma vez em minha vida. Aquela época foi de muito sofrimento pra mim e agora estou com uma nova energia. Não me fale mais de casamentos, esposo ou o nome de Francisco nessa casa. Daqui pra frente fale de tempos anteriores e tempos atuais, pode ser?

- Claro que sim senhora. Farei isso. Peço desculpas se esquecer por algumas vezes, mas com o tempo eu prometo que tentarei me acostumar com esses novos termos. Diz Antônio.

- Ficarei grata se puder fazer isso por mim.

- Claro que sim. A senhora quer saber mais alguma informação ou precisa de mais alguma coisa?

- Não. Eu gostaria que chamasse o Murilo pra mim. Estou querendo visitar a minha desafeta na senzala e gostaria de ir com ele.

- Já vou chamá-lo. Diz Antônio a se levantar da mesa e ir em direção ao local em que Murilo ficava naquela casa.

Poucos minutos depois Murilo entra naquele espaço em que Scarlett estava a tomar café e diz:

- Estou a sua disposição senhora.

- Que bom que está aqui Murilo, eu quero descer na senzala, sei que nesse momento ela está vazia, mas prefiro ter alguém de segurança para poder ir lá.

- Claro senhora, estou à disposição.

- Vamos. Diz Scarlett ao se levantar daquela mesa e caminhar em direção a saída da cozinha, que pelo seu lado de fora, ligava ao porão.

Eles então descem uma escada e chegam a aquele espaço pouco iluminado, com um cheiro forte e mofado na parte de baixo da casa onde dormiam os escravos. Já fazia um bom tempo que Scarlett não entrava naquele espaço e ela sente o quanto aquele ambiente era pesado. Ela então se dirige ao local em que estava Justina, que estava acompanhada de Josias e Albertina, que foi autorizada a cuidar de sua irmã enquanto ela está muito doente.

Scarlett logo questiona:

- Como está essa escrava?

- Ela está melhorando muito aos poucos senhora. A senhora foi muito severa com ela no seu último castigo, ontem ela conseguiu se levantar pela primeira vez. Os seus ferimentos depois de muito tempo, parece que estão cicatrizando, mas ela ainda está com muita febre e o seu corpo treme intensamente em partes do dia. Ela está muito fraca. Diz Albertina.

- Se está fraca é porque é uma fraca. Eu nem a bati tanto assim. Ela só levou 50 chibatadas. Pela lei poderia ter-lhe aplicado 80. Eu nem sei porque essa escrava veio me desafiar daquela forma sendo tão fraca para não aguentar uma mísera punição de 50 chibatadas. Francamente! Diz aquela senhora em tom de desdém pela situação em que Justina estava.

Nesse momento tudo que Albertina pensa é que aquela senhora não tinha nenhuma noção de como era terrível a dor que aquele instrumento causava ao corpo de alguém quando ele o atingia. Se soubesse, certamente não falaria daquela forma. Uma chicotada com os instrumentos utilizados na época era extremamente severo e dilacerador.

Aquela violência contra o corpo dos escravos, trazia uma dor insuportável no momento da punição e nos dias seguintes devido a falta de remédios e de higiene dos locais em que os escravos ficavam, que costumavam gerar inflamações e febres. Com a falta de remédios eficazes para combater as bactérias, muitos escravos não suportavam aqueles efeitos dos dias posteriores e morriam. Por isso a expectativa de vida dos escravos naquela época era tão baixa, por volta dos 28 anos, quando eram muito bem tratados.

Então Albertina responde:

- Eu também não sei o que deu na cabeça da minha irmã de tentar lhe afrontar daquela forma senhora. Eu sempre disse a ela que jamais devemos afrontar as nossas donas. Que isso não traria bons resultados para ela, mas infelizmente ela não me ouviu. Hoje ela se arrepende e está a sofrer muito por isso como a senhora pode ver.

- Pois, por mim, o sofrimento dela nem começou. Ainda farei Justina sofrer muito pelo que me fez. Não vejo a hora dela se recuperar para que eu possa castigá-la novamente. Diz aquela senhora em tom direto, assustando a todos os presentes naquele espaço. Principalmente Josias, que ainda tinha em sua mente que aquela mulher não poderia morrer de maneira nenhuma antes do tempo dado por Scarllet como sua meta para se vingar dela.

- Senhora eu peço a senhora que tenha piedade e deixe que a minha irmã se recupere um pouco mais antes de castigá-la novamente. No estado em que ela se encontra, ela não aguentará nada. Diz Albertina de forma desesperada.

- Mas é claro que vou esperar Albertina e não por piedade, mas sim porque eu quero que ela volte a aguentar as minhas severas punições. Mas, não esperarei por muito tempo, pois já não estou a aguentar ver essa escrava dessa forma. Ela tem até segunda para se recuperar, pois na segunda, continuarei a minha parte do castigo. Avise a ela assim que acordar.

- Sim senhora. Responde Albertina.

Nesse momento Scarlett, caminha em direção a saída daquela senzala, entra na cozinha e vai caminhando em direção ao seu quarto, enquanto agradece Murilo e diz que descansaria um pouco.  

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