Looking For You

onwlifejb tarafından

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Alguns pensamentos que gritavam dentro de mim me faziam arrepender de tê-la sequestrado sem saber de quem ela... Daha Fazla

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60 - parte 1
Capítulo 60 - parte 2
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo - Personagens
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85 - Último
Agradecimento + 2° TEMPORADA
SEGUNDA TEMPORADA POSTADA!

Capítulo 65

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onwlifejb tarafından

*** Desculpem a demora para postar, mas esse capítulo tinha que sair perfeito porque é um dos mais "pesados" que fala do passado da Barbara. 

Preparem-se e comentem muito, custei pra escrever esse capítulo rsrs COMENTEEEEEM 

Fiquem agora com o capítulo de hoje! 


***


Tenho estado triste, estado na minha

Me sinto como se estivesse fora de minha mente, sinto que minha vida não é minha.

Eu sei que estou sofrendo profundamente, mas não posso demonstrar.

Eu nunca tive um lugar para chamar de meu, eu nunca tive um lar

Eles dizem que toda vida é preciosa, mas ninguém liga para a minha


POV Justin Bieber

Remexo mais uma vez na cama procurando seu corpo ao lado do meu para abraçá-lo devido a temperatura baixa, mas acabo percebendo, assim que estico meu braço, que o seu lado da cama está vazio e frio. Isso faz com que meus olhos se abrissem devagar agradecendo rapidamente pelas cortinas fechadas. Então, sem dificuldade nenhuma, coço meus olhos e olho para o seu lado da cama vazio e a procuro por todo o quarto e depois estico meu pescoço para procurá-la no banheiro, mas ela não está em nenhum lugar. Ela não está aqui comigo. De novo.

Eu não sei como ainda fico surpreso por não encontrá-la deitada assim que acordo.

Os três dias propostos por Michael haviam se passado rapidamente para qualquer pessoa, menos pra mim e hoje seria o tão aguardado encontro. Eu não sabia como Barbara se sentia em relação a isso, mas eu tive uma noção quando seus pesadelos pioraram drasticamente e ficaram mais frequentes depois daquela noite. Era horrível vê-la gritando por ajuda assim que se passava mais ou menos meia hora que ela havia adormecido. Era horrível ter que fazer de tudo para tentar acordá-la, vê-la se debatendo na cama enquanto chorava e implorava algo para alguém em seu sonho. Acabou que eu não dormi no dia do roubo para tentar impedir algo acontecendo e não dormi na noite seguinte, essa foi a primeira noite que finalmente conseguir dormir a noite toda. E isso me preocupava.

Barbara sabia que eu não conseguia e não queria dormi por causa dela, porque eu tinha medo dela levantar e fazer alguma besteira contra si mesma, mas eu também não era perfeito e me sinto culpado por acordar assustado e não vê-la do meu lado. Eu sempre a encontrava sentada na piscina enquanto olhava para o nada, talvez se culpando por tudo ou querendo apenas esquecer seus sonhos e sua vida real.

Não era novidade que ela não se abria comigo, não falava o que estava sentindo e fingia que estava tudo bem, mas depois daquele dia, ela simplesmente mudou para pior. Barbara não fazia questão de mostrar que estava tudo bem, ela simplesmente havia parado de fingir que está feliz como antes. Todos que a olhavam percebiam que ela não estava bem, que havia alguma coisa acontecendo dentro dela, mas ela não falava. E não importava o quanto eu implorava ou pedia, ela não tocava no assunto.

Me viro ficando do meu lado da cama e procuro meu celular ao lado do abajur desligado, assim que acho, o pego e vejo que ainda são oito horas da manhã. Bufo por achar cedo demais, mas mesmo assim me levanto e vou até a varanda abrindo as cortinas sem me importar com a claridade e abro a porta de vidro tendo a visão de todo o quintal e dela.

Barbara está, mais uma vez, sentada em uma espreguiçadeira enquanto olhava o nada mais uma vez. Ela usava um short jeans azul, chinelos e uma blusa minha azul de um time do Canadá. Respirei fundo e entrei para o quarto indo direito para o banheiro.

Depois de escovar dente e tomar um banho rápido, fui para o closet e coloquei uma cueca branca, uma bermuda laranja, uma camiseta branca, calcei um tênis branco e arrumei meu cabelo molhado. Passei um perfume e sai do quarto indo em direção ao quintal.

- Por quanto tempo ela está aqui? -Perguntei para o segurança que coloquei para vigiá-la.

Eu não me sentia nenhum pouco bem com isso, eu não queria colocar ninguém para vigiá-la, mas também não confiava no meu corpo quando se tratava de sono. Eu tinha medo de um dia acabar dormindo e acordar com a notícia de que algo tinha acontecido com ela.

- Desde as quatro da manhã. -Disse, fechei os olhos respirando fundo. - Ela só saiu daqui para comer e depois voltou.

- Pode sair daqui. -Falei caminhando até ela, que não tinha notado a minha aproximação até então. - Não tem dormido? -Perguntei me sentando ao seu lado, ela me olhou e sorriu fraco sem mostrar os dentes.

- Os pesadelos não deixam.

- O que você sonhou dessa vez? -Perguntei a olhando, ela suspirou e ficou calada enquanto olhava as árvores se mexendo devido ao vento. - Por que você não conversa comigo sobre os pesadelos? Isso pode ajudar.

- Não acho.

- Eu acho. Você pode tirar um peso das suas costas que você não precisa carregar.

- E colocar na sua? -Me olhou. - Não, obrigada.

- Você não vai colocar nada nas minhas costas, só vai se ajudar. -Ela negou com a cabeça, olhando para frente. - Isso fará bem para você, acredite em mim.

- Não.

- Quando eu estava apaixonado por você e não queria admitir pra mim mesmo, eu conversava com o Ryan. -Ela riu pelo nariz. - Ele sabe de tudo desde o começo. Eu sempre desabafava com ele ou ele percebia que eu não estava bem e me ajudava mesmo assim. Eu me sentia um pouco melhor quando desabafava.

- Acho que isso não serve pra mim.

- Por que não? -Perguntei confuso, ela virou o rosto e me ficou me olhando por pelo menos trinta segundos sem dizer nada e depois desviou o olhar.

- Desculpe por não ter deixado você dormir direito, eu não queria isso. -Disse, do nada. - Mas não é como se fosse minha culpa, eu não tenho muita escolha. -Suspirou. - Eu sei que você não tem dormido só para me vigiar, então hoje resolvi não dormir pra deixar você dormir.

- Você não precisa se desculpar por isso. -Neguei com a cabeça. - Você não precisa se desculpar por nada. Não é sua culpa, mas eu ainda acho que desabafar sobre o que você está sentindo pode ajudar com isso, pelo menos um pouco.

Ela não respondeu e nem assentiu, apenas começou a balançar as pernas enquanto continuava olhando o jardim.

- Você está bem para o que vai acontecer hoje de noite? -Perguntei por fim, e vi ela suspirar pesadamente e me olhar.

- Foi ele quem fez isso com você, não foi? -Perguntou passando seus dedos na minha bochecha que ainda estava um pouco vermelha. Assenti a olhando, ela tirou os dedos e se afastou. - Eu não quero ir hoje.

- Eu sei que não quer. E não estou defendendo ele, mas você precisa entender o ponto dele. Entender o porquê dele...

- Entender o ponto dele? -Me olhou. - Você está se escutando? Ele me abandonou, Justin. Ele simplesmente me pôs em um orfanato e tirou tudo de mim. Que ponto eu preciso entender? Ele tirou a minha família de mim. Você faria isso comigo? Eu chego em você agora e falo que estou grávida, você abandonaria o nosso bebê? Você abandonaria o nosso filho, Justin?

- Eu jamais faria um coisa dessas, Barbara. -Disse em um sussurro e ela assentiu com raiva enquanto passava a língua nos lábios e olhava para o jardim.

- Então não me peça para entender o ponto dele porque eu nunca vou entender. Eu nunca abandonaria um filho. Um filho, Justin. É uma parte de mim, como ele teve coragem? Como ele teve coragem de fazer isso comigo? Eu tinha uma família, você entende? E agora não tenho mais.

- Você tem. -Neguei com a cabeça me aproximando, e agradecendo por vê-la desabafando pelo menos um pouco. - Agora você tem, Barbara. Talvez não esteja completa ainda, mas você tem e nunca vamos virar as costas para você.

- Você não entende. -Negou com a cabeça, com raiva. - Eu sei que tenho uma família aqui e agradeço por isso todos os dias que coloco a cabeça no travesseiro. Mas eu queria meu pai e minha mãe. -Me olhou, com mais raiva e tristeza. - Eu chorava todo santo dia no quarto do orfanato perguntando para Deus o motivo dele ter tirado tudo de mim, eu perguntava o porquê que eu não tinha ninguém. Eu nunca me importei com dinheiro, acho que você já percebeu. Eu nunca fui mesquinha, Justin. Eu... -Parou de falar negando com a cabeça, enquanto mordia o lábio inferior, dessa vez. - Eu não mereço isso... eu...

- Continue.

- Não. Esquece que eu disse tudo isso.

- Você tem que colocar isso pra fora.

- Eu só quero ficar em paz e esquecer o que vai acontecer hoje a noite.

- Barbara, conversa comigo. Por favor.

- Eu não quero. -Disse baixo, suspirei sem paciência e me levantei pegando no seu braço a fazendo levantar também. - Para onde você está me levando? -Não respondi, apenas a puxei até um dos meus carros. - JUSTIN? -Gritou.

Continuei ignorando enquanto ligava o carro e colocava o cinto, já pronto para sair dali. Não a olhei em momento algum, mas conseguia sentir seu olhar de raiva crescer a cada pergunta que ela fazia e eu não respondia.

Ótimo.

Eu preciso dela com raiva.

Não demorou muito para os meus homens nos darem passagem para entrar no galpão, o mesmo que a trouxe para aprender a dirigir e a lutar. Parei o carro de qualquer jeito em frente a academia e sai já entrando na mesma. Barbara seguia atrás de mim ainda com a cara fechada. Tirei minha blusa e peguei quatro luvas de boxe, uma pra mim e outra pra ela.

- Coloca. -Falei a entregando, ela pegou e seu olhar mudou de raiva para confusa. - Coloca essa porra.

- Pra que? -Perguntou olhando para as luvas, suspirei sem paciência fazendo ela me olhar e colocar as luvas. Coloquei as minhas e a puxei para um saco de boxe.

- Bate.

- O que?

- Bate nessa merda. -Falei mais grosso, e ela deu um soco tão fraco que não mataria nem uma formiga. Suspirei fechando os olhos procurando por paciência.

- Justin, eu nã...

- Você quer parar de agir assim? -Perguntei abrindo os olhos. - Todo mundo aqui sabe que você está sofrendo com isso tudo, então para de achar que todo mundo está comprando essa máscara ridícula que você mesma colocou.

- O que... -Começou, confusa.

- Sabe o que é pior disso tudo? É que parece que você gosta de viver em uma mentira. Você ainda não percebeu o que está acontecendo na sua volta ou você só está se fazendo de sonsa?

- Para com isso agora. -Disse entre os dentes, parecendo não estar acreditando no que eu estava falando.

- Não, eu não vou parar. O que foi, Barbara? Huh? Não aguenta ouvir a verdade? Então eu digo mais: você vai ver o seu pai hoje.

- Ele...

- Não é o seu pai? Qual é, você não tem mais cinco anos. Aceita o fato de que o SEU pai está de volta na sua vida.

Seu olhar acaba de mudar novamente. De confusa para raiva, decepção e desprezo por mim. Sua respiração agora estava acelerada, seu maxilar estava travado, e eu podia ver a faísca saindo de seus olhos a cada palavra que saia pela minha boca.

Não ia demorar para ela explodir.

- Cala a porra da sua boca, Justin. -Falou, irritada.

- Quer ouvir mais algumas verdades ou quer ver com os próprios olhos? -Cruzei os braços. - Ah, em falar em olhos, os seus são idênticos aos dele.

- Para. -Negou com a cabeça.

- Eu me pergunto o que mais você tem parecido com o seu pai.

- ELE NÃO É O MEU PAI. -Gritou colocando as duas mãos no meu peitoral e me empurrando pra longe, mas mal sai do lugar o que parece ter a irritado mais.

- O deboche você puxou dele também.

- Eu não puxei nada daquele monstro. -Disse, com nojo e inconformada com o que eu havia falado.

- Até quando você vai mentir pra si mesma? Você é uma fra...

Não tive tempo de terminar a frase, já que ela teve a reação que eu queria que tivesse. Barbara veio com tudo pra cima de mim, batendo no meu peitoral com toda força que conseguia sem se importar se estava me machucando ou não, enquanto negava repetidamente com a cabeça. O único movimento que tive foi de dar passos para trás enquanto aguentava seus socos e olhava o ódio e a mágoa em seu olhar.

- CALA A BOCA! CALA A BOCA! ELE NÃO É MEU PAI! -Ela gritava diversas vezes enquanto socava minha barriga com as luvas de boxe, coloquei minhas mãos para trás não querendo a impedir de descontar sua raiva em cima de mim. - VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO! ELE É UM MONSTRO. VOCÊ NÃO É MEU PAI E NUNCA VAI SER. EU ODEIO VOCÊ, EU ODEIO VOCÊ, MICHAEL!

Ela só percebeu a proporção disso tudo quando disse a última frase e me olhou nos olhos percebendo que não era o Michael ali, e sim eu. Barbara me olhou incrédula por alguns segundos e começou a dar pequenos passos para trás enquanto eu via seu olhar. Não tinha mais raiva e nem ódio, seu olhar estava perdido como se ela não acreditasse no que tinha acabado de acontecer.

- Barbara? -A chamei assim que notei sua respiração piorando a cada passo que ela dava.

Me aproximei assim que a primeira lágrima caiu.

E eu sabia que era agora que ela ia desabar.

- Barbara? -Chamei colocando minha mão em seu rosto, seu lábio tremeu e ela me olhou com os olhos marejando e negou com a cabeça antes de desabafar em um choro alto, como se estive guardando ele por anos.

Meus braços foram para seu pescoço a colocando contra o meu peitoral e sentindo suas lágrimas descendo por eles. Ela não me abraçou de volta, apenas apoiou seu braço na minha cintura. Parecia que ela não tinha mais força, que a máscara finalmente havia caído.

- Eu estou aqui, Barbara. Tudo vai ficar bem. -Sussurrei em seu ouvido, a abraçando com mais força.

- Não deixa ele fazer isso, Justin. -Ela disse com a voz embargada, franzi o cenho e a afastei colocando as mãos em seu rosto para a olhar.

- Fazer o que, amor?

- Não deixa ele me pegar, não deixa ele me tirar de você, por favor. -Implorou chorando, assenti e peguei em seus braços tirando as luvas, as jogando no chão em seguida.

- Eu não vou deixar. -Falei segurando suas mãos, ela se soltou e me abraçou colocando seus braços em volta do meu pescoço dessa vez.

- Por favor, não me deixa, por favor, Justin. Por favor. -Pediu me apertando cada vez mais, suspirei a abraçando pela cintura.

- Eu nunca vou deixar você. E mesmo se algo acontecer, babe, eu prometo que nunca vou deixar você.

- Não me deixa. -Sussurrou de novo, assenti beijando seu ombro.

- Por que não vamos para casa? -Perguntei a olhando, ela assentiu deixando mais duas lágrimas caírem. Peguei na sua mão saindo da academia e vi dois seguranças armados na porta da mesma. - Nos leve para casa agora! -Falei grosso e jogando as chaves para um deles que assentiu e nos acompanhou até meu carro.

Barbara abraçou meu corpo assim que me sentei do seu lado no banco de trás do carro, minha mão ficou, durante o caminho todo, fazendo carinho em seu cabelo enquanto escutava seu choro baixo e podia sentir suas lágrimas molharem minha barriga.

Eu não esperava ver os meninos sentados no sofá assim que entrei na sala. Seus olhos automaticamente pousaram na Barbara fazendo com que eles percebessem o que havia acontecido e o quanto ela ainda chorava. E então eles me olharam e abaixaram o olhar logo em seguida.

Eu apenas continuei andando abraçado com ela até o nosso quarto para que assim ela possa tentar dormir sem ter nenhum pesadelo.

Fechei a porta atrás de mim enquanto observava ela se deitando na cama e se ajeitando de baixo da coberta. Me aproximei tirando meu tênis e deitando do seu lado, a colocando em meu peito quase em cima de mim.

- Você ainda quer me ouvir?

- Claro que sim, babe. -Falei dando um meio sorriso, ela assentiu e abraçou minha cintura.

- Eu me sinto destruída por dentro, Justin. E eu tentei, eu tentei tanto fazer parecer que eu não ligava, que eu estava bem depois de tudo, que eu finalmente tinha superado tudo por ter você do meu lado, mas isso nem de longe era verdade. Eu não queria me acabar de tanto chorar, não queria me cortar, não queria morrer, eu só queria mostrar pra mim mesma que eu conseguia ser forte mesmo com o mundo desabafando ao meu redor, mas parece que isso fez com que eu me sentisse pior a cada segundo do dia. Isso está acabando comigo, Justin. As vezes eu só tenho vontade de desistir de tudo. Eu me sinto sozinha mesmo sabendo que tenho você e os garotos. Eu sinto como se tudo na minha vida fosse uma mentira inventada por ele. Mas também é como se eu estivesse vivendo a melhor fase da minha vida com você do meu lado. Eu me sinto triste por querer tanto isso, que agora eu preferia que não tivesse acontecido. Eu sinto raiva e desprezo por ele ter me abandonado. Eu sinto ódio pela minha mãe ter morrido. Eu me sinto fraca por saber que, mais uma vez, eu não vou conseguir ficar de cabeça erguida. Eu me sinto sozinha. Eu sou sozinha e sempre vou ser. Você não sabe o quanto isso destrói uma pessoa, você não tem ideia do que é dormir em uma noite achando que seu pai está morto e no outro dia acordar sabendo que ele está vivo. Eu sinto sozinha e acho que esse foi o motivo por eu ter tentando fingir que estava tudo bem porque eu não queria me sentir sozinha mais.

- Você não é sozinha, pelo menos não mais. Eu não vou deixar nada acontecer com você, nunca. Eu sou capaz de ir até o inferno e voltar por você, Barbara. 

- Você é a única coisa real na minha vida. E eu queria te pedir desculpas por ter feito você me aguentar daquele jeito e por me aguentar agora.

- Você não precisa se desculpar por nada, babe. Eu te amo e sempre vou estar aqui com você.

- Preciso sim. E preciso te agradecer por não ter desistido de mim, por sempre querer saber o que eu estava sentindo.

- Eu nunca vou desistir de você, pode ter certeza disso. Eu sou capaz de tudo, babe. -Disse em um sussurro, e dei beijos em sua cabeça. Ela assentiu e fungou enquanto deixava mais algumas lágrimas caírem.

- Eu não quero ir hoje. -Falou com a voz mais embargada que o normal.

- Eu também não queria que você passasse por isso, mas é preciso. Ele não vai fazer nada com você, eu não vou deixar.

- Eu estou com medo, Justin. -Disse voltando a chorar alto. - E se ele querer um abraço? E se ele...

- Ele não vai fazer nada porque você vai estar uma distância segura dele e eu vou estar do seu lado.

- Eu não quero. -Disse soluçando, assenti e abri a gaveta do criado mudo, tirando de lá uma cartela de remédio.

- Por que você não tenta dormir um pouco, huh? Você precisa descansar. -Disse colocando um pouco de água no copo. - Quando você acordar, eu vou estar aqui. -Ela assentiu tirando um comprimido da cartela, o colocando na boca e tomando a água logo em seguida.

- Será que vou ter pesadelos de novo? -Perguntou abraçando meu corpo de novo, neguei com a cabeça começando a fazer carinho em seu cabelo.

- Não vai.

- Eu não quero ver ele, Justin. -Disse em um sussurro, assenti apenas esperando que ela dormisse.

Demorou mais ou menos trinta minutos para ouvir seu suspiro calmo e tranquilo. Ela tinha dormido, finalmente. Com todo cuidado e esforço do mundo, consegui me levantar da cama colocando meu travesseiro no lugar do meu corpo para ela abraçar, depois fechei as cortinas do quarto e liguei o ar condicionado, o colocando em 17 graus.

Os meninos ainda estavam na sala assim que comecei a descer as escadas. Os olhares foram direcionados pra mim dessa vez, mas eu apenas caminhei até o bar que tenho na sala e enchi o copo de whisky, o tomando de uma vez.

- Como ela está? -Ouvi a voz de Ryan, e coloquei mais um pouco da bebida no copo antes de responder.

- Dormindo.

- Ela desabafou pelo menos? -Nolan perguntou, me fazendo assentir enquanto bebia o segundo copo.

- Eu vou precisar que você traga aquela cachorra pra cá. -Falei olhando para Ryan.

- O nome dela é Dafine. -Falou cruzando os braços, revirei os olhos e enchi o copo mais uma vez. - E pra que?

- Porque aquela cachorra vai distrair ela enquanto eu converso com ele. -E agora todos me olhavam confusos.

- Como assim "conversar com ele"? -Chaz perguntou, um pouco nervoso. - O que você pretende fazer? Está ficando louco, porra?

- Michael é a fonte mais sólida e próxima que temos do Nikolai. O cara trabalhou pra ele durante anos, então deve saber alguma fraqueza ou algo que podemos usar contra. Não é um plano totalmente ruim.

- E você acha que ele vai falar assim, do nada pra você? O cara te odeia só pelo fato de você namorar a filha dele. -Christian disse, dei de ombros indo para a cozinha.

- Se eu tivesse uma filha também iria odiar o fato dela namorar alguém. -Murmurei pra mim mesmo quando cheguei na cozinha. Não demorou muito para eles chegarem virem atrás de mim.

- Cadê a menina Barbara? -Maria perguntou olhando para trás de mim, enquanto segurava uma travessa de bolo de chocolate. - Eu sei que ela está passando por algumas coisas, então resolvi fazer o bolo que ela ama.

- Ela está dormindo, mas quando acordar, ela vai comer. -Disse abrindo a janela, ela assentiu e eu peguei um sanduíche de frango já pronto.

- Justin, você tem certeza que é uma boa ideia conversar com ele? -Ryan perguntou, sentando na minha frente. - Não acho que ele vai dizer alguma coisa pra você.

- Então você espera que eu faça o que? Sento e espero aquele desgraçado atacar sem ter como me defender? Sem saber um terço da vida dele? -Perguntei, farto daquele assunto. - Isso não se trata mais de orgulho e nem sobre um namorado e um pai ciumento, é sobre minha vida e a da Barbara em risco. Querendo ou não, aquele filho da puta faria de tudo por ela.

- Então a nossa melhor e única opção é conversar com um cara que te mataria se não soubesse que a filha nunca mais o perdoaria? -Christian perguntou um pouco debochado, dei de ombros e dei mais uma mordida no sanduíche.

- Eu não disse que é a única. -Falei relaxando na cadeira, recebendo olhares confusos. - Vocês estão mesmo comigo nessa? -Perguntei os olhando.

- E o que você acha, seu filho da puta? -Nolan falou, como se fosse óbvio. - Nos conhecemos desde criança e você acha que, só porque vamos sair um pouco da rotina, vamos te abandonar com um chefe fodão da máfia louco pra te matar? Isso é piada, só pode.

Os meninos começaram a rir, e eu não pude segurar o sorriso que cresceu no meu rosto.

- Nolan tem razão. -Chaz falou. - Não vamos te abandonar agora. Sempre corremos perigo, não vai mudar em nada agora.

- Quais são as nossas outras opções, Justin? -Christian perguntou sério, fazendo todos pararem de ri e ficarem sérios também.

- Na hora certa vocês irão saber. -Falei sério, recebendo o silêncio deles como resposta.

Quando a noite chegou, parecia que tudo tinha se tornado mais real. Barbara iria mesmo encontrar seu pai, e precisava do meu apoio mais do que nunca agora. Não tinha nada que eu podia fazer a respeito disso, não tinha como pegá-la e fugir para outro país. Talvez seria melhor para ela, até porque, querendo ou não, é o seu passado, é da sua vida que estamos falando. Eu realmente não queria vê-la desabafando de novo, eu odiava vê-la chorando e por isso e outros motivos que não ia sair do seu lado enquanto conversava com ele.

O pequeno plano que bolamos durante a tarde, foi repassado milhares de vezes até anoitecer e se constituía em Ryan a levando para casa depois da conversa e sendo seguido por dez seguranças até aqui. Eu não confiava em Michael, então todo cuidado se tornava pouco quando ele entrava na conversa.

E agora faltava menos de uma hora para acordá-la e levá-la até seu pai, então subi as escadas lentamente indo em direção ao nosso quarto e o abri a vendo deitada no seu lado da cama com a coberta quase tampando sua cabeça, ri pelo nariz e depois respirei fundo tentando tirar forças para tirá-la desse sono tranquilo e colocá-la no inferno que tinha virado sua vida da noite para o dia.

Caminhei até a cama tirando a coberta e me sentei do seu lado, tirei seu cabelo de seu rosto e comecei a dar beijos em seu rosto.

- Acorda, babe. Já está na hora. -Falei em seu ouvido, mas ela não mexeu. - Barbara? Acorda! Você precisa acordar. -Mexi um pouco em seu corpo e parei assim que a vi abrir os olhos lentamente, me olhando logo em seguida. - Já está na hora, Barbara.

- Eu dormir por muito tempo? -Perguntou com voz rouca, e eu assenti ainda a olhando.

- Eu não te ouvi gritar, você teve algum pesadelo? -Ela negou com a cabeça se sentando na cama.

- Eu não tive, mas também não lembro o que sonhei. Acho que é melhor assim, não é? -Perguntou dando um sorriso fraco, assenti e me levantei da cama. - Já está mesmo na hora? -Perguntou séria.

- Falta menos de uma hora. -Respondi cruzando os braços, ela assentiu e se levantou.

- Toma banho comigo?

- Eu já...

- Por favor. -Falou fazendo bico, suspirei me dando por vencido e tirei minha camiseta, a fazendo sorrir e ir para o banheiro. Entrei logo em seguida, a vendo escovar os dentes apenas de short e sutiã de renda verde claro.

Seus peitos pareciam maiores.

Passei a língua rapidamente nos lábios os umedecendo e liguei o chuveiro em uma temperatura agradável. Logo a vi soltando o cabelo fazendo os mesmos baterem quase na sua cintura, depois colocou as mãos no short, o desabotoou e o tirou, ficando só de calcinha e sutiã da mesma tonalidade.

- Você quer parar de me olhar? -Perguntou, com vergonha.

- Estamos juntos a meses, não há nada que eu já não tenha visto. -Dei de ombros. - E chupado.

- Mesmo assim.

- Você ainda tem vergonha? -Perguntei um pouco incrédulo, ela assentiu me fazendo revirar os olhos. Retirei o meu short juntamente com a cueca e entrei de olhos fechados de baixo do chuveiro sentindo a água quente molhar meu corpo. Logo ouvi a box se abrindo e suas mãos na minha costas.

Barbara virou meu corpo ainda de baixo a água e colou nossos corpos fazendo seu rosto se molhar um pouco. Ela colocou seus braços em volta dos meus pescoço e ficou na ponta dos pés para colocar sua boca em meu ouvido.

- Me faz esquecer tudo pelo menos por alguns minutos. Ou até mesmo horas. -E suas mãos desceram pela minha barriga chegando no meu pau, começando a me masturbar devagar.

Eu sabia que isso não era certo, pelo menos não agora. E também sabia que se eu começasse, eu não ia conseguir parar até vê-la gozar três vezes nesse banheiro, mas eu sou homem e do jeito que eu sentia falta dela gemendo meu nome, eu não iria negar. Acho que eu nunca conseguiria negar algo para ela, ainda mais quando se tratava se sexo.

Minhas mãos foram para sua cintura, a colocando contra o box e meus lábios foram direto para seus lábios inciando um beijo mais do que necessitado. Sua mão continuava masturbaram meu pau já duro, mas parou assim que a coloquei na minha cintura e pressionei mais seu corpo contra o vidro, a fazendo arfar assim que meu pau encostou na sua buceta já molhada.

Meus beijos e mordidas desceram para seu pescoço e minha mão esquerda para seu peito já rígido, o apertei com força fazendo um gemido fraco sair da sua boca, bem no meu ouvido me deixando mais louco ainda. Desci os beijos para o seu peito direito, dando mordidas em volta do bico e depois passando a língua nele. Seu quadril mexeu procurando por mais contato, me fazendo soltar um riso fraco.

Batidas.

Batidas na porta me fizeram parar de chupar seu peito e ela de se mexer.

Eu vou matar o filho da puta.

- Hãn... eu não sei o que vocês estão fazendo ai dentro... -Era a voz de Nolan. - Mas eu perdi a aposta com os meninos de quem ia subir para chamar vocês, então eu vou dar o meu recado rápido. Falta menos de meia hora pra encontrar o Michael. -Parece que ele falou o nome de propósito, já que Barbara se soltou de mim e pegou o seu shampoo de tampa rosa. - Então é isso, não se atrasem. Desculpem e não me mata, Justin.

Bufei alto me virando e a vendo massagear seu cabelo lentamente enquanto a água caia sobre seu corpo.

Empurrei de leve seu corpo para o lado e mudei a temperatura do chuveiro de quente para fria, eu precisava do meu pau mole de novo. Acabei tomando um banho rápido por já ter tomado banho mais cedo e sai do chuveiro vendo ela enxaguar o creme de seu cabelo.

Fui direto para o closet assim que coloquei uma toalha branca em volta da minha cintura. Acabei colocando uma calça larga do exército, uma blusa verde escura e um casaco também verde quase da mesma cor da calça e um tênis preto. Peguei a mesma toalha que estava no meu corpo e fui para o grande espelho do closet para secar o cabelo e, pelo reflexo, vi o corpo dela entrando pelo closet. Meus olhos subiram para seu rosto, vendo que ela estava com cara fechada, suspirei baixo terminando de secar meu cabelo e coloquei um boné preto virado para trás. Sai do closet e me sentei na cama para esperá-la.

A legging preta, o tênis preto da nike e uma camiseta cinza minha caíram perfeitamente em seu corpo assim que a vi saindo do closet. Seu cabelo estava liso e jogado para trás, como se ela não quisesse arrumá-lo. E ela estava sem maquiagem, o que, pra mim, a deixava mais linda.

- Já está pronta? -Perguntei me levantando da cama, ela assentiu e fomos em direção a porta enquanto eu guardava meu celular no bolso.

- Já estão prontos? -Ryan perguntou assim que começamos a descer as escadas.

- Eu só vou comer alguma coisa. -Barbara disse baixo, fazendo os meninos olharem pra mim enquanto ela caminhava até a cozinha.

- Ela está bem? -Christian perguntou. - Tipo, ela vai conseguir conversar com ele?

- Não. E não sei. Ela não disse nada depois que saímos do banho. -Suspirei pesadamente, caminhando até o sofá e me sentando ao lado de Christian. - Eu estou preocupado, cara.

- Não é pra menos. O cara é um psicopata. -Chaz disse baixo para ela não escutar.

- Acha que ele faria alguma coisa com ela? -Ryan perguntou, neguei com a cabeça dando de ombros. - Ou falaria algo para machucar?

- Não acho. Se ele quer tanto assim falar com ela, ele com certeza deve pedir desculpas por tudo que fez.

Depois de exatos dez minutos, ela apareceu na sala e me olhou com indiferença, assenti e me levantei juntamente com Ryan e fomos para o meu Audi preto já parado na porta. Ryan foi para o seu carro atrás de mim e saiu primeiro, já que ele ia buscar aquela cachorra que ela tanto ama. Liguei o carro e não fiz questão de sair rapidamente e casa mesmo sabendo que estávamos um pouco atrasados.

Era para estarmos lá as sete horas da noite, já era sete e meia.

Respeitava todos os sinais de trânsito, mesmo sabendo que esse demora era insuportável. Barbara estava inquieta enquanto olhava a paisagem do lado de fora do carro. Sua perna balançava sem parar e ela apertava suas mãos uma na outra. Respirei fundo e pousei minha mão em sua coxa, fazendo ela me olhar.

- Está nervosa? -Perguntei colocando meus olhos nela, que assentiu e entrelaçou nossos dedos.

- Eu estou com medo. -Confessou. - Eu estou com medo do que ele vai falar. -Suspirou. - Ou o que ele pode fazer.

- Ele não vai fazer nada com você. Primeiro porque eu não vou deixar e segundo porque terá vários seguranças lá. Ele pode ser bom, mas continua sendo só um.

- E se ele querer me abraçar?

- Você não vai ser obrigada a nada, babe. Se não quiser, você não vai. -Falei e suspirei quando vi que estávamos a uma quadra da boate.

O lugar que marcamos não era nada convencional e normal. Era uma rua sem saída ao lado da boate, onde teria seguranças no telhado da mesma e na rua. Eu não queria levá-la para dentro da boate por causa do movimento e não queria deixar que fosse no escritório por ser "pequeno" demais para essa conversa, porque eu sabia que ela queria manter uma distância dele. Os galpões também não acabou sendo uma opção por eu não querer que ele saiba o endereço.

Notei dez seguranças espalhados na calçada e assenti assim que virei na rua vendo sua bmw parada com ele encostado no carro. Suspirei parando o carro e a olhei.

- Você está bem? Suas mãos estão suando e tremendo.

- Eu só quero que isso acabe logo. -Assenti e pisei no acelerador parando o carro ao lado do seu.

- Vamos? -Perguntei tirando o cinto, ela me olhou e depois desviou para o homem lá fora, engoliu a seco e abriu a porta após tirar o cinto. Travei o maxilar abrindo a porta do carro e a vendo dando a volta por trás do carro, parando ao meu lado esquerdo e entrelaçando nossos dedos.

Ela não olhava para ele, mas ele olhava para ela.

De um jeito diferente.

Eu conseguia enxergar o brilho em seu olhar enquanto ele a olhava. Parecia que ele era um homem totalmente diferente do que eu havia conhecido. Seu olhar era como o da minha mãe assim que eu chegava em casa com uma nota boa em alguma prova. Era um olhar de orgulho, admiração, carinho e... amor?

- Será que você poderia nos dar licença um pouco? -Estranhei o jeito educado que ele falou comigo, arqueei a sobrancelha o olhando e depois meus olhos foram para a Barbara.

- Eu...

- Ele fica. -Barbara disse firme, mas não o olhou. - Eu quero ele aqui.

- Tudo bem então. -Michael disse a olhando. - Você está grande. -Disse orgulhoso, e foi ai que ela o olhou. - Eu lembro de quando você nasceu. -Sorriu. - Você era tão pequeninha, sua mãe e eu ficamos tão felizes. Depois que seu irmão morreu...

- Eu tinha um irmão? -Barbara perguntou um pouco surpresa e triste enquanto ainda o olhava, ele assentiu.

- Ele morreu no parto, seu nome era Nathan. -Ele disse ainda a olhando, olhei para ela a vendo prestar atenção em cada palavra que ele falava. - Esse dia foi um dos piores dias da minha vida porque tive que escolher entre a vida dele e a da sua mãe, e acabei escolhendo sua mãe. Ela não podia mais ter filhos e se estivesse, ela morreria junto com o bebê e foi ai que ela descobriu que estava grávida de você. Barbara, você foi um milagre. Quando eu peguei você no colo, parecia que meu mundo tinha parado e que existia só eu, você e sua mãe no mundo. -Ele parou de falar assim que eu a ouvi fungando, a olhei e vi algumas lágrimas caindo, fazendo meu coração quebrar.

- Então por que fez isso comigo? -Sua voz falhou e ela limpou as lágrimas na sua bochecha. Apertei sua mão na minha para mostrá-la que eu estava ali caso ela desabafasse mais uma vez.

- É complicado, muito complicado. Não foi uma escolha minha, eu nunca abandonaria você e sua mãe. Estávamos até pensando em adotar uma criança para você ter um irmão, mas as coisas fugiram do meu controle. -Negou com a cabeça. - Eu cresci na máfia, meu pai era da máfia então o legado tinha que passar pra mim e foi isso que aconteceu. Eu conheci sua mãe em um colégio que eu estava infiltrado porque eu tinha que matar o filho do inimigo do meu ex chefe. Mas quando conheci sua mãe, eu me apaixonei por ela e ela descobriu que estava grávida. Eu sai da máfia assim que descobri que seria pai, eu larguei tudo por ela. Mas quando Nathan morreu, eu acabei voltando.

- Isso não responde minha pergunta. -Barbara disse dura, ele assentiu e continuou.

- Eu declarei que estava fora da máfia assim que te vi. Você era perfeita. -Sorriu. - Todo mundo era apaixonado por você e eu mais ainda. Seus olhos azuis chamavam atenção por todo lugar que você passava e todos diziam que você se parecia comigo, eu tinha muito orgulho disso e de você. Você era uma criança incrível. Você também era mais apegada a mim do que na sua mãe. Eu que trocava sua fralda, te levava para escola, te dava comida, te levava para passear, tudo. Você era uma filha perfeita. Você era meu tudo, ainda é.

- E mesmo assim você teve coragem de fazer isso comigo. -Sua voz estava embargada e demostrava mágoa.

- Não ache que eu não pensava em você a cada segundo do dia, porque eu pensava. Eu só não tive escolha. Era isso ou você morria, e eu não podia deixar isso acontecer. Eu não podia perder outro filho. Eu estava sofrendo, Barbara.

- EU sofri, Michael. -Disse com raiva deixando uma lágrima cair. - Você tem noção do que é perder seu pai e sua mãe de uma vez só?

- Barbara...

- Então não fale como se você fosse o único que sofreu com tudo isso. Eu tinha apenas oito anos quando tudo aconteceu. Você já parou pra pensar em como eu fiquei? Em como eu me senti? Você alguma vez parou para pensar em mim?

- Eu sempre pensei em você. -Respondeu calmo. - E fiz isso pensando em você.

- Não, você não fez. -Disse negando com a cabeça. - Eu só tinha você e minha mãe, e mesmo assim a sua maneira de pensar em mim foi me abandonando? Eu era tão importante pra você assim? Que tipo de pai faz isso com a própria filha?

- Você continua sendo importante pra mim, Barbara. Eu nunca deixei de pensar em você e quando eu te deixei no orfanato, eu já estava planejando fugir da máfia e desaparecer com você. Quando a Vera me ameaçou, ela me conhecia bem, muito bem, então ela sabia o que e quem era meu ponto fraco.

- Como você conheceu ela? Eu conhecia ela?

- Não. -Michael respondeu, relutante. - Eu acabei aceitando um trabalho que ela ofereceu e depois acabamos tendo um caso.

- Você traiu minha mãe? -Perguntou um pouco incrédula. Umedeci os lábios passando meu braço na sua cintura.

- Não haja como se ele... -Apontou pra mim, mas ela não o deixou terminar e nem eu me defender.

- O Justin nunca me traiu. -Disse alto. - Eu confio mais nele do que em você ou em qualquer outra pessoa no mundo. Não fale coisas que você não sabe, Michael. Você me deixou, então não haja como se soubesse alguma coisa da minha vida ou como eu sou, porque você não sabe.

- Eu não quero brigar com você, Barbara. -Disse abaixando a guarda, ela desviou o olhar dele e ele continuou. - Ela me ameaçou assim que eu a deixei para voltar para você e sua mãe. Nessa época, eu tinha me distanciado muito de vocês e só eu sei o quanto sofro com isso tudo até hoje. Mas ela era totalmente apaixonada por mim e jurou vingança assim que eu terminei com ela, mas eu não me importei muito. O mais importante eu já tinha que era você e sua mãe.

- Minha mãe te perdoou da traição?

- Ela nunca soube. -Respondeu sincero, fazendo Barbara negar com a cabeça e olhar para o lado. - Vera voltou assim que você fez oito anos e me ameaçou dizendo que seu irmão queria que eu voltasse a trabalhar para ele ou ele mataria você e sua mãe, eu não soube o que fazer, Barbara. Eu juro pra você que pensei em todas as formas de sair dessa com você e sua mãe viva, mas eu não conseguia achar uma solução boa. Então ele me deu três meses, mas sua mãe descobriu o câncer e isso definitivamente acabou comigo de todas as formas que você pode imaginar. Eu a amava.

- Então você decidiu abandoná-la também? -Perguntou mordendo o lábio inferior, e vi seus olhos brilharem. - Você tem noção que se não fosse por você, ela estaria viva? Ela piorou quando você morreu. -Falou deixando as lágrimas caírem. - Eu poderia estar com ela agora.

- Não, ela não estaria viva. O câncer dela era incurável.

- Estaria sim, Michael. -Insistiu com raiva. - Eu lembro que ela piorou assim que você forjou sua própria morte.

- Ela já estava em um estado terminal quando eu...

- Não. -Negou com a cabeça, se segurando para não chorar. - Ela não estava não. -Michael me olhou antes de responder, neguei com a cabeça fazendo ele assentir rapidamente e perceber que não era para insistir nesse assunto.

- Eu não queria deixar você sozinha e queria te levar comigo, mas Vera não queria. Ela me queria só pra ela porque sabia que minha atenção seria só sua, então, em uma discussão, ela entregou um panfleto do orfanato para a sua mãe no meu enterro e foi ai que sua mãe teve a ideia de te colocar lá. Eu sei que isso tudo é minha culpa, sei que causei uma dor imaginável em você e... -Suspirou, parecendo perdido. - Eu não voltei agora, eu já tenho observado você por anos. -Olhei para a Barbara que abriu um pouco a boca em surpresa. - Mas eu não podia ir até você, porque eles estavam te observando também e esperando qualquer movimento vindo de mim, por isso paguei o Marcos para cuidar de você.

- O Marcos... ele... ele... -Gaguejou diversas vezes, não conseguindo formular uma palavra. - Você pagou ele?

- Você vivia sozinha. Existe muita maldade no mundo, eu vi muita maldade no mundo envolvendo mulheres mais novas, e eu não queria que nada acontecesse com você. Sinto muito por isso.

- Ele morreu. -Ela disse em um sussurro, travei o maxilar sabendo que eu tinha o matado.

- Eu sei que sim. -Michael disse, e me olhou debochado. - Eu não podia voltar naquela época para cuidar de você porque era arriscado demais, então resolvi esperar mais um pouco. E foi na noite que você assaltou aquela mercearia. Naquela noite, eu iria conversar com você, mas ele te achou primeiro. -Olhou pra mim de novo.

- Barbara, você está bem? -Perguntei preocupado, a vendo com a respiração acelerada.

- Você estava aqui o tempo todo? -Perguntou olhando para Michael, que assentiu. - Por que nunca tentou falar comigo escondido? Isso é você se importando?

- Você tem que entender que...

- Eu não preciso entender nada vindo de você, Michael. Você deixou um vazio imenso dentro de mim que talvez nunca seja preenchido de novo. Eu sou feliz com o Justin, não ache o contrário, mas esse vazio que eu sinto não é de um namorado ou ser amada por um homem, e sim ser amada por um pai de verdade e pela minha mãe.

- E é por isso que quero te pedir desculpas. Eu fiz tudo ao meu alcance, eu juro. Eu não queria te deixar aqui sozinha, Barbara. Eu não queria te ver sofrendo ou...

- Eu tentei me matar pra ficar com você. -Barbara o cortou, apertei sua cintura me sentindo mal. - Eu tinha oito anos e tentava me matar para ficar com minha família, você tem, pelo menos, um pouco de noção disso? Eu tenho cicatrizes, Michael.

Ele se calou por alguns segundos, surpreso demais para responder.

- Eu quero ir embora, Justin. -Barbara disse me olhando com os olhos marejados, mas antes que eu pudesse abrir a boca, escutei a voz dele.

- Eu sei que não sou digno do seu perdão e talvez você nunca mais olhe na minha cara, mas espero que você saiba que eu não fiz nada com intenção de te machucar ou te fazer sofrer. As vezes fazemos coisas que não nos orgulhamos, mas depois você percebe o quanto valeu a pena. E eu não me arrependo. Você está viva, feliz com ele, está sendo protegida por ele e eu não poderia querer algo melhor pra você. Tudo que fiz, foi para o seu bem, mesmo que você não enxergue isso agora. Eu também não achava certo o que iria fazer, mas me sinto orgulhoso por você ter crescido e se tornado uma pessoa boa. E te peço perdão, mesmo sabendo que você não vai perdoar e nunca vai me chamar de pai, porque, pra você e talvez pra mim também, eu não mereço. Eu só queria um abraço seu.

Olhei seu rosto vendo duas lágrimas descendo pela sua bochecha e pensei em limpá-las, mas sua mão foi mais rápida em me afastar. E eu só consegui entender o porquê disso quando ela caminhou em direção a Michael que tinha o rosto em surpresa tanto quanto eu. Ela ficou na sua frente e o abraçou, o fazendo fechar os olhos e abraçar sua cintura colocando uma mão em seu cabelo.

O abraço durou menos de dez segundos, e então ela se afastou e limpou algumas lágrimas em seu rosto.

- Quem sabe um dia eu consiga te chamar de pai, Michael. -Disse e me olhou implorando para ir embora.

Meus olhos foram de encontro a um segurança armado na calçada, ele assentiu e chamou Ryan, que entrou com seu carro fazendo Barbara me olhar confusa.

- Eu preciso conversar com seu... com ele. -Falei segurando seu rosto com as duas mãos, ela assentiu olhando pra mim e depois olhando pra ele. - Ryan vai te levar para casa e ficar com você até eu chegar, pode ser?

- Pode, não faça nenhuma besteira. -Disse me olhando nos olhos, assenti lhe dando um selinho e a soltei vendo Ryan fora do carro segurando a filhote. A primeira coisa que ela fez foi a pegar no colo com um pouco de dificuldade já que a cachorra não parava de abanar o rabo inquieta por causa da presença da sua presença.

Michael não parava de olhá-la nem por um milésimo de segundo. Eu não sabia se o olhar ainda continuava sendo de orgulho ou se ele ainda estava surpreso por receber o abraço da filha. Ele só percebeu que eu o observava quando o carro de Ryan virou a esquina, sendo seguido pelos seguranças.

- O que foi? Quer se apaixonar pelo pai também? -Perguntou debochado e cruzou os braços. Ri pelo nariz vendo o Michael que eu conheci aparecer de novo.

- Não, obrigado. Eu prefiro ficar só com a filha.

- Por que está me olhando desse jeito, então?

- Nada. -Dei de ombros, colocando as mãos no bolso da minha calça. - Só observando o quão diferente você fica quando olha e fala com ela. E isso porque você não se importa, não é? -Perguntei debochado.

- Não é nenhum pouco diferente de você.

- Fazer o que se ela é linda, não é?

- Teve a quem puxar.

- A mãe?

- Também. -Deu de ombros. - Mas ela se parece mais comigo.

- Não mesmo. -Disse rindo, fazendo ele me olhar com as sobrancelhas arqueadas.

- Você acha mesmo que vai ter vinte anos pra sempre?

- Pretendo envelhecer melhor que você. -Disse dando meu melhor sorriso, ele riu.

- E eu pretendo estar vivo para ver você queimar a porra da sua língua. -Disse tentando não transparecer um pouco da sua irritação, ri mais um pouco. - Mas enfim, você não está aqui para observar minha beleza, até porque, não quero você virando a barraca e, você sabe...

- Você está falando tanto disso que acredito que esteja afim. -Provoquei mais. - Seria mais uma coisa para colocar na sua lista, já que está ficando apaixonado pelo namorado da sua filha. -Ele respirou fundo e encostou no carro de novo.

- O que você quer tratar comigo, Justin? -Tirei o deboche da cara e cocei o queixo, ficando sério.

- Nikolai quer me matar. -Falei de uma vez, vendo ele arquear a sobrancelha em duvida.

- E por qual motivo?

- Porque eu matei a Vera. -Disse simples, vendo ele me olhar incrédulo por longos segundos. - Você ainda ama ela pra ficar tão surpreso assim? -Murmurei.

- Você fez o que?

- Está surdo? -Perguntei sem paciência, ele soltou um riso incrédulo.

- Não, você não fez isso. -Disse sorrindo, enquanto negava com a cabeça.

- Fiz. -Travei o maxilar o olhando, vendo ele ficando sério. - Eu não sabia quem ela era ainda. Ela estava vigiando a minha casa fazia algum tempo, mas eu não sabia que era realmente pela Barbara. -Michael passou as mãos na boca, nervoso.

- E você simplesmente a matou? -Perguntou, puto de raiva.

- Eu achava que ela apenas mais uma vadia que trabalhava para algum inimigo meu e que não era importante. -Dei de ombros. - Mas acabei descobrindo quem ela era muito tempo depois quando fui conversar com o Stephen sobre você.

- Nikolai já mandou um recado? -Perguntou sério, assenti encostando no meu carro.

- Assim que sequestrou a Barbara. -Suspirou vendo ele me encarar com maxilar travado. - Ele mandou ela me dar um aviso.

- E qual seria? -Perguntou, com raiva. - Que vai fazer você comer sua tripa? -Revirei os olhos.

- Ele disse que a vingança contra você está muito longe de acabar, mas primeiro ele virá atrás de mim e que ia honrar o nome de sua irmã. -Falei dando de ombros, Michael me encarava com raiva e negando com a cabeça.

- Como um ser humano consegue ultrapassar o nível da burrice igual você?

- Vai começar com essa porra, Michael? Eu não sabia quem ela era, caralho. -Explodi de raiva, vendo ele suspirar e assentir. - Você acha mesmo que eu colocaria a vida da Barbara em risco? Eu não sabia que ela era irmã desse filho da puta que você trabalhava e se soubesse, não mataria. Eu posso fazer muita coisa, mas nunca colocaria a vida da Barbara em risco.

- O que mais ele disse para a Barbara?

- Nada. -Dei de ombros, tentando mostrar indiferença. - Só disse que o jogo começou. -Falei por fim, fazendo ele ficar calado por alguns segundos.

- Ele disse alguma coisa sobre vocês dois?

- Não, ele disse que viria atrás de mim e não dela. -Repeti, fazendo ele assentir.

- Você precisa se afastar dela agora. -Ele disse sério, soltei um riso sem humor e olhei para seu rosto procurando algum vestígio de piada.

- Você está maluco? -Perguntei começando a fechar meu sorriso. - Eu não posso e não vou me afastar dela justo agora.

- Ah, não? Quer esperar pra ver?

- Você só pode ter fugido de um hospício por achar que eu vou...

- Você não percebe? -Perguntou, me interrompendo. - Nikolai não sabe que vocês estão juntos. Pela primeira vez na vida, ele está sendo burro por não enxergar vocês dois nesse amor enjoado que vocês ficam vinte e quatro horas. Se ele descobrir, Justin, será mais fácil dele acabar comigo e com você junto. Será como matar dois coelhos em uma cajadada só. E adivinha quem ele vai ir atrás? De quem ele vai atrás pra acabar com as nossas vidas? Ele não vai vir atrás de mim ou de você. Ele vai nos fazer sofrer. Ele vai matar a Barbara. É isso que ele quer desde o começo e é isso que ele vai fazer.

- Eu não posso fazer isso com ela agora. -Falei nervoso, negando com a cabeça. - Eu não posso simplesmente abandonar ela nesse momento, Michael. O mundo dela virou de cabeça pra baixo quando descobriu que você está vivo. Ela está sofrendo por sua culpa. E eu não quero ver ela sofrendo por minha culpa também. Eu sou tudo que ela tem.

- Eu posso cuidar dela. -Disse dando de ombros, como se não quisesse isso. Ri incrédulo e neguei com a cabeça mordendo meu lábio inferior.

Esse velho só pode estar de brincadeira.

- Então se trata disso? De você querendo cuidar dela? Querendo recuperar a porra do tempo perdido? Vai levar ela para escola também? Você acha mesmo que ela vai aceitar isso? Não tente juntar o útil com o agradável porque eu não vou permitir isso. -Disse alto. - Eu não vou terminar com ela só pra você fazer o papel de papaizinho arrependido.

- Eu estou tentando ajudar você, seu filho da puta. Você não consegue enxergar a merda que fez? -Abri a boca para responder, mas ele falou primeiro. - E eu, por acaso, falei alguma porra de querer cuidar dela? Eu falei, na primeira vez que nos encontramos, que eu ia me entregar para ela viver em paz, para ser feliz sem ter medo de sair sozinha na rua. Mas ai vem um ignorante de merda como você e me diz toda essa porra de ter matado a Vera e você quer que eu faça o que? Sente e veja ela correndo perigo também?

- Hipócrita e mentiroso de merda. -Rosnei o olhando. - Tudo que você mais quer no mundo é ter ela de novo, acha que eu não notei o jeito que você a olha? Acha que não notei a sua cara de idiota quando olha pra ela? Você não vai sair da vida dela nem se ela quisesse. Você vai sempre arrumar algum pretexto pra encontrar com ela em qualquer lugar que ela fosse.

- Acabei de descobrir que você não é tão burro quanto parece. -Falou sorrindo, travei o maxilar.

- Você é um filho da puta desgraçado. -Disse entre os dentes. - Eu não vou terminar com ela, se é o que quer saber.

- Parece que seu ponto fraco é o mesmo que o meu, Bieber. -Disse sorrindo. - Não sabia que você era tão fraco assim.

- Ah é, seu filho da puta? Me diga você, então. Foi tão fácil assim a abandonar e viver como se ela não existisse? -Me segurei para não gritar, enquanto ele me olhava.

- Olhando assim parece que você ama ela de verdade.

- Eu não namoraria com ela se não a amasse.

- É só um término. Você não vai morrer.

- Não vou, porque eu não vou terminar com ela.

- É sua escolha então. -Desencostou do carro. - E quem vai viver com isso vai ter que ser você se escolher a errada.

- Igual você?

- Pois é, e olha aonde estou agora. -Deu de ombros. - A minha sorte, é que ela continua viva.

- Eu não vou fazer isso.

- Tanto faz. Só não esqueça que ela é menor de idade e você maior de idade. Eu tenho direito sobre ela, já que eu sou o pai.

- Filho da...

- Eu entendo que não é justo isso tudo, por isso eu estou tentando ajudar, só que você é um ignorante de merda que só pensa em como você vai ficar sem ela. -Deu de ombros, de novo. - Também não foi justo eu ter que abandoná-la quando tinha apenas oito anos, mas eu fiz, não fiz? E por que eu fiz, Bieber? Porque era a vida dela estava em risco, igual como está agora. Não vou mentir em dizer que não quero ela do meu lado, até porque, ela é minha filha. Mas também não vou mentir dizendo que não me machucou ter que deixá-la sozinha. Mas, ao contrário de você, eu fui homem ao preferir saber que ela estava viva do que viver com a dor de ter perdido a única pessoa que eu amava por uma escolha errada. -Falou simples, e abriu a porta do carro. - É a sua escolha. Te ligo para saber se escolheu a certa.

E então ele abriu a porta do carro, saindo logo em seguida. 

 NOTAIS FINAIS!!!

arrrrrr eu amo e odeio o Michael Palvin. 

Me contem o que vocês estão, e se forem postar algum trecho no twitter, me marquemmm eu amo quando isso acontece. sou a onelixfe

ME CONTEM O QUE ESTÃO ACHANDO E O QUE ACHAM QUE VAI ACONTECER! 

Okumaya devam et

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